“Naquele tempo, 1Jesus foi para o outro lado
do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. 2Uma grande multidão o
seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e
sentou-se aí, com seus discípulos. 4Estava
próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 5Levantando
os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus
disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” 6Disse isso para pô-lo à
prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7Filipe respondeu: “Nem
duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”. 8Um dos discípulos, André, o
irmão de Simão Pedro, disse: 9“Está
aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para
tanta gente?” 10Jesus
disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se
sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. 11Jesus tomou os pães, deu graças e
distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com
os peixes. 12Quando
todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que
sobraram, para que nada se perca!” 13Recolheram
os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos
que haviam comido. 14Vendo
o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é
verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”. 15Mas, quando notou que
estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo,
sozinho, para o monte.” (Jo
6,1-15)
O Papa
Francisco, na manhã de sexta-feira, 02 de maio de 2014, presidindo a Santa
Missa na Capela da Casa Santa Marta - no Vaticano, em sua homilia, o Pontífice
meditou sobre a liturgia do dia, resumindo-a em três ícones: amor de Jesus pelas pessoas, o ciúmes das
autoridades religiosas da época e o padecimento em nome de Jesus. Explicando
o primeiro ícone, o Papa deteve-se sobre o amor e a atenção de Jesus com
as pessoas. Ele não se preocupava com a quantidade dos que o seguiam, se eram
muitos ou poucos... e, por conseguinte, não se preocupava se a Igreja aumentava
ou não. Ele, simplesmente, pregava, amava, rezava, acompanhava, caminhava com
as pessoas, manso e humilde. A todos os que o seguiam, o Senhor falava mediante
a força do amor. O segundo ícone, apresentado pelo Bispo de Roma,
refere-se aos ciúmes das autoridades religiosas do seu tempo, que não toleravam
que as pessoas seguissem Jesus. Eram ciumentos e invejosos. Tanto é verdade que
até pagaram os guardas para dizer que os Apóstolos haviam roubado o corpo de
Jesus do sepulcro. E o Papa explicou: “Ele
pagaram para calar a verdade. Mas, eram perversos! Pagar para esconder a
verdade consiste em uma grande perversidade. As pessoas sabiam quem eles eram e
não os seguiam. Elas apenas toleravam a sua autoridade: autoridade de culto, de
disciplina eclesiástica e sobre o próprio povo. Enfim, não toleravam a mansidão
de Jesus, do Evangelho, do amor. Por isso, pagavam por ter inveja e ódio”.
O último ícone apresentado pelo Pontífice, com base na liturgia do
dia, consiste na alegria daqueles que são submetidos a ultrajes por causa do
nome de Jesus. Aqui, o Papa Francisco confessou ter até chorado diante da
notícia veiculada pela mídia, sobre a crucificação de cristãos em um país
não-cristão, dias atrás: “Primeiro
ícone: Jesus com as pessoas, o amor, o caminho que Ele nos ensinou e no qual
devemos caminhar. Segundo ícone: a hipocrisia destes dirigentes religiosos do
povo, que haviam aprisionado o povo com tantos mandamentos, com este legalismo
frio, duro, e que também pagaram para esconder a verdade. Terceiro ícone: a
alegria dos mártires cristãos, a alegria de tantos irmãos e irmãs nossos que na
história experimentaram esta alegria, esta alegria de serem julgados dignos de
sofrerem ultrajes por causa do nome de Jesus. E hoje existem tantos! Pensem que
em alguns países, somente por carregar uma Bíblia se vai prá prisão. Tu não
podes usar um crucifixo, te farão pagar uma multa. Mas o coração está alegre. Os
três ícones: olhemos para eles, hoje. Faz parte da nossa história da salvação”.
Estela Márcia (Adaptações)
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