domingo, 25 de maio de 2014

A Peregrinação da Paz


Mais um posicionamento importante para a Igreja, foram as palavras do Núncio em Israel. Em vista da segunda Viagem Apostólica do Papa Francisco, que, depois do Brasil, o levará à Terra Santa, o Núncio em Israel e Delegado Apostólico na Palestina, Dom Giuseppe Lazzarotto, falou antes da viagem  da expectativa e da importância do histórico encontro entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, ocorrido 50 anos atrás: Há 50 anos, o Papa Francisco e o Patriarca Bartolomeu querem recordar juntos aquele gesto, com todos os líderes das Igrejas cristãs de Jerusalém, para abrir novos caminhos. Aquele foi, realmente, um momento que deu impulso a uma mudança muito significativa, da qual, ainda hoje, colhemos os frutos. Foi um gesto inspirado pelo Espírito Santo. Este também será um encontro histórico, porque há muita determinação em realizar este novo abraço ecumênico. Por isso, há grande expectativa, grande esperança e confiança em vista desta visita do Papa à Terra Santa. O povo precisa da presença do Santo Padre, da sua palavra, dos seus gestos, que possam levar otimismo e encorajamento a todos. Da minha parte, espero que esta viagem do Papa possa dar esperança e confiança aos cristãos, que enfrentam grandes dificuldades e exclusão na terra de Jesus. Esperamos poder aprender a viver e a caminhar juntos, como uma grande família, em comunhão, diálogo e paz”.

Assim, “Para que sejam um”: sob o signo da unidade, teve início na manhã de sábado a peregrinação de Francisco à Terra Santa – a primeira viagem fora da Itália decidida por ele desde o início do seu pontificado (a participação na JMJ do Rio de Janeiro, em julho de 2013, já havia sido marcada por seu antecessor, Bento XVI). O avião com o Pontífice e sua comitiva decolou do aeroporto romano de Fiumicino no horário previsto, às 8h15 locais. Francisco embarcou carregando sua maleta preta, depois de saudar as autoridades presentes. Até a capital jordaniana, o Papa percorreu 2.365 km em três horas e 45 minutos. No aeroporto internacional da cidade, Francisco foi acolhido pelo Núncio Apostólico e pelo representante do Rei Abdallah II Hussein, o Príncipe Muhammed. Duas crianças entregaram ao Pontífice dois buquês de íris preta - símbolo do Reino Hachemita. Amã, Belém e Jerusalém: três dias, três cidades escolhidas com duas motivações principais. A primeira, recordar os 50 anos do abraço entre Paulo VI e Atenágoras, e assim dar um novo impulso ao diálogo ecumênico. A segunda, reforçar o apelo à paz no Oriente Médio. A primeira etapa da viagem de Francisco à Terra Santa, em Amã, prevê quatro eventos. Desde a sua chegada à Jordânia, às 13h locais, até o jantar na Nunciatura Apostólica, às 20h55, não está previsto qualquer repouso por decisão do próprio Papa. Aliás, os três dias de viagem serão marcados por esse ritmo intenso, sem descanso entre um compromisso e outro. Após a cerimônia de boas-vindas no Palácio Real, o Pontífice se dirige ao estádio internacional de Amã, para presidir à Santa Missa. Está prevista a presença de numerosos refugiados cristãos provenientes da Palestina, da Síria e do Iraque. Durante a celebração, cerca de 1.400 crianças recebem a Primeira Comunhão.  Do estádio, Francisco se dirige para o local do batismo de Jesus, às margens do rio Jordão, para um momento de oração silenciosa e o rito da bênção das águas. Ali mesmo, na igreja latina ainda em construção, o Papa encontra cerca de 600 refugiados e jovens com deficiência, aos quais faz seu terceiro pronunciamento desta viagem. O dia se encerra com o jantar na Nunciatura Apostólica. Para explicar as etapas mais significativas em Amã, a Rádio Vaticano contatou o Pe. Antonio Xavier, estudante de Ciências Bíblicas em Jerusalém e que mora em Belém.

Estela Márcia (Adaptações)




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