sábado, 1 de setembro de 2012

Setembro, “Mês da Bíblia”, sejamos praticantes e não meros ouvintes...

Vai nos dizer Santa Teresinha: “Não sou um guerreiro que combate com armas terrestres, mas com a ‘espada do Espírito Santo, que é a Palavra de Deus’.” É isso mesmo, a Palavra de Deus é apresentada a nós através do Espírito Santo que, como ‘boca de Deus’, arma-nos e prepara-nos para toda boa obra. Por isso,  anunciada pelos Profetas, vivida por Jesus Cristo, pregada pelos Apóstolos, rezada por muitos santos como Santa Teresinha, a Palavra de Deus é a única fonte da Verdadeira Vida. São Tiago vai nos advertir: Todavia sede praticantes da Palavra e não meros ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.” (Tg 1,22). Através da Palavra de Deus os homens e mulheres deste nosso mundo encontram o “Caminho, a Verdade e a Vida”. Por ela, adentramos no mistério de um Deus que se revela à medida que se busca e se deseja encontrar o sentido da existência e da criação. Não por acaso, o só no século XX foram impressos mais de um bilhão e meio de exemplares, em mais de mil e seiscentos idiomas diferentes, tornando-se o maior “best-seller” de todos os tempos. Nunca a palavra de Deus foi tão meditada, lida e comentada como em nossos dias. Em 1971, surgia em na Arquidiocese de Belo Horizonte, o ‘Mês da Bíblia’, visando o desenvolvimento da ação evangelizadora da Igreja. Posteriormente se estendeu pelo Brasil com o apoio da CNBB. A iniciativa acabou por vir de encontro aos anseios do Concílio Vaticano II que já se manifestara a respeito na sua Constituição Dogmática Dei Verbum (sobre a Revelação Divina).
Vejamos uma breve síntese deste valioso documento do Concílio Vaticano II:
“No Sagrado Concilio, aprouve a Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar-se a Si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade (cfr. Ef. 1,9), segundo o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e se tornam participantes da natureza divina (cfr. Ef. 2,18; 2 Ped. 1,4). (...) Em virtude desta revelação, Deus invisível (cfr. Col. 1,15; 1 Tim. 1,17), Deus, criando e conservando todas as coisas pelo Verbo (cfr. Jo. 1,3), oferece aos homens um testemunho perene de Si mesmo na criação (cfr. Rom. 1, 1-20).(...) Depois de ter falado muitas vezes e de muitos modos pelos profetas, falou-nos Deus nestes nossos dias, que são os últimos, através de Seu Filho (Heb. 1, 1-2). Com efeito, enviou o Seu Filho, isto é, o Verbo eterno, que ilumina todos os homens, para habitar entre os homens e manifestar-lhes a vida íntima de Deus (cfr. Jo. 1, 1-18). (...) Pela revelação divina quis Deus manifestar e comunicar-se a Si mesmo e os decretos eternos da Sua vontade a respeito da salvação dos homens (...)  As coisas reveladas por Deus, contidas e manifestadas na Sagrada Escritura, foram escritas por inspiração do Espírito Santo. É necessário, por isso, que todos os clérigos e sobretudo os sacerdotes de Cristo e outros que, como os diáconos e os catequistas, se consagram legìtimamente ao ministério da palavra, mantenham um contacto íntimo com as Escrituras, mediante a leitura assídua e o estudo apurado, a fim de que nenhum deles se torne «pregador vão e superficial da palavra de Deus. por não a ouvir de dentro» (4), tendo, como têm, a obrigação de comunicar aos fiéis que lhes estão confiados as grandíssimas riquezas da palavra divina, sobretudo na sagrada Liturgia. Do mesmo modo, o sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis, mormente os religiosos, a que aprendam «a sublime ciência de Jesus Cristo» (Fil. 3,8) com a leitura frequente das divinas Escrituras, porque «a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo»*. Debrucem-se, pois, gostosamente sobre o texto sagrado, quer através da sagrada Liturgia, rica de palavras divinas, quer pela leitura espiritual, quer por outros meios que se vão espalhando tão louvavelmente por toda a parte, com a aprovação e estímulo dos pastores da Igreja. Lembrem-se, porém, que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada de oração para que seja possível o diálogo entre Deus e o homem; porque «a Ele falamos, quando rezamos, a Ele ouvimos, quando lemos os divinos oráculos»* - (*Santo Agostinho). (§§ 1-4.11.25)
Diante de tamanho incentivo, estaremos ao longo deste mês refletindo e aprendendo com a Igreja a ler, meditar, estudar e orar com a Palavra de Deus. Venha conosco!                       Estela Márcia.






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