Celebrar a festa do martírio de São Mateus é celebrar o testemunho e a expansão da palavra de Deus ao mundo. Assim vai dizer o salmista (Sl 18,4-5) “Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz!”
É com alegria que toda a Igreja toma parte na missão que este apóstolo, chamado pelo Senhor do interior da cidade de Cafarnaum, de sua coletoria de impostos – “Segue-me! (MT 9,9). Dessa forma, o seu chamado será o de testemunhar a misericórdia do Senhor em meio às contrariedades e dificuldades do mundo. Com o anúncio da Boa Nova do Reino, Mateus cumpre a missão de despertar a fé e levar a todos os que crerem na Palavra da salvação, a certeza de que o chamado a ser de Deus não está no fato de já ser justo (santo), mas de buscar o caminho da justiça (santidade). Assim, como pecador, a se reconciliar com o seu Senhor e Deus.
"Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. “Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”. (MT 9,11-13)
A festa de hoje precisa despertar em nós uma reflexão vocacional. Cada um tem um chamado, cada um tem uma vocação, porém todos somos chamados a ser de Deus e com Ele nos comprometer. O chamado de Mateus encerra a riqueza de anunciar, proclamar e formar na fé e na justiça a todos os que aceitam e querem dar sua resposta ao Senhor. São Paulo nos afirma, “Cada um de nós recebeu a graça na medida em que Cristo lha deu. E foi ele quem instituiu alguns como apóstolos, outros como profetas, outros ainda como evangelistas, outros, enfim, como pastores e mestres. Assim, ele capacitou os santos para o ministério, para edificar o corpo de Cristo, até que cheguemos todos juntos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito e à estatura de Cristo em sua plenitude”. (Ef 4,7.12-13)
Celebremos com a Igreja esta festa, celebrando o nosso chamado e a nossa vocação. Compreendendo através dela que “Deus dispôs amorosamente que permanecesse integro e fosse transmitido a todas as gerações tudo quanto tinha revelado para salvação de todos os povos. Por isso, Cristo Senhor, em quem toda a revelação do Deus altíssimo se consuma (cfr. 2 Cor. 1,20; 3,16-4,6), mandou aos Apóstolos que pregassem a todos, como fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, o Evangelho prometido antes pelos profetas e por Ele cumprido e promulgado pessoalmente, comunicando-lhes assim os dons divinos. Isto foi realizado com fidelidade, tanto pelos Apóstolos que, na sua pregação oral, exemplos e instituições, transmitiram aquilo que tinham recebido dos lábios, trato e obras de Cristo, e o que tinham aprendido por inspiração do Espírito Santo, como por aqueles Apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem da salvação”.(A TRANSMISSÃO DA REVELAÇÃO DIVINA § 7, Cap. III. Constituição Dogmática Dei Verbum, Conc. Vat. II)
São Mateus, rogai por nós!
N. Sra. Rainha dos apóstolos, rogai por nós!
N. Sra. da Saudades Rainha dos Mártires, rogai por nós!
Estela Márcia
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