segunda-feira, 3 de setembro de 2012

“O Espírito do Senhor está sobre mim...”

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”. (Lc 4,18-19)

Neste Evangelho, com riqueza de detalhes, Jesus apresenta o programa de sua missão. Faz-nos perceber que é Nele que se cumpre todas as profecias do AT, especialmente Isaías 61,1ss.
Através da Sagrada Escritura, que é a Boa Nova da salvação de Deus para a humanidade, somos convidados a penetrar no conhecimento desta missão que Jesus, o enviado do Pai assumiu para nós e para a nossa salvação.
Anunciar a Boa Nova, curar, libertar e conceder a plenitude da Graça de Deus é o tudo que o Senhorio de Jesus permite àqueles que, pela obediência a sua Palavra, fazem a experiência diária de uma leitura orante e contemplativa.
Jesus nos traz a Boa Nova e nos faz experimentar a dignidade da salvação que se centraliza na sua Pessoa. E é Nele, com Ele e por Ele que o poder do Espírito do Pai, nos faz um com Ele, na unidade do Espírito Santo.
O Catecismo da Igreja Católica vai nos ensinar que Jesus Cristo é o “logos” (a palavra) exclusivo, único da Sagrada Escritura. A título de “Formação” cabe-nos apresentar tal ensinamento do Artigo 3 do Catecismo.
I. Cristo – Palavra única da Escritura santa
101. Na sua bondade condescendente, para Se revelar aos homens. Deus fala-lhes em palavras humanas: «As palavras de Deus, com efeito, expressas por línguas humanas, tornaram-se semelhantes à linguagem humana, tal como outrora o Verbo do eterno Pai se assemelhou aos homens assumindo a carne da debilidade humana» (68). (68. II Concílio do Vaticano. Const. dogm. Dei Verbum, 13: AAS 58 (1966) 824).
102. Através de todas as palavras da Sagrada Escritura. Deus não diz mais que uma só Palavra, o seu Verbo único, em quem totalmente Se diz (69): (69. Cf. Heb 1, 1-3).
«Lembrai-vos de que o discurso de Deus que se desenvolve em todas as Escrituras é um só e um só é o Verbo que Se faz ouvir na boca de todos os escritores sagrados, o qual, sendo no princípio Deus junto de Deus, não tem necessidade de sílabas, pois não está sujeito ao tempo» (70). (70Santo Agostinho, Enarratio in Psalmum 103, 4, 1: CCL 40, 1521 (PL 37, 1378).
103. Por esta razão, a Igreja sempre venerou as divinas Escrituras tal como venera o Corpo do Senhor. Nunca cessa de distribuir aos fiéis o Pão da vida, tornado à mesa quer da Palavra de Deus, quer do Corpo de Cristo (71). (71. II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Dei Verbum, 21: AAS 58 (1966) 827).
104. Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra continuamente o seu alimento e a sua força (72), porque nela não recebe apenas uma palavra humana, mas o que ela é na realidade: a Palavra de Deus (73). «Nos livros sagrados, com efeito, o Pai que está nos Céus vem amorosamente ao encontro dos seus filhos, a conversar com eles» (74). (72. II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Dei Verbum, 24: AAS 58 (1966) 829; 73.  Cf. 1 Ts 2, 13; 74. II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Dei Verbum, 21: AAS 58 (1966) 827-828).
            Façamos a experiência da leitura diária da palavra de Deus com a riqueza que a própria liturgia da Missa nos propõe. Deus nos abençoe e ilumine!
            Estela Márcia

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