“Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” Á ressurreição do filho da viúva de Naim, apresentado no Evangelho de São Lucas 7,11-17, traz a proposta de vida nova que somente o Filho do Pai Eterno pode dar. O milagre da ressurreição assume aqui um caráter - como temos refletido, do poder da Palavra de Jesus Cristo que é capaz de transformar o tudo da vida daqueles que dele se aproximam. Aproximar-se da Palavra de Deus é experimentar a “Cristologia da Palavra"[1].
O mistério de Cristo que se completa em tudo, que de antemão, Ele pregou e fez está na essência de sua divina missão: libertação onipotente do povo de Deus. Através do cortejo de dor e sofrimento da perda de seu filho único, a viúva de Naim encontrada por Jesus, recebe de volta à vida o seu filho como narra Lucas, “Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: “Não chores!”Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!”.
Aqui, o jugo da dor, do pecado e da morte recebe o poder da Palavra Onipotente do Deus que ‘tudo pode’. É viver a Onipotência de Cristo, o Pantocrator.
Deixar-se encontrar por Cristo e sua Palavra, é estar diante da Luz que dissipa todas as trevas da morte. E ainda é desfrutar das promessas que a misericórdia de Deus quer assumir conosco em todas as fragilidades da vida.
Com a Igreja, busquemos nos aproximar cada dia mais da Palavra Onipotente de Deus que ‘tudo pode’ e ‘tudo faz’ por aqueles que dela se aproximam. “No mistério refulgente da ressurreição, este silêncio da Palavra manifesta-se com o seu significado autêntico e definitivo. Cristo, Palavra de Deus encarnada, crucificada e ressuscitada, é Senhor de todas as coisas; é o Vencedor, o Pantocrator, e assim todas as coisas ficam recapituladas n’Ele para sempre (...) a Palavra que ressuscita. Desde o início, os cristãos tiveram consciência de que, em Cristo, a Palavra de Deus está presente como Pessoa. A Palavra de Deus é a luz verdadeira, de que o homem tem necessidade. Sim, na ressurreição, o Filho de Deus surgiu como Luz do mundo. Agora, vivendo com Ele e para Ele, podemos viver na luz”.[2]
Estela Márcia
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