“Se alguém me quer seguir, renuncie a si
mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai
perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai
salvá-la." (Mc 8-34-35)
Seguir a Jesus é um ato deliberado da vontade e do desejo de estar perto de Deus. Mas o seguimento propõe mudança de vida, mudança de vista, mudança de gostos e opções, é uma "metanóia", mudança de mentalidade, mudança total.
É
inadmissível que o seguidor de Jesus Cristo compactue com as hipocrisias que o
mundo vive impondo. É irreal pensar que um seguidor de Jesus Cristo ceda aos
apelos dos meios de comunicação que teimam em impor valores contra a família,
contra a honestidade e a verdade. É um contravalor. É um contratestemunho,
imaginar um cristão que ultraja a sua fé a partir das conformidades com o
paganismo das músicas erotizadas, e muitas vezes satânicas.
"Renuncie
a si mesmo ..." significa estar preparando-se a todo instante para analisar
as opções que lhes são apresentadas. A todo instante recebemos apelos para
sermos avarentos, orgulhosos, soberbos, e mentirosos, sem falar obviamente que,
estamos sendo treinados para a acomodação e a preguiça, então a
"cruz" para seguir a Jesus a partir das renúncias jamais será
abraçada.
O
comer, o vestir, o ter, o comprar ... vão dando espaço, cada vez maior, na
gulodice dos nossos dias. E tudo contribuindo para uma disputa nervosa que
acaba com os bravos valores da paciência e da compreensão, gerando uma relação
cada vez mais irascível. É o trânsito caótico que descortina um amontoado de
pessoas sem paciência, sem cortesia e sem respeito. O amor vai dando lugar ao
ódio, nas ruas, nas praças, nos convícios humanos, e infelizmente, começando
nas famílias. É a cultura da morte, chega a ser caótico, dramático e
anticristão. E nos perguntamos o que fazer.
Incansavelmente,
o Senhor Jesus renova todos os dias a sua Boa Nova. O Senhor nos convida a
lermos, meditarmos, contemplarmos e colocarmos em prática a sua PALAVRA. Ele
deseja que mudemos as nossas escolhas. Ele nos propõe novas opções. Suas opções
estão baseadas no amor e na fidelidade aos seus ensinamentos, no "Amar a
Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo".
Muito
propícia, neste domingo de setembro, estarmos refletindo sobre a importância do
seguimento de Jesus. É uma contraproposta para tudo o que estamos vendo,
ouvindo e vivendo. É um convite para aprofundarmos a cultura da vida. É uma
proposta para deixarmos os "vícios capitais" - Vícios que dão origem
a outros vícios cada vez piores, para abraçarmos as "virtudes
cardeais" - Virtudes que nos fazem cuidar bem dos que estão ao nosso
redor, a começar de nós mesmos, é claro.
Parece
incoerente falar de Cruz e de Amor na mesma medida, mas ao contrário, é falar
de entrega, de doação, de renúncia das próprias vontades, de cuidado com o
outro, de gentilezas e amizades que só na meditação da Cruz de Cristo
encontraremos ensinamento. É aí. É na Cruz que todos os males que estamos
padecendo encontram suas explicações. É na Cruz de Cristo que está o
complemento de vida que o cristão precisa para ser feliz. É abraçando a sua, a
nossa Cruz - problemas, dificuldades e limites, e olhando fixo para a Cruz de
Cristo, que todos nós conseguiremos renunciar aos valores do mundo para
abraçarmos os valores do Céu.
Deus
nos abençoe e nos ensine a abraçar a Cruz de Cristo, renunciar a nós mesmos e
segui-Lo.
Estela
Márcia.
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