quarta-feira, 22 de agosto de 2012

MEMÓRIA DE N. S. RAINHA

            “E o anjo disse-lhe: Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. (Lc 1,30-33)
            Ao instituir a memória de N. S. Rainha na introdução da Encíclica sobre a Realeza da Virgem Maria, 1954, "Ad Caeli Reginam" o Papa Pio XII lembra de forma clara a importância da Virgem Maria como intercessora nos momentos de alegria ou de graves perigos, e, atribui a ela o reinado de seu materno coração de Mãe do Rei Divino, Jesus Cristo: "Desde os primeiros séculos da Igreja católica, elevou o povo cristão orações e cânticos de louvor e de devoção à Rainha do céu tanto nos momentos de alegria, como, sobretudo, quando se via ameaçado por graves perigos; e nunca foi frustrada a esperança posta na Mãe do Rei divino, Jesus Cristo, nem se enfraqueceu a fé, que nos ensina reinar com materno coração no universo inteiro a Virgem Maria, Mãe de Deus, assim como está coroada de glória na bem-aventurança celeste".
            Certos precisamos estar de que, a visita do anjo a jovenzinha de Nazaré de nome Maria, trazia consigo a grande promessa do reinado do 'Filho do Altíssimo' que herdaria o trono de Davi, e que o seu Reino não teria fim. A ela concedido o poder de por o nome, Jesus, e pelo que sabemos todo Rei, é filho de Rainha, se não por herança, mas pelo alcance do poder que estiver sendo dado ao filho. No caso da Virgem Maria, o Reinado de seu Filho é Majestoso e traz o alcance do poder concedido pelo céu a Ele e a ela. Afinal, a visita do anjo foi da escolha de Deus, 'encontraste graça diante de Deus'. Uma visita milagrosa que tornou uma virgem em Mãe. A virgindade de Maria não foi empecilho para a Graça de Deus cobri-la e fazê-la mãe de seu Filho. Da mesma forma analisamos com a Igreja que o título de Rei, que começara no ventre de sua Maria, a tornara Trono da Graça e do Reinado de seu Filho, fazendo-a Rainha.
            O Poder do Altíssimo que cobriu Maria se expandiu. A simples presença e Maria encantou a Isabel - sua prima, e batizou a criança de seu ventre, João Batista. A Mãe do Senhor, a Mãe do Rei, era ela a Rainha que levara aquela aldeia o poder do alto, e a confirmação da missão que o Precursor acabara de receber.
            Citando a Sagrada Escritura e a Tradição da Igreja, o Papa Pio XII nos legou tão grande patrimônio na Encíclica que daria poder a Igreja de saldar a Mãe de Jesus Cristo - o Filho de Deus, como Rainha: "Assim, baseando-se nas palavras do arcanjo Gabriel, que predisse o reino eterno do Filho de Maria,e nas de Isabel, que se inclinou diante dela e a saudou como "Mãe do meu Senhor", compreende-se que já os antigos escritores eclesiásticos chamassem a Maria "mãe do Rei" e "Mãe do Senhor", dando claramente a entender que da realeza do Filho derivara para a Mãe certa elevação e preeminência. Santo Efrém, com grande inspiração poética, põe estas palavras na boca de Maria: "Erga-me o firmamento nos seus braços, porque eu estou mais honrada do que ele. O céu não foi tua mãe, e fizeste dele teu trono. Ora, quanto mais se deve honrar e venerar a mãe do Rei, do que o seu trono!" Em outro passo, assim invoca a Maria santíssima: "...Virgem augusta e protetora, rainha e senhora, protege-me à tua sombra, guarda-me, para que Satanás, que semeia ruínas, não me ataque, nem triunfe de mim o iníquo adversário".
            Com toda a Igreja, neste dia, honramos e louvamos a Rainha do Céu e da Terra, e consagramos as nossas famílias e nossas intenções particulares. A fim de que, como fez com Isabel, sua prima, a Virgem Maria possa reinar em nossas vidas. (Pai Nosso / 3 Ave Marias / Glória).
NOSSA SENHORA RAINHA, rogai por nós!
Estela Márcia
           
 

 

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