sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Meditação sobre o Silêncio do Sepulcro e o Silêncio do Sacrário


Ao contemplar a 14ª Estação da Via-Sacra... “Jesus tem seu corpo depositado no sepulcro”, nos diz o Evangelho de São João:
“Havendo Jesus tomado do vinagre, disse: Tudo está consumado. Inclinou a cabeça e rendeu o espírito(...) José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, mas ocultamente, por medo dos judeus, rogou a Pilatos a autorização para tirar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu. Foi, pois, e tirou o corpo de Jesus. Acompanhou-o Nicodemos (aquele que anteriormente fora de noite ter com Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés. Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar.No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo.” (Jo 19, 30.38-42)
Neste mistério insondável torna-se possível viver o silêncio de Amor, Consolação e Paz que brota da experiência que o Senhor permite a todos que mergulham nesta profunda oração de quietude e contemplação. Ainda nesta 14ª Estação, é possível perceber a extensão do acolhimento de Maria, a Mãe do Senhor, que após ter recebido e acolhido Seu Divino Filho em seus braços, vê repousar no silêncio do sepulcro seu Divino Corpo. Neste instante da contemplação, momento de oração e fé, se completa e se funde em nós, o Maternal Amor da Virgem que ora, intercede e nos ensina a silenciar.
Durante os momentos de contemplação na Adoração, há alguns anos ... Em minh’alma disse-me o Senhor:
O que dizer do Silêncio do Sepulcro em comparação ao Silêncio do Sacrário? ... é o mesmo Silêncio.” É assim em todas as contemplações da 14ª Estação da Via-Sacra (nas 4ªs. e 6ªs feiras).
Então podemos dizer sobre “O Silêncio do Sepulcro e o Silêncio do Sacrário” ...


É Silêncio que fala;
É Silêncio que escuta;
É Silêncio de amor;
É Silêncio de esperança;
É Silêncio de eternidade.

O Silêncio de um e de outro traduzem a mesma realidade;

O Silêncio do Sepulcro... Corpo flagelado;
O Silêncio do Sacrário...  Corpo glorificado;

O Silêncio do Sepulcro... Sangue que redime;
O Silêncio do Sacrário...  Sangue que revigora;

O Silêncio do Sepulcro... A consumação da entrega;
O Silêncio do Sacrário...  A totalidade da vida;

O Silêncio do Sepulcro... Resignação do sofrimento;
O Silêncio do Sacrário...  Consolação da alma;

O Silêncio do Sepulcro... Plenitude do martírio;
O Silêncio do Sacrário...  Plenitude da vida;

O Silêncio do Sepulcro... Início e fim da salvação eterna;
O Silêncio do Sacrário...  Início e fim da libertação na terra.

Estela Márcia
(Grifo meu




O Silêncio da Cruz e o Silêncio do Sacrário

O Silêncio da Cruz e o Silêncio do Sacrário...
Realidades de um mesmo Deus;
Riquezas de um mesmo Senhor;
Certeza dos que se aprofundam na fé;
Alegria dos que cultivam a esperança;
Milagre dos que se comprazem no amor.

O Silêncio da Cruz e o Silêncio do Sacrário...
Especialidade do Céu na terra;
Abastecimento dos justos;
Pureza dos humildes;
Força dos pobres;
Renovação dos mártires da vida.

O Silêncio da Cruz e o Silêncio do Sacrário...
Mistério dos doutos e dos simples;
Vigor dos fracos;
Perdão dos pecadores;
Salvação de todos os desejam a ETERNIDADE.

Estela Márcia
(Grifo meu com comprovação)

Martírio de Amor

(Em se tratando de ser hoje 6ª feira, a preparação do Ano da Fé terá a prática em sua profundidade).

Martírio de Amor (Poema)


Poema para o meu Senhor Jesus:

Pelo Vosso Martírio de Amor na Cruz, eu quero...
... Adorá-lo e fazê-Lo adorado;
... Entregar-me diariamente a Vós na Santíssima Eucaristia e dobrar-me a Vossa Santa Cruz;
... Romper com minhas vontades e caprichos humanos;
... Abandonar as paixões e corrigir os meus maus hábitos;
... Crescer nas virtudes e cultivar o amor;
... Viver a simplicidade de vida e cultivar a pobreza de coração;
... Cuidar dos que amo e doar-me aos que precisarem; 
... Oferecer-me por todas as famílias e orar por todos os pecadores;
... Interceder pela Igreja e jejuar pela santificação do clero;
... Orar pelos perseguidores e perdoar os caluniadores;
... Anunciar a Vossa Palavra e proclamar o Vosso Nome;
... Testemunhar a Vossa Cruz e revelar o Vosso Martírio de Amor.
Estela Márcia
(Grifo meu com confirmação)

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A fé sendo explicada pelo Catecismo ... “NÓS CREMOS”

(Artigo 2)
166. A fé é um ato pessoal, uma resposta livre do homem à proposta de Deus que Se revela. Mas não é um ato isolado. Ninguém pode acreditar sozinho, tal como ninguém pode viver só. Ninguém se deu a fé a si mesmo, como ninguém a si mesmo se deu a vida. Foi de outrem que o crente recebeu a fé; a outrem a deve transmitir. O nosso amor a Jesus e aos homens impele-nos a falar aos outros da nossa fé. Cada crente é, assim, um elo na grande cadeia dos crentes. Não posso crer sem ser amparado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para amparar os outros na fé.
167. «Eu creio» (44): é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada crente, principalmente por ocasião do Batismo. «Nós cremos» (45): é a fé da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, de modo mais geral, pela assembléia litúrgica dos crentes. «Eu creio»: é também a Igreja, nossa Mãe, que responde a Deus pela sua fé e nos ensina a dizer: «Eu creio», «Nós cremos».
I. «Olhai, Senhor, para a fé da vossa Igreja»
168. É, antes de mais, a Igreja que crê, e que assim suporta, nutre e sustenta a minha fé. É primeiro a Igreja que, por toda a parte, confessa o Senhor («Te per orbem terrarum sancta confitetur Ecclesia» – «A Santa Igreja anuncia por toda a terra a glória do vosso nome» – como cantamos no «Te Deum»). Com ela e nela, também nós somos atraídos e levados a confessar: «Eu creio», «Nós cremos». É da Igreja que recebemos a fé e a vida nova em Cristo, pelo Batismo. No Ritual Romano, o ministro do Batismo pergunta ao catecúmeno: «Que vens pedir à Igreja de Deus?» E ele responde: – «A fé». – «Para que te serve a fé?» – «Para alcançar a vida eterna» (46).
169. A salvação vem só de Deus. Mas porque é através da Igreja que recebemos a vida da fé, a Igreja é nossa Mãe. «Cremos que a Igreja é como que a mãe do nosso novo nascimento, mas não cremos na Igreja como se ela fosse a autora da nossa salvação» (47). É porque é nossa Mãe, é também a educadora da nossa fé.
II. A linguagem da fé
170. Não acreditamos em fórmulas, mas sim nas realidades que as fórmulas exprimem e que a fé nos permite «tocar». «O ato [de fé] do crente não se detém no enunciado, mas na realidade [enunciada]» (48). No entanto, é através das fórmulas da fé que nos aproximamos dessas realidades. As fórmulas permitem-nos exprimir e transmitir a fé, celebrá-la em comunidade, assimilá-la e dela viver cada vez mais.
171. A Igreja, que é «coluna e apoio da verdade» (1 Tm 3, 15), guarda fielmente a fé transmitida aos santos de uma vez por todas (49). É ela que guarda a memória das palavras de Cristo. É ela que transmite, de geração em geração, a confissão de fé dos Apóstolos. Tal como uma mãe ensina os seus filhos a falar e, dessa forma, a compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, ensina-nos a linguagem da fé, para nos introduzir na inteligência e na vida da fé.
III. Uma só fé
172. Desde há séculos, através de tantas línguas, culturas, povos e nações, a Igreja não cessa de confessar a sua fé única, recebida de um só Senhor, transmitida por um só Batismo, enraizada na convicção de que todos os homens têm apenas um só Deus e Pai (50). Santo Ireneu de Lião, testemunha desta fé, declara:
173. «A Igreja, embora dispersa por todo o mundo até aos confins da Terra, tendo recebido dos Apóstolos e dos seus discípulos a fé, [...] guarda [esta pregação e esta fé] com tanto cuidado como se habitasse numa só casa; nela crê de modo idêntico, como tendo um só coração e uma só alma; prega-a e ensina-a e transmite-a com voz unânime, como se tivesse uma só boca» (51).
174. «Através do mundo, as línguas diferem: mas o conteúdo da Tradição é um só e o mesmo. Nem as Igrejas estabelecidas na Germania têm outra fé ou outra tradição, nem as que se estabeleceram entre os Iberos ou entre os Celtas, as do Oriente, do Egito ou da Líbia, nem as que se fundaram no centro do mundo» (52). «A mensagem da Igreja é verídica e sólida, porque nela aparece um só e o mesmo caminho de salvação, em todo o mundo» (53).
175. Esta fé, «que recebemos da Igreja, guardamo-la nós cuidadosamente, porque sem cessar, sob a ação do Espírito de Deus, tal como um depósito de grande valor encerrado num vaso excelente, ela rejuvenesce e faz rejuvenescer o próprio vaso que a contém» (54).

“A certeza que vive em mim...”

O Catecismo (CIC) define a fé a partir de algumas características, A Fé é uma Graça’; ‘A Fé um dom de Deus’, ‘A Fé é um ato humano’, e apresenta a sua relação com a inteligência, a razão, a ciência e a liberdade humana. Utiliza a Sagrada Escritura para afirmar que a fé é uma exigência para a salvação e que "sem a fé não é possível agradar a Deus" (Heb 11, 6), e que a perseverança na fé, na boa consciência e nas boas obras é o início da eternidade ainda neste tempo. (CIC 153 a 165)
            Como dizíamos na página anterior, é momento de reflexão da fé. É momento de preparação para adentrarmos no ‘Ano da Fé’. E é com o auxílio do Espírito de Deus que ao cantar em nós, somos conduzidos a oração e a mais uma experiência de fé.



“A certeza que vive em mim
É que um dia verei a Deus
Contemplá-lo com os olhos meus
É a felicidade sem fim.
O sentido de todo viver
Eu encontro na fé e no amor
Cada passo que eu der
Será buscando o meu senhor.

Peregrinos nós somos aqui,
Construindo morada no céu
Quando Deus chamar a si
Quem foi na terra amigo seu.”
       (Miria T. Kolling, icm)

Oremos:
Obrigada Senhor por este canto!
Obrigada por esta certeza de felicidade eterna, onde não mais haverá choro, dor, tristeza e angústia.
(lá) Viveremos para adorar-Vos Senhor!
Viveremos a Plenitude do amor, amando e sendo amado por Vós, e, por todos que conosco estiverem gozando dessa tão sonhada “Beatitude”!
Obrigada, Maravilhoso e Poderoso Deus!
Sois Fiel, Justo, Santo e Misericordioso!
Recolha de nossas almas aquilo que temos de melhor para Vós, Senhor!
Transformai em nós, tudo aquilo que não Vos for agradável, em benção e em alegria para o gozo eterno!
Transforme tudo aquilo já iniciado aqui neste mundo... E permitais que assim seja também para todos os que nos rodeiam!
Capacitai-nos para vivermos a certeza da fé que nos faça ir ao encontro do outro, a partir do encontro pessoal convosco!
Vinde Senhor, acendendo em nós a “Luz da Fé” que nos leva a sermos canais da Vossa Graça uns para com os outros, e todos, para com aqueles que não vos conhecem!
Há Vosso tempo e escolha, concedei a nós, homens e mulheres deste novo tempo – onde o virtual tem dado lugar ao humano e ao real, as condições para voltarmos ao primeiro amor em nossos relacionamentos, para convosco e entre nós!
Iluminai a nossa fé, aumentai a nossa esperança e alimentai o nosso desejo de eternidade para que possamos fugir das situações de esfriamento fraterno e familiar!
Que os esposos possam reencontrar em Vosso Amor ‘a medida do amor sem medidas’, como nos disse Santo Agostinho!
Que o amor sem medidas nos faça ser - enquanto pais, para nossos filhos e nossas famílias, aquilo que Sois para as nossas almas, essência e fonte de todo bem..., e acima de tudo, certeza de ETERNIDADE! Amém!
Estela Márcia



terça-feira, 28 de agosto de 2012

« a certeza dada pela luz divina é maior do que a dada pela luz da razão natural». (São Tomás de Aquino)


            Interessante e até fugaz é a certeza que a Teologia da Igreja nos concede para crer na Luz de Deus. Digo fugaz enquanto vida terrena, lembrando que a palavra fugaz aqui assume o seu sentido real, o seu sinônimo de transitório. Então como Mãe e Mestra a Igreja cumpre o seu papel ao ensinar-nos que o ato de crer é passageiro, mas por outro lado nos afirma a necessidade do crer e depender de Deus. Por isso, sabiamente, o Santo padre o Papa Bento XVI, como pastor e guia do rebanho do Senhor, nos convoca para a “Porta Fidei” – já apresentada nas páginas anteriores. Este momento da vida da Igreja será mais que uma simples reflexão sobre a fé, ele será um ano de Celebração da Fé. Nesta Celebração se exigirá de toda a igreja um minucioso estudo dos documentos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica – como já começamos a fazer no último dia 26 de agosto neste Blog.
            Precisamos iluminar a nossa fé, alimentar a nossa esperança, aumentar a caridade em nós e estarmos em sintonia com toda a Igreja. Para que isso ocorra, precisaremos refletir e esgotar questões básicas que norteiam a nossa fé. Começamos então por analisar o ato de crer, prática evocada pela ‘Parte I’ do CIC (Catecismo da Igreja Católica) ao refletir sobre “A Profissão de Fé”, elemento fundamental de nossa doutrina católica.
            O ato de crer produz a certeza e a confirmação que a própria luz divina traz ao coração, ultrapassando a razão e a inteligência humana, como nos diz Santo Tomás de Aquino, “a certeza dada pela luz divina é maior do que a dada pela luz da razão natural. Assim, torna-se inexplicável ao homem dizer com palavras humanas aquilo que o próprio Deus, através de seu Espírito Santo lhe comunica e lhe faz experimentar e anunciar. Por isso com propriedade o CIC no Capítulo I vai nos dizer que ‘O homem é capaz de Deus’. E como tal, o Concílio Vaticano II dirá através da Constituição Pastoral ‘Gaudium et Spes’ – GS (Trad.: As ‘Alegrias e Esperanças’ sobre a Igreja no mundo de hoje) “O aspecto mais sublime da dignidade humana está nesta vocação do homem à comunhão com Deus” (Gaudim et spes, 19,1).
            Na comunhão com Deus o homem é chamado a submeter-se ao seu Senhorio, porém para que isso ocorra, ele incorrerá nas experiências de cruz e de glória com a mesma firmeza. São Paulo nos dirá que “pela fé temos a paz com Deus.” (Rm 5,1). Então pela fé, o homem e a mulher de Deus, estarão inteiramente entregues a Ele sem querer explicações demasiadamente humanas para os seus conflitos interiores e exteriores, mas apenas viverão e farão aquilo que lhes for oferecido. Ainda, o homem e a mulher de Deus, pela fé se permitirão viver as tribulações como crescimento da paciência e da fidelidade, e as duas como certeza do algo mais que a esperança no Amor de Deus lhes cumulará.
            Vivamos com “a certeza dada pela luz divina” para este momento da vida de nossa Igreja sem jamais desanimar, mas ao contrário, permitindo-nos crescer na Fé!
                                                                                                          Estela Márcia
              
           

domingo, 26 de agosto de 2012

A fé sendo explicada no Catecismo da Igreja Católica

“EU CREIO” (Artigo 1)
I.A «obediência da fé»
144. Obedecer (ob-audire) na fé é submeter-se livremente à palavra escutada, por a sua verdade ser garantida por Deus, que é a própria verdade. Desta obediência, o modelo que a Sagrada Escritura nos propõe é Abraão. A sua realização mais perfeita é a da Virgem Maria.
II. «Eu sei em quem pus a minha fé» (2 Tm 1, 12)
CRER SÓ EM DEUS
150. Antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus. Enquanto adesão pessoal a Deus e assentimento à verdade por Ele revelada, a fé cristã difere da fé numa pessoa humana. É justo e bom confiar totalmente em Deus e crer absolutamente no que Ele diz. Seria vão e falso ter semelhante fé numa criatura.
CRER EM JESUS CRISTO, FILHO DE DEUS
151. Para o cristão, crer em Deus é crer inseparavelmente n'Aquele que Deus enviou – «no seu Filho muito amado» em quem Ele pôs todas as suas complacências: Deus mandou-nos que O escutássemos. O próprio Senhor disse aos seus discípulos: «Acreditais em Deus, acreditai também em Mim» (Jo 14, 1). Podemos crer em Jesus Cristo, porque Ele próprio é Deus, o Verbo feito carne: «A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer»
(Jo 1, 18). Porque «viu o Pai» (Jo 6, 46), Ele é o único que O conhece e O pode revelar.
CRER NO ESPÍRITO SANTO
152. Não é possível acreditar em Jesus Cristo sem ter parte no seu Espírito. É o Espírito Santo que revela aos homens quem é Jesus. Porque «ninguém é capaz de dizer: "Jesus é Senhor", a não ser pela acção do Espírito Santo» (1 Cor 12, 3). «O Espírito penetra todas as coisas, até o que há de mais profundo em Deus [...]. Ninguém conhece o que há em Deus senão o Espírito de Deus» (1 Cor 2, 10-11). Só Deus conhece inteiramente Deus. Nós cremos no Espírito Santo, porque Ele é Deus.
A Igreja não cessa de confessar a sua fé num só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.
III. As características da fé
A FÉ É UMA GRAÇA
153. Quando Pedro confessa que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus declara-lhe que esta revelação não lhe veio «da carne nem do sangue, mas do seu Pai que está nos Céus» (Mt 16, 17). A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele. «Para prestar esta adesão da fé, são necessários a prévia e concomitante ajuda da graça divina e os interiores auxílios do Espírito Santo, o qual move e converte o coração para Deus, abre os olhos do entendimento, e dá "a todos a suavidade em aceitar e crer a verdade"».
A FÉ É UM ATO HUMANO
154. O ato de fé só é possível pela graça e pelos auxílios interiores do Espírito Santo. Mas não é menos verdade que crer é um acto autenticamente humano. Não é contrário nem à liberdade nem à inteligência do homem confiar em Deus e aderir às verdades por Ele reveladas. Mesmo nas relações humanas, não é contrário à nossa própria dignidade acreditar no que outras pessoas nos dizem acerca de si próprias e das suas intenções, e confiar nas suas promessas (como, por exemplo, quando um homem e uma mulher se casam), para assim entrarem em mútua comunhão. Por isso, é ainda menos contrário à nossa dignidade «prestar, pela fé, submissão plena da nossa inteligência e da nossa vontade a Deus revelador» e entrar assim em comunhão intima com Ele.
155. Na fé, a inteligência e a vontade humanas cooperam com a graça divina: «Credere est actas intellectus assentientis veritati divinae ex imperio voluntatis, a Deo motae per gratiam» — «Crer é o acto da inteligência que presta o seu assentimento à verdade divina, por determinação da vontade, movida pela graça de Deus».
A FÉ E A INTELIGÊNCIA
156. O motivo de crer não é o facto de as verdades reveladas aparecerem como verdadeiras e inteligíveis à luz da nossa razão natural. Nós cremos «por causa da autoridade do próprio Deus revelador, que não pode enganar-se nem enganar-nos». «Contudo, para que a homenagem da nossa fé fosse conforme à razão, Deus quis que os auxílios interiores do Espírito Santo fossem acompanhados de provas exteriores da sua Revelação». Assim, os milagres de Cristo e dos santos, as profecias, a propagação e a santidade da Igreja, a sua fecundidade e estabilidade «são sinais certos da Revelação, adaptados à inteligência de todos», «motivos de credibilidade», mostrando que o assentimento da fé não é, «de modo algum, um movimento cego do espírito».
157. A fé é certa, mais certa que qualquer conhecimento humano, porque se funda na própria Palavra de Deus, que não pode mentir. Sem dúvida, as verdades reveladas podem parecer obscuras à razão e à experiência humanas; mas «a certeza dada pela luz divina é maior do que a dada pela luz da razão natural». «Dez mil dificuldades não fazem uma só dúvida».
158. «A fé procura compreender»: é inerente à fé o desejo do crente de conhecer melhor Aquele em quem acreditou, e de compreender melhor o que Ele revelou; um conhecimento mais profundo exigirá, por sua vez, uma fé maior e cada vez mais abrasada em amor. A graça da fé abre «os olhos do coração» (Ef 1, 18) para uma inteligência viva dos conteúdos da Revelação, isto é, do conjunto do desígnio de Deus e dos mistérios da fé, da íntima conexão que os Liga entre si e com Cristo, centro do mistério revelado. Ora, para «que a compreensão da Revelação seja cada vez mais profunda, o mesmo Espírito Santo aperfeiçoa sem cessar a fé, mediante os seus dons». Assim, conforme o dito de Santo Agostinho, «eu creio para compreender e compreendo para crer melhor».
159. Fé e ciência. «Muito embora a fé esteja acima da razão, nunca pode haver verdadeiro desacordo entre ambas: o mesmo Deus, que revela os mistérios e comunica a fé, também acendeu no espírito humano a luz da razão. E Deus não pode negar-Se a Si próprio, nem a verdade pode jamais contradizer a verdade». «É por isso que a busca metódica, em todos os domínios do saber, se for conduzida de modo verdadeiramente científico e segundo as normas da moral, jamais estará em oposição à fé: as realidades profanas e as da fé encontram a sua origem num só e mesmo Deus. Mais ainda: aquele que se esforça, com perseverança e humildade, por penetrar no segredo das coisas, é como que conduzido pela mão de Deus, que sustenta todos os seres e faz que eles sejam o que são, mesmo que não tenha consciência disso».
A LIBERDADE DA FÉ
160. Para ser humana, «a resposta da fé, dada pelo homem a Deus, deve ser voluntária. Por conseguinte, ninguém deve ser constrangido a abraçara fé contra vontade. Efetivamente, o ato de fé é voluntário por sua própria natureza». «E certo que Deus chama o homem a servi-Lo em espírito e verdade; mas, se é verdade que este apelo obriga o homem em consciência, isso não quer dizer que o constranja [...]. Isto foi evidente, no mais alto grau, em Jesus Cristo». De fato, Cristo convidou à fé e à conversão, mas de modo nenhum constrangeu alguém. «Deu testemunho da verdade, mas não a impôs pela força aos seus contraditores. O seu Reino [...] dilata-se graças ao amor, pelo qual, levantado na cruz, Cristo atrai a Si todos os homens».
A NECESSIDADE DA FÉ
161. Para obter a salvação é necessário acreditar em Jesus Cristo e n'Aquele que O enviou para nos salvar. «Porque "sem a fé não é possível agradar a Deus" (Heb 11, 6) e chegar a partilhar a condição de filhos seus; ninguém jamais pode justificar-se sem ela e ninguém que não "persevere nela até ao fim"
 (Mt 10, 22; 24, 13) poderá alcançar a vida eterna».
A PERSEVERANÇA NA FÉ
162. A fé á um dom gratuito de Deus ao homem. Mas nós podemos perder este dom inestimável. Paulo adverte Timóteo a respeito dessa possibilidade: «Combate o bom combate, guardando a fé e a boa consciência; por se afastarem desse princípio é que muitos naufragaram na fé» (1 Tm 1, 18-19). Para viver, crescer e perseverar até ao fim na fé, temos de a alimentar com a Palavra de Deus; temos de pedir ao Senhor que no-la aumente; ela deve «agir pela caridade» (Gl 5, 6), ser sustentada pela esperança e permanecer enraizada na fé da Igreja.
A FÉ – VIDA ETERNA INICIADA
163. A fé faz que saboreemos, como que de antemão, a alegria e a luz da visão beatifica, termo da nossa caminhada nesta Terra. Então veremos Deus «face a face» (1 Cor 13, 12), «tal como Ele é»
 (1 Jo 3, 2). A fé, portanto, é já o princípio da vida eterna:
«Enquanto, desde já, contemplamos os benefícios da fé, como reflexo num espelho, é como se possuíssemos já as maravilhas que a nossa fé nos garante havermos de gozar um dia».
164. Por enquanto porém, «caminhamos pela fé e não vemos claramente» (2 Cor 5, 7), e conhecemos Deus «como num espelho, de maneira confusa, [...] imperfeita» (1 Cor, 13, 12). Luminosa por parte d'Aquele em quem ela crê, a fé é muitas vezes vivida na obscuridade, e pode ser posta à prova. O mundo em que vivemos parece muitas vezes bem afastado daquilo que a ,fé nos diz: as experiências do mal e do sofrimento, das injustiças e da morte parecem contradizer a Boa-Nova, podem abalar a fé e tornarem-se, em relação a ela, uma tentação.
165. É então que nos devemos voltar para as testemunhas da fé: Abraão, que acreditou, «esperando contra toda a esperança» (Rm 4, 18); a Virgem Maria que, na «peregrinação da fé» , foi até à «noite da fé», comungando no sofrimento do seu Filho e na noite do seu sepulcro; e tantas outras testemunhas da fé: «envoltos em tamanha nuvem de testemunhas, devemos desembaraçar-nos de todo o fardo e do pecado que nos cerca, e correr com constância o risco que nos é proposto, fixando os olhos no guia da nossa fé, o qual a leva à perfeição» (Heb 12, 1-2).


sábado, 25 de agosto de 2012

Preparando-nos para o Ano da Fé ...

A DIFERENÇA ENTRE CRENÇA E FÉ
1 - Crença: Esforço humano na busca de Deus.
2 - Fé:
  • É a busca do Deus que se revela.
  • É Deus que mostra-se ao homem.
  • Jesus Cristo revela e é revelado.
  • A fé é a resposta do homem que se mostra a Deus.
 3 - Histórico:
  • O início do cristianismo é a história de um homem que realmente existiu.
  • A fé aqui não é subjetiva, ela é real pelo conhecimento.
  • A fé é confiança no que pelo conhecimento nos damos conta.
  • Quem conhece a história de Jesus e não dá a resposta a Ele não tem fé.
  • A fé é um ato de vontade diante do que conhecemos.
  • O ato da fé é um ato de vontade.
  • Jesus diz: "Isto é o meu corpo", é acreditar dando uma resposta da vontade.
  • A fé não é sentimento, pois o sentimento nos abandona, ele oscila.
  • A fé precisa do esforço da vontade. A fé que se esforça em crer se torna ma fé virtuosa.
      Ex.: A Cruz (Disse Jesus: "Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me." - Mc 8,34) Aqui a vontade se esforça em crer.
·         A fé não é volúvel, não é abstrata ... é decisão da vontade.
·         Por isso afirmamos sobre os que se dizem ATEUS:
·         Não há ateus, há IDÓLATRAS.
·         São pessoas que colocaram alguma coisa no lugar de Deus.
·         O ATEÍSMO é uma posição apenas TEÓRICA, na prática não se sustenta.
·         Não existe método científico que comprove suas teorias.
      Ex.: Ateísta militante, autor do livro "O relojoeiro", cedeu ao Bispo anglicano , na Inglaterra.
             Na verdade ele não era um ateu, e sim, um agnóstico.
4 - Como é o Conhecimento de Deus?

(Carta aos Romanos 10,14b) A fé entra pelo ouvido. A fé se obtem pela pregação. Quanto mais ouvimos mais cremos.
"8. Que diz ela, afinal? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração (Dt 30,14). Essa é a palavra da fé, que pregamos. 9. Portanto, se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10. É crendo de coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação. 11. A Escritura diz: Todo o que nele crer não será confundido (Is 28,16). 12. Pois não há distinção entre judeu e grego, porque todos têm um mesmo Senhor, rico para com todos os que o invocam, 13. porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Jl 3,5). 14. Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? 15. E como pregarão, se não forem enviados, como está escrito: Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas (Is 52,7)?"
       A fé você não gera de si mesmo.
  • Temos fé na fé dos Apóstolos que viveram com Jesus e viram Jesus ressuscitado.
  • O apóstolo é a testemunha.
  • A fé é uma questão de transmissão de conhecimento e experiência. (Saulo/Paulo, Atos 9, 22, 26)
  • A fé não é um método científico. É uma realidade de continuação de Deus na Encarnação.
  • A fé é uma realidade Eclesial.
  • Ser cristão é morrer para seu "eu" para assumir o "EU" de Cristo. (CIC § 37; Papa Bento XVI: A PORTA DA FÉ (Porta Fidei).
  • Ser cristão é ser um membro eclesial.
  • Como membro eclesial o cristão é chamado a crer na fé apostólica:
    1. Jesus presente na Eucaristia, na sua presença substancial.
    2. No conhecimento transmitido pelos santos.
*A Igreja tem uma longa história de transmissão.
5 - Quais são as práticas da fé?
  • A fé não é cega, ela precisa de uma doutrina.
  • A Doutrina tem seu conteúdo no Catecismo da Igreja Católica (CIC).
  • A Doutrina é o alimento da fé.
No Catecismo encontramos o CREDO (Símbolo Apostólico)
    1. Credo, do latim creio.
    2. Não é uma oração, mas uma "Referência" de Deus.
    3. Surgiu para combater as heresias.
    4. Era exigência no início da Igreja como proclamação batismal enunciada pelo catecúmeno, contendo as proposições objeto da fé na qual estava sendo admitido o batizado. Em 325, passou a ser uma síntese dos dogmas da fé promulgada pela autoridade eclesiástica, através do Concílio de Nicéia (I)
(Pe. Paulo Ricardo, 14 de abril de 2012 - Programa 8º Dia, rede Canção Nova)
(Adaptações do CIC - Catecismo da Igreja Católica, Estela Márcia)

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

''A porta da fé está sempre aberta para nós''

Estamos às portas do início da “Porta Fidei” declarada pelo Santo Padre, o Papa Bento XVI, no dia 17 de outubro de 2011, para início em 11 de outubro de 2012 até novembro de 2013, Festa de Cristo Rei. Leia abaixo os principais pontos da Carta Apostólica, a fim de que possamos todos em união com a Igreja, no Brasil e no mundo inteiro, vivermos intensamente as propostas de nosso Pastor.

Principais pontos da Carta Apostólica do Papa Bento XVI

  • "A PORTA DA FÉ (Porta Fidei), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós.  
  •  "Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo", salienta.
  • O Ano da Fé iniciará em 11 de outubro de 2012, no 50º aniversário de abertura do Concílio Vaticano II, e terminará em 24 de novembro de 2013, Solenidade de Cristo Rei do Universo.
  •  "Será um momento de graça e de empenho para uma sempre mais plena conversão a Deus, para reforçar a nossa fé n'Ele e para anunciá-Lo com alegria ao homem do nosso tempo"...
  •  "Este caminho tem início com o Batismo, pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna"...
  • "Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos", adverte na Porta Fidei.
  • Ano da Fé: Não é a primeira vez que a Igreja é chamada a celebrar um Ano da Fé. Já o Servo de Deus Papa Paulo VI, em 1967, proclamou um ano semelhante, para celebrar o 19º centenário do martírio dos apóstolos Pedro e Paulo.
  • "Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, 'não perdem o seu valor nem a sua beleza'. [...] Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: 'Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja'", escreve Bento XVI na Carta Apostólica divulgada nesta segunda-feira.
  • Em 11 de Outubro de 2012, além dos 50 anos da convocação do Vaticano II, também se completarão 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo Beato Papa João Paulo II.
  • Conforme Bento XVI, este Ano deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo a sua síntese sistemática e orgânica.
  •  "Assim, no Ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural. [...]  
  • O Bispo de Roma convida também seus Irmãos Bispos de todo o mundo a comemorar o dom precioso da fé.
  • Queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda.
          Propõe o Santo Padre à Igreja:
  1. Intensificar-se a reflexão sobre a fé,
  2.  Ajudar a todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente.
  3.  A revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver.
  4. Confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias,
  5. Fazer publicamente profissão do Credo.
  6. Intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia. [...]
          Apresenta os desafios:
    • O Papa analisa que nos dias atuais, mais do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogativos, que provêm de uma mentalidade que reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas.
    • "Mas a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas tendem, embora por caminhos diferentes, para a verdade", ensina.
    • Da mesma forma, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos.
    • "O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado. 
           Incentiva o Santo Padre:
                     "A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este 'estar com Ele', introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. É um ato da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita (...) A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar.[...] Só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus".
          
Vivamos intensamente este momento da vida da Igreja!
O salmista, no salmo 117,24 nos ajudará a cantar este momento como um intenso dia.
Dia de alegria e exultação que vai durar 12/13 meses, mas nos fará viver e experimentar o crescimento da fé, da esperança e da caridade.
"Este é o momento (dia) que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!"
Estela Márcia