Tomados das vaidades e dos sofrimentos deste tempo
em que vivemos, nós cristãos, precisamos deixar-nos ser transformados pela
Palavra de Deus, pela vida de oração, por um seguro projeto de vida, onde Deus
seja o Senhor e Salvador de todas as decisões e situações. Com facilidade somos
conduzidos facilmente a inumeráveis escravidões, seja ela de ordem material ou
espiritual, que acabam levando a perdição. Atualizando a Palavra de Deus em
nossa vida, refletimos com São Paulo: "Irmãos:
Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com
a glória que deve ser revelada em
nós. De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o
momento de se revelarem os filhos de Deus. Pois a criação ficou sujeita à
vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a
sujeitou; também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim,
participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus. Com efeito, sabemos que
toda a criação, até o tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. E
não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito,
estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o
nosso corpo." (Rm
8,18-23)
Os vinte e três versículos do capítulo
treze de são Mateus, neste 15º Domingo do Tempo Comum, leva-nos a refletir
sobre a importância de deixarmos frutificar em nossas vidas a Palavra de Deus. Somos
convidados a meditar os solos apresentados por Jesus, para então podermos nos
examinar. Qual é o solo do meu e do seu coração diante da Palavra do Senhor? Solo
a beira do caminho da vida. Recebendo a Palavra de Deus, deixa-se envolver
pelas distrações do mundo, e assim, permitindo que as sementes lançadas sejam
perdidas e dispersadas? Solo pedregoso. Recebendo a Palavra de Deus, não
cria raiz porque as preocupações da vida se tornam mais importantes? Solo
espinhoso. Recebendo a Palavra de Deus, permite que os prazeres sufoquem a
mensagem recebida e os propósitos desejados? Solo de terra boa. Recebendo
a Palavra de Deus, acolhe e converte-se, permitindo que se cumpra a sua
proposta, como diz o Senhor pelo Profeta Isaías: "Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam
mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente,
para o plantio e para a alimentação, assim a palavra que sair de minha boca:
não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e
produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”. (Is 55,10-11) Assim, com o salmista rezamos: "Visitais
a nossa terra com as chuvas, e transborda de fartura. Rios de Deus que vêm do
céu derramam águas, e preparais o nosso trigo. É assim que preparais a nossa
terra: vós a regais e aplainais, os seus sulcos com a chuva amoleceis e
abençoais as sementeiras. O ano todo coroais com vossos dons, os vossos passos
são fecundos; transborda a fartura onde passais, brotam pastos no deserto. As
colinas se enfeitam de alegria, e os campos, de rebanhos; nossos vales se
revestem de trigais: tudo canta de alegria!" (Sl 64)
Estela Márcia
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