quarta-feira, 7 de novembro de 2012

“Fazei tudo sem reclamar ou murmurar, para que sejais livres de repreensão e ambiguidade filhos de Deus sem defeito (Fl 2,14-15)


É tempo de renúncia, é tempo de abandono da vontade e do querer puramente humano para um investimento com sabor de eternidade. Com propriedade Jesus ensina aos discípulos quais as exigências do seguimento a Ele. ”...se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!...” (Lc 14,23b)
Vivemos com uma enormidade de excessos em nossos dias, onde o vestir e o comer já não se contentam com o necessário, mas se fartam do útil e do inútil simplesmente para ter, ser e poder se manter em alta nos relacionamentos. Porém, o que precisa preocupar a todo cristão é apenas o trabalho para a salvação – como nos diz São Paulo, “trabalhai para a vossa salvação, com temor e tremor. Pois é Deus que realiza em vós tanto o querer como o fazer, conforme o seu desígnio benevolente.” (Fl 2,12d-13) E bem ao contrário, esquecemo-nos que é e será sempre a Vontade de Deus que conduzirá ‘todas’ as coisas, mesmo que não compreendamos. Assim, todos os que não se preocupam com a salvação ficarão apenas conflitados por não entenderem o resultado de suas ações impensadas.
Portanto, conformemo-nos à vontade de nosso Deus e então perceberemos as suas providências e misericórdias conduzindo-nos sempre mais para a salvação, salvação que já começa aqui neste mundo, seja nas nossas experiências diárias boas ou não tão boas, nos nossos relacionamentos muito ou pouco fiéis, enfim, deixando Deus ser Deus em nossas vidas e em nossas escolhas. Assim compreenderemos que a benevolência Divina ultrapassa todo e qualquer limite humano, e que o viver supõe uma missão, e essa missão requer de nós um compromisso de renúncia e de escolhas que tragam uma bandeira de fé e esperança presa no mastro da Cruz de Cristo. Não queiramos que seja feita a nossa vontade, mas a ‘Benevolente’ Vontade de Deus.
Façamos tudo por amor a Deus sem reclamações, mas com o contentamento de Deus, permitindo-nos viver as propostas do Evangelho com as certezas que ele nos traz de ‘vida, e vida em abundância’, tomando posse da dignidade de ser chamado discípulo de Cristo.
Aprendamos a renunciar às nossas vontades para fazer a vontade de Deus em nossas vidas!
Que o Senhor e a Senhora do céu nos aponte a cada dia o Caminho da Eternidade feliz! Amém!
Estela Márcia
                     

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