quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A Festa de Cristo Rei e o ADVENTO

         No Domingo - o último do ano eclesiástico - confessamos a Jesus Cristo Rei e Senhor do universo. Rei e Senhor da criação inteira. O centro da história. A esperança da humanidade. Porque Cristo, que é a salvação de Deus para todos os homens, já inaugurou seu reino neste mundo.
Comemoramos este mês a festa de um Rei que, paradoxalmente, proclama a simplicidade e a humildade. Sua festa tem que ser a ocasião de aprofundarmos na verdade mais essencial de nossa fé. Nesse dia encerramos o ano litúrgico e começamos o tempo ADVENTO. A Igreja convida-nos a concentrar nossa mente e coração nesse fundamento de nossa fé; Jesus Cristo, o Senhor.
           A festa de Cristo Rei é a coroação de todo o ciclo da liturgia eclesiástica, porque na figura de Cristo Rei, se resume toda a obra salvadora do Messias. Na realidade, já tínhamos celebrado na Semana Santa a festa da realeza de Cristo, o dia da Páscoa, porque em sua ressurreição Cristo assume o domínio sobre a nova Criação redimida. Na Ascensão ao céu também, porque nesse dia foi elevado para junto do Pai, e também em cada Domingo comemoramos o dia do Senhor ao celebrar a eucaristia.  O Advento é um dos tempos do Ano Litúrgico e pertence ao ciclo do Natal. A liturgia do Advento caracteriza-se como período de preparação, como pode-se deduzir da própria palavra advento que origina-se do verbo latino advenire, que quer dizer chegar.
            Advento é tempo de espera d’Aquele que há de vir. Pelo Advento nos preparamos para celebrar o Senhor que veio, que vem e que virá; sua liturgia conduz a celebrar as duas vindas de Cristo: Natal e Parusia. Na primeira, celebra-se a manifestação de Deus experimentada há mais de dois mil anos com o nascimento de Jesus, e na segunda, a sua desejada manifestação no final dos tempos, quando Cristo vier em sua glória. O tempo do Advento formou-se progressivamente a partir do século IV e já era celebrado na Gália e na Espanha. Em Roma, onde surgiu a festa do Natal, passou a ser celebrado somente a partir do século VI, quando a Igreja Romana vislumbrou na festa do Natal o início do mistério pascal e era natural que se preparasse para ela como se preparava para a Páscoa. Nesse período, o tempo do Advento consistia em seis semanas que antecediam a grande festa do Natal. Foi somente com São Gregório Magno (590-604) que esse tempo foi reduzido para quatro domingos, tal como hoje celebramos.
 
            Um dos muitos símbolos do Natal é a coroa do Advento que, por meio de seu formato circular e de suas cores, silenciosamente expressa a esperança e convida à alegre vigilância. A coroa teve sua origem no século XIX, na Alemanha, nas regiões evangélicas, situadas ao norte do país.  Nós, católicos, adotamos o costume da coroa do Advento no início do século XX. Na confecção da coroa eram usados ramos de pinheiro e cipreste, únicas árvores cujos ramos não perdem suas folhas no outono e estão sempre verdes, mesmo no inverno. Os ramos verdes são sinais da vida que teimosamente resiste; são sinais da esperança.
            Em algumas comunidades, os fiéis envolvem a coroa com uma fita vermelha que lembra o amor de Deus que nos envolve e nos foi manifestado pelo nascimento de Jesus. Até a figura geométrica da coroa, o círculo, tem um bonito simbolismo. Sendo uma figura sem começo e fim, representa a perfeição, a harmonia, a eternidade. Na coroa, também são colocadas quatro velas referentes a cada domingo que antecede o Natal. A luz vai aumentando à medida em que se aproxima o Natal, festa da luz que é Cristo, quando a luz da salvação brilha para toda humanidade. Quanto às cores das quatro velas, quase em todas as partes do mundo é usada a cor vermelha. No Brasil, até pouco tempo atrás, costumava-se usar velas nas cores roxa ou lilás, e uma vela cor de rosa referente ao terceiro domingo do Advento, quando celebra-se o Domingo de Gaudete (Domingo da Alegria), cuja cor litúrgica é rosa. Porém, atualmente, tem-se propagado o costume de velas coloridas, cada uma de uma cor, visto que nosso país é marcado pelas culturas indígena e afro, onde o colorido lembra festa, dança e alegria.
Estela Márcia (Adaptações)
 
 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Salve N. S. das Graças, Mãe da Medalha Milagrosa!

           Ao celebrarmos o dia de N. S. das Graças precisamos agradecê-la por tantos feitos em nossas vidas, de nossa Igreja e de nossas famílias ...
           Com especial amor ...
          Obrigada ó Senhora das Graças pela fidelidade e intercessão para com as nosssas orações ao longo de todo este ano! 
           Muitos foram os pedidos e súplicas!
           Muitas foram as intenções!
           Muitas foram as Graças!
           Muitas foram as Bênçãos!
           Muitos são os agradecimentos! Diante das incontáveis Graças ...    
           Obrigada por ter cuidado de tudo junto ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo na vida de Lizza marcia e Bruno! 
           Permanecei em suas vidas cumulando-os de Fé, Esperança e Amor a Deus!
           Ensinai-os sempre a olharem para o Caminho, a Verdade e a Vida que é o vosso Filho Jesus Cristo!
          Fazei-os administradores dos bens do Reino dos Céus na família que o Senhor for lhes concedendo!
           N.S. das Graças, Mãe e Rainha do Céu e da Terra, rogai por nossas famílias e nossos desejos de permanecermos fiéis ao chamado que recebemos do Senhor, seja como mãe, pai, irmãos e filhos!
          Que sejamos uns para os outros aquilo que o Senhor Jesus, Rei do Universo espera de nós, amando a Deus sobre todas as coisas e aos próximo como a nós mesmos!
Salve N. S. das Graças, Mãe da Medalha Milagrosa!
Estela Márcia
 





A Devoção à Nossa Senhora das Graças

 Breve Histórico          
Foi na segunda aparição a 27 de novembro de 1830, em Paris, na França; que Nossa Senhora apareceu a uma das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo, à humilde noviça Santa Catarina Labouré. Ela descreve como lhe foi revelada a Medalha da Imaculada Conceição:           
            A Virgem apareceu sobre um globo, pisando uma serpente e segurando nas mãos um globo menor, oferecendo-o à Deus, num gesto de súplica.
           
Enquanto A contemplava, Catarina ouviu uma voz que lhe disse:
              "Este globo que vês representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que Me as pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais delgados correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir.“
A ORAÇÃO:
             Enquanto Maria estava rodeada duma luz brilhante, de repente, o globo desapareceu e suas mãos se estendem suavemente, derramando sobre o globo brilhantes raios de luz. Formou-se assim um quadro oval, rodeado pelas palavras em letras de ouro:
             "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós".
             Virou-se então o quadro, aparecendo, no reverso, um " M" encimado por uma cruz e, embaixo, os corações de Jesus e de Maria. E a Santíssima Virgem lhe pede:
 
A PROMESSA:   
  ’'Manda cunhar uma Medalha por este modelo; as pessoas que a trouxerem indulgenciada, receberão grandes graças, mormente se a trouxerem ao pescoço; hão de ser abundantes as graças para as pessoas que a trouxerem com confiança. “
  E assim foi cunhada, em Paris, esta medalha, que logo s espalhou pelo mundo inteiro, derramando graças tão numerosas e extraordinárias que o povo, espontaneamente, passou a chamá-la: " A Medalha Milagrosa".
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
 Súplica - Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao comtemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada).
         Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas.
         E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.
Rezar 3 Ave-Marias.
 - Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.
 Oração Final - Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado Filho a humildade, a caridade, a obediência, a castidade, a santa pureza de coração, de corpo e espírito, a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte. Amém.
 NOVENA DA VIRGEM IMACULADA DAS GRAÇAS
                       DA MEDALHA MILAGROSA
            Ato de Contrição- Meu bom Jesus que por mim morrestes na cruz, tende piedade de mim, perdoai os meus pecados e dai-me a graça de nunca mais pecar.
         1º Dia - 1º Aparição - Contemplamos a Virgem Imaculada, em sua primeira aparição a Santa Catarina Labouré. A piedosa noviça guiada por seu Anjo da Guarda é apresentada a Imaculada Senhora. Consideremos sua inefável alegria. Seremos também felizes, como Santa Catarina, se trabalharmos com ardor na nossa santificação.
            Súplica a Nossa Senhora - Ó Imaculada, Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe ao contemplar-nos de braços derramando graças sobre os que vos pedem cheios de confiança na Vossa poderosa intercessão inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas numerosas culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor durante esta Novena as nossas prementes necessidades...( um instante de silêncio ). Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa este favor que confiantes vos solicitamos para maior glória de Deus, engrandecimento do Vosso nome e bem de nossas almas e para melhor servirmos ao Vosso Divino Filho, inspirai-nos um profundo ódio ao pecado e dai-nos a coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém – Rezar 03 Ave-Marias.
            Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.
         Oração Final - Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus alcançai-me de vosso amado Filho a humildade, a caridade, a obediência a castidade, a santa pureza de coração, de corpo e de espírito a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte. Amém.
            2º Dia - Lágrimas de Maria - Contemplemos Maria, chorando sobre as calamidades que viriam sobre o mundo, pensando que o Coração de seu Filho seria ultrajado, a cruz escarnecida e seus filhos prediletos perseguidos. Confiemos na Virgem compassiva e também participaremos no fruto de suas lágrimas.
            3º Dia - Proteção de Maria - Contemplemos nossa Imaculada Mãe, dizendo em suas aparições a Santa Catarina: " Eu mesma estarei convosco, não vos perco de vista e vos concederei abundantes graças. Sede para mim, Virgem Imaculada, o escudo e a defesa em todas as necessidades.
            4º Dia - 2º Aparição - Estando Catarina Labouré em oração a 27 de novembro de 1830, apareceu-lhe a Virgem Maria, formosíssima, esmagando a cabeça da serpente infernal; nesta aparição vemos seu desejo imenso de nos proteger sempre contra o inimigo de nossa salvação. Invoquemos a Imaculada Mãe com confiança e amor!
            5º Dia - As Mãos de Maria - Contemplemos, hoje, Maria, desprendendo de suas mãos raios luminosos. "Estes raios, disse ela, são a figura das graças que derramo sobre todos aqueles que me pedem e aos que trazem com fé minha medalha".
Não desperdicemos tantas graças! Peçamos com fervor, humildade e perseverança, e Maria Imaculada no-las alcançará.
            6º Dia - 3º Aparição - Contemplemos Maria, aparecendo à Santa Catarina, radiante de luz, cheia de bondade, rodeada de estrelas, e mandando cunhar uma medalha, prometendo a todos que a trouxerem com devoção e amor, muitas graças. Guardemos fervorosamente a Santa Medalha e como escudo, ela nos protegerá nos perigos.
            7º Dia - Súplica - Ó Virgem Milagrosa, Rainha excelsa, Imaculada Senhora, sede meu refúgio nesta terra, meu consolo nas tristezas e aflições, minha fortaleza e advogada na hora da morte.
            8º Dia - Súplica - Ó Virgem Imaculada da Medalha Milagrosa, fazei que esses raios luminosos que irradiam de vossas mãos virginais, iluminem minha inteligência para melhor conhecer o bem, e abrazem meu coração com vivos sentimentos de fé, esperança e caridade.
            9º Dia - Súplica - Ó Mãe Imaculada, fazei que a cruz de vossa Medalha brilhe sempre diante de meus olhos, suavize as penas da vida presente e me conduza à vida eterna.
 
Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.

Oração Final - Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus alcançai-me de vosso amado Filho a humildade, a caridade, a obediência a castidade, a santa pureza de coração, de corpo e de espírito a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte. Amém.
Salve N.S. das Graças!
Estela Márcia (Adaptações)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

ALEGRIA do ANO DA FÉ!

Retiro do Silêncio para os Jovens (03 de novembro de 2012)
Decanato Beato José de Anchieta - Diocese de Petrópolis



As núpcias do Rei.O noivo está chegando. Ide ao seu encontro! (Mt 25,6).

Salmo 44

2. Transbordam palavras sublimes do meu coração. Ao rei dedico o meu canto. Minha língua é como o estilo de um ágil escriba.
3. Sois belo, o mais belo dos filhos dos homens. Expande-se a graça em vossos lábios, pelo que Deus vos cumulou de bênçãos eternas.
4. Cingi-vos com vossa espada, ó herói; ela é vosso ornamento e esplendor.
5. Erguei-vos vitorioso em defesa da verdade e da justiça. Que vossa mão se assinale por feitos gloriosos.
6. Aguçadas são as vossas flechas; a vós se submetem os povos; os inimigos do rei perdem o ânimo.
7. Vosso trono, ó Deus, é eterno, de eqüidade é vosso cetro real.
8. Amais a justiça e detestais o mal, pelo que o Senhor, vosso Deus, vos ungiu com óleo de alegria, preferindo-vos aos vossos iguais.
9. Exalam vossas vestes perfume de mirra, aloés e incenso; do palácio de marfim os sons das liras vos deleitam.
10. Filhas de reis formam vosso cortejo; posta-se à vossa direita a rainha, ornada de ouro de Ofir.
11. Ouve, filha, vê e presta atenção: esquece o teu povo e a casa de teu pai.
12. De tua beleza se encantará o rei; ele é teu senhor, rende-lhe homenagens.
13. Habitantes de Tiro virão com seus presentes, próceres do povo implorarão teu favor.
14. Toda formosa, entra a filha do rei, com vestes bordadas de ouro.
15. Em roupagens multicores apresenta-se ao rei, após ela vos são apresentadas as virgens, suas companheiras.
16. Levadas entre alegrias e júbilos, ingressam no palácio real.
17. Tomarão os vossos filhos o lugar de vossos pais, vós os estabelecereis príncipes sobre toda a terra.
18. Celebrarei vosso nome através das gerações. E os povos vos louvarão eternamente.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
 


Vinde Senhor Jesus!
Estela Márcia

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! (Lc 19,42a)


Naquele tempo, quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: ‘Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos! Dias virão em que os inimigos farão trincheiras contra ti e te cercarão de todos os lados. Eles esmagarão a ti e a teus filhos. E não deixarão em ti pedra sobre pedra. Porque tu não reconheceste o tempo em que foste visitada”. (Lucas 19,41-44)
Lucas relata neste evangelho a dor humana na qual fez Jesus chorar ao contemplar, do Horto da Oliveira, a cidade de Jerusalém, que dentro em breve seria sitiada, pouco menos de quarenta anos depois, seguida da diáspora. Neste mesmo lugar, nos dias atuais, está situada a Igreja Dominus Flevit - traduzido do latim como "O Senhor Chorou" - que foi construída em forma de gota de lágrima para representar as lágrimas de Jesus Cristo. O templo é um dos mais recentes em Jerusalém. Durante sua construção, arqueologistas descobriram artefatos datados do período cananeu, assim como tumbas do período relativo ao Segundo Templo e à era bizantina.
Se no plano histórico e físico percebemos a dor do Senhor pela ingratidão de Jerusalém, o que não dizermos dos cristãos que, apesar de batizados, se tornam indiferentes a Sua Cruz Redentora e as Graças derramadas a partir de Seu Sacratíssimo Coração que se doa continuamente por cada um?
Penso não haver diferença entre um povo que se dignou não reconhê-Lo como Filho de Deus e enviado ao mundo para salvá-lo prostituindo-se com outros deuses, e, um cristão que, sendo batizado, ou tendo se encontrado com o Senhor, derepente o abandona  para dar vazão ás paixões humanas. Também esses que se deixam levar pelo relativismo social e ideológico, fazem o Senhor chorar, renovam a Sua dor e atualizam a Sua Cruz.
Deixemo-nos ser esclarecidos pelo Senhor Jesus que com o Seu Espírito Santo, poderá renovar a nossa vocação e o nosso chamado a ser autênticos cristãos. Que este tempo forte da liturgia nos faça proclamar o Reinado de Jesus em nossas vidas e na vida dos nossos irmãos, reconhecendo que somente Ele pode nos trazer a paz de que precisamos.
Deus nos abençoe! N. Senhora interceda por nós!
                                                                                                          Estela Márcia

 


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Converte-te e volta à tua prática inicial (Ap 1,5b)

"Conheço a tua conduta, o teu esforço e a tua perseverança. Sei que não suportas os maus. Puseste à prova alguns que se diziam apóstolos e descobriste que não eram apóstolos, mas mentirosos. És perseverante. Sofreste por causa do meu nome e não desanimaste. Todavia, há uma coisa que eu reprovo: abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te de onde caíste! Converte-te e volta à tua prática inicial. Se, pelo contrário, não te converteres, virei depressa e arrancarei o teu candelabro do seu lugar." (Ap. 1,2-5)
 
             É de impressionar esta palavra de Ciência do Senhor Jesus à comunidade de Éfeso. Comunidade de bom testemunho cristão, esforçada e perseverante, e que sofreu afrontas pelo Nome de Jesus sem desanimar. Porém, pelo fato de ter vivido tantas experiências boas, e, muitas vezes não tão boas, acostumou-se com a assistência do Senhor, de suas graças e até mesmo da companhia dos irmãos, levando-a a acomodação. Sim, acomodação que enfraqueceu o amor, a adoração e a alegria de pertença ao Senhor. Por isso, Jesus declara a reprovação e insiste na conversão, no retorno 'ao primeiro amor'.
            A experiência da comunidade de Éfeso é também a de muitos de nós cristãos que, diante dos hábitos diários, incorremos na acomodação religiosa e no enfraquecimento espiritual. Esta palavra vem de encontro às necessidades mais corriqueiras daqueles que se afastam do Senhor mesmo permanecendo na Igreja, nas pastorais e nos movimentos eclesiais.
 
            Cuidados indispensáveis, reclamado por Jesus a João no início do livro de Apocalipse, e, ensinado por muitos místicos, é a vida de oração. O encontro diário com o Senhor das almas através da oração é a recarga de amor que precisamos para 'permanecer no Amor'. O Senhor quer insistir conosco. Ele deseja que a volta ao 'primeiro amor' seja uma volta de conversão com uma profunda reconciliação a partir da queda, para que assim, a reconstrução espiritual seja digna de se manter com as luzes do 'Candelabro". Por isso Ele vai nos dizer: "Lembra-te de onde caíste! Converte-te e volta à tua prática inicial. Se, pelo contrário, não te converteres, virei depressa e arrancarei o teu candelabro do seu lugar." (Ap. 1,5). Vale lembrar que o candelabro é figura do Espírito Santo desde o Antigo Testamento. Ele é um castiçal com vários braços. Mas para os judeus, o candelabro de sete braços encontra-se ligado a sua cultura (Ex 27). Lá, encontra-se o detalhamento de uma peça desse tipo a ser confeccionada para o templo, sobre a qual repousaria o Espírito de Deus - o mesmo é conhecido pelo nome de Menorá. Busquemos a conversão que o Senhor nos convida neste final de ano litúrgico. Procuremos manter o nosso 'candelabro' aceso com as suas sete velas, as velas do Espírito Santo, nas quais estarão os seus sete dons capacitando-nos a conversão sempre que cairmos.
            Que o Senhor e a Senhora do Céu estejam presentes em nossos propósitos de conversão!
            Estela Márcia 19 e 20/11/2012.

 

 

domingo, 18 de novembro de 2012

"... os que tiverem sido sábios brilharão como o firmamento ..." (Dn 12,3)

            Neste 33º Domingo do Tempo Comum estamos meditando as grandes riquezas de nossa doutrina escatológica, Juízo Particular, Céu, Inferno, Purgatório e Juízo Final. Em face do capítulo 12,1-3 do livro de Daniel percebemos as realidades e as promessas que Deus tem para o seu povo.
            Se por um lado Daniel nos demonstra as certezas escatológicas, Jesus afirma o cumprimento de cada uma delas, e ainda, declara que tudo dependerá do tempo estabelecido por Deus, Senhor e Criador do Universo. Disse Jesus: "Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”. (Mc 13,30-32)
            Lançando o olhar para as promessas de Céu com o olhar de confirmação na existência do Juízo Particular, meditamos, "... nesse tempo, teu povo será salvo, todos os que se acharem inscritos no Livro. Muitos dos que dormem no pó da terra despertarão, uns para a vida eterna, outros para o opróbrio eterno." (Dn 12,1b-2)
            O valor desta vida terrena consiste em sermos e fazermos da Palavra de Deus, vivida e ensinada por seu Filho Jesus Cristo, a consistência de nossa vida, pregada, ensinada e testemunhada. Pois, a promessa haverá de se cumprir "...os que tiverem sido sábios brilharão como o firmamento; e os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude brilharão como as estrelas, por toda a eternidade." (Dn 12,3)
            Tomar posse dessa verdade de fé é o chamado que a Igreja nos faz neste momento litúrgico. Seria mais interessante ainda, percebermos que é tempo de parada e de reflexão de tudo o que temos feito, e, do tudo que ainda devemos fazer para assim merecermos o Céu.
            Cristo Rei do Universo, elogio do salmista no salmo 2,7-11: "Vou publicar o decreto do Senhor. Disse-me o Senhor: Tu és meu filho, eu hoje te gerei. Pede-me; dar-te-ei por herança todas as nações; tu possuirás os confins do mundo. Tu as governarás com cetro de ferro, tu as pulverizarás como um vaso de argila. Agora, ó reis, compreendei isto; instruí-vos, ó juízes da terra. Servi ao Senhor com respeito e exultai em sua presença; prestai-lhe homenagem com tremor, para que não se irrite e não pereçais quando, em breve, se acender sua cólera. Felizes, entretanto, todos os que nele confiam."
            Confiemos, pois, nas certezas e promessas da fé que a liturgia da Festa de Cristo Rei nos prepara e antcipa! Bom domingo!
            Que Deus nos abençoe! E que a Virgem Santísima nos leva seguros em suas mãos para o Trono do Pai e do filho, através de seu amor esponsal ao Espírito Santo!
Estela Márcia
Bebamos das fontes de nossa Doutrina a respeito de nossas verdades de FÉ, como temos feito nestes últimos dias:
 

 
Catecismo da Igreja Católica 
 Estela Márcia

 
 


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O Reino de Deus está entre vós

"Naquele tempo, os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós”. E Jesus disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. As pessoas vos dirão: ‘Ele está ali’ ou ‘Ele está aqui’. Não deveis ir, nem correr atrás. Pois, como o relâmpago brilha de um lado até o outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”. (Lc 17,20-25)
                Os sinais de rejeição a Jesus se atualizam em nosso meio ...
... quando negamos a fé, e colocamos a nossa confiança nos bens transitórios,
... quando nos desesperamos por pouca coisa que nos acontece,
... quando renegamos o seu Amor de Cruz por nós, não aceitando as dificuldades do dia a dia,
... quando não Lhe dedicamos o devido valor na busca diária através da oração,
... quando rejeitamos os nossos irmãos através da indiferença ou do descaso, da irritação ou da impaciência,
... quando ignoramos a Sua presença na Sagrada Eucaristia,
... quando nos julgamos auto suficientes diante da sabedoria nas decisões,
... quando deixamos de fazer o bem aos que de nós precisam, ...
            Renegando a Jesus estamos impedindo que o Reino de Deus aconteça em nosso meio e em nossa vida, seja na simplicidade dos acontecimentos ou nas situações complicadas do dia.
            Ao contrário disso, a Igreja, Mãe e Mestra nos convida a meditarmos juntos através da Festa de Cristo Rei, especialmente - ao final de cada Ano Litúrgico - sobre o que temos feito ou vivido para permitir ou impedir que o Reino de Deus aconteça.
            Jesus foi enfático ao afirmar aos fariseus, e a nós hoje, que o Reino de Deus já está entre nós - “O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós” (Lc 17,20-21) - e por isso não será de forma suntuosa e luxuosa, inesperada ou surprendente que ele virá acontece, mas sim a partir dos seus exemplos e ensinamentos concretos já acontecidos no meio de nós.
            Vai nos dizer São João no início do evangelho: "Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14), e podemos ir mais a frente, o Verbo divino se fez carne, habitou, ensinou, curou, libertou, sofreu, morreu, ressuscitou e está a direita do Pai, e espera de nós a prática de tudo o que nos ensinou, e então veremos acontecer em nosso meio o Reino de Deus que Ele veio nos trazer.
            Que o Senhor e a Senhora do Céu nos permita ser, fazer e permitir que o Reino de Deus aconteça e se estabeleça nas nossas vidas, e nos preparem para viver e reinar no 'lugar' que o Senhor foi nos preparar junto do Pai.
 
Estela Márcia


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Preparemo-nos para a FESTA DE CRISTO REI ...‘e os outros nove?’

             Por inúmeras vezes corremos ao encontro de Deus com súplicas por necessidades físicas, espirituais, familiares e até morais. No entanto o Senhor, sem que falemos, já sabe da necessidade que temos, e, nos atende. Da mesma forma que aconteceu com os dez leprosos do evangelho de são Lucas (17,11-19), que ao apenas gritarem pelo Senhor clamando compaixão, as suas lepras foram curadas.
            É interessante perceber que Lucas não nos apresenta, em separado, a cura acontecendo, mas a efetivação da mesma. Profundamente marcado pela fé. Este é o típico relato das graças que acontecem sem que percebamos. E o que muitas vezes permanece em nós é a fala do Senhor: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou” (Lc 17,19). Pois, percebemos que é hora de seguir e permanecer firmes, testemunhando com o mandato do Senhor, que nesta mesma situação diz: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes” (Lc 17,14). Bênção e graças provenientes da fé. E isto é agradável ao Senhor.
Compreender que a fé é um pré-requisito para que as ‘Graças’ aconteçam é um fato confirmado por todos que Nele acreditam. Porém, existe o algo mais. Nesta mesma passagem Jesus questiona a um dos ex-leprosos que Lhe vem agradecer: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” (Lc 17,17)
Sim, ‘e os outros nove?’. Esta a pergunta de hoje para nós, ‘e os outros ...?’ que tantas graças recebem, mas não retornam.
O nosso chamado deste dia, desta semana e deste momento litúrgico – Festa de Cristo Rei do Universo - é o do ‘’Agradecimento’, do “Render Glórias” ao Rei e Senhor Jesus que deu sua vida por nós, e no Mistério Pascal – Paixão, Morte e Ressurreição - obedeceu ao Pai, e garantiu-nos o Céu. Mistério de Amor. Mistério de Salvação.
Mistério único e verdadeiro que se atualiza em cada Santa Missa, porém, também em nosso cotidiano. Afinal, a todo instante somos assediados para cair, para fraquejar, para errar ... para pecar. E é o Senhor em Sua divina Misericórdia que vem em nosso auxílio a nos dar a solução para o problema. Sendo com livramentos instantâneos – só quem experimenta sabe dizer – seja com o Seu perdão no Sacramento da Reconciliação.
Graças e bênção ... Graças e bênçãos ... Derramamento divino que precisa ser louvado, glorificado e agradecido “a-t-o-d-o  i-n-s-t-a-n-t-e” ...
Façamos uma oração de agradecimento:
Adorado Deus e Pai, louvado, glorificado e agradecido Sois, por tudo o que nos concede a cada instante de nossas vidas. Obrigada pelo acesso ao Céu concedido a nós por meio de Vosso Filho nosso Senhor Jesus Cristo que por nós se deu numa Cruz.
Adorado, bendito, louvado e glorificado sejas, ó Rei do Universo por tudo que tens realizado por nós e conosco!
Obrigada por querer contar com a Vossa Igreja para levar ao mundo a Vossa Palavra de Amor!
Obrigada pela missão e pelo mandato, Jesus para que o mundo Te conheça, mas para que todos possam crer e esperar pelo “lugar” que foi nos preparar (Jo 14,1-4).
Renovai a nossa ‘esperança’ a fim de que possamos tomar posse de todas as promessas da nova e eterna vida ao Vosso lado. Unida (o) à Virgem Maria, ao coro dos anjos e de todos os santos queremos estar, Senhor.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo ... Amém!
Jesus Rei do Universo, renovai a nossa Fé e a nossa Esperança! Bendito, louvado, adorado e glorificado sejas, hoje e por toda a ETERNIDADE! AMÉM!
Estela Márcia

 Preparemo-nos com fé nas promessas ...










               


 

domingo, 11 de novembro de 2012

A realidade preparada por Deus para nós vai além

            As leituras deste 32º Domingo do Tempo Comum – Mc 12,38-44, IReis 17,10-16, Hb 9,24-28 e o Salmo 145 - tratam de modo admirável da realidades vividas aqui nesta terra com a antecipação da vida futura na eternidade. ‘Fé e Esperança’ são os termos bem adequado para a viúva de Sarepta que mesmo com o pouco que tinha, soube esperar, com confiança, acreditando nas palavras do Profeta Elias. Acreditou, confiou e esperou que do seu pouco na esperança, a realidade em que estava vivendo mudaria.
            Da mesma maneira, a ‘pobre viúva’, no tempo de Jesus, foi por ele apresentada como exemplo de confiança no ‘mais’ que Deus podia lhe dar, movendo-lhe a dar o seu ‘tudo’. A viúva não hesitara em dar o ‘tudo’ confiando e esperando na misericórdia de seu Deus.
            Ensinamentos como estes são para nós o anúncio da ‘Fé e da Esperança’ que precisamos ter na misericórdia de Deus que, apesar do pouco que temos como para Lhe dar, o que Ele deseja de nós é que demos o nosso ‘tudo’. Que o ‘todo’ de nossas vidas sejam uma realidade permanente de entrega a qualquer hora ou lugar em que nos encontremos. Todos os bens que recebemos de Deus são, justamente, como que símbolos neste mundo para que saibamos conviver com cada um deles sem nos apegarmos ou nos tornarmos escravos deles.  A realidade que nos espera é muito superior a qualquer ‘farinha, azeite ou moeda’. Por isso vai nos dizer o apóstolo: “Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, imagem do verdadeiro, mas no próprio céu, a fim de comparecer, agora, na presença de Deus, em nosso favor. “ (Hb 9,24)
            A realidade preparada por Deus para nós vai além daquilo que as mãos humanas podem fazer. É a realidade pela qual exige de nós, ainda nesta terra, apenas que vivamos, por enquanto, a Fé, a Esperança e o Amor (ICor 13,13)
            Nas reflexões que nos propomos para esta semana – em preparação para a Festa de Cristo Rei do Universo -, deixemo-nos formar por Deus com Fé e Esperança na salvação que o Senhor Jesus Cristo veio nos trazer, e com a Virgem Maria sua Mãe e nossa, com seus anjos e santos, avancemos no crescimento espiritual. Bom domingo!
            Que o Senhor e a Senhora do Céu nos abençoe!
Que os anjos e santos roguem por nós! Amém!
Estela Márcia


sábado, 10 de novembro de 2012

Maranathá! Vem Senhor Jesus!

            Maranathá! Vem Senhor JESUS! Esta é a invocação que estaremos a proclamar dentro de alguns dias.
A Igreja inicia a celebração, nos próximos Domingos, de preparação para o encerramento do Ano Litúrgico - 25 de novembro de 2012. Trata-se de uma grande reflexão escatológica de nossas vidas. Lembrando que a Escatologia é área da Teologia que estuda os últimos acontecimentos da vida humana. Sendo assim, também nós, meditaremos a cada dia desta semana, dos temas mais importantes desta ‘Ciência’. Todos os temas serão pautados nos Documentos da Igreja, especialmente, no Catecismo da Igreja Católica, ou seja, fontes da sã Doutrina Católica.
A começar por este dia, apresentamos o 12º artigo do CREDO: ‘Creio na vida eterna’.
Meditemos ...
Deus nos abençoe! Que a Virgem Maria rogue por todos nós! Amém! 
Estela Márcia, 10.11.2012.