sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O evangelho do administrador infiel, sendo atualizado pelo Papa Francisco


“Naquele tempo, 1 Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2 Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. 3 O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4 Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’. 5 Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!” O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinquenta!’ 7 Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’. 8 E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. (Lc 16,1-8)

O Santo Padre comentou a parábola do administrador desonesto nesta sexta-feira, falando do espírito
do mundo, do mundanismo, de como este mundanismo age e de como é perigoso. De fato, Jesus rezou ao Pai para que seus discípulos não caíssem no mundanismo, nas mãos do inimigo. Diz o Papa que quando pensamos em inimigo, pensamos logo no demônio, porque é precisamente ele a causa do mal. A atmosfera do mundanismo agrada muito ao demônio. E o administrador desonesto da parábola é um verdadeiro exemplo de mundanismo. Mas, o patrão elogia a sua esperteza, disse o Papa: “È bem assim: este é um louvor à propina. Este é um costume de propina, um costume mundano e altamente pecador. Porém, se trata de um costume que não vem de Deus. Deus nos pede para levar o pão para casa com o suor do nosso trabalho honesto”. Afirma ainda que este homem administrador da Liturgia de hoje levava o pão para casa. Mas, como? Ele dava de comer “pão sujo” aos seus filhos. Ele havia perdido a sua dignidade; cometeu um grave pecado. Desta forma, afirmou o Bispo de Roma, o costume de propinas torna-se uma dependência, uma esperteza mundana. E concluiu com uma exortação: “Hoje, seria bom que todos nós pudéssemos rezar pelas inúmeras crianças e jovens que recebem “pão sujo” de seus pais. Eles são famintos de dignidade! Rezemos para que o Senhor mude os corações de tais devotos da deusa propina e percebam que a dignidade vem do trabalho digno e honesto”. E concluiu: “Esta pobre gente, que perdeu a dignidade com a prática das propinas, leva consigo, não apenas o dinheiro ganho, mas a falta de dignidade. Rezemos por eles!

Estela Márcia (adaptação)

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