quarta-feira, 27 de novembro de 2013

AS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS (I)


 
QUEM FOI SANTA CATARINA LABOURÉ?

A importância das Graças de N.Sra. em suas aparições estão sempre acompanhadas das verdades já reveladas por Deus aos homens através da Sagrada Escritura. Os séculos XVIII, XIX e XX foram enriquecidos por manifestações da Virgem Maria aos escolhidos mais simples e humildes que a Igreja poderia ter. Pessoas que na sua simplicidade – fizeram-se confirmar o Evangelho de Jesus Cristo, que apresenta o Reino dos Céus com prioridade para as crianças, os doentes e os pobres e marginalizados.
Poderíamos citar a aparição de sua imagem – como Imaculada Conceição aos pescadores de Aparecida do Norte, SP, Brasil. Em 1830 – Paris; marcando o início de outras de grandes revelações Marianas. Momentos que se seguiram em La Salette (1846), em Lourdes (1858) – as três respectivas, na França, e culminou em Fátima – Portugal (1917).
Em suas aparições as preocupações da Virgem Maria são a oração e a conversão dos pecadores, ou seja, o clamor de seu filho Jesus cristo se atualizando no mundo, especialmente, nos últimos séculos de intensa difusão do racionalismo.
Desde 1830 Nossa Senhora se manifesta deplorando os pecados do mundo, oferecendo perdão e misericórdia à humanidade pecadora e prevendo severos castigos caso ela não se convertesse. Mas também anunciando que, após esses castigos, viria um triunfo esplendoroso do Bem.
Em novembro de 1876, um mês antes de sua morte, Santa Catarina Labouré afirmou: “Virão grandes catástrofes.... o sangue jorrará nas ruas. Por um momento, crer-se-á tudo perdido. Mas tudo será ganho. A Santíssima Virgem é quem nos salvará. Sim, quando esta Virgem, oferecendo o mundo ao Padre Eterno, for honrada, seremos salvos e teremos a paz”.
E em 13 de julho de 1917, Nossa Senhora prometeu formalmente em Fátima: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.
A Medalha Milagrosa é um rico presente que Maria Imaculada quis oferecer ao mundo no século XIX, como penhor dos seus carinhos e bênçãos maternais, como instrumento de milagres e como meio, de antecipação, e posteriormente, de confirmação da definição do Dogma da Imaculada Conceição, em 1854 com o Papa Pio IX.
Foi na comunidade das Filhas da Caridade, fundada por São Vicente de Paulo, que a Santíssima Virgem escolheu a confidente dos seus desígnios, para recompensar de certo a devoção que o Santo São Vicente de Paulo, sempre teve à Imaculada Conceição de Nossa Senhora, e que deixou por herança aos seus filhos e filhas espirituais. O instrumento que a Virgem escolheu para revelar seu desejo chamava-se Catarina Labouré.
QUEM FOI SANTA CATARINA LABOURÉ? Noviça muito humilde, inocente e unida com Deus, era ternamente devota à Santíssima Virgem, a quem escolhera por Mãe que desde pequenina ficara órfã. Ardia em contínuos desejos de ver Nossa Senhora e instava com o seu Anjo da Guarda para que lhe alcançasse este favor.
          
 De sua vida: Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, nasceu Catarina a 2 de maio de 1806, na Côte d'Or, na França, e aos 24 anos de idade tomou o hábito das Filhas da Caridade. Era a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores.
Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida.
Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Primeira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuidava sua vida de piedade, encontrando sempre tempo para meditação, orações vocais e mortificações. O tempo foi passando, e Catarina crescendo em graça e santidade.
Certo dia ela sonhou que estava na igreja e viu um sacerdote já ancião celebrando a Missa. Quando esta terminou, o sacerdote fez-lhe um sinal com o dedo, chamando-a para perto de si. Porém, tímida, Catarina retirou-se do recinto sagrado e foi visitar um doente. O mesmo sacerdote apareceu-lhe, e disse: “Minha filha, é uma boa obra cuidar dos enfermos; você agora foge de mim, mas um dia será feliz de me encontrar. Deus tem desígnios sobre você, não se esqueça”. Catarina acordou sem entender o significado do sonho.
 
 
 Mais tarde, visitando o convento das Irmãs da Caridade de Chatillon, onde estava sua irmã, viu na parede um quadro representando o mesmo ancião. Perguntou quem era, e responderam-lhe que se tratava de São Vicente de Paulo, fundador da Congregação. Catarina entendeu então que sua vocação era a de ser uma das filhas do Santo da caridade.
Mas seu pai não queria ouvir falar disso. Já bastava ter dado uma filha a Deus, e ele tinha muito apego a Catarina. Para distraí-la dessa idéia, mandou-a a Paris, para ajudar seu irmão que tinha lá uma pensão. Foi uma provação para a santa ver-se em meio aos rudes fregueses do estabelecimento, o que a fez redobrar as orações para manter sua pureza de coração e o fervor de espírito.
Uma cunhada a convidou a ir para sua casa, em Chatillon, onde mantinha uma escola para moças. Ali Catarina podia ir freqüentemente ao mosteiro das Irmãs da Caridade, que ficava perto.
 
 
 
E foi nessa casa religiosa que ela entrou a 22 de janeiro de 1830, quando seu pai deu-lhe finalmente a devida permissão. Catarina tinha então 24 anos de idade.
Foi neste mesmo ano de 1830 que Nossa Senhora lhe apareceu mostrando-lhe  a  Medalha  Milagrosa e mandou que a  propagasse. Encontrou primeiro resistência  até  do seu diretor  espiritual – Padre Aladel, mas afinal  as autoridades  eclesiásticas convenceram-se  da  verdade das aparições.
Muitos milagres, curas de doentes e conversões foram feitas pela Medalha Milagrosa. 
 
 
 
 
 
Catarina, porém,  desejava ficar oculta como  São João Batista. A respeito de  Jesus dizia: "Ele  deve  crescer, e eu diminuir". E ainda assim Catarina desejava:  "Maria  deve crescer e  eu diminuir". Levou uma vida religiosa simples, mesmo após o início das aparições. Rezava, obedecia, submetia-se sem comentários. Dedicou-se ao asilo de velhinhos em Enghein. As aparições são uma luz para a vida de Irmã Catarina. A Virgem Maria lhe revelou a fisionomia de Deus. E ali, no seu ofício, ela aprende a reconhecê-lo nas pessoas que sofrem. Vive num constante estado de recolhimento. Ao que se sabe, uma oração lhe brotava do coração, como relata:
“Quando vou à capela, coloco-me diante de Deus e Lhe digo:
‘Senhor, ei-me aqui, daí-me o que quiseres. Se me dá alguma coisa, fico muito contente e Lhe agradeço. Se não me dá nada, agradeço-Lhe também, porque não mereço mais.’
E depois digo-Lhe o que me vem a ideia, conto-Lhe minhas tristezas, minhas alegrias, e... ESCUTO.’”
“As meninas do campo, dizia São Vicente, dando como exemplo às Filhas da Caridade, só querem o que Deus lhes deu e se contentam com o seu alimento e o seu vestuário.” Assim se passou a vida da Irmã Catarina, uma série de ações modestas: “As mãos no trabalho e o coração em Deus.”Cercava os velhinhos de cuidados atenciosos e abnegados, e isto, durante mais de quarenta anos.
Assim, a 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de vida, com a sala na penumbra, mas a radiosa evocação de Maria a ilumina, e ela diz: “Ouvi como o frufru de um vestido de seda... Eu a vi bela, em sua maior beleza...”.
Após ter recebido os últimos sacramentos, irmã Catarina adormece. “Quase nem percebemos que ela deixara de viver. Jamais vi morte tão calma e serena”, disse Irmã Dufés que a acompanhou nos últimos instantes de vida.
Em 21 de março de 1933, cinquenta e seis anos (56 anos) mais tarde, feita a exumação de seu corpo na presença de dois médicos legistas e da superiora Geral e de outras testemunhas, identificaram a “Incorrupção de seu corpo” – tal como havia sido posta no caixão a 03 de janeiro de 1876. O corpo e os olhos estavam intactos e os membros flexíveis. Foi transferida para a Rue Du Bac, na Capela atual - Igreja de Nossa Senhora das Graças na rue du Bac, 140, no centro de Paris. E se encontra sob o altar da Virgem do globo que lhe aparecera no século anterior, numa caixa de cristal.
Foi ela beatificada  pelo Papa Pio XI  em  28 de maio de 1933, domingo  entre  Ascensão de  Nosso  Senhor e Pentecostes. Solenemente  canonizada pelo Papa  Pio XII em  27  de  julho de 1947, e incluída no número dos santos, denominada por sua humildade e modéstia como “A SANTA DO SILÊNCIO”.
Milhões de peregrinos se dirigem ao Santuário da Medalha Milagrosa para implorar a intercessão de Maria Santíssima e da sua confidente a Santa Catarina Labouré.
 
 “Eu só era instrumento. Não foi por mim que a Santíssima Virgem apareceu.
Se ela me escolheu, não sabendo nada, é a fim de que ninguém possa duvidar dela.”
(Santa Catarina Labouré)
Santa Catarina Labourié, rogai por nós!
Estela Márcia (Adaptações)

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