“A Escatologia pode ser definida como um termo
moderno que indica a parte da teologia que considera as fases 'finais' ou
'extremas' da vida humana ou do mundo: morte, juízo universal, pena ou castigo
extraterrenos e fim do mundo. Os filósofos usam às vezes esse termo para
indicar a consideração dos estágios finais do mundo ou do gênero humano
(ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de Filosofia, 1999) Ela está inserida na
Antropologia Teológica que trata do Homem a partir da visão do Deus. Diante
disso, é óbvio que ocupa uma segunda posição em relação à Teologia, que deve
ser primeiramente Teocêntrica e Cristocêntrica.Todavia, a escatologia se
reveste de importância quando pretende responder ao questionamento básico de
todos os seres humanos: ‘o que há depois da morte?’ Porém, toda e qualquer
reflexão filosófica é insuficiente para explicar ou mesmo entender tudo o que
Deus tem para o homem.” Diz Padre Paulo Ricardo. Assim, ao final do tempo litúrgico,
a Igreja nos convida a refletir sobre os temas fundamentais de nossa fé, a fim
de renovarmos a nossa esperança na salvação já conquistada por Jesus na Cruz.
Nesta meditação, o fiel precisa tomar posse das advertências e promessas sem
que isso lhe traga medo, mas ao contrário, lhe aumente o amor ao Crucificado, e
com Ele, assuma uma vida de maior fidelidade ao seu chamado. Não mais o
Crucificado, e sim o Coroado, Jesus Cristo Rei, este que vem estabelecer em
nossas vidas um Reino que não tem fim, e que está no meio de nós. Rei que se
estabelece em nós e por nós, esperando uma simples resposta de amor e fé. A
partir desta
introdução, trazemos a nossa reflexão o Evangelho de São Lucas 21,5-19. Com
palavras duras e tom imperativo Jesus adverte e confirma aos discípulos o
objeto do seguimento fiel proposto a cada um deles. São palavras de ordem a se
refletir: “(...) Tudo será destruído”. (...)
“Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome (...) “Não
sigais essa gente! Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis
apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro mas não será logo o
fim”. (...) Fazei o firme propósito de não planejar com
antecedência a própria defesa; (...) É permanecendo firmes que ireis ganhar a
vida!” Porém, com a força destas mesmas palavras, Jesus os fortalece na
‘fé’, ao mesmo tempo, renova a ‘esperança’ do discipulado. O incentivo a
coragem, a força e a confiança são as virtudes que deverão acompanhar o chamado
de cada um deles: “Dias virão em que não
ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. (...) Haverá
grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas
pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu. Antes, porém, que estas coisas
aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos
na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. (...) eu
vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir
ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e
amigos. E eles matarão alguns de vós. Todos vos odiarão por causa do meu nome.
Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo
firmes que ireis ganhar a vida!” (Lc 21,5-19)
Estela Márcia
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