O Catecismo
da Igreja Católica nos apresenta na Primeira Parte de sua Profissão de Fé - Segunda
Seção, A Profissão da Fé Cristã, Cap. I, art.1, § 5, as questões doutrinárias
fundamentais da realidade dos Anjos frente à Vida da Igreja e que vale a pena
conhecermos e/ou reconhecermos.
.......[334] OS anjos NA VIDA DA IGREJA
..........[334] Daqui resulta que toda a vida da Igreja
beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos (193)
..........[335] Na sua liturgia, a Igreja associa-se aos anjos para adorar a Deus três vezes santo (194); invoca a sua assistência (como na oração "In paradisum deducant te angeli - conduzam-te os anjos ao paraíso" da Liturgia dos Defuntos (195), ou ainda no « Hino querubínico » da Liturgia bizantina (196), e festeja de modo mais particular a memória de certos anjos (São Miguel, São Gabriel, São Rafael e os anjos da Guarda)
..........[336] Desde o seu começo (197) até à morte (198), a vida humana é acompanhada pela sua assistência (199) e intercessão (200). «Cada fiel tem a seu lado um anjo como protetor e pastor para o guiar na vida » (201)
..........[335] Na sua liturgia, a Igreja associa-se aos anjos para adorar a Deus três vezes santo (194); invoca a sua assistência (como na oração "In paradisum deducant te angeli - conduzam-te os anjos ao paraíso" da Liturgia dos Defuntos (195), ou ainda no « Hino querubínico » da Liturgia bizantina (196), e festeja de modo mais particular a memória de certos anjos (São Miguel, São Gabriel, São Rafael e os anjos da Guarda)
..........[336] Desde o seu começo (197) até à morte (198), a vida humana é acompanhada pela sua assistência (199) e intercessão (200). «Cada fiel tem a seu lado um anjo como protetor e pastor para o guiar na vida » (201)
.......[329] QUEM SÃO OS anjos?
..........[329] Santo Agostinho diz a respeito deles: «
Angelus [...] officii nomen est, non naturae. Quaeris nomen naturae, spiritus
est; quaeris officium, angelus est: ex eo quod est, spiritus est: ex eo quod
agit, angelus -Anjo é nome de ofício, não de natureza. Desejas saber o nome da
natureza? Espírito. Desejas saber o do ofício? Anjo. Pelo que é, é espírito:
pelo que faz, é anjo (anjo = mensageiro) » (168). Com todo o seu ser, os anjos
são servos e mensageiros de Deus. Pelo fato de contemplarem « continuamente o
rosto do meu Pai que está nos céus » (Mt 18,10),
eles são « os poderosos executores das suas ordens, sempre atentos à sua
palavra » (Sl 103,20)
..........[330] Enquanto criaturas puramente espirituais,
são dotados de inteligência e vontade: são criaturas pessoais (169) e imortais
(170). Excedem em perfeição todas as criaturas visíveis. O esplendor da sua
glória assim o atesta (171)
.......[331] CRISTO « COM TODOS OS SEUS anjos »
..........[331] Cristo é o centro do mundo dos anjos
(angélico). Estes pertencem-Lhe: « Quando o Filho do Homem vier na sua glória,
acompanhado por todos os [seus] anjos... » (Mt 25,31).
Pertencem-Lhe, porque criados por e para Ele: « em vista d'Ele é que foram
criados todos os seres, que há nos céus e na terra, os seres visíveis e os
invisíveis, os anjos que são os tronos, senhorias, principados e dominações.
Tudo foi criado por seu intermédio e para Ele » (Cl 1,16), E
são d'Ele mais ainda porque Ele os fez mensageiros do seu plano salvador: «Não
são eles todos espíritos ao serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um
ministério a favor daqueles que hão-de herdar a salvação? » (Hb 1,14)
..........[332] Ei-los, desde a criação (172) e ao longo de
toda a história da salvação, anunciando de longe ou de perto esta mesma
salvação, e postos ao serviço do plano divino da sua realização: eles fecham o
paraíso terrestre (173); protegem Lot (174), salvam Agar e seu filho (175),
detêm a mão de Abraão (176) pelo seu ministério é comunicada a Lei (177), são
eles que conduzem o povo de Deus (178), anunciam nascimentos (179) e vocações
(180) assistem os profetas (181) - para não citar senão alguns exemplos.
Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e o do
próprio Jesus (182)
..........[333] Da Encarnação à Ascensão, a vida do Verbo Encarnado
é rodeada da adoração e serviço dos anjos. Quando Deus « introduziu no mundo o
seu Primogénito, disse: Adorem-n'O todos os anjos de Deus » (Hb 1,6). O
seu cântico de louvor, na altura do nascimento de Cristo, nunca deixou de se
ouvir no louvor da Igreja: « Glória a Deus [...] » (Lc 2,14).
Eles protegem a infância de Jesus (183), servem-n'O no deserto (184) e
confortam-n'O na agonia (185) no momento em que por eles poderia ter sido salvo
das mãos dos inimigos (186) como outrora Israel (187). São ainda os anjos que «
evangelizam » (188), anunciando a Boa-Nova da Encarnação (189) e da
Ressurreição (190) de Cristo. E estarão presentes aquando da segunda vinda de
Cristo, que anunciam (191), ao serviço do seu juízo (192)
.......[334] OS anjos NA VIDA DA IGREJA
..........[334]
Daqui resulta que toda a vida da Igreja beneficia da ajuda misteriosa e
poderosa dos anjos (193)
..........[335] Na sua liturgia, a Igreja associa-se aos anjos para adorar a Deus três vezes santo (194); invoca a sua assistência (como na oração "In paradisum deducant te angeli - conduzam-te os anjos ao paraíso" da Liturgia dos Defuntos (195), ou ainda no « Hino querubínico » da Liturgia bizantina (196), e festeja de modo mais particular a memória de certos anjos (São Miguel, São Gabriel, São Rafael e os anjos da Guarda)
..........[336] Desde o seu começo (197) até à morte (198), a vida humana é acompanhada pela sua assistência (199) e intercessão (200). « Cada fiel tem a seu lado um anjo como protector e pastor para o guiar na vida » (201)
..........[335] Na sua liturgia, a Igreja associa-se aos anjos para adorar a Deus três vezes santo (194); invoca a sua assistência (como na oração "In paradisum deducant te angeli - conduzam-te os anjos ao paraíso" da Liturgia dos Defuntos (195), ou ainda no « Hino querubínico » da Liturgia bizantina (196), e festeja de modo mais particular a memória de certos anjos (São Miguel, São Gabriel, São Rafael e os anjos da Guarda)
..........[336] Desde o seu começo (197) até à morte (198), a vida humana é acompanhada pela sua assistência (199) e intercessão (200). « Cada fiel tem a seu lado um anjo como protector e pastor para o guiar na vida » (201)
......[350]
RESUMO
..........[350]
Os anjos são criaturas espirituais que glorificam a Deus sem cessar e servem os
seus planos salvíficos em relação às outras criaturas: « Ad omnia bona nostra
cooperantur angeli - Os anjos prestam a sua cooperação a tudo quanto diz
respeito ao nosso bem » (215)
..........[351]
Os anjos assistem a Cristo, seu Senhor. Servem-n'O de modo particular no
cumprimento da sua missão salvífica em relação aos homens.
..........[352]
A Igreja venera os anjos, que a ajudam na sua peregrinação terrestre e protegem
todo o gênero humano.
..........[353] Deus quis a diversidade das suas criaturas e a sua bondade própria, a sua interdependência e a sua ordem. Destinou todas as criaturas materiais para o bem do género humano. O homem, e através dele toda a criação, tem como destino a glória de Deus.
..........[353] Deus quis a diversidade das suas criaturas e a sua bondade própria, a sua interdependência e a sua ordem. Destinou todas as criaturas materiais para o bem do género humano. O homem, e através dele toda a criação, tem como destino a glória de Deus.
..........[354]
Respeitar as leis inscritas na criação e as relações derivantes da natureza das
coisas, é princípio de sabedoria e fundamento da moral.
4.21 [391]
II. A queda dos anjos
..........[391]
Por detrás da opção de desobediência dos nossos primeiros pais, há uma voz
sedutora, oposta a Deus (266), a qual, por inveja, os faz cair na morte (267).
A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo decaído, chamado
Satanás ou Diabo (268). Segundo o ensinamento da Igreja, ele foi primeiro um
anjo bom, criado por Deus. « Diabolus enim et alii daemones a Deo quidem natura
creati sunt boni, sed ipsi per se facti sunt mali - De fato, o Diabo e os
outros demônios foram por Deus criados naturalmente bons; mas eles, por si, é
que se fizeram maus » (269)
..........[392]
A Escritura fala dum pecado destes anjos (270). A queda consiste na livre opção
destes espíritos criados, que radical e irrevogavelmente recusaram Deus e o seu
Reino. Encontramos um reflexo desta rebelião nas palavras do tentador aos
nossos primeiros pais: « Sereis como Deus » (Gn 3,5). O
Diabo é « pecador desde o princípio » (1Jo 3,8), «
pai da mentira » (Jo 8,44)
..........[393]
É o caráter irrevogável da sua opção, e não uma falha da infinita misericórdia
de Deus, que faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado. « Não há
arrependimento para eles depois da queda, tal como não há arrependimento para
os homens depois da morte » (271)
..........[394]
A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama « o assassino
desde o princípio » (Jo 8,44), e
que chegou ao ponto de tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai (272). «
Foi para destruir as obras do Diabo que apareceu o Filho de Deus » (1Jo 3,8)
..........[395]
No entanto, o poder de Satanás não é infinito. Satanás é uma simples criatura,
poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas, de qualquer modo, criatura:
impotente para impedir a edificação do Reino de Deus. Embora Satanás exerça no
mundo a sua ação, por ódio contra Deus e o seu reinado em Jesus Cristo, e
embora a sua ação cause graves prejuízos - de natureza espiritual e
indiretamente, também, de natureza física - a cada homem e à sociedade, essa ação
é permitida pela divina Providência, que com força e suavidade dirige a
história do homem e do mundo. A permissão divina da atividade diabólica é um
grande mistério. Mas «nós sabemos que tudo concorre para o bem daqueles que
amam a Deus» (Rm 8,28)
Nenhum comentário:
Postar um comentário