terça-feira, 12 de junho de 2012
O Santo Padre, o Papa Bento XVI orienta e abençoa os casais de namorados
Amados
casais, neste dia o Senhor nos chama a refletir sobre o Amor que Dele
recebemos, e que através Dele doamos e partilhamos, especialmente com aquele ou
aquela a quem Ele escolheu para nós. É o Amor Divino abastecendo o amor humano.
Portanto, quero recordar alguns trechos das palavras do Santo Padre, o Papa
Bento XVI aos casais de namorados no 16º Encontro Eucarístico Nacional da
Itália, em setembro de 2011. O Santo Padre na condição de Pai e Pastor
aconselha, orienta, abençoa e aponta o caminho da felicidade sonhada para os
enamorados de todos os tempos e idade. Vale a pena ler e colocar em prática.
"Gostaria de
oferecer-vos algumas orientações para uma resposta. Em certos aspectos, o nosso
não é um tempo fácil, sobretudo para vós, jovens. A mesa está preparada com
tantas coisas deliciosas, mas, como no episódio evangélico das bodas de Caná,
parece que veio a faltar o vinho da festa". (...) Falta o vinho
da festa também em uma cultura que tende a prescindir de claros critérios
morais:
na desorientação, cada um é forçado a mover-se de maneira individual e
autônoma, muitas vezes apenas no perímetro do presente. (...) Pertence a uma
cultura privada do vinho da festa também a aparente exaltação do corpo, que, na
realidade, banaliza a sexualidade e tende a fazê-la viver fora de um contexto
de comunhão de vida e de amor. (...) Queridos jovens, não tenhais medo de afrontar esses
desafios! Não percais nunca a esperança. Tendes coragem, também nas
dificuldades, permanecendo firmes na fé. Estais certos de que, em cada
circunstância, sois amados e protegidos pelo amor de Deus, que é a nossa força.
(...) Nada nos pode separar do amor de Deus! Estejais certos, pois, que também
a Igreja vos é próxima, vos sustenta, não cessa de olhar para vós com grande
confiança.
(...) Nas núpcias de Caná, quando vem a faltar o vinho,
Maria convidou os servos a dirigir-se a Jesus e deu-lhes uma indicação
preciosa: "Fazei o que ele vos disser" (Jo 2,5). Tenhais
como um tesouro a essas palavras, as últimas de Maria reportadas no Evangelho,
quase o seu testamento espiritual, e tereis sempre a alegria da festa: Jesus é
o vinho da festa! (...) Como namorados, vos encontrais a viver uma época única, que
abre à maravilha do encontro e faz descobrir a beleza de existir e de ser
preciosos para alguém, de poder-vos dizer reciprocamente: tu és importante para
mim. Vivais com intensidade, gradualidade e verdade esse caminho. Não
renuncieis a perseguir um ideal alto de amor, reflexo e testemunho do amor de
Deus! Mas, como viver essa fase da vossa vida, testemunhar o
amor na comunidade? Gostaria de dizer-vos, antes de tudo, que eviteis vos
trancar em relacionamentos íntimos, falsamente tranquilizadores; façais, mais
que tudo, que a vossa relação torne-se levedo de uma presença ativa e
responsável na comunidade. Não esqueçais, pois, que, para ser autêntico, também
o amor exige um caminho de amadurecimento: a partir da atração da inicial e do
"sentir-se bem" com o outro, educai-vos a "querer bem" ao
outro. O amor vive de gratuidade, de sacrifício de si, de perdão e de respeito
pelo outro. (...) Queridos
amigos, cada amor humano é sinal do Amor eterno que nos criou, e cuja graça
santifica a escolha de um homem e de uma mulher em dar-se reciprocamente a vida
no matrimônio. (...) Educai-vos, pois, desde agora à liberdade da fidelidade,
que leva a se proteger reciprocamente, até viver um pelo outro. Preparai-vos
para escolher com convicção o "para sempre" que conota o amor: a indissolubilidade,
antes que condição, é dom a ser desejado, pedido e vivido, para além de todas
as mutáveis situações humanas. E não pensais, segundo uma mentalidade difusa, que
a convivência seja garantia para o futuro. Queimar as etapas leva a
"queimar" o amor, que, ao contrário, tem necessidade de respeitar os
tempos e a gradualidade nas expressões; tem necessidade de dar espaço a Cristo,
que é capaz de tornar um amor humano fiel, feliz e indissolúvel. (...) O verdadeiro amor promete o infinito! Fazei, portanto, deste
vosso tempo de preparação ao matrimônio um itinerário de fé: redescubrais para
a vossa vida de casal a centralidade de Jesus Cristo e do caminhar na Igreja.
(...)
Maria ensina-nos que o bem de cada um depende do escutar com docilidade a
palavra do Filho. Em quem se confia n'Ele, a água da vida cotidiana
transforma-se no vinho de um amor que torna boa, bela e fecunda a vida. (...)
Não tenhais, então, medo de assumir a comprometedora responsabilidade da
escolha conjugal; não temais em entrar neste "grande mistério", no
qual duas pessoas tornam-se uma só carne (cf. Ef 5,31-32). Caríssimos jovens, confio-vos à proteção de
São José e de Maria Santíssima; seguindo o convite da Virgem Mãe – "Fazei
o que ele vos disser" – não vos faltará o sabor da verdadeira festa e
sabereis levar o "vinho" melhor, aquele que Cristo dá para a Igreja e
para o mundo. Gostaria de dizer-vos que também eu sou próximo a vós e a todos
aqueles que, como vós, vivem esse maravilhoso caminho do amor.
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