«Eu deixo para vocês a paz, eu lhes dou a minha paz. A paz que eu dou para vocês não é a paz que o mundo dá. Não fiquem perturbados, nem tenham medo. 28 Vocês ouviram o que eu disse: ‘Eu vou, mas voltarei para vocês’. Se vocês me amassem, ficariam alegres porque eu vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu." (Jo 14,27-28)
Num profundo clima de entrega e de obediência ao Pai, Jesus apresenta aos seus discípulos o tema da Paz. Lembrando que ‘Paz’ para o Oriente denota algo muito intenso, completo e pleno de messianismo. Por isso Jesus fala de Paz e completa com a alegria. Sim, Paz e Alegria, plenitude de uma promessa concedida aos que esperavam a salvação. Paz tão bem anunciada pelo AT: “Como são belos sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz, que traz a boa notícia, que anuncia a salvação, que diz a Sião: Seu Deus reina.” (Is 52,7) É essa Paz que Jesus pretende deixar para os seus.
E dessa Paz que só ele pode dar e que no mundo jamais se encontrará. O anúncio do Senhor precisa criar e desenvolver no coração dos discípulos de ontem e de hoje a certeza da tranqüilidade interior. Paz que se traduz em tranqüilidade que, mesmo diante das maiores tribulações da vida ou mesmo, dos intensos barulhos externos do mundo, o coração que a experimenta, renova-se e abstrai-se a cada instante sem se abalar.
A Paz renovadora que Jesus deixou aos seus é capaz de encorajá-los e robustecê-los, pois assim o prometeu o Senhor: “Não fiquem perturbados, nem tenham medo” (v.27c). É bom que saibamos que, além de repelir o medo, a Paz trazida pelo Senhor nos conduz a dignidade do amor e a plenitude da alegria, pois um e outro se alimentam da tranqüilidade que silencia o coração para ouvir melhor os conselhos do Senhor. E assim, a Paz, fruto do Espírito Santo, fortalece a alma e a enrijece para os diversos embates do dia-a-dia, porque enxerga com tranqüilidade a esperança da mudança na providência de Deus.
Atualizemos tais promessas e reconheçamos que, as perturbações poderão tentar-nos, mas jamais nos vencerão. Por isso ao tomarmos posse da Paz que Jesus veio nos trazer - com todas as prerrogativas a ela concedidas pelo Senhor para nós, devemos renunciar aos medos que nos impedem de avançarmos para o concreto de nossas vidas. Questionemo-nos, e retornemos ao caminho de Paz que até aqui trilhamos: Quais as áreas de nossas vidas estão necessitando de Paz? Quais são os medos que têm nos tirado a Paz? O que de mais concreto em nossa vida precisa de Paz? Busquemos viver a Paz que o Senhor quer nos dar. Vivamos a alegria, cresçamos no Amor de Deus e deixemos que a Paz produza em nós os frutos a que se propõe.
Que o ‘Príncipe da Paz’ nos encha de sua Paz e nos faça transbordar de Sua alegria! Louvado seja Deus!
Estela Márcia
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