sábado, 20 de abril de 2013

Arcebispo Paglia recorda a eleição de Bento XVI: um Pontificado no signo do amor e da humildade

"Um humilde trabalhador na Vinha do Senhor": com essas palavras, em 19 de abril de 8 anos atrás, Bento XVI se apresentava ao mundo após a eleição a 264º Sucessor de Pedro. Sobre a herança espiritual do Pontificado de Joseph Ratzinger, agora Papa emérito, a Rádio Vaticano ouviu o presidente do Pontifício Conselho para a Família, o Arcebispo Vincenzo Paglia. Eis o que disse:

Dom Vincenzo Paglia:- "Creio que seja muito oportuno recordar este dia. Em primeiro lugar, para agradecer ao Senhor por ter-nos dado um Papa como Bento XVI, o qual justamente como um humilde trabalhador da Vinha sulcou grandemente esta vinha abençoada. Todo o seu Pontificado é realmente marcado pela humildade: a humildade de quem não se poupou no trabalho, a humildade de quem quis fazer prevalecer a verdade sobre qualquer outra idéia, a humildade de quem realmente deu a sua vida."

RV: Humildade no gesto da renúncia, uma humildade jamais fim a si mesma, mas – como ele disse – para o bem da Igreja...

Dom Vincenzo Paglia:- "Sim, exatamente! Nesse sentido podemos dizer que a leitura profunda deste gesto está numa paixão pela verdade e pelo amor. Nestas duas dimensões se pode colher a profundidade espiritual do gesto do Papa Bento: realmente não pensou somente em si mesmo, mas pensou na Igreja, pensou na indispensabilidade que o Evangelho corra ainda mais veloz nos caminhos de um mundo que corre o risco de perder o sentido da existência. E eis que temos essa espiral aberta pelo Papa Bento e o carisma do Papa Francisco que com simplicidade – diria, com a mesma simplicidade de Bento XVI – tem chegado ao coração dos homens e mulheres."

RV: Quando o Papa Francisco encontrou Bento XVI em Castel Gandolfo, disse: "Somos irmãos!" Eis, seguramente um irmanar-se na humildade pelo bem da Igreja...

Dom Vincenzo Paglia:- "Não há dúvida. Olhando para essas duas figuras, de modo espontâneo me tornam em mente também as figuras que os precederam. Penso em João XXIII, no próprio Papa Luciani, bem como em João Paulo II e em Paulo VI... Eis que a história desses papas se entrelaça nessas duas figuras últimas de pontífices. Realmente, devemos agradecer ao Senhor por ter-nos dado papas como estes que marcaram a Igreja e o mundo."
Cidade do Vaticano (RV)




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