Foto - Outubro de 2013
Já
era o outono. Uma chuva persistente e forte transformara a Cova da Iria num
lamaçal e encharcava a multidão de 50 a 70 mil peregrinos, vindos de todos os
cantos de Portugal. Assim que chegaram os videntes, Lúcia pediu que fechassem
os guarda-chuvas para rezarem o Terço. E, pouco depois, houve o reflexo de luz
e Nossa Senhora apareceu sobre a carrasqueira. “Quero dizer-te que façam aqui
uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a
rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em
breve para suas casas.” Ao pedido de cura para uns doentes e
conversão para alguns pecadores, Nossa Senhora respondeu: “Uns sim, outros não. É
preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados”. E tomando um aspecto triste, Ela
acrescentou: “Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito
ofendido”. E, abrindo as mãos, fê-las refletir no sol, e enquanto
Se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projetar-se no sol.
Chovera durante toda a aparição. Lúcia, no término de seu colóquio com Nossa
Senhora, gritara para o povo: “Olhem
para o sol!” Rasgam-se as nuvens, e o sol aparece como um imenso disco de
prata. Apesar de seu intenso brilho, pode ser olhado diretamente sem ferir a
vista. As pessoas o contemplam absortas, quando, de súbito, o astro se põe a
“bailar”. Gira rapidamente como uma gigantesca roda de fogo. Pára de repente,
para dentro em pouco recomeçar o giro sobre si mesmo numa espantosa velocidade.
Finalmente, num turbilhão vertiginoso, seus bordos adquirem uma cor escarlate,
espargindo chamas vermelhas em todas as direções. Esses fachos refletem-se no
solo, nas árvores, nos arbustos, nas faces voltadas para o céu, reluzindo com
todas as cores do arco-íris. O disco de fogo rodopia loucamente três vezes, com
cores cada vez mais intensas, treme espantosamente e, descrevendo um ziguezague
descomunal, precipita-se em direção à multidão aterrorizada. Um único e imenso
grito escapa de todas as bocas. Todos caem de joelhos na lama e pensam que vão
ser consumidos pelo fogo. Muitos rezam em voz alta o ato de contrição. Pouco a
pouco, o sol começa a se elevar traçando o mesmo ziguezague, até o ponto do
horizonte de onde havia descido. Torna-se então impossível fitá-lo. É novamente
o sol normal de todos os dias. . Tudo durou uns dez minutos.
Finalmente, o Sol voltou em ziguezague para o seu lugar e ficou novamente
tranquilo e brilhante. Muitas pessoas notaram que as suas roupas, ensopadas
pela chuva, tinham secado súbitamente. Tal fenômeno foi testemunhado por
milhares de pessoas, até mesmo por outras que estavam a quilômetros do lugar
das aparições. O relato foi publicado na imprensa por diversos jornalistas que
ali se deslocaram e que foram também eles, testemunhas do milagre. O ciclo das
aparições em Fátima tinha terminado. Acrescentamos que, no momento em que Lúcia diz para a
multidão olhar para o sol, levada por um movimento interior que a isso a impeliu.
"Desaparecida Nossa Senhora, na
imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, S. José com o Menino e Nossa Senhora
vestida de branco, com um manto azul", era a Sagrada Família, ou seja,
enquanto os três pastorinhos eram agraciados com estas visões (apenas Lúcia
viu os três quadros, Jacinta e Francisco viram somente o primeiro), a maior
parte da multidão presente observou o chamado O Milagre do Sol: "S. José com o Menino pareciam abençoar o Mundo com uns gestos que
faziam com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta aparição, vi
Nosso Senhor acabrunhado de dôr a caminho do Calvário e
Nossa Senhora que me dava a ideia de ser Nossa Senhora
das Dores." Lúcia via apenas a parte superior do corpo de
Nosso Senhor e Nossa Senhora não tinha a espada no peito "Nosso Senhor parecia abençoar o Mundo da mesma forma que S. José.
Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora, em forma
semelhante a Nossa Senhora do
Carmo, com o Menino Jesus ao
colo." (Disse Lúcia – Memórias da Irmã Lúcia) Em sua primeira aparição, a
Santíssima Virgem pediu aos 3 pastorinhos que viessem à Cova da Iria seis meses
seguidos. E acrescentou: “Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez”. Seguiram-se as seis aparições,
segundo o relato da Irmã Lúcia, pairando o mistério sobre a sétima aparição…
Estará, esta, ligada à promessa do triunfo de Seu Imaculado Coração? Esse
triunfo, sem dúvida, configura uma suprema e altíssima esperança para os dias
de hoje! Fátima, queiramos ou não, tornou-se com a promessa “Por
fim meu Imaculado Coração triunfará” o ponto de referência essencial, indispensável,
para nossa vida e para o mundo contemporâneo.
Fátima, inegavelmente, é a
aurora do terceiro milênio!
Estela Márcia/OCDS -
Adaptações
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