domingo, 30 de junho de 2013

São Pedro e São Paulo



No dia de São Pedro e São Paulo - solenizado na Itália no próprio dia 29 de junho, mas no Brasil do Domingo seguinte mais próximo do dia 29, o Papa Francisco, conduziu sua reflexão sobre o ministério petrino a partir do verbo “confirmar”. Em primeiro lugar, confirmar na fé. O Evangelho fala da confissão de Pedro: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”, uma confissão que não nasce dele, mas do Pai celeste. É por causa desta confissão que Jesus diz: “Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”. “O papel, o serviço eclesial de Pedro tem o seu fundamento na confissão de fé em Jesus, o Filho de Deus vivo, tornada possível por uma graça recebida do Alto”, explicou Francisco, que todavia advertiu para o perigo de pensar de forma mundana. (...) “Quando deixamos prevalecer os nossos pensamentos, os nossos sentimentos, a lógica do poder humano e não nos deixamos instruir e guiar pela fé, por Deus, tornamo-nos pedra de tropeço. A fé em Cristo é a luz da nossa vida de cristãos e de ministros na Igreja!” Em segundo lugar, o Bispo de Roma é chamado a confirmar no amor. Na segunda leitura, São Paulo diz: “Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel”. O combate ao qual o Apóstolo se refere não é o das armas humanas, “que infelizmente ainda ensanguenta o mundo”, mas o combate do martírio. “São Paulo tem uma única arma: a mensagem de Cristo e o dom de toda a sua vida por Ele e pelos outros. (...) O Bispo de Roma é chamado a viver e confirmar neste amor por Cristo e por todos, sem distinção, limite ou barreira. E não só o Bispo de Roma: todos vocês, novos arcebispos e bispos, têm a mesma tarefa: deixar-se consumar pelo Evangelho. A tarefa de não se poupar, sair de si a serviço do santo povo fiel de Deus.” Por fim, o Sucessor de Pedro deve confirmar na unidade. Francisco se dirigiu diretamente aos Arcebispos para falar que a presença deles nesta cerimônia é o sinal de que a comunhão da Igreja não significa uniformidade e não só, é preciso reforçar a colegialidade: “Devemos caminhar por esta estrada da sinodalidade, crescer em harmonia com o serviço do primado”. Na Igreja, disse o Papa, a variedade sempre se funde na harmonia da unidade, como um grande mosaico onde todos os ladrilhos concorrem para formar o único grande desígnio de Deus. “E isto deve impelir a superar sempre todo o conflito que possa ferir o corpo da Igreja. Unidos nas diferenças. Não há outra estrada católica para nos unir. Este é o espírito católico, este é o espírito cristão: unir-se nas diferenças. Este é o caminho de Jesus!” (29.06.2013, Papa Francisco)
“(...)Igreja de Roma se tornou imediatamente e de modo espontâneo o ponto de referência para todas as Igrejas espalhadas no mundo. Não pelo poder do Império, mas pela força do martírio, do testemunho oferecido! No fundo, é sempre e somente o amor de Cristo que gera a fé e leva avante a Igreja.” (...) “Queridos irmãos, que alegria acreditar num Deus que é completamente amor e graça! Esta é a fé que Pedro e Paulo receberam de Cristo e transmitiram à Igreja. Como eles, deixemo-nos conquistar por Cristo”. (Angelus - Papa Francisco, 29.06.2013)
São Pedro e São Paulo, rogai pelo Santo Padre, o Papa Francisco e pela Igreja Corpo de Cristo!
Estela Márcia - Adaptações




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