quarta-feira, 5 de junho de 2013

Aprendendo com o nosso Pastor: A Palavra do Papa Francisco (I)

01.06.2013 - Sábado da 8º Semana do Tempo Comum

"Devemos ser cristãos coerentes com o escândalo da Cruz" (...) “A Igreja não é uma organização de cultura, mas é a família de Jesus”. (...)

“Com que autoridade fazes estas coisas”? Papa Francisco desenvolveu sua homilia partindo da pergunta feita a Jesus pelos escribas e pelos sumo sacerdotes. “Ainda uma vez – observou – querem fazer Jesus cair numa armadilha, procuram induzi-lo ao erro. Mas qual é – pergunta o Papa, o problema que estas pessoas tinham com Jesus?” (...)

“Talvez os milagres que fazia? Não, não é isto. Em realidade – afirmou -, o problema que escandalizava estas pessoas era aquilo que os demônios gritavam a Jesus: “Tu és o Filho de Deus, Tu és o Santo!”. Este é o ponto central, o que escandaliza de Jesus: “Ele é Deus que se encarnou”. Também para nós – prosseguiu o Papa – existem armadilhas na vida, mas aquilo que escandaliza da Igreja é o mistério da Encarnação do Verbo”. E isto não se tolera, isto o demônio não tolera” (...)

Quantas vezes se ouve dizer: ‘Mas vocês cristãos, sejam um pouco mais normais, mais razoáveis, como as outras pessoas!’. Este é um discurso de encantadores de serpentes: ‘Mas, vocês devem ser assim, não?, um pouco mais normais, não tão rígidos...’ . Mas por trás disto existe: ‘Mas não venham com esta história que Deus se fez homem’! A Encarnação do Verbo, este é o escândalo que está por trás! Nós podemos fazer todas as obras sociais que queremos e dirão: "Mas que boa a Igreja, que boa obra social que faz a Igreja”. Mas se nós dissermos que nós fazemos isto porque estas pessoas são a carne de Cristo, vira um escândalo. E esta é a verdade, esta é a revelação de Jesus: esta presença de Jesus encarnado” (...)

E “este é o ponto: Sempre existirá a sedução de fazer coisas boas sem o escândalo do Verbo encarnado, sem o escândalo da Cruz”. Devemos, ao invés disto “ser coerentes com este escândalo, com esta realidade que faz escandalizar”. E, melhor que isto: ser coerentes com a fé”.

Recordou o que afirma o Apóstolo João: “aqueles que negam que o Verbo se fez carne são o anti-cristo, são o anti-cristo!”. “(...) somente aqueles que dizem que o Verbo se fez carne são do Espírito Santo”. “(...) faria bem a todos nós pensar isto: a Igreja não é uma organização de cultura, nem de religião, nem social”:

A Igreja é a família de Jesus. A Igreja de Jesus confessa que Jesus é o Filho de Deus feito carne: isto é um escândalo, e por isto perseguiam Jesus. Este é o centro da perseguição. Se nós nos tornamos cristãos razoáveis, cristãos sociais, cristão de beneficência, qual será a conseqüência? Que não teremos mais mártires: esta será a conseqüência”.

Quando, ao invés disto, os cristãos dizem a verdade, professam que o “Filho de Deus veio e se fez carne”, “quando nós – prosseguiu o Papa –‘pregamos o escândalo da cruz, então virão as perseguições, virá a Cruz e isto será uma coisa boa, esta é a nossa vida”:

Peçamos ao Senhor para não termos vergonha de viver com este escândalo da Cruz. E também a sabedoria: peçamos a sabedoria para não cairmos na armadilha do espírito do mundo, que sempre nos fará propostas educadas, propostas civis, propostas boas, mas por trás disto existe a negação do fato que o Verbo se fez carne, da Encarnação do Verbo. Que no final das contas é o que escandaliza aqueles que perseguem Jesus, é aquilo que destrói a obra do diabo. Assim seja”.

02.06.2013 – 9º Domingo do Tempo Comum

"Deus chora pela loucura da guerra, suicídio da humanidade que mata o amor" (...)

“A guerra é o suicídio da humanidade porque mata o coração e mata o amor”. (...)

“O Senhor escuta a oração de todos”, a de Salomão no dia da consagração do Templo, mas também a oração de cada um de nós. (...)

Cita o episódio do centurião que pede a Jesus a cura do seu servo. “O nosso Deus é assim – acrescenta – escuta a oração de todos”, todos não como se fossem “anônimos”, mas a oração “de todos e de cada um”. (...)

“O nosso Deus é o Deus do grande e o Deus do pequeno; o nosso Deus é pessoal, escuta todos com o coração e ama com o coração”. (...)

Nós hoje viemos para rezar pelos nossos mortos, pelos nosso feridos, pelas vítimas desta loucura que é a guerra. É o suicídio da humanidade, porque mata o coração, mata onde está a mensagem do Senhor: mata o amor! Porque a guerra provém do ódio, da inveja, do desejo de poder, mas também - muitas vezes o vemos – daquela vontade por mais poder”. (...)

(...) “tantas vezes, vimos que os problemas locais, os problemas econômicos, as crises econômicas”, “os grandes da terra querem resolvê-los com uma guerra”(...) “Por que? Porque o dinheiro é mais importante que as pessoas para eles! E a guerra é exatamente isto: é um ato de fé ao dinheiro, aos ídolos, aos ídolos do ódio, ao ídolo que leva a matar o irmão. Me vem em mente aquela palavra do nosso Pai Deus a Caim, que por inveja, matou o seu irmão: ‘Caim, onde está o teu irmão?’. Hoje podemos sentir esta voz: é o nosso Pai Deus que chora, que chora por esta nossa loucura, que pergunta a todos nós ‘Onde está o teu irmão?’; que pergunta a todos os poderosos da Terra: “Onde está vosso irmão? O que você fez?”(...) “afaste de nós todo o mal” (...) “mesmo que com lágrimas, com aquelas lágrimas do coração”:

(...) “Volte-se para nós, Senhor, e tenha misericórdia de nós, porque estamos tristes, estamos angustiados. Veja a nossa miséria e a nossa pena e perdoa todos os pecados, porque por trás de uma guerra sempre existem os pecados: existe o pecado da idolatria, o pecado de abusar do ser humano no altar do poder, de sacrificá-los.” (...) “Volte-se para nós Senhor, e tenha misericórdia, porque estamos tristes e angustiados. Veja a nossa miséria e a nossa pena”. Estamos certos que o Senhor nos escutará e fará qualquer coisa para nos dar o espírito de consolação. Assim seja”.

02.06.2013 - Angelus: Papa faz apelo pela paz na Síria

"Sempre viva e sofrida é minha preocupação pela persistência do conflito que há mais de dois anos incendeia a Síria e atinge principalmente a população desamparada, que deseja uma paz na justiça e na compreensão. Esta atormentada situação de guerra leva consigo trágicas conseqüências: morte, destruição, danos econômicos e ambientais como também a chaga dos seqüestros de pessoas. No deplorar estes fatos, desejo assegurar minha oração e minha solidariedade pelas pessoas raptadas e por seus familiares, e faço apelo à humanidade dos seqüestradores para que libertem as vítimas. Rezemos sempre por nossa amada Síria". (...) “Gostaria de encorajar os recentes passos realizados em vários países da América Latina para a reconciliação e a paz. Acompanhamo-vos com a nossa oração”.  (...)

“Tudo se perde com a guerra. Tudo se ganha com a paz”, observou o Santo Padre.

04.06.2013 – 3ª feira – Papa Francisco: ‘nós falamos a verdade, com amor, ‘sim, sim’ ou ‘não, não’
 "É esta a linguagem da corrupção, da hipocrisia. Quando Jesus diz a seus discípulos, diz que seu modo de falar deve ser ‘sim, sim' ou ‘não, não', porque a hipocrisia não fala a verdade, porque a verdade não está nunca sozinha: está sempre com o amor. Não há verdade sem amor".
(...) “os fariseus quando se aproximaram de Jesus era de fazê-Lo cair em contradição. Era uma cilada. Quando perguntam, com palavras macias, açucaradas, se é lícito ou não pagar impostos a César, eles tentam demonstrar-se amigos, mas é tudo falso! (...) Eles não amam a verdade, mas somente a si mesmos e assim, tentam enganar, envolver os outros na mentira. Têm o coração mentiroso, não podem dizer a verdade", explica.
“A linguagem dos fariseus, insistiu, leva ao erro e à mentira: aqueles que pareciam tão amáveis com Jesus foram os mesmos que na quinta-feira à noite o pegaram no Jardim das Oliveiras e o levaram sexta-feira a Pilatos". (...) "a docilidade que Jesus quer de nós não tem nada a ver com esta adulação, com este modo ‘açucarado' de ir avante. A docilidade é simples; é como a de uma criança, e as crianças não são hipócritas, porque não são corruptas".
"Pensando bem: nós falamos a verdade, com amor, ou falamos aquela ‘língua social' de sermos educados, de dizer coisas bonitas, mas que não sentimos? Que o nosso falar seja evangélico, irmãos! Os hipócritas que começam com a adulação acabam procurando falsas testemunhas para acusar quem haviam adulado. Hoje, peçamos ao Senhor que o nosso modo de falar seja simples, como o de filhos de Deus, que falam com a verdade do amor".

05.06.2013 – 4ª feira – “rezar com o coração, não com as ideias”

Sobre a história de Tobit e Sara ... “Lamentar-se diante de Deus não é um pecado. O Senhor ouve, escuta as nossas lamentações. Pensemos em Jó, que diz: ‘Maldito o dia em que vim ao mundo...’. Também Jeremias, no capítulo 20: ‘Maldito o dia…’. Lamentam-se inclusive com uma maldição, mas não ao Senhor, mas àquela situação.”
“(...) Há tantas situações trágicas, como crianças desnutridas, refugiados, doentes terminais. Mas a essas pessoas devemos pensar com a nossa carne, com o nosso coração; e não de maneira acadêmica, com as estatísticas, mas sim humana. Nesses casos, é preciso fazer o que diz Jesus, ou seja, rezar. Rezar por elas. Elas devem entrar no meu coração, devem ser uma inquietação para mim: o meu irmão sofre, a minha irmã sofre. Eis...o mistério da comunhão dos Santos: rezar ao Senhor. Rezar, permitam-me dizer, com a carne: que a nossa carne reze. Não com as ideias. Rezar com o coração.(...) As orações sempre chegam à glória de Deus, sempre, quando vêm do coração”, afirmou. (...) Rezemos para que a nossa oração chegue e seja um pouco de esperança para todos nós.”

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