domingo, 29 de setembro de 2013

A Palavra de Deus nos alerta para o risco da comodidade - Dia da Bíblia

'Corremos o risco da comodidade, da mundanidade na vida e no coração'. em sua homilia deste 26º Domingo do Tempo Comum o Papa Francisco alerta-nos para a questão do comodismo que nos dominam e nos retiram a identidade, e pior ainda, leva-nos a perda da memória de Deus. Dessa forma, corremos os risco de nos envolvermos com o ser e o ter, que consequentemente vai nos esvaziando.
            Disse ele: “Ai dos que vivem comodamente em Sião e dos que vivem tranquilos, deitados em leitos de marfim, comem, bebem, cantam, divertem-se e não se preocupam com os problemas dos outros”. “Estas duras palavras nos advertem para um perigo que todos corremos: o risco da comodidade, da mundanidade na vida e no coração, de ter como centro o nosso bem-estar”, lembrou o Papa.
            Sabiamente, repassou a experiência do rico do Evangelho, que vestia roupas de luxo e cada dia se banqueteava lautamente; o importante para ele era isto. E o pobre que jazia à sua porta e não tinha com que matar a fome não era com ele, não lhe dizia respeito. “Se as coisas, o dinheiro, a mundanidade se tornam o centro da vida, apoderam-se de nós, dominam-nos e perdemos a nossa identidade de homens”.
            Ele explicou que “isto acontece quando perdemos a memória de Deus. Se falta a memória de Deus, tudo se nivela pelo ‘eu’, pelo meu bem-estar. A vida, o mundo, os outros perdem consistência, não contam para nada, tudo se reduz a uma única dimensão: o ter. Se perdemos a memória de Deus, também nós mesmos perdemos consistência, também nós nos esvaziamos, perdemos o nosso rosto, como o rico do Evangelho! Quem corre atrás do nada, torna-se ele próprio nulidade – diz outro grande profeta, Jeremias. Somos feitos à imagem e semelhança de Deus, não das coisas, nem dos ídolos”.
            A partir de uma nova realidade de vida proposta na exortação do Santo Padre, e da Celebração do "Dia da Bíblia", neste último Domingo do mês de setembro, deixemo-nos envolver não somente pelo somos ou temos, mas pelo que precisamos ser e fazer para aperfeiçoarmos a nossa semelhança com Deus, e, com a dimensão evangélica de sua Palavra. Busquemos aperfeiçoar a nossa vida pautando-nos pela Palavra de Deus, a fim de que possamos nos preencher das virtudes que nos permitam fazer desta Palavra, Vida de nossa vida.
Estela Márcia


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