domingo, 23 de fevereiro de 2014

Oração do Angelus na Praça São Pedro: rezem por mim e pelos novos Cardeais


            Após a solene concelebração da Santa Missa com os novos Cardeais e com os membros do Colégio Cardinalício, na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco se dirigiu ao último andar do Palácio Apostólico, de onde assomou à janela, que dá para a Praça São Pedro, para rezar a oração do Angelus, com os numerosos peregrinos e fiéis. Em sua alocução mariana, o Santo Padre retomou a passagem da liturgia de hoje, onde o apóstolo Paulo se defronta com as divisões da comunidade de Corinto e explica que este modo de pensar e agir é errado, porque toda a comunidade de fiéis não pertence aos Apóstolos, mas são eles que pertencem a ela e, por sua vez, toda a comunidade pertence a Deus. De tais comunidades, explicou o Papa, derivam as comunidades cristãs de hoje: dioceses, paróquias, associações, movimentos eclesiais. Todas elas, pelo Batismo, têm a mesma dignidade de filhos de Deus. Todos aqueles que receberam um ministério para ser guia, fazer pregação, administrar os Sacramentos não devem achar que são donos de poderes especiais, mas devem se colocar a serviço da comunidade, ajudando-a a percorrer, com alegria, o caminho da santidade. A Igreja, disse ainda o Papa, confia o testemunho deste estilo de vida pastoral aos novos Cardeais. O Consistório e a celebração Eucarística nos oferecem uma ocasião preciosa para experimentar a catolicidade, a universalidade da Igreja, bem representada pelas várias proveniências dos membros do Colégio Cardinalício, reunidos em íntima comunhão com o Sucessor de Pedro. Que o Senhor nos dê a graça de trabalhar e de construir a unidade da Igreja. E o Santo Padre concluiu: “Os momentos litúrgicos e festivos, que tivemos a oportunidade de viver nestes dias, reforcem em todos nós a fé, o amor a Cristo e à sua Igreja. Por isso, convido-lhes a sustentarem e assistirem estes Pastores com a oração, a fim de que eles possam guiar, sempre, com zelo, o povo a eles confiado, para que sejam bons servidores e não bons patrões”. Todos juntos, disse por fim o Papa aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, devemos dar testemunho de uma Igreja fiel a Cristo, animada pelo desejo de servir aos irmãos e pronta a ir ao encontro, com coragem profética, às expectativas e exigências espirituais dos homens e mulheres do nosso tempo. Que Nossa Senhora nos acompanhe neste caminho!


O Cardeal entra na Igreja de Roma, não entra numa corte


            O Santo Padre presidiu, na manhã deste domingo, na Basílica Vaticana, à solene concelebração Eucarística, com os novos Cardeais e com os membros do Colégio Cardinalício, presentes em Roma. Durante a homilia, que pronunciou durante a Santa Missa, Papa Francisco partiu da oração da coleta da liturgia de hoje: “A vossa ajuda, Pai misericordioso, sempre nos torne atentos à voz do Espírito”. Esta oração convida-nos a uma atitude fundamental: a escuta ao Espírito Santo, que vivifica a Igreja e a anima. “Com a sua força criativa e renovadora, frisou o Papa, o Espírito sustenta sempre a esperança do Povo de Deus, que caminha na história e sempre sustenta, como Paráclito, o testemunho dos cristãos. Neste momento, juntamente com os novos Cardeais, queremos ouvir a voz do Espírito, que nos fala através das Escrituras proclamadas”. A seguir, o Pontífice citou a passagem da primeira Leitura, do Levítico, na qual ressoa este apelo do Senhor ao seu povo: “Sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” e a frase de Jesus que ecoa no Evangelho: “Haveis, pois, de ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”. “Estas palavras interpelam a todos nós, discípulos do Senhor, e hoje são dirigidas especialmente a mim e, de modo particular, a vocês, queridos Irmãos Cardeais, que, desde ontem, começaram a fazer parte do Colégio Cardinalício. Imitar a santidade e a perfeição de Deus pode parecer uma meta inatingível; contudo, a primeira Leitura e o Evangelho sugerem os exemplos concretos para que a atitude de Deus se torne a regra do nosso agir”. Lembremo-nos, porém, afirmou o Santo Padre, que o nosso esforço, sem o Espírito Santo, seria vão! A santidade cristã não é, primeiramente, obra nossa, mas fruto da docilidade – deliberada e cultivada – do Espírito de Deus, três vezes Santo. E, recordando ainda o texto do Levítico, onde se lê: “Não odieis um irmão vosso no íntimo do coração...; não vos vingueis; não guardeis rancor, mas Amai o vosso próximo”, o Bispo de Roma esclareceu: Estas atitudes nascem da santidade de Deus. Nós, porém, somos tão diferentes, tão egoístas e orgulhosos...; no entanto, a bondade e a beleza de Deus nos atraem e o Espírito Santo pode nos purificar, transformar, moldar, dia após dia”.

            O Papa recorda que, no Evangelho, Jesus nos fala também da santidade e explica e transmite a sua nova lei, através de algumas antíteses entre a justiça imperfeita dos escribas e fariseus e a justiça superior do Reino de Deus. A primeira antítese do texto de hoje tem a ver com a vingança: “Olho por olho e dente por dente”. ... se alguém bater na sua face direita, dá-lhe também a outra”. Não só não devemos restituir ao outro o mal que nos fez, mas temos também que nos esforçar em fazer o bem, de modo exemplar. O Pontífice retomou, depois, a segunda antítese, que se refere aos inimigos: “Deveis amar o vosso próximo e odiar o vosso inimigo”. Mas, está escrito: “Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem”. A quem quer segui-Lo, Jesus pede para amar a pessoa que não merece, sem retribuição, a fim de preencher as lacunas de amor que há nos corações, nas relações humanas, nas famílias, nas comunidades, no mundo. Neste sentido, o Papa recordou que “Jesus não veio para nos ensinar as boas maneiras, as cortesias; para isso, não era preciso descer do Céu e morrer na cruz. Cristo veio para nos salvar, para nos mostrar o caminho, o único caminho de saída das areias movediças do pecado: este é o caminho da misericórdia. Ser santo não é um luxo, mas é necessário para a salvação do mundo. E o Papa exortou: Queridos Irmãos Cardeais, o Senhor Jesus e a mãe Igreja nos pedem para dar testemunho, com maior zelo e ardor, destas atitudes de santidade. É precisamente neste suplemento de oblatividade gratuita que consiste a santidade de um Cardeal”. Por conseguinte, o Papa Francisco exortou os Cardeais: amemos aqueles que nos são hostis; abençoemos quem fala mal de nós; saudemos com um sorriso quem, talvez, não merece; não aspiremos a fazer valer o nosso poder, mas oponhamos a mansidão à prepotência; esqueçamos as humilhações sofridas. Deixemo-nos guiar sempre pelo Espírito de Cristo: Ele se sacrificou na cruz, para podermos ser "canais" por onde passa a sua caridade. Eis o comportamento e a conduta de um Cardeal: O Cardeal entra na Igreja de Roma, não entra em uma corte. Ajudemo-nos, mutuamente, a evitar hábitos e comportamentos de corte: intrigas, críticas, facções, favoritismos, preferências. A nossa linguagem deve ser a do Evangelho: ‘Sim, sim; não, não’; as nossas atitudes devem ser as das bem-aventuranças; e o nosso caminho, o da santidade”. Hoje, disse o Pontífice, o Espírito Santo nos fala que “somos templos, onde se celebra uma liturgia existencial: a da bondade, do perdão, do serviço”. Em uma única palavra, onde se celebra “a liturgia do amor”. E ponderou: Este nosso templo se torna, de certo modo, profanado, quando descuidamos dos deveres para com o próximo; quando, o menor dos nossos irmãos, encontra lugar no nosso coração, é o próprio Deus que nele habita; mas, quando excluímos este irmão, não acolhemos o próprio Deus. Um coração vazio de amor é como uma igreja dessacralizada, subtraída ao serviço de Deus e destinada a outro fim”.

            O Papa Francisco concluiu sua homilia, dirigindo-se, mais uma vez, aos Cardeais presentes, exortando-os a “permanecerem unidos em Cristo e entre nós”! E lhes pediu para o acompanhem de perto, com suas orações, conselhos e colaboração. Por fim, o Santo Padre convidou os bispos, presbíteros, diáconos, pessoas consagradas e leigos a se unirem, na invocação ao Espírito Santo, para que o Colégio dos Cardeais seja cada vez mais abrasado de caridade pastoral, cada vez mais cheio de santidade, para servir o Evangelho e ajudar a Igreja a irradiar pelo mundo o amor de Cristo.

Composição do Colégio Cardinalício: 218 Cardeais, dos quais 10 brasileiros - Cardeal Orani: "Represento todo o Brasil"


            Com o Consistório convocado pelo Papa Francisco para a criação de 19 novos Cardeais - o primeiro de seu pontificado -, o Colégio Cardinalício fica composto por 218 Cardeais, dos quais 122 eleitores e 96 não eleitores. O novos Cardeais são provenientes de 15 países: 4 da América do Norte e Central: Canadá, Nicarágua, Haiti e Antilhas: 3 da América do Sul: Argentina, Brasil e Chile; 2 da África: Costa do Marfim e Burkina Fasso; 2 da Ásia: Coréia e Filipinas. Com a criação do novo Cardeal brasileiro, Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro - Dom Orani, 63 anos, filho caçula de uma família descendente de italianos, nasceu em São José do Rio Pardo (SP). Ordenado sacerdote em 1974, tornou-se bispo de São José do Rio Preto (SP) em 1997 e arcebispo de Belém em 2004. Em 2009, foi escolhido pelo então papa Bento XVI como arcebispo do Rio de Janeiro, e anfitrião da Jornada Mundial da Juventude, em julho do ano passado. O Brasil agora tem dez Cardeais:

1. Dom Cláudio Hummes, Prefeito emérito da Congregação para o Clero e Arcebispo emérito de São Paulo;
2. Dom Eusébio Oscar Scheid, Arcebispo emérito de São Sebastião do Rio de Janeiro;
3. Dom Geraldo Majella Agnelo, Arcebispo emérito de São Salvador da Bahia;
4. Dom João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica;
5. Dom José Freire Falcão, Arcebispo emérito de Brasília;
6. Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo;
7. Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo;
8. Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida;
9. Dom Serafim Fernandes de Araújo, Arcebispo emérito de Belo Horizonte;
10. Dom , Arcebispo do Rio de Janeiro.

Cardeal Orani: "Represento todo o Brasil"

            “Não represento só a mim mesmo, mas todo o Brasil”: este é o sentimento do recém-criado Cardeal, Orani João Tempesta, no Consistório desta manhã, na Basílica Vaticana, presidido pelo Papa Francisco.
            O Cardeal Orani declarou: “Quando foi anunciado [Consistório], eu senti no Rio de Janeiro e no Brasil também que, de certa forma, todo mundo se sentiu nomeado junto comigo. Então eu trago o sentimento de quem não representa só a si mesmo, não só o Rio de Janeiro, mas muita gente no Brasil. Trago comigo muita gente que se sentiu agraciado com esse título e, é claro, alguém tem que representar este povo todo e coube a mim. Depois, uma grande responsabilidade, para a qual eu peço a Deus que me dê a capacidade de poder servir à Igreja e ao mundo, evidentemente a Igreja com sua responsabilidade mundial, para que possamos levar para frente esta grande missão”.





 





Consistório: "A Igreja precisa de artesãos da paz". Bento XVI presente à cerimônia (Sábado 22.02.2014)



O Colégio Cardinalício ganhou neste sábado 19 novos membros e o Brasil, mais um Cardeal: Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro. O Consistório realizou-se na Basílica Vaticana, numa cerimônia rica não só de tradições e símbolos, mas também de uma surpresa inédita: a presença durante toda a celebração do predecessor de Francisco, Bento XVI. Depois da procissão de entrada, os dois Pontífices se abraçaram. O primeiro dos novos purpurados, Pietro Parolin, Secretário de Estado, dirigiu em nome de todos os outros cardeais a saudação ao Pontífice.
 
Diante dos novos e antigos membros do Colégio Cardinalício, de autoridades (como a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff), delegações oficiais e inúmeros fiéis, o Pontífice inspirou toda a sua homilia no Evangelho de S. Marcos. Comentando a frase “Jesus ia à frente deles”, o Papa afirmou que também neste momento Jesus caminha diante de nós, Ele nos precede e nos abre o caminho. “Isto é uma coisa que impressiona nos Evangelhos: Jesus caminha muito e instrui os seus discípulos ao longo do caminho. Isto é importante. Jesus não veio para ensinar uma filosofia, uma ideologia... mas um «caminho», uma estrada que se deve percorrer com Ele.” A estrada, acrescentou, se aprende percorrendo-a, caminhando. “Esta é a nossa alegria: caminhar com Jesus.” Mas isso não é fácil, não é cômodo, advertiu o Pontífice, pois a estrada que Jesus escolhe é a da cruz. Ao contrário dos discípulos de então, “nós sabemos que Jesus venceu e não deveríamos ter medo da cruz, ou melhor, na cruz depositamos a nossa esperança. E, contudo, sendo também nós humanos, pecadores, estamos sujeitos à tentação de pensar à maneira dos homens e não de Deus”. E quando se pensa de maneira mundana, prosseguiu o Papa, há indignação. “Se prevalece a mentalidade do mundo, sobrevêm as rivalidades, as invejas, as facções.... Por isso, a Palavra que hoje o Senhor nos dirige é tão “saudável! Nos purifica interiormente, ilumina as nossas consciências e nos ajuda a nos sintonizar plenamente com Jesus, e a fazê-lo juntos, no momento em que o Colégio de Cardeais aumenta com o ingresso de novos membros”. Outro gesto de Jesus é chamar os discípulos a Si. “Deixemo-nos ‘con-vocar’ por Ele”, disse o Papa dirigindo-se aos novos cardeais e acrescentando que a Igreja necessita deles, de sua colaboração, de sua coragem para anunciar o Evangelho, de sua oração e compaixão, “sobretudo neste momento de dor e de sofrimento em tantos países do mundo”. Francisco expressou solidariedade às comunidades eclesiais e a todos os cristãos que sofrem discriminações e perseguições. “A Igreja necessita de nossa oração por eles, para que sejam fortes na fé e saibam reagir ao mal com o bem. E esta nossa oração estende-se a todo o homem e mulher que sofre injustiça por causa das suas convicções religiosas”. Por fim, uma menção à paz e um convite à união: “A Igreja precisa de nós também como homens de paz, precisa que façamos a paz com as nossas obras, os nossos desejos, as nossas orações. Fazer a paz. Artesão da paz. Por isso invocamos a paz e a reconciliação para os povos que, nestes tempos, vivem provados pela violência e a guerra. Caminhemos juntos atrás do Senhor e deixemo-nos cada vez mais convocar por Ele, no meio do povo fiel, da Santa Mãe Igreja”. Na sequência, houve um dos momentos mais característicos da cerimônia: o Santo Padre nomeou os Cardeais e anunciou a Ordem Presbiteral ou Diaconal que lhes foi atribuída. Os novos purpurados juraram fidelidade e obediência ao Santo Padre e aos seus sucessores, com a fórmula: “Prometo e juro permanecer, a partir de agora e para sempre enquanto tiver vida, fiel a Cristo e ao seu Evangelho, constantemente obediente à Santa Apostólica Igreja Romana”, diz um trecho. No momento da imposição do barrete, o Santo Padre lembrou aos cardeais que se trata de um símbolo de compromisso, de “estar prontos a agir com fortaleza, até à efusão do sangue, pelo aumento da fé cristã, pela paz e a tranquilidade do povo de Deus e para a liberdade e a propagação da Santa Igreja Romana”. Cada cardeal, de acordo com a ordem da criação, se ajoelhou diante do Pontífice para receber o solidéu e o barrete vermelhos. Por sua vez, a entrega do anel foi acompanhada pelas palavras: “Recebe o anel das mãos de Pedro e saiba que, com o amor do Príncipe dos Apóstolos, se reforça o teu amor para com a Igreja”. O Santo Padre atribuiu a cada cardeal uma igreja em Roma, como um sinal de participação no cuidado pastoral do Papa na cidade. Ele entregou a bula de criação cardinalícia e o título correspondente a cada um, antes de trocar com o novo cardeal um abraço de paz. Ao Card. Orani foi atribuída a Igreja Santa Maria Mãe da Providência, no bairro de Monteverde (parrocchiaprovvidenza.it) A celebração se encerrou com o Pai-Nosso e a bênção apostólica, seguida da antífona mariana.









 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

VOCAÇÃO: A alegria de ser de Deus, inteiramente

          
          A alegria de ser de Deus, inteiramente, faz de todos os que a Ele se abandonam contagiarem os que estão ao seu redor e derredor. É dessa maneira que a jovem Andresa de Souza Santos – agora, Ir. Maria do Carmo do Sagrado Coração, nos contagiou neste sábado dia 16 de fevereiro.







Tendo feito a experiência interna do Carmelo durante três meses no ano de 2012 – de 30 de julho a 30 de setembro, a jovem voltou para a vida paroquial, participou da Jornada Mundial da Juventude junto aos jovens de sua Paróquia de origem (N.S. Imaculada Conceição, de Raiz da Serra), bem como de todas as atividades religiosas.

  
                                                                  
 Integrante  do Grupo São José, da OCDS, Andresa se mantinha com o coração no Carmelo e a alma na vida carmelita. Com visitas frequentes, aguardava o novo momento que o Senhor lhe prepararia para retornar. Em maio de 2013, declarou ao grupo da OCDS, no momento da partilha, que estava decidida a dar o seu “sim” para o Senhor, e assim fazer o verdadeiro ingresso. Deste momento até os dias de hoje, foram dias de intensa oração e discernimento. Acompanhada pela Madre Bernadete – no Carmelo São José, e pelo Padre Aguinaldo – Vigário da Paróquia de origem (seu Diretor Espiritual), a jovem veio traçando seu discernimento vocacional.



 
 
 
Acompanhada pelo seu Diretor Espiritual, irmãos e amigos, Andresa fez sua entrada para a ‘arca sagrada’, onde foi acolhida pela Madre Bernadete e toda a comunidade - monjas, noviças e postulante. Agora dirá ela, como disse Santa Teresinha no dia do seu ingresso: “Alguns momentos depois, as portas da arca sagrada fechavam-se sobre mim e passava a receber os abraços das irmãs queridas... Enfim, meus desejos estavam realizados, minha alma gozava de uma PAZ tão suave e tão profunda que me seria impossível expressar e,... fui levada ao coro logo após minha entrada...” ao Santíssimo.

A partir de agora, temos três vocações no Carmelo São José de Petrópolis, duas noviças – Ir. Maria Teresa de Jesus e da Santa Cruz e Ir. Maria Inês de Jesus Crucificado, e agora, a postulante Ir. Maria do Carmo do Sagrado Coração. Muito nos encanta e nos faz agradecer ao Bom Deus e a Virgem Santíssima, pelos bens que têm derramado sobre nossa paróquia. São muitas vocações sacerdotais e religiosas.
           Amados jovens, obrigada pelo “sim” generoso ao Senhor Jesus!
           Que o Bom Deus e a Boa Mãe do Céu possam lhes cumular das graças de uma vocação bem vivida na humildade, na perseverança e na oração de entrega e abandono!
                                                              Estela Márcia

 

 

"Palavras podem matar. Ame o próximo como a ti mesmo" - Papa Fracisco no Angellus

Neste ensolarado domingo de inverno, o Papa acolheu milhares de fiéis, romanos e turistas na Praça São Pedro e rezou com eles a oração dominical do Angelus. Como sempre, Francisco fez um breve discurso, comentando o Evangelho do dia e saudando os grupos organizados que vêm a Roma para este encontro. A passagem do Evangelho de Mateus que narra o chamado ‘discurso da montanha’, a primeira pregação de Jesus e sua atitude diante da Lei Hebraica foram o tema da reflexão do Papa. “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir”, afirma Jesus, que não queria cancelar os mandamentos, mas cumpri-los. Mas – questionou Francisco – o que significa ‘cumprir plenamente’ a Lei? E no que consiste a justiça superior? É o próprio Jesus a responder, comparando a Lei antiga com o que Ele diz, a partir do quinto mandamento: ‘Não matarás’. Improvisando, o Papa acrescentou: “Quando se diz que uma pessoa é ‘linguaruda’, significa que faz mexericos. As fofocas podem matar a fama, o nome de uma pessoa; é tão feio difamar os outros. Se não fizéssemos fofocas, poderíamos ser santos. Queremos ser santos?” - perguntou o Papa aos fiéis. “Então evitemos mexericos”. Com isso, Jesus nos recorda que também as palavras podem matar! Não se deve ameaçar a vida do próximo, mas menos ainda derramar nele o veneno da ira ou feri-lo com a calúnia. Jesus propõe a quem o segue a perfeição do amor: um amor cuja única medida é não ter medida, ir além de qualquer conjetura. “O amor ao próximo é uma atitude tão fundamental que Jesus afirma que nossa relação com Deus não pode ser sincera se não fizermos as pazes com o próximo”, disse o Papa, citando Mateus 5,24: “Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta”. Por isso somos chamados a nos reconciliar com nossos irmãos antes de manifestar devoção ao Senhor na oração”. Este episódio explica que Jesus não dá importância simplesmente à disciplina e à conduta exterior. Ele vai à raiz da Lei, priorizando a intenção e indo ao coração do homem, a origem de nossas ações, boas ou más. “Para termos um comportamento bom e honesto, não são suficientes normas jurídicas, mas motivações profundas que brotam da sabedoria de Deus e da ação do Espírito. Tendo fé em Cristo e abrindo-nos a esta ação, viveremos o amor divino. Este ensinamento de Cristo – concluiu o Papa – nos revela que a plenitude dos mandamentos se exprime realmente no Amor e que todos se unificam no maior deles: “Ame Deus de todo o coração e o próximo como a ti mesmo”.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Santa Bernadette, rogai por nossos enfermos!

                                             (Foto: Estela Márcia - França, outubro de 2013)

NOSSA SENHORA DE LOURDES, rogai por nossos enfermos!

                                            (Foto: Estela Márcia - França, outubro de 2013)

Os 68 milagres de Lourdes foram proclamados oficialmente pela Igreja.


 
 (Fotos: Estela Márcia - Outubro de 2013)
 

Mais de 4.000 curas foram qualificadas de inexplicáveis pela ciência. Os bispos decidirão se as reconhecem canonicamente como milagre.

Eis a lista dos 68. Em 1º lugar o nome e local de residência; 2º) a doença curada; 3º) idade do doente e data da cura; 4º) diocese e data do reconhecimento do milagre.

1. Sra. Catherine Latapie, apelidada Chouat, de Loubajac (França). Paralisia havia 18 meses. Por volta de 38 anos, no dia 01-03-1858. Tarbes, 18-01-1862.

2. Sr. Louis Bouriette, de Lourdes (França). Perda da vista havia 20 anos. 54 anos em março de 1858. Tarbes, 18-01-1862.

3. Sra. Blaisette Cazenave, (nascida Soupène), de Lourdes (França). Oftalmia crônica havia 3 anos. Por volta de 50 anos, março de 1858. Tarbes, 18-01-1862.

4. Sr. Henri Busquet, de Nay (França). Adenite com úlcera havia 15 meses. Por volta de 15 anos, em 28-04-1858. Tarbes, 18-01-1862.

5. Sr. Justin Bouhort, de Lourdes (França). Atraso de desenvolvimento e consumição física. 2 anos em 06-07-1858. Tarbes, 18-01-1862.

6. Sra. Madeleine Rizan, de Nay (França). Hemiplegia do lado esquerdo havia 24 anos. 58 anos aproximadamente em 17-10-1858. Tarbes, 18-01-1862.

7. Srta. Marie Moreau, de Tartas (França). Perda da vista com lesões inflamatórias havia 10 meses. 17 anos aproximadamente em 09-11-1858. Tarbes, 18-01-1862.

8. Sr. Pierre de Rudder, de Jabbeke (Bélgica). Fratura exposta da perna esquerda com seudo-artrose. 52 anos em 07-04-1875. Bruges (Bélgica) 25-07-1908.

9. Srta. Joachime Dehant, de Gesves (Bélgica). Ulcera da perna direita com gangrena muito desenvolvida. 29 anos em 13-09-1878. Namur (Bélgica) 25-04-1908.

10. Srta. Elisa Seisson, de Rognonas (França). Hipertrofia do coração com edemas nos membros inferiores. 27 anos em 29-08-1882. Aix-en-Provence 02-07-1912.

11. Irmã Eugenia, (Marie Mabille), de Bernay (França). Abscesso com fístulas, flebite. 28 anos em 21-08-1883. Evreux 30-08-1908.

12. Irmã Julienne, (Aline Bruyère), de La Roque (França). Tuberculose pulmonar. 25 anos em 01-09-1889. Tulle 07-03-1912.

13. Irmã Joséphine-Marie, (Anne Jourdain), de Goincourt (França). Tuberculose pulmonar. 36 anos em 21-08-1890. Beauvais 10-10-1908.

14. Srta. Amélie Chagnon, (Religiosa do Sagrado Coração em 25-09-1894), de Poitiers (França). Osteoartrite tuberculosa no joelho e no pé. 17 anos em 21-08-1891. Tournai (Bélgica) 08-09-1910.

15. Srta. Clémentine Trouvé, (Irmã Agnès-Marie), de Rouille (França). Osteoperiostite do pé direito com flebite. 14 anos em 21-08-1891. Paris 06-06-1908.

16. Srta. Marie Lebranchu, (Sra. Wuiplier), de Paris (França). Tuberculose pulmonar. 35 anos em 20-08-1892. Paris 06-06-1908.

17. Srta. Marie Lemarchand, (Sra. Authier), de Caen (França). Tuberculose pulmonar com úlceras no rosto e na perna. 18 anos em 21-08-1892. Paris 06-06-1908.

18. Srta. Elise Lesage, de Bucquoy (França). Osteoartrite tuberculosa do joelho. 18 anos em 21-08-1892. Arras 04-02-1908.

19. Irmã Maria da Apresentação, (Sylvanie Delporte), de Lille (França). Gastrenterite crônica tuberculosa. 46 anos em 29-08-1892. Cambrai 15-08-1908.

20. Padre Cirette, de Beaumontel (França). Esclerose espinal. 46 anos em 31-08-1893. Evreux 11-02-1907.

21. Srta. Aurélie Huprelle, de Saint-Martin-le-Noeud (França). Tuberculose pulmonar aguda. 26 anos em 21-08-1895. Beauvais 01-05-1908.

22. Srta. Esther Brachmann, de Paris (França). Peritonite tuberculosa. 15 anos em 21-08-1896. Paris 06-06-1908.

23. Srta. Jeanne Tulasne, de Tours (França). Mal de Pott lombar. 20 anos em 08-09-1897. Tours 27-10-1907.

24. Srta. Clémentine Malot, de Gaudechart (França). Tuberculose pulmonar. 25 anos em 21-08-1898. Beauvais 01-11-1908.

25. Sra. Rose François, (nascida Labreuvoies), de Paris (França). Fleimão com fístulas no braço direito e enorme edema. 36 anos em 20-08-1899. Paris 06-06-1908.

26. Padre Salvador, de Rouelle (França). Peritonite tuberculosa. 38 anos em 25-06-1900. Rennes 01-07-1908.

27. Irmã Maximilien, (Religiosa da Esperança) de Marselha (França). Quisto no fígado e flebite na perna esquerda. 43 anos em 20-05-1901. Marselha 05-02-1908.

28. Srta. Marie Savoye, de Cateau-Cambresis (França). Doença mitral reumática descompensada. 24 anos em 20-09-1901. Cambrai 15-08-1908.

29. Sra. Johanna Bézenac, (nascida Dubos), de Saint-Laurent-des-Bâtons (França). Caquexia de origem desconhecida e impetigo. 28 anos em 08-08-1904. Périgueux 02-07-1908.

30. Irmã Saint-Hilaire, (Lucie Jupin), de Peyreleau (França) Tumor abdominal. 39 anos em 20-08-1904. Rodez 10-05-1908.

31. Irmã Sainte-Béatrix, (Rosalie Vildier), d’Evreux (França). Laringobronquite tuberculosa. 42 anos em 31-08-1904. Evreux 25-03-1908.

32. Srta. Marie-Thérèse Noblet, d’Avenay (França). Mal de Pott. 15 anos em 31-08-1905. Reims 11-02-1908.

33. Srta. Cécile Douville de Franssu, de Tournai (Bélgica). Peritonite tuberculosa. 19 anos em 21-09-1905. Versailles 08-12-1909.

34. Srta. Antonia Moulin, de Vienne (França). Fistula no fêmur direito e artrite no joelho. 30 anos em 10-08-1907. Grenoble 06-11-1910.

35. Srta. Marie Borel, de Mende (França). Seis fístulas nas regiões lombar e abdominal. 27 anos em 21/22-08-1907. Mende 04-06-1911.

36. Srta. Virginie Haudebourg, de Lons-le-Saulnier Cistite tuberculosa e nefrite. 22 anos em 17-05-1908. Saint-Claude 25-11-1912. (França).

37. Sra. Marie Biré, (nascida Lucas), de Sainte-Gemme-la-Plaine (França). Cegueira de origem cerebral e atrofia papilar bilateral. 41 anos em 05-08-1908. Luçon 30-07-1910.

38. Srta. Aimée Allope, de Vern (França). Numerosos abscessos tuberculosos, quatro dos quais com fístula. 37 anos em 28-05-1909. Angers 05-08-1910.

39. Srta. Juliette Orion, de Saint-Hilaire-de- Voust (França). Tuberculose pulmonar e da laringe. 24 anos em 22-07-1910. Luçon 18-10-1913.

40. Sra. Marie Fabre, de Montredon (França). Enterite, dispepsia e prolapso uterino. 32 anos em 26-09-1911. Cahors 08-09-1912.

41. Srta. Henriette Bressolles, de Nice (França). Mal de Pott, paraplégica. 28 anos aproximadamente em 03-07-1924. Nice 04-06-1957.

42. Srta. Brosse Lydia, de Saint-Raphaël (França). Fistulas tuberculosas múltiplas. 41 anos em 11-10-1930. Coutances 05-08-1958.

43. Irmã Marie-Marguerite, (Françoise Capitaine), de Rennes (França). Abscesso do rim esquerdo com edema e crises cardíacas. 64 anos em 22-01-1937. Rennes 20-05-1946.

44. Srta. Louise Jamain, (Sra. Maître), de Paris (França). Tuberculose pulmonar, intestinal e peritoneal. 22 anos em 01-04-1937. Paris 14-12-1951.

45. Sr. Francis Pascal, de Beaucaire (França). Cegueira e paralise dos membros inferiores. 3 anos 10 mois em 31-08-1938. Aix-en-Provence 31-05-1949.

46. Srta. Gabrielle Clauzel, d’Oran (Algérie). Espondite reumatica. 49 anos em 15-08-1943. Oran (Algeria) 18-03-1948.

47. Srta. Yvonne Fournier, de Limoges (França). Síndrome de Leriche. 22 anos em 19-08-1945. Paris 14-11-1959.

48. Sra. Rose Martin, (nascida Perona), de Nice (França). Câncer no colo do útero. 46 anos em 03-07-1947. Nice 17-03-1958.

49. Sra. Jeanne Gestas, (nascida Pelin), de Bègles (França). Perturbações dispépticas com acidentes pós-operatórios. 50 anos em 22-08-1947. Bordeaux 13-07-1952.

50. Srta. Marie-Thérèse Canin, de Marseille (França). Mal de Pott e peritonite tuberculosa. 37 anos em 09-10-1947. Marselha 06-06-1952.

51. Srta. Maddalena Carini, de San Remo (Itália). Peritonite tuberculose, tuberculose pleural, pulmonar e óssea com artrite coronária. 31 anos em 15-08-1948. Milão (Itália) 02-06-1960.

52. Srta. Jeanne Frétel, de Rennes (França). Péritonite tuberculosa. 34 anos em 08-10-1948. Rennes 20-11-1950.

53. Srta. Théa Angele, (Irmã Maria-Mercedes), de Tettnang (Alemanha). Esclerose em placas havia seis anos. 20 anos em 20-05-1950. Tarbes-Lourdes 28-06-1961.

54. Sr. Evasio Ganora, de Casale (Itália). Doença de Hodgkin. 37 anos em 02-06-1950. Casale (Itália) 31-05-1955.

55. Srta. Edeltraud Fulda, (Sra. Haidinger), de Viena (Áustria). Doença de Addison. 34 anos em 12-08-1950. Viena (Áustria) 18-05-1955.

56. Sr. Paul Pellegrin, de Toulon (França). Fístula pós-operatória de um abscesso do fígado. 52 anos em 03-10-1950. Fréjus-Toulon 08-12-1953.

57. Irmão Léo Schwager, de Friburgo (Suíça). Esclerose em placas havia cinco anos. 28 anos em 30-04-1952. Genebra (Lausanne) Friburgo (Suíça). 18-12-1960.

58. Sra. Alice Couteault, (nascida Gourdon), de Bouille-Loretz (França). Esclerose em placas havia três anos. 34 anos em 15-05-1952. Poitiers 16-07-1956.

59. Srta. Marie Bigot, de La Richardais (França). Cegueira, surdez e hemiplegia. 31 anos em 08-10-1953 e 32 anos em 10-10-1954. Rennes 15-08-1956.

60. Sra. Ginette Nouvel, (nascida Fabre), de Carmaux (França). Doença de Budd-Chiari. 26 anos em 21-09-1954. Albi 31-05-1963.

61. Srta. Elisa Aloi, (Sra. Varacalli), de Patti (Itália). Tuberculose osteoarticular com fístulas múltiplas. 27 anos em 05-06-1958. Messina (Itália) 26-05-1965.

62. Srta. Juliette Tamburini, de Marselha (França). Osteoperiostite femoral com fístula havia 10 anos. 22 anos em 17-07-1959. Marselha 11-05-1965.

63. Sr. Vittorio Micheli, de Scurelle (Itália). Sarcoma do quadril. 23 anos em 01-06-1963. Trento 26-05-1976.

64. Sr. Serge Perrin, de Lion d’Angers (França). Hemiplegia direita com lesões oculares, perturbações circulatórias. 41 anos em 01-05-1970. Angers 17-06-1978.

65. Srta. Delizia Cirolli, (Sra. Costa), de Paternò (Itália). Sarcoma de Ewing no joelho esquerdo. 12 anos em 24-12-1976. Catania (Itália) 28-06-1989.

66. Sr. Jean-Pierre Bély, de La Couronne (França). Esclerose em placas. 51 anos em 09-10-1987. Angoulême 9-02-1999.

67. Srta. Anna Santaniello, Salerno (Itália) Descompensação cardíaca resultante de reumatismo articular agudo. 41 anos em 19-08-1952. Salerno (Itália) 21-09-2005 .

68. Soror Luigina Traverso, Casale Monferrato (Itália). Paralisia da perna esquerda. 31 anos em 23-07-1965. Casale Monferrato (Itália) 11-10-2012.

69. Sra. Danila Castelli, Pavia (Itália). Hipertensao arterial grave com tumores. 43 anos em 04-05-1989. Pavia (Itália) 20-06-2013

 

Os Papas documentam os milagres de LOURDES

São Pio X: Lourdes é promessa da vitória iminente sobre os ímpios

“É preciso acrescentar que Pio IX não muito antes [das aparições] havia declarado ser de fé católica a Conceição Imaculada de Maria que, na cidade de Lourdes, começaram maravilhosas manifestações da Virgem, e foi, como se sabe, a origem dessas igrejas elevadas em honra da Imaculada Mãe de Deus, obra de alta magnificência e de imensos trabalhos, onde prodígios quotidianos, devidos à sua intercessão, fornecem esplêndidos argumentos para prostrar na confusão a incredulidade moderna. “Tantos e tão insignes benefícios concedidos por Deus pelas piedosas solicitações de Maria, durante os cinqüenta anos transcorridos, não deveriam nos fazer esperar a salvação num tempo ainda mais curto do que nós acreditávamos? Da mesma maneira, há como uma lei da Providência divina, a experiência ensina-nos isto, segundo a qual entre os extremos derradeiros do mal e a liberação jamais há muita distância. “O tempo de sua vinda está próximo. Pois o Senhor terá piedade de Jacob, e em Israel terá seu eleito” (Is. XIV, 1). “É pois com inteira confiança que nós mesmos podemos esperar que dentro em breve exclamemos : “O Senhor quebrou o cetro dos ímpios. A terra está em paz e silêncio, ela se regozija e ela exulta” (Is. XIV, 5 e 7).” (Carta encíclica Ad diem illum, de 2 de fevereiro de 1904: Acta Pii X, vol. 1, p.149).

Pio XI: Lourdes confirmou a proclamação do dogma da Imaculada Conceição

“O que em Roma, pelo seu magistério infalível, o sumo pontífice definia, a Virgem Imaculada Mãe de Deus, a bendita entre as mulheres, quis, ao que parece, confïrmá-lo por sua boca, quando pouco depois se manifestou por uma célebre aparição na gruta de Massabielle”. “Certamente, a palavra infalível do pontífice romano, intérprete autêntico da verdade revelada, não necessitava de nenhuma confirmação celeste para se impor à fé dos fiéis. Mas com que emoção e com que gratidão o povo cristão e seus pastores não recolheram dos lábios de Bernardete essa resposta vinda do céu: "Eu sou a Imaculada Conceição"! (Decreto De Tuto para a canonização de santa Bernardete, 2 de julho de 1933: AAS 25(1933), p. 377).

 

Pio XII: a malícia dos adversários permitiu que a aparição de Lourdes brilhasse com mais evidência

“Não é de admirar que os nossos predecessores se hajam comprazido em multiplicar os seus favores para com esse santuário. Desde 1860, Pio IX, de santa memória, regozijava-se de que os obstáculos suscitados contra Lourdes pela malícia dos homens houvessem permitido ‘manifestar com mais força e mais evidência a clareza do fato’ (Carta de 4 de setembro de 1869, Ep. lat. an.1869, n. 388, f. 695.). “E, forte dessa segurança, ele cumula de benefícios espirituais a Igreja recém-educada, e faz coroar a estátua de nossa Senhora de Lourdes.” (Carta Encíclica “Le Pelèrinage de Lourdes”, 2 de julho de 1957).

 

Bento XVI em Lourdes:

“Numerosas são as pessoas que o testemunharam: o encontro com o rosto luminoso de Bernadete impressionava os corações e os olhares. Tanto durante as aparições como quando ela as narrava, o seu rosto tornava-se completamente radioso. Bernadete já estava habitada pela luz de Massabielle. “No entanto, a vida quotidiana da família Soubirous era tecida de miséria e tristeza, de doença e incompreensão, de rejeição e pobreza. Embora não faltando amor e afeto nas relações familiares, era difícil viver no “cachot” (no “cárcere”). “Contudo, as sombras da terra não impediram de brilhar a luz do céu: «A luz brilha nas trevas...» (Jo 1, 5).” (Fonte: Homilia na procissão das velas, 13.9.0

O corpo incorrupto de Santa Bernadette Soubirous segundo os médicos que fizeram as exumações


 
A incorruptibilidade do corpo de Santa Bernadette Soubirous é um dos casos mais assombrosos e estudados pela medicina. Nesta semana que se comemora a grande festa de Lourdes (11 de fevereiro) e a festa de Santa Bernadette (18 de fevereiro na França, porém no 16 de abril alhures) é proporcionado voltarmos sobre o caso. Desde 3 de agosto de 1925, o corpo intacto da Santa se encontra exposto numa urna de cristal na capela do convento de Saint-Gildard, na cidade de Nevers, França. A cidade fica na Borgonha, a 260 km ao sul-sudeste de Paris. Assim informa uma inscrição ao lado do corpo da Santa na mesma capela: “O corpo de Santa Bernadette repousa nesta capela desde 3 de agosto de 1925.
Ele está intacto e “como se estivesse petrificado” segundo foi reconhecido pelos médicos juramentados e pelas autoridades civis e religiosas por ocasião das exumações de 1909, 1919 e 1925. O rosto e as mãos, que escureceram no contato com o ar, foram recobertos com ligeiras camadas de cera, moldadas segundo os modelos recolhidos diretamente. A posição inclinada para o lado esquerdo foi assumida pelo corpo no túmulo.” Vejamos, entretanto, o que disseram os médicos responsáveis pelas perícias praticadas sobre o corpo da Santa nas diversas ocasiões mencionadas na inscrição.
Primeira exumação

Em 22 de setembro de 1909, trinta anos após o velório, seu cadáver foi exumado pela primeira vez e o corpo encontrado intacto. Os Drs. Ch. David e A. Jordan, que conduziram esta primeira exumação, escreveram no relatório da perícia: “O caixão foi aberto na presença do Bispo e do Prefeito de Nevers, seus principais representantes e diversos religiosos. “Não notamos nenhum odor. O corpo estava vestido com o Hábito da Ordem a que pertencia Bernadette. O Hábito estava úmido. “Apenas a face, mãos e antebraços estavam descobertos. A cabeça estava inclinada para a esquerda. A face estava lânguida e branca. A pele estava apegada aos músculos e estes apegados aos ossos. As cavidades oculares estavam cobertas pelas pálpebras [...] Nariz dilatado e enrugado. Boca levemente aberta e se podia ver os dentes no lugar. As mãos, cruzadas sobre o peito, estavam perfeitamente preservadas, bem como suas unhas. As mãos seguravam um terço. Podia se observar as veias no antebraço. Os pés estavam enrugados e as unhas intactas. Quando o Hábito foi removido e o véu levantado de sua cabeça, pode se observar um corpo rígido, pele esticada [...] Seu cabelo estava com um corte curto e bem preso à cabeça. As orelhas estavam em perfeito estado de conservação [...] O abdome estava esticado, assim como o resto do corpo. Ao ser tocado, tinha um som como de papelão. O joelho direito estava mais largo que o esquerdo. As costelas e músculos se observavam sob a pele [...] O corpo estava tão rígido que podia ser virado para um lado e para o outro [...] Em testemunho de que temos corretamente escrito esta presente declaração, a qual representa a verdade em sua totalidade.” (Nevers, 22 de setembro de 1909, Drs. Ch. David, A. Jourdan.) 

Segunda exumação

Em 1919, dez anos depois da primeira exumação, realizou-se uma segunda exumação do corpo de Santa Bernadette, conduzida desta vez pelos Doutores Talon e Comte, com a presença do Bispo da cidade de Nevers, bem como do Delegado de Polícia e representantes da Prefeitura e da Igreja. A situação encontrada foi exatamente a mesma da primeira exumação. Eis alguns excertos do relatório final do Dr. Comte, sobre esta segunda perícia: “Deste exame, concluo que permanece intacto o corpo da Venerável Bernadette, esqueleto completo, músculos atrofiados, mas bem preservados; apenas a pele, que estava enrugada, pelos efeitos da umidade do caixão.[...] O corpo não estava em putrefação nem decomposição, o que seria esperado como normal, após quarenta anos de seu sepultamento.” (Nevers, 3 de abril de 1919, Dr. Comte)
 
Terceira exumação

Por fim, a 18 de novembro de 1923, Sua Santidade o Papa Pio XI assinou decreto reconhecendo a heroicidade das virtudes de Bernadette. Após a beatificação da Santa, foi efetivada uma terceira exumação em 12 de Junho de 1925. O objetivo era a retirada de “relíquias” de seu corpo. A canonização viria oito anos mais tarde, em 1933. Sobre esta última exumação, escreveu o Dr. Comte em seu relatório, em termos forenses que por vezes espantam aos leigos, mas que nos permitem medir com exatidão o grau da incorruptibilidade do corpo da vidente de Lourdes: “Eu queria abrir o lado esquerdo do tórax para retirar algumas costelas e então remover o coração, o qual eu tinha certeza que estaria intacto. Porém, como o tronco estava levemente apoiado no braço esquerdo, haveria dificuldade em ter acesso ao coração. Como a Madre Superiora expressou o desejo de que o coração de Santa Bernadette não fosse retirado, bem como também este era o desejo do Bispo, mudei de ideia de abrir o lado esquerdo do tórax e apenas retirei duas costelas do lado direito, que estavam mais acessíveis. O que mais me impressionou durante esta exumação foi o perfeito estado de conservação do esqueleto, tecidos fibrosos, musculatura flexível e firme, ligamentos e pele após quarenta e seis anos de sua morte. Após tanto tempo, qualquer organismo morto tenderia a desintegra-se, a se decompor e adquirir uma consistência calcária. Contudo, ao cortar, eu percebi uma consistência quase normal e macia. Naquele momento, eu fiz esta observação a todos os presentes de que eu não via aquilo como um fenômeno natural.”
Naquela época foi confeccionada a urna de cristal que guarda o corpo de Santa Bernadette. As freiras cobriram seu rosto e as mãos com uma camada fina de cera. A urna se encontra hoje numa bela capela fora da clausura para que possa ser visitada. O corpo milagrosamente preservado de Santa Bernadette encoraja os visitantes a imitarem a vida de Santa Bernadette e levarem a sério as mensagens transmitidas pela vidente da Imaculada Conceição.

Fontes:
em inglês: http://www.catholicpilgrims.com/lourdes/bb_bernadette_body.htm
em português: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernadette_Soubirous

 

As 18 aparições DE N.S. EM LOURDES À BERNADETTE SOUBIROUS

 


Fotos: Estela Márcia - Outubro de 2013.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

"Cristãos devem ser pessoas luminosas e dar sabor aos ambientes. Se a luz apaga, a vida perde o sentido"


Na sua reflexão deste 5º Domingo do Tempo Comum, o Pontífice meditou sobre o Evangelho do dia, no qual Jesus pede aos discípulos para serem ‘Sal da terra e luz do mundo”. Ao iniciar sua meditação, Francisco observou que os discípulos de Jesus eram pescadores, pessoas simples, “mas Jesus os vê com os olhos de Deus”. Ao exortá-los para serem “sal da terra e luz do mundo”, queria dizer: "se fordes pobres de espírito, humildes, puros de coração, misericordioso, vós sereis o sal da terra e a luz do mundo", o que pode ser compreendido como uma consequência das Bem-aventuranças. Então explicou o significado destas imagens, no contexto da época: Para compreender melhor estas imagens, tenhamos presente que a Lei judaica prescrevia a colocação de um pouco de sal sobre cada oferta apresentada a Deus, como sinal de aliança. A luz, assim, era para Israel o símbolo da revelação messiânica que triunfa sobre as trevas do paganismo. Os cristãos, novo Israel, recebem então a missão diante de todos os homens: com a fé e com a caridade podem orientar, consagrar, tornar fecunda a humanidade”. “Todos nós batizados somos discípulos missionários – enfatizou o Santo Padre – e somos chamados a nos tornar no mundo um Evangelho vivo”: “Com uma vida santa, daremos sabor aos diversos ambientes e os defenderemos da corrupção, como faz o sal; e levaremos a luz de Cristo com o testemunho de uma caridade autêntica. Mas se nós cristãos perdemos o sabor, apagamos a nossa presença de sal e luz, perdemos a eficácia. Mas, que bonita é esta missão que temos. Como é bonita!”. E falando de improviso, continuou: “É também muito bonito conservar a luz que recebemos de Jesus. Guardá-la. Conservá-la. O cristão deveria ser uma pessoa luminosa, que traz a luz, que sempre dá luz. Uma luz que não é sua, mas é um presente de Deus, o presente de Jesus. E nós levamos em frente esta luz. Se o cristão apaga esta luz, a sua vida não tem sentido: é um cristão somente de nome, que não leva a luz, uma vida sem sentido”.


O Papa Francisco dirigiu-se aos milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro e perguntou reiteradamente se queriam ser uma lâmpada acesa ou apagada: “Como vocês querem viver? Como uma lâmpada acesa ou como uma lâmpada apagada? Acesa ou apagada?, insistiu. “É justamente Deus que nos dá esta luz e nós a damos aos outros. Lâmpada acesa. Esta é a vocação cristã”, afirmou.
Após, Francisco recordou que em 11 de fevereiro será celebrada a memória da Virgem de Lourdes e o Dia Mundial do Enfermo. Ao final do encontro dominical, o Santo Padre enviou sua saudação aos participantes dos Jogos de Inverno que se realizam em Sochi, na Rússia, saudou todos os presentes na Praça São Pedro - provenientes de diversas partes do mundo e da Itália - e recordou de forma especial os atingidos pelas catástrofes naturais: “Rezo por todos que estão sofrendo danos e desconforto devido às calamidades naturais, em diversos países - também aqui em Roma. Estou próximo a eles. A natureza nos desafia a sermos solidários e atentos à custódia da Criação, também para prevenir, o quanto possível, conseqüências mais graves”. Antes da tradicional despedida de "bom domingo e bom almoço”, Francisco dirigiu-se à multidão reunida na Praça São Pedro e perguntou novamente: “Quereis ser lâmpada acesa ou apagada?”.