(Março de 2013)
São 15:22h, após o Terço da Misericórdia
Divina e do breve descanso da tarde, após a Vigília do Velório do corpo de
minha mãe... que VAZIO, que DOR... dor de saber que todos os esforços dos
últimos 3 meses e 23 dias... acabaram, se esvaziaram. Já não existe mais a
agenda dividida entre as atividades pessoais e as idas para o hospital, a
programação hospitalar da semana, os questionamentos do melhor a ser feito no
tratamento...
Que dor é essa, meu Senhor? Que dor é
essa, minha Mãezinha do Céu? Uns dirão: É a dor da perda; ou ainda, é a dor da
ausência; é a dor da saudade... Sim, É uma dor inexplicável para todo e
qualquer ser humano, porque se trata de uma dor de orfandade. Falo da dor da
perda de nossos pais.
Olhar para os lados e ver os que
amamos, é muito bom e gratificante. Mas quando olhamos, e entre os amados nos
faltam aqueles que nos trouxeram ao mundo, é impressionante a sensação de
vazio. Se antes, tínhamos dois grandes responsáveis pela nossa vida, que nos
orientaram, conduziram, e até cobraram de nós atitudes, e com o tempo perdemos
um, dói muito – referindo-me a dor da perda de papai, em outubro de 2000; mas quando perdemos o (a) segundo (a), a
lacuna que fica é muito grande.
É assim que me sinto meu Jesus, neste momento
do dia em que enterramos a mãe que me destes para amar e servir. Mãe que me
destes para me ensinar a ser gente, e mais do que isso, a ser filha de Deus, a
ser filha da Virgem Maria. Mãe que ao longo da minha história pessoal foi
dando-me o sentido da vida. Mãe que foi cunhando em meus traços humanos, a
dignidade da responsabilidade e do compromisso. Mãe que educou-me não com
repetidos “sim” para as minhas vontades, mas que traçou em cada “não” a certeza
que deveria fazer sempre o que fosse bom para o outro também.
Que dor é essa, meu Senhor? É a dor do VAZIO,
que não é oco.
Que dor é essa, meu Senhor? É a dor do não
mais saber o que fazer para sarar.
Que dor é essa, meu Senhor? É uma dor que
aperta, dor que chora e que sangra, sem sangue. É a dor que aperta o coração,
sem machucar. É a dor que me faz chorar, sem conseguir parar. É a dor que faz
sangrar o coração, sem ter com que estancar.
Que dor é essa, meu Senhor? É a dor que só a
Vossa Graça poderá curar, porque ela tem nome, e se chama SAUDADE.
Venha comigo meu Deus! Venha com meus irmãos!
Venha com nossos filhos! Venha com as nossas famílias! Ensinai-nos a conviver
com a SAUDADE, que nesta tarde se apresentou tão gigante diante de mim. Cuidai
de minha pobre alma, que tem em si a única esperança, o Vosso Amor e
Misericórdia. Venha comigo, Senhor! Venha conosco, Senhor! Tudo isso Vos
apresento em união com a Virgem Maria, os anjos e santos. Amém.
Estela Márcia, sua Alma carmelita (01 DE
ABRIL DE 2014, 16:30h)
MINHA QUERIDA AMIGA SEI O QUE VOCÊ ESTA SENTINDO , ESSA DOR MINHA CARA NÃO VAI PASSAR NUNCA , ME PERDOE POR SER CRUEL COM MINHAS PALAVRAS AGORA, MAS, ELA COM O TEMPO ENCONTRARÁ UM LUGAR PARA QUE SE ACALME, PORÉM, VOLTA E MEIA ELA SE MANISFESTARÁ. O QUE ME AJUDA A SEGUIR EM FRENTE, É PENSAR NO LUGAR TÃO MARAVILHOSO QUE SE ENCONTRAM NOSSOS AMADOS E QUE UM DIA ESTAREMOS JUNTOS, É PENSAR NOS QUE DEUS ME CONFIOU AINDA NESTA VIDA PARA QUE ELES POSSAM VISLUMBRAR A JERUSALÉM CELESTE JUNTO COMIGO UM DIA TAMBÉM. UM FORTE ABRAÇO
ResponderExcluirQUE DEUS TE FORTALEÇA NESTA HORA E SEMPRE , AOS SEUS AMADOS QUE CONFORTE O CORAÇÃO, SINTA O ABRAÇO CARINHOSO DE NOSSA MÃE AMADA QUE TE ACARICIA COM CARINHO IMENSURÁVEL . TOME POSSE , EXISTE UM LUGAR EM NOSSOS SONHOS DE ONDE NINGUÉM PARTIU...
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