Os livros
sobre Jesus escritos por Bento XVI permitiram descobrir ou reforçar a fé em
muitas pessoas e abriu uma nova estação de estudos sobre o Evangelho. Foi a
consideração central expressa este sábado pelo Papa Francisco, que condecorou
dois teólogos – um inglês e um alemão – com o "Prêmio Ratzinger".
Promovido pela Fundação Vaticana "Joseph Ratzinger-Bento XVI", o
Prêmio este ano chega à sua terceira edição. Não há dúvida que fizeram bem a
muitos, quer estudiosos ou pessoas simples, próximos ou distantes de Cristo.
Esse é o resultado dos três livros sobre Jesus de Nazaré, escritos por Bento
XVI entre 2007 e 2012, e em geral o bem feito por sua sabedoria teológica,
antes fruto de oração que de empenho intelectual.
Francisco
reconheceu isso e o celebrou publicamente no dia e no contexto mais
apropriados, junto a dois teólogos – o inglês Richard Burridge e o alemão
Christian Schaller – que receberam das mãos do Pontífice o Prêmio dedicado ao
Papa emérito.
A entrega do
chamado "Nobel da Teologia – como desde a sua instituição, em 2010, é
considerado o Prêmio Ratzinger –, ofereceu ao Santo Padre a ocasião para uma
reflexão pessoal sobre o valor da trilogia escrita por Bento XVI-Joseph
Ratzinger.
Recordando a
admiração de alguns diante de textos que não eram exatamente do magistério
ordinário, o Papa Francisco observou:
"Certamente
o Papa Bento se interrogou sobre a questão, mas também nesse caso, como sempre,
ele seguiu a voz do Senhor em sua consciência iluminada. Com esses livros ele
não fez um magistério em sentido próprio, e não fez um estudo acadêmico.
Ofereceu à Igreja e a todos os homens o que tinha de mais precioso: seu
conhecimento acerca de Jesus, fruto de anos e anos de estudo, de aprofundamento
teológico e de oração – porque Bento XVI fazia teologia de joelhos, e todos
sabemos disso –, e colocou esse conhecimento à disposição na forma mais
acessível."
"Todos
nós temos uma certa percepção, por ter ouvido muitas pessoas que graças aos
livros sobre Jesus de Nazaré alimentaram a sua fé, a aprofundaram, ou até mesmo
pela primeira vez se aproximaram de Jesus de modo adulto, conjugando as
exigências da razão com as da busca do rosto de Deus. Francisco parabenizou os
vencedores do Prêmio Ratzinger 2013, e o fez também em nome de Bento XVI – com
o qual disse ter-se encontrado "quatro dias atrás" –, despedindo-se
deles com as seguintes palavras: "O Senhor abençoe sempre vocês e seu
trabalho a serviço de Seu Reino".
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