Vivemos num tempo em que somos
chamados a crescer na fé para podermos combater um secularismo desenfreado que
teima em retirar do homem a presença de Deus. O Ano da Fé, que se encerra neste
mês de novembro de 2013, foi um chamado do então Papa Bento XVI, a todos os
cristãos católicos para meditarem e crescerem na sua fé. Baseando-nos na
proposta que temos frente à liturgia da missa nesta coluna, gostaria de
refletir a respeito de uma Exortação Apostólica do próprio Bento XVI, que trata
da Eucaristia como “Sacramento do Amor”. (SACRAMENTUM CARITATIS, I
Parte, §6.Fev.2007)
Em sua inspiração pós-sinodal de fevereiro de 2007, o Papa
nos chama a refletir sobre o mistério da fé eucarística que precisa ser
acreditada, celebrada e vivida pela Igreja. Na consistência de seu documento,
ele nos convida a centralidade da fé da Igreja que encontra o seu ápice – ponto
mais alto, na fé eucarística. E nos diz: “A
fé da Igreja é essencialmente fé eucarística e alimenta-se, de modo particular,
à mesa da Eucaristia”. Portanto,
torna-se impossível a nós cristãos, católicos, desejarmos algo maior do que a
participação na Eucaristia para crescermos no encontro com o Ressuscitado. E a
consequência imediata deste encontro se dá na vida pessoal, familiar e
comunitária, particularizada por uma força ainda maior na vida de fé, bem como,
para enfrentar os inúmeros desafios que batem a nossa porta. Como dizíamos no
início, os apelos seculares tendem a esfriar a essência do homem. Este por sua
vez, corre o risco de perder-se na busca de soluções que vem de encontro com os
seus próprios limites. É aí, neste momento que o cristão necessita estar em
contínua renovação de sua fé. “A fé
exprime-se no rito e este revigora e fortifica a fé». Afinal, a fé que se
renova, fortifica-se e renova o homem por inteiro, pois o faz transcender da
razão, e o reconduz as suas origens, explicadas unicamente em Deus.
Afirmamos com a Igreja que este retorno acontece e se torna
possível, se esta estiver sendo renovada e atualizada continuamente diante da
participação eucarística. Confirma Bento XVI: “Por isso, o sacramento do altar está sempre no centro da vida eclesial;
‘graças à Eucaristia, a Igreja renasce sempre de novo!’ Quanto mais viva for a
fé eucarística no povo de Deus, tanto mais profunda será a sua participação na
vida eclesial por meio duma adesão convicta à missão que Cristo confiou aos
seus discípulos”. Assim, peçamos a Deus que estejamos atentos ao “Mistério
da fé!” proclamado em cada celebração eucarística, e assim podermos dar
testemunho de força e vitalidade, de esperança e amor a Deus e aos irmãos. E
que, com a Virgem Maria, modelo de fé e amor, possamos aprender a viver mais e
melhor o Mistério de Jesus Cristo que se doa por nós no altar a cada Santa
Missa.
Que Deus e N.Sra. nos abençoe!
Estela Márcia
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