domingo, 29 de março de 2015

Domingo de Ramos, “Não existe humildade sem humilhação” – Disse Papa Francisco


 
Não existe humildade sem humilhação: no dia em que a Igreja celebra o Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, o Papa Francisco presidiu à celebração eucarística na Praça S. Pedro, com a participação de milhares de fiéis. A cerimônia teve início com a bênção dos ramos, seguida da procissão. Os ramos recordam a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. E no centro desta celebração tão festiva, disse o Papa em sua homilia, está a palavra contida no hino da Carta aos Filipenses: “Humilhou-Se a Si mesmo”.

O caminho da humildade

Para Francisco, esta palavra desvenda o estilo de Deus e do cristão: a humildade. “Um estilo que nunca deixará de nos surpreender e pôr em crise: jamais nos habituaremos a um Deus humilde! Humilhar-se é, antes de mais nada, o estilo de Deus: Deus humilha-Se para caminhar com o seu povo, para suportar as suas infidelidades.” Esta Semana que nos leva à Páscoa, acrescentou o Pontífice, só será Santa se caminharmos por esta estrada da humilhação de Jesus. Nestes dias, ouviremos o desprezo dos chefes do seu povo e as suas intrigas para O fazerem cair. Assistiremos à traição de Judas. Veremos o Senhor ser preso, condenado à morte, flagelado e ultrajado. Ouviremos que Pedro, a “rocha” dos discípulos, O negará três vezes. Ouviremos os gritos da multidão, que pedirá a Sua crucificação. E O veremos coroado de espinhos. “Este é o caminho de Deus, o caminho da humildade. É a estrada de Jesus; não há outra. E não existe humildade sem humilhação”, destacou o Papa, explicando que humildade quer dizer serviço, significa dar espaço a Deus despojando-se de si mesmo, “esvaziando-se”. “Esta é a maior humilhação.”

O caminho do mundanismo

Contudo, frisou Francisco, há outro caminho, contrário ao de Cristo: o mundanismo. “O mundanismo oferece-nos o caminho da vaidade, do orgulho, do sucesso... É o outro caminho. O maligno o propôs também a Jesus, durante os quarenta dias no deserto. Mas Ele rejeitou-o sem hesitação. E, com Cristo, também nós podemos vencer esta tentação, não só nas grandes ocasiões mas também nas circunstâncias ordinárias da vida.” O Papa deu o exemplo de tantos homens e mulheres que cada dia, no silêncio e escondidos, renunciam a si mesmos para servir os outros: um familiar doente, um idoso sozinho, uma pessoa deficiente, um sem-teto. E citou ainda a humilhação daquelas pessoas que, por sua conduta fiel ao Evangelho, são discriminadas e perseguidas, definindo-as os mártires de hoje, pois suportam com dignidade insultos e ultrajes para não renegar Jesus. “Durante esta semana, emboquemos também nós decididamente esta estrada, com tanto amor por Ele, o nosso Senhor e Salvador. Será o amor a guiar-nos e a dar-nos força. E, onde Ele estiver, estaremos também nós.”

 

sábado, 28 de março de 2015

MISSA DO V CENTENÁRIO DE SANTA TERESA DE JESUS - CARMELO SÃO JOSÉ DE PETRÓPOLIS


DIOCESE DE PETRÓPOLIS

CARMELO SÃO JOSÉ DE PETRÓPOLIS

MISSA DO V CENTENÁRIO DE SANTA TERESA DE JESUS

 

        A Santa Missa do V Centenário do nascimento de SantaTeresa foi presidida pelo Bispo Diocesano de Petrópolis, Dom Gregório Paixão,  e contou com a participação de nove sacerdotes da Diocese, religiosos de várias congregações, seminaristas, benfeitores e amigos do Carmelo, que ao lado das religiosas carmelitas e seculares, puderam agradecer a Deus pelas Graças de tamanha Solenidade.

 

 

 

COMENTÁRIO INICIAL:


Neste dia 28 de março de 2015, assinalamos o marco dos 500 Anos do nascimento de Santa Teresa de Jesus, Doutora da Igreja, Fundadora e Mãe da Ordem Carmelita Descalço. Conscientes desta Solenidade para a vida da Ordem e da Igreja, onde Teresa assentou a sua vida, as suas obras, e, sobretudo a sua alma, nos reunimos diante do altar do altar do Senhor para celebrar as “Misericórdias do Senhor”, cantadas em verso e prosa por Teresa.

Recordamos, portanto, em comunhão com toda a Ordem, as palavras de nosso Prepósito Geral Frei Saverio Cannistrà, quando da abertura do Ano Jubilar em outubro de 2014:

“É para todos nós uma magnífica oportunidade este quinto centenário para que Teresa continue  nos falando com a força de seu testemunho e de sua paixão. A Santa nos fala daquilo que tem vivido e nos conta a história de sua alma, a sua história!”

“Teresa não fez alarde para si mesma de sua experiência, mas somente no-la mostrou a nós para que possamos entrar em sua mesma plenitude de vida e felicidade que de outro modo, não haveríamos conhecido, sendo prisioneiros do mundo.”
“Teresa nos leva a estar acima de nosso ser, no ponto de contato entre Homem e Deus, o qual tem um rosto e um nome: JESUS CRISTO CRUCIFICADO E RESSUCITADO.”
“No centro do centenário Teresiano deve estar aquilo que está no centro do coração de Teresa e não aquilo que está no centro de nossos projetos mundanos, de nossas iniciativas. No centro do centenário devemos colocar aquilo que, há quinhentos anos de distancia, não tem envelhecido, nem muito menos tem perdido a atualidade, uma vida repleta, marcada por Deus, a qual tem sido confiada uma missão de crucial importância: recordar à Igreja e ao ser humano de todos os tempos que o centro do homem é Deus e que o centro de Deus é o homem.”
“Teresa divide com qualquer um, com pessoa em qualquer lugar do mundo cujo andar esteja perdido - aquilo que ela tem encontrado: uma morada, um caminho.  Precisamente estes são os títulos de suas principais obras: caminho e morada.”
“Aquele Caminho e aquela Morada em que Teresa viveu deveria conduzir-nos neste centenário. Se não conseguirmos colocá-los no centro, creio que não agradariam à Santa Teresa as celebrações ... Por mais solenes, atraentes e refinados que sejam! Teresa é uma monja simples e pobre, não nos esqueçamos! Uma monja com o hábito e as sandálias quase sempre cheios de pó, com o rosto marcado pelo cansaço físico, com o animo muitas vezes cheio de sofrimentos e preocupações com suas irmãs e seus irmãos. Mas sem duvida, embaixo desta superfície de cansaço e fragilidade existe uma força e uma determinação férreas!”
“Creio que Teresa nos esta dizendo o que São Paulo dizia a seus discípulos de Corinto: ‘Vocês mesmos são minha carta de recomendação, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo! Não sobre tábuas de pedras, mas sobre tábuas de carne que são os vossos corações!’” (2 Cor 3, 2-3).
Feliz 500º Aniversário, Santa Madre!

(Fr. Saverio Cannistrà,/Ocd - Prepósito General)

terça-feira, 24 de março de 2015

A Igreja reconhece o segundo milagre dos pais de Santa Teresinha



Na quinta-feira, dia 19.03.2015, o Papa Francisco reconheceu o segundo milagre atribuído aos pais de Santa Teresinha de Lisieux, Luís Martin e Maria Zélia Quérin Martin.  O milagre aconteceu na vida da recém-nascida, hoje com seis anos, de nome Carmem.

Eles serão proclamados santos em uma cerimônia no mês de outubro, durante o Sínodo das Famílias. O segundo milagre reconhecido pela Igreja foi a cura de Carmem, uma menina de Valência, na Espanha. Ela nasceu prematuramente com graves complicações e sofreu uma hemorragia cerebral que afetou os pulmões e o coração. Na ocasião, os médicos declararam não poder fazer nada por ela. E os pais de Carmem a recomendaram a Luís e Zélia Martin. A menina sobreviveu, está agora com seis anos de idade e não traz nenhuma sequela da doença. O milagre que foi reconhecido pela Igreja e conduziu o casal para a beatificação foi também a cura de um outro bebê cujo nome é Pietro.

Luís Martín e Maria Zélia Guérin casaram-se em 1858 e tiveram nove filhos. Quatro deles morreram na primeira infância. Os cinco filhos que sobreviveram tornaram-se religiosos. A beatificação foi em outubro de 2008, em Lisieux. Eles serão o primeiro casal canonizado na mesma ocasião, em uma mesma cerimônia.


PADRE GERAL DA OCD CONVOCA PARA ORAÇÃO PELA PAZ NO DIA 26/03/2015

ORAÇÃO PELA PAZ QUINTA-FEIRA 26 DE MARÇO
 

                                              P. Saverio Cannistrà, Superior Geral OCD


Queridos irmãos e irmãs,

No próximo dia 28 de março completam-se 500 anos do nascimento de Santa Teresa de Jesus. A data tão fervorosamente esperada e tão cuidadosamente preparada ao longo destes últimos anos em todos os mosteiros, conventos e Comunidades da Ordem Secular, já está muito perto. 
Na homilia do último 14 de outubro, na igreja de “La Santa,” em Ávila, na Missa celebrada na véspera dos atos oficiais do V Centenário, refletíamos todos tentando encontrar um presente a nossa Santa Madre Teresa em tal dia importante e concluímos que, sem dúvida, o melhor presente é e será sempre a si mesma, Teresa de Jesus. Dois dias antes de seu aniversário, 26 de março, convido-vos, como filhos e filhas, para oferecer algo que certamente que vai enchê-la de alegria: uma hora de oração! Um momento especial de oração, em que a intenção de todos será a paz no mundo. 
O Mundo arde em chamas, gritava Teresa ao ver os conflitos e divisões que assolavam a sociedade de seu tempo. Também o nosso mundo queima e arde em chamas e, às vezes, não somos sensíveis o suficiente ou não temos a confiança para acreditarmos que podemos fazer alguma coisa para apagar esse fogo. Entretidos, às vezes com as pequenas coisas em nossas vidas diárias e nos problemas mais imediatos, nos esquecemos de olhar para cima para ver o horizonte e descobrir os sinais de sofrimento que apresenta a nossa sociedade: as guerras, os conflitos, o terrorismo, a violência pública ou doméstica, gritos de dor, em silêncio, mesmo antes de ser pronunciada. Isso não vai ser um dia em que podemos nos esconder, deixando a solução destes problemas somente aos que têm responsabilidade com eles. O 26 de março é um dia para que a voz de Santa Teresa ressoe em nossos corações e, com ela, podermos nos determinar a fazer um pouquinho e nos convencer de que as coisas do mundo não são negócios de pouca importância para tratar com Deus. 
Anuncio com alegria que o Santo Padre Francisco, vendo com bons olhos esta iniciativa, decidiu dar início a essa hora da oração mundial. A partir desse momento eu convido você a recorrer à oração, tendo presente como intenção: A PAZ. Que em Cristo, verdadeiro amigo, que trouxe ao mundo a reconciliação com Deus, nós levantemos os olhos para o céu suplicando ao pai, o dom da paz, que exige que favoreça o dom da reconciliação entre os homens: perdoemos e seremos perdoados, disse-nos o Senhor. Abramos nossos corações para perdoar, perdoemos a quem nos tem ofendido e imploremos a Deus que nos dê a paz. A paz que Jesus nos prometeu, não a do mundo, mas a que nos enche o coração de alegria e nos liberta de toda covardia. Filhos e Filhas da Igreja, vivamos e façamos intensamente esta iniciativa que o Papa Francisco fez também como sua, convoquemos também todos os crentes, a exemplo, de São João Paulo II , como nos ensinou, em Assis. 
Unido a todos os irmãos e irmãs, em Jesus e Teresa.


As indicações para a celebração - Emilio P. José Martínez, OCD Vigário Geral

 
Queridos Irmãos e Irmãs, No dia de hoje, o Padre Geral da Ordem do Carmelo Descalço, Saverio Cannistrà, nos convida para uma hora de oração pela paz mundial, a ser feita em todos os nossos mosteiros, conventos e Comunidades da Ordem Secular no dia 26 de março de 2015. Como ele mesmo (Fr.Saverio) indica, a oração começará pelo Papa Francisco, a quem da Ordem agradece de coração pelo desejo de capitanear essa iniciativa, unindo a Ordem a toda a Igreja. Trata-se, sem duvida, de um excelente presente a nossa Santa Madre. 
A Oração terá Início às 06:00 (GMT). A partir desse momento, as comunidades e fraternidades poderão começar a oração pela paz nos ritmos e formas que entenderem seja mais adequado. Em alguns países poderá ser apropriado trocar o dia da oração pelo dia 27, e não tem nenhum inconveniente nisso. Não é necessário que se façam em todos os lugares na mesma hora. Mas o objetivo é que se faça a oração pela Paz! Junto deste, vos envio uma sugestão de oração preparada por iniciativa do Centro de Pastoral de Espiritualidade de Burgos (Espanha). Não é de forma vinculativa; apenas um guia, a fim de que possa ser usado pelas comunidades, se desejarem. 
Pedimos que, ao longo deste mês, publiquem esta iniciativa, para que todos que desejarem possam participar: comuniquem isso aos bispos diocesanos, ao seu Párocos e grupos de leigos da Ordem Secular que participarão e todos os membros da família Teresiana, para que eles possam participar com você em oração e a ajudar a prepará-los mesmo em outros momentos de oração e celebrações com esta intenção. Seria bom demais que você pudesse convidar a participar as famílias em suas casas, e pudessem juntar-se na hora da oração pela paz mundial aos enfermos e aos solitários, para sentirem-se acompanhados nesse dia em oração. Como um sinal, durante a hora da oração colocar uma vela em um lugar visível também do lado de fora (será necessário antes de alguma forma explicar por que acender essa vela). De acordo com a Santa Sé, convidemos também para este momento de oração os crentes de outras confissões cristãs e de outras religiões, conforme pede o Padre Geral em sua carta. Se for possível, nós pedimos que busquem uma maneira de chegar aos irmãos cristãos e membros de outras religiões este convite. Seguindo as indicações do Magistério da Igreja e de acordo com o ecumenismo e do diálogo inter-religioso diocesano, poderão ser convocadas celebrações ecumênicas e inter-religiosas oportunas. 
Que Deus, por intercessão de Santa Teresa, mãe do Carmelo, e São José, ouça esta oração que colocamos nas mãos de seu Filho, confiando no Espírito que ora em nosso interior.

 Guia de celebração:

Proposta para o início da Oração -(Proposta para o Papa Francisco, devem ser feitas as modificações consideradas adequadas, como um esquema para o início da oração global para todos lugares)
(No início ou no final da missa em 26 de março, realizado em Santa Marta presidida pelo Santo Padre, a oração global começa com estas palavras):  

"Queridos irmãos e irmãs, A Ordem dos Carmelitas Descalços, frades, freiras e leigos, toda a família Teresiana, celebra hoje, juntamente com toda a Igreja, os quinhentos anos de sua fundadora, Santa Teresa de Ávila, doutora da Igreja. A pedido do Padre Geral da Ordem, durante a sessão de hoje será realizada uma hora de oração pela paz do mundo em todos os conventos, mosteiros e Comunidades Seculares Carmelitanas. Uno-me a esta alegre iniciativa e começo com estas palavras de oração a Deus, Pai de todos, que por intercessão de Cristo derramou o seu Espírito sobre todas as nações, para que o diálogo entre os homens vença a violência e conflitos que assolam nosso mundo. A esta oração convidamos você a se juntar a todos os católicos, cristãos de outras confissões e também membros de outras religiões e os homens e mulheres de boa vontade."
 (Breve silêncio. Propõe-se acender velas)

 [O seguinte texto Teresiano pode ser lido pelo Padre ou um leitor / a]:
"O mundo está sendo tomado pelo fogo(...). E vamos perder tempo em súplicas que, se fossem ouvidas por Deus, talvez levassem a se perder mais uma alma no céu? Não, minhas irmãs; não é hora de tratar com Deus de coisas pouco importantes. "(Teresa de Jesus, Caminho de Perfeição 1,5).

 [Continua o Padre ou um leitor / a]:
“O mundo está em chamas este é o grito dolorido de Teresa de Jesus contemplando conflitos, guerras e divisões da sociedade e da Igreja do seu tempo. Hoje também fazemos nosso aquele grito e o apresentamos a Jesus como uma oração: Senhor, o mundo está ardendo em chamas!

[Continua o Padre]: "Como Santa Teresa, sabemos que pelas nossas próprias forças não alcançaremos o dom precioso da paz. Abasteçamo-nos pois com ela da força da cruz redentora de Cristo: "Oh Meu Senhor e misericórdia minha, que maior bem quero eu que ter nesta vida que estar junto a vós? Que não haja divisão entre mim e ti... Com vossa presença o que pode ser difícil? O que não pode ser feito tendo-vos junto? Ao lado da cruz de Jesus, da Virgem Mãe e nossa Mãe Teresa, oremos a Deus para crescer as oportunidades de diálogo e de encontro entre o os homens; que aprendamos a pedir perdão para que a paz brote no mundo como fruto da reconciliação que Ele veio nos trazer. remos: Senhor nosso Deus, que por teu Espírito suscitou Santa Teresa de Jesus, para mostrar à sua Igreja o caminho da perfeição, concede-nos viver de sua doutrina e acendei em nós o desejo de verdadeira santidade, cujo fruto é a reconciliação que leva à paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que Convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. AMEM!"

 Fonte: Communicationes 283
Por Estela Márcia - OCDS

 

No dia 13 de Março de 2015 PAPA FRANCISCO ANUNCIA O "ANO SANTO EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA": 08/12/2015 a 20 / 11/ 2016

O Papa Francisco anunciou na sexta-feira 13 de março, na Basílica de São Pedro, a celebração de um Jubileu da Misericórdia, um Ano Santo extraordinário. Este Jubileu começará com a abertura da Porta Santa na Basílica Vaticana durante a Solenidade da Imaculada Conceição, no dia 8 de dezembro, e concluirá no dia 20 de novembro de 2016 com a Solenidade de Cristo Rei do Universo.
O Pontífice anunciou o Ano Santo da seguinte forma: “queridos irmãos e irmãs, pensei frequentemente em como a Igreja pode colocar em mais evidência sua missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que inicia com uma conversão espiritual. Por isso decidi convocar um Jubileu extraordinário que coloque no centro a misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia, Queremos vive-lo à luz da palavra do Senhor: 'Sejamos misericordiosos como o Pai”. Continua: “Estou convencido de que toda a Igreja poderá encontrar neste Jubileu a alegria de redescobrir e fazer fecunda a misericórdia de Deus, com a qual todos somos chamados a dar consolo a cada homem e cada mulher de nosso tempo. Confiamo-lo a partir de agora à Mãe da Misericórdia para que dirija a nós seu olhar e vele em nosso caminho”.
O anúncio, que coincide com o segundo aniversário de sua eleição como Sucessor de São Pedro, foi feito pelo Santo Padre durante a homilia que pronunciou na celebração penitencial que deu início à iniciativa “24 horas para o Senhor”, confiado ao Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização.
A iniciativa foi acolhida em todo mundo com o fim de promover a abertura extraordinária das igrejas e favorecer a celebração do sacramento da Reconciliação.
O Jubileu da Misericórdia procura ressaltar ainda a importância e a continuidade do Concílio Vaticano II, concluído há exatos 50 anos.
A misericórdia é um dos temas mais importantes no pontificado do Papa Francisco que já como bispo escolheu como lema próprio “miserando atque eligendo”, que pode traduzir-se como “Olhou-o com misericórdia e o escolheu” ou “Amando-o, Ele o escolheu”.
O desenvolvimento deste Ano se fará notar em numerosos aspectos. As leituras para os domingos do tempo ordinário serão tomadas do Evangelho de Lucas, conhecido como “o evangelista da misericórdia”.
A inauguração solene e oficial do Ano Santo será feita com a leitura de uma Bula Papal junto à Porta Santa no domingo da Divina Misericórdia de 2015, festa instituída por São João Paulo II, celebrada no domingo seguinte à Páscoa.
O rito inicial do Jubileu é a abertura da Porta Santa. Trata-se de uma porta que se abre somente durante os Anos Santos. Existe uma Porta Santa em cada uma das quatro basílicas maiores de Roma: São Pedro, São João de Latrão, São Paulo Extramuros e Santa Maria Maior.
O rito da abertura expressa simbolicamente o conceito que, durante o tempo jubilar, oferece-se aos fiéis uma “via extraordinária” para a salvação. Logo depois da abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, serão abertas sucessivamente as portas das outras basílicas maiores.
Os fiéis que ali passam, cumprindo com as exigências da Igreja, poderão obter indulgências por ocasião do Ano Santo.

 

No dia 11 de Março de 2015 PAPA FRANCISCO RECEBE O CAJADO PEREGRINO DE SANTA MADRE TERESA DE JESUS.


Na quarta-feira, dia 11 de Março de 2015, o “Cajado de Santa Teresa de Jesus” chega à Roma. Depois de percorrer o mundo chega ao Vaticano, apresentado por um grupo de peregrinos que saúda o Santo Padre na Audiência Geral, a peregrinação com o mesmo, que recebeu o nome de ‘Caminho de Luz’ - desde 15 de outubro do ano passado, e que levou o ‘cajado’ peregrino de Santa Teresa de Ávila a 30 países por ocasião do 5° centenário de seu nascimento – e foi recebido pelo Papa Francisco.
O Santo Padre parou diante do grupo que trazia a santa relíquia, perguntou se ele pertencera realmente à santa, e, reverentemente o beijou.
Após esse gesto tão significativo, recordando o quinto centenário do nascimento de Santa Teresa de Jesus, Francisco fez uma prece para que os jovens (olha aí, “galera” da juventude carmelitana!) sejam estimulados pelo vigor espiritual da santa carmelita descalça “a testemunhar com alegria a fé em sua vida”.
A organização informou que "o encontro com o Papa Francisco encerra a peregrinação mundial antes de voltar para Espanha, em 28 de março”. Até agora, ‘Caminho de Luz’ percorreu 28 países. Em abril iniciará sua etapa visitando as fundações teresianas e outros lugares da Ordem Carmelita, até o mês de julho.
Para o Vigário Geral da Ordem dos Carmelitas Descalços, Frei Emílio José Martínez, OCD, "é um momento de particular emoção para toda a Ordem dos Carmelitas Descalços... esta viagem, que é física e espiritual, começou como uma aventura, e superou todas as expectativas". E afirmou que "a recepção de um grande admirador de Santa Teresa, como o Papa Francisco, nos honra e nos enche de imensa gratidão ao Santo Padre".
Para nós – conclui o Vigário Geral - é o reconhecimento de toda a família carmelitana. Todas as freiras, padres e leigos que trabalham em mais de 130 países em todo o mundo, levando a mensagem de Cristo, através do exemplo da santa espanhola mais universal".

 

 

 

VIVEMOS NOS DIAS 13/03 a 14/03 de 2015 O DIA DE ORAÇÃO QUARESMAL CONTRA A INDIFERENÇA

Como necessidade de oração pela “Globalização da Indiferença”, a Igreja pode viver no final da primeira quinzena de março, a importante iniciativa do Papa Francisco, um dia de ORAÇÃO MUNDIAL. Cremos que este marco trouxe e trará inúmeros frutos de cura, libertação e conversão para o coração humano, cristão ou não, que teima em se individualizar-se e isolar-se, cuidando apenas dos próprios interesses. Então, diante do tempo propício da Quaresma, nada melhor para nós, cristãos católicos e filhos da Igreja, enxergarmos os frutos desta humilde, mas eficaz atitude de humildade e amor, esperança e fé. A proposta seguiu-se da seguinte forma: 
"Fortalecei os vossos corações” (Tg 5, 8): cada um dos fiéis. A partir desta imperativa afirmação, o Papa Francisco nos apresenta-nos os três grandes motivos para esta santíssima iniciativa: “podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste”; “podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe”; e ainda, “o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos.”
E explica: “Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência?
Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração.
Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum.
E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos. Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então confiaremos nas possibilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e salvar o mundo sozinhos.” Papa Franciscus.
Por Estela Márcia - OCDS
 
 
 
 

sábado, 21 de março de 2015

A São José


A São José, Deus confiou seus maiores tesouros, Jesus e Maria. Vejam só que imenso privilégio teve este homem, uma criatura, um homem bom, justo, como diz a Bíblia, mas pecador, fraco, limitado, incapaz, como qualquer ser humano. Entretanto, Deus o escolheu para essa missão ímpar na história da humanidade, a missão de ser o pai na terra do Filho de Deus que se encarnou. O SIM de José em receber Maria como esposa, estando ela grávida do Salvador, foi um sim em ser o pai de Jesus, o qual unido ao SIM de Maria, teve participação fundamental na história da salvação. Deus chama e capacita seus escolhidos para que possam exercer a missão a eles confiada. Assim foi também com José, que recebeu essa missão de extrema responsabilidade, pois se para um pai comum, a missão de ser pai exige uma extrema responsabilidade e fidelidade a Deus e à família, imagine para José, sendo responsável em cuidar do próprio Deus feito criança, dependendo dele para comer, para se vestir, precisando de seus cuidados, de sua proteção, de seu amparo, de seu carinho. 
A paternidade de São José foi uma verdadeira oração, a qual pode ser perfeitamente relacionada com a oração do Pai-Nosso ensinada por Jesus. Ora, a oração do Pai-Nosso, segundo Horácio Dídimo, em seu livro ‘As Harmonias do Pai-Nosso” é composta por sete petições (sete pedidos), após a invocação dirigida a Deus Pai: PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU, sendo essas petições de LOUVOR, UNIÃO, ENTREGA, ALIMENTO, PERDÃO, PROTEÇÃO e LIBERTAÇÃO. Essas sete petições podem ser relacionadas com a paternidade de São José, de acordo com as passagens bíblicas referentes a ele e com as invocações constantes na Ladainha de São José. 

* PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS

1.SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME

Todos lhe davam testemunho e se admiravam das palavras de graça, que procediam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José? (Lc 4, 22)

A primeira petição é uma petição de LOUVOR, onde Jesus louva o Pai. Nessa passagem onde as pessoas se admiram de Jesus e dão testemunho dele, é uma oração de louvor a Jesus por tudo o que Ele dizia e fazia, e no momento em que o louvor é dirigido a Jesus, Ele é reconhecido como filho de José: Não é este o filho de José? Ora, todo filho se parece com o pai, mesmo os adotados são parecidos, porque adquirem os trejeitos, o modo de falar, o modo de se comportar, os gestos, tudo. Jesus era a cara de José! Assim também nós, quando louvamos e adoramos Jesus, podemos nos lembrar de José, da paternidade de José, como aconteceu nessa passagem. E em duas ocasiões citadas na Bíblia, José estava presente no momento em Jesus era adorado, na adoração dos pastores e na visita dos magos. O interessante é que com certeza, José também louvava e adorava Jesus, porque sabia que Ele era o próprio Deus. Que o louvor de José seja exemplo para os pais de família, que exercendo sua paternidade, louvem e levem seus filhos a louvar a Deus.
São José, Ilustre descendente de Davi, rogai por nós! 

2.VENHA A NÓS O VOSSO REINO
Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura. (Lc 2, 16)
A segunda petição é uma oração de UNIÃO, união de Deus com os homens, da Divindade com a humanidade. Essa união com Deus se dá em Jesus, pois quando nos unimos a Jesus, o Reino de Deus está em nós. Essa passagem nos mostra que os pastores quando chegaram na manjedoura encontraram Maria, José e Jesus, uma união perfeita de Deus com a humanidade, refletida na união da sagrada família. São José, confiado por Deus para ser o chefe da Sagrada Família, é exemplo a ser seguido por todos os pais de família, exemplo de fidelidade, de castidade, de prudência e de justiça. Que a união da Sagrada Família seja exemplo para que todas as famílias sejam cada vez mais unidas!
São José, Chefe da Sagrada Família, rogai por nós! 

3.SEJA FEITA A VOSSA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU
Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa. E, sem que ele a tivesse conhecido, ela deu à luz o seu filho, que recebeu o nome de Jesus. (Mt 1, 24-25)
A terceira petição é uma oração de ENTREGA, onde se coloca tudo nas mãos de Deus, para que Ele faça tudo segundo a Sua vontade. A paternidade de José é um grande exemplo disso, pois ele deixa-se conduzir inteiramente por Deus, comprometendo toda a sua vida em função daquilo que Deus lhe pedia, não só em receber Maria, mas principalmente exercendo a paternidade de Jesus, cumprindo com todas as suas obrigações de pai. Várias outras passagens podem atestar isso, como: em Lc 2, 21 - Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno e em Lc 2, 22-23 - Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor. Assim José, levando Jesus para circuncidar e levando-o à Jerusalém para O apresentar no Templo, cumpria todos os preceitos da religião judaica, fazendo com que exercesse sua paternidade segundo a vontade de Deus. José também, com certeza ensinava a Torah a Jesus, pois naquela época era costume que o pai assim o fizesse. Vejam, portanto, o quanto José era diligente em cumprir as suas obrigações de pai, quando vemos nos dias de hoje exatamente o contrário: os pais se desimcubindo de suas obrigações, passando toda a responsabilidade para a escola ou para as mães, que também não têm mais tempo para estar com seus filhos. Se as famílias hoje não estão se preocupando nem em batizar os filhos, em levá-los a fazer a primeira comunhão, muito menos se preocupam em ensinar-lhes a Bíblia e os mandamentos da Lei de Deus. Dessa forma, como as crianças de hoje podem fazer a vontade de Deus, se não a conhecem? Que a obediência de São José seja exemplo para que os pais de família façam e ensinem os filhos a fazerem a vontade de Deus.
São José obedientíssimo, rogai por nós! 

4.O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE
Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens. (Lc 2, 51-52)
A quarta petição é uma oração de ALIMENTO, tanto material quanto espiritual, os quais nos fazem crescer fisicamente ou espiritualmente. José, sendo o provedor da família, era o responsável pelo sustento de Jesus e para tanto, trabalhava como carpinteiro. Esse alimento, essa comida, fez com que Jesus crescesse em estatura. Os ensinamentos de José, como o ofício de carpinteiro que ensinou a Jesus, fez com que crescesse em sabedoria, e o ensino sobre a religião fazia com que Jesus crescesse em graça. Dessa forma, José proveu Jesus em todas as suas necessidades. Outra passagem bíblica atesta isso: Lc 2, 39-40 - Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, à sua cidade de Nazaré. O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele. Que a dedicação de São José seja exemplo para que os pais de família trabalhem para o sustento de sua família e participem na educação de seus filhos, não se desviando dessa responsabilidade pela bebida, pelas drogas, pela acomodação ou pela busca de prazeres!
São José, Pai nutrício do Filho de Deus, rogai por nós! 

5.PERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO
José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados. (Mt 1, 20-21)
A quinta petição é uma oração de PERDÃO. São José é citado na Bíblia como um homem de bem, um homem justo. Vejam vocês em que situação constrangedora ele ficou quando soube da gravidez de Maria sem que tivessem coabitado. Segundo o costume hebraico, o matrimônio constava de duas fases: primeiro era celebrado o matrimônio legal (o verdadeiro) e depois de um certo período o esposo introduzia a esposa em sua casa. Dessa forma, após o casamento e antes que Maria fosse para a casa de José, ela apareceu grávida, e José, com todos os motivos para denunciá-la e podendo ser até apedrejada, ainda assim resolve proteger Maria para não difama-la e se afasta dela secretamente. 
Quando o Senhor apareceu em sonhos a José revelando que a concepção de Maria provinha do Espírito Santo, José, sendo justo, recebeu Maria em sua casa. Isso não foi propriamente um perdão, porque não havia nenhum pecado em Maria, mas o seu ato de voltar atrás em sua decisão e cumprir a vontade de Deus é exemplo para que haja o perdão nas famílias, entre os esposos, entre os irmãos e entre pais e filhos e assim prevaleça a vontade de Deus. Que a Justiça de São José nos ajude a também sermos justos na família e na sociedade!
São José Justíssimo, rogai por nós! 

6. E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO
Depois de sua partida, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar. José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito. (Mt 2, 13-14)
A sexta petição é uma oração de PROTEÇÃO contra os males do mundo. José exercendo sua paternidade, foi o protetor de Jesus e exerceu bravamente essa missão, fugindo com Jesus para o Egito, porque Herodes queria matá-Lo, permanecendo lá até a morte de Herodes. Quando Herodes morreu, quis retornar para Israel, mas quando soube que Arquelau, o pai de Herodes, reinava na Judéia, não arriscou ir para lá, mais uma vez exercendo o seu papel de pai protetor, e novamente avisado em sonhos, foi morar na cidade de Nazaré, na Galiléia. 
Outra passagem que nos mostra a proteção de José para com Jesus, foi quando, aos doze anos de idade, Jesus se perdeu no Templo, conforme Lc 2, 42-48: Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Tendo ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa. Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem. Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos. Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição. Esta passagem nos mostra Maria se referindo a José como pai de Jesus e retrata a aflição de um pai ao perder seu filho. Que o exemplo de cuidado e de preocupação de José seja exemplo para que os pais de família também protejam seus filhos dos perigos do mundo, sabendo dizer “não” quando necessário, dialogando, discernindo o bem do mal, para que assim, os filhos possam encontrar a segurança dentro do seio familiar e em Deus e não procurem essa segurança nas drogas, nas falsas amizades e no poder financeiro.
São José, Insigne defensor de Cristo, rogai por nós! 

7.MAS LIVRAI-NOS DO MAL
Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo. (Mt 1, 16)
A sétima e última petição é uma oração de LIBERTAÇÃO. Libertação é quando nos livramos de algo que nos prende, que nos oprime. Essa passagem menciona toda a genealogia de Jesus até chegar em José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo. Assim, a paternidade de São José fez parte do plano de salvação de Deus para a humanidade, para que, através do sacrifício de Cristo, o homem fosse libertado. Dessa forma, José sendo o pai na terra de Cristo, e a Igreja sendo o Corpo Místico de Cristo, podemos considerar José o pai da Igreja, e assim a Igreja o reconhece, pois Pio IX declarou-o Patrono da Igreja Universal. Assim São José, ao exercer a paternidade de Jesus, assume também a paternidade de toda a Igreja, e de todos nós, contribuindo para a libertação de toda a humanidade.
São José, Protetor da Santa Igreja, rogai por nós!
Amém.
Por Luciano Dídimo - OCDS
Estela Márcia (Imagem- Adaptação)

 

 

 

sexta-feira, 20 de março de 2015

Santa Teresa com os olhos do Papa Francisco


O Papa Francisco continua a surpreender a todos e a todas com sua profundidade e com suas intuições, que são sem dúvida obra do Espírito Santo e não só da inteligência ou da “criatividade”, para suscitar interesse. Acredito muito no que João da Cruz chama de “iluminações e vozes interiores do Espírito Santo”. Creio no que Teresa d Ávila diz muitas vezes que o Senhor lhe falava na oração e lhe dizia o que ela devia fazer sem desanimar. Já em vários momentos o Papa Francisco tem falado de Santa Teresa de Ávila, fazendo referência a esta mulher extraordinária, seja falando da vida religiosa - “uma santa triste é uma triste Santa”- ou falando de oração.
O Papa aceitou com alegria a idéia do Padre Geral do Carmelo, Padre Savério Cannistrá, de convidar o Carmelo e o mundo a uma “hora de oração” no dia 26 de março, V Centenário do nascimento de Teresa, que aconteceu no dia 28 de março de 1515. E o Papa deu também a intenção desta oração, “a paz”, e preparou um pequeno texto convidativo, muito interessante. É belo e consolador para mim, carmelita descalço, ver esta iniciativa do Carmelo apoiada pelo Papa Francisco. E ainda estou convencido que em várias ocasiões o Papa irá fazer referência a esta mulher extraordinária, não só no que refere à espiritualidade, mas também para que as mulheres “tenham mais espaço na mesma Igreja”. Teresa foi conquistando o seu espaço não com uma revolução estéril e gritos de praça, mas sim pela sua vida de oração, pela sua capacidade de diálogo, de escuta dos teólogos, mas também com sua humildade que é capaz de destruir os muros da auto suficiência e do machismo do mundo social e da Igreja do séc. XVI. Teresa não desanima e diz o que pensa e o que ela sabe por experiência: “eu falo só do que sei, só do que tenho experiência!”
Na audiência geral do dia 11 de março o Papa surpreendeu, especialmente a mim, fazendo referência ao V Centenário do nascimento de Santa Teresa, dirigindo-se aos jovens, aos enfermos e aos recém casados. Eis as suas palavras: “um pensamento especial ofereço aos jovens, aos enfermos, aos recém casados. Neste mês lembramos o V Centenário do nascimento em Ávila de Santa Teresa de Jesus. O seu vigor espiritual estimule a vocês, queridos jovens, a testemunhar com alegria a fé na vossa vida; a sua confiança em Cristo Salvador sustente vocês, queridos enfermos, nos momentos de maior desencorajamento; e o seu infatigável apostolado convide vocês, recém casados, a colocar no centro Cristo na vossa casa conjugal!”
Sem dúvida esta visão da mensagem de Santa Teresa de Ávila, vista com os olhos do Papa Francisco, tem um sabor de novidade e é necessário saber acolher estas palavras para fazer que Teresa não seja mais a mística e a santa longe da vida do povo, mas no coração do povo. É uma santa amiga, que viveu a sua realidade com entusiasmo e com amor.
Teresa morreu com 67 anos de idade, velha para o seu tempo, mas a sua mensagem tem um valor atual, porque os santos não envelhecem. E todos, especialmente os jovens, podem contemplar em Teresa o “vigor espiritual”. Ela sempre, mesmo na última etapa de sua vida, na sua viagem de Burgos para Ávila, manifestou um grande entusiasmo e vigor espiritual e onde passava deixava a sua palavra de amor , de estímulo e de fé. Deu testemunho de fé forte e corajosa.
Teresa de Ávila nunca teve uma saúde de ferro. Sempre experimentou a fragilidade do seu corpo, mas não desanimou. Doente, enferma, encontrava a coragem para oferecer as enfermidades a Deus como oração. Ela tinha grande confiança em Jesus em quem fixava os seus olhos, especialmente no Cristo chagado pelo sofrimento da paixão. Era muito devota do Cristo crucifixo e atado a coluna.
As enfermidades, as doenças, não são uma “maldição de Deus”, mas um dom e uma graça do amor do Senhor que nos convida a participar da força redentora da paixão de Jesus.
Pode suscitar uma certa maravilha que o Papa convide os recém casados a olharem a Teresa de Ávila e colocar Cristo no centro da própria casa conjugal. Me vem em mente o que Teresa diz, falando dos seus mosteiros: “colocarei numa porta a São José, na outra a Virgem Maria e no centro Jesus, e tudo irá bem”. Bela esta imagem! Que todos recém casados, recordando os ensinamentos de Teresa de Ávila, se lembrem do seu infatigável apostolado e coloquem no centro da vida e da casa a Jesus, e tudo dará certo. Esta leitura com os olhos do Papa Francisco sobre o V Centenário de Santa Teresa nos dá uma nova dimensão de sua mensagem, não só para a vida religiosa e contemplativa, mas também para os jovens, os doentes e os recém casados...Que possamos aproveitar de tudo isto através de uma nova leitura dos escritos da grande Doutora da Igreja, que continua a nos surpreender com sua vida e experiência de Deus e que nos convida a beber da Água viva que é Cristo.

Frei Patrício Sciadini
Superior Carmelita no Egito - CAIRO, 17 de Março de 2015.
Por Luciano Dídimo, OCDS - PROVÍNCIA SÃO JOSÉ