terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

"Quaresma, tempo de lutar contra "O FERMENTO DOS FARISEUS E DE HERODES"...em nossas vidas"

Como Jesus advertiu aos seus discípulos quanto a disputa de apenas um pão que haviam levado para a barca na saída com Ele para a missão, assim também adverte a nós hoje, missionários da Igreja militante.
Somos advertidos, especialmente neste tempo da Quaresma em viveremos a partir da Quarta-feira de Cinzas: "Tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes".
Quaresma é um tempo de purificação, que passa pelas lutas pessoais e comunitárias.

Podemos comparar então, a barca com a Igreja, a missão com a nossa vocação e o nosso chamado missionário, o pão com os nossos trabalhos pastorais na Igreja, ou mesmo com o dom da fé, ou ainda, e sobretudo, com a Eucaristia, como alimento celebrado e partilhado, o fim último e necessário para a salvação de todo o ser cristão. E partindo então, do fim para os meios, somos chamados por Jesus e pela Igreja - nestes dias de grandes apelos do mundo à salvação - ameditarmos como estamos vivendo a nossa prática vocacional, missionária e cristã.

Será que em nosso meio cristão a preponderância das disputas, invejas e maldades estão tomando o lugar da união, partilha e comprometimento?

Será que estamos esquecendo de que o nosso serviço à Igreja é um serviço a Deus e aos irmãos, jamais a nós mesmos, e as promoções humanas e próprias?

Será que esquecemos que em cada Santa Missa o Corpo de Cristo é partilhado, e se atualiza o Mistério Salvífico para todos nós igualmente?

Será que compreendemos que no Mistério da Fé está o Mistério da nossa salvação, e que a nossa salvação pessoal passsa pela salvação comunitária que somos chamados a contribuir?

Quando agimos apenas com críticas alheias, com maledicências e julgamentos, estamos fazer desenvolver em nós e na vida da Igreja o fermento dos fariseus, e/ou a inveja e a maldade de Herodes. E assim fazendo, demonstramos que ainda não compreendemos qual o sentido real de nosso chamado. Mas nem tudo está perdido.

A Igreja, como Mãe e Mestra, atualiza conosco, a cada ano, a QUARESMA. Neste tempo, de jejum e abstinência, oração e caridade, temos a oportunidade de revermos à nossa prática cristã, seja no plano pessoal e pastoral, como também no plano familiar, estudantil e profissional, e todos os lugares, onde nós, cristãos deste tempo de proliferação dos meios de comunicação, muitas vezes, ao invés de somar esforços cristãos para melhorar o individualismo humano, e a "globalização da indiferença" - como disse o Papa Francisco, acabamos sendo os proliferadores das divisões e das contendas.

Aproveitemos o Tempo forte de silêncio que a QUARESMA nos proporciona. Reflitamos Lutemos...
Busquemos reavaliar as nossas vidas... as nossas práticas. Ouçamos a voz do Mestre que nos adverte e nos recorda os bens que Ele tem multiplicado em nossas vidas, com sobras proporcionadas pelos "Milagres da Multiplicação", ora oferecido a nós em tantas circunstâncias de nossas vidas.

Se nos ajuda a reconhecer-nos melhor, meditemos no diálogo do Senhor com os discípulos ... e a contundência de Suas próprias palavras:"Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseuse com o fermento de Herodes (...) 'Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido?18 Tendo olhos, vós não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas? Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?' Eles responderam: 'Doze.' Jesus perguntou:E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas,quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços? Eles responderam: 'Sete.' Jesus disse: 'E vós ainda não compreendeis?' (Mc 8,14-21)
Que Deus nos dê a Sua Graça e Sua Bênção para vivermos bem a QUARESMA! Abençoada QUARESMA!
Abençoado silêncio interior!

Por Alma Carmelita

(Estela Márcia, 17.02.2015)

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