“Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13“Ninguém subiu ao céu, a
não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou
a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele
crerem tenham a vida eterna. 16Pois Deus amou tanto o mundo,
que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha
a vida eterna. 17De
fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que
o mundo seja salvo por ele”. (Jo 3,13-17)
Na Oração Mariana do
Angelus deste domingo 14 de setembro de 2014, o Pontífice recordou da festa que
Igreja celebra hoje, da Exaltação da Santa Cruz.
Algumas
pessoas não-cristãs podem se perguntar: por que ‘exaltar’ a cruz? Podemos
responder que nós não exaltamos uma cruz qualquer ou todas as cruzes: exaltamos
a Cruz de Jesus Cristo, porque é nela que foi revelado o máximo amor de Deus
pela humanidade.
O Santo Padre fez
referência ao Evangelho de João na liturgia de hoje: ‘Deus amou tanto o mundo,
que entregou o seu Filho único’. O Pai ‘deu’ o Filho para nos salvar, e isso
resultou na morte de Jesus e na morte na cruz. Papa Francisco, então, fez uma
reflexão conjunta: “Por quê? Por que foi necessária a Cruz? Por causa da
gravidade do mal que nos mantinha escravos”.
A Cruz
de Jesus exprime duas coisas: toda a força negativa do mal e toda a suave
onipotência da misericórdia de Deus. A Cruz parece decretar o fracasso de
Jesus, mas, na realidade, marca a sua vitória. No Calvário, aqueles que o
injuriavam, diziam: ‘Se és Filho de Deus, desce da cruz’. Mas a verdade era o
oposto: justamente porque era o Filho de Deus, Jesus estava ali, na cruz, fiel
até o final ao desígnio do amor do Pai. E exatamente por isso Deus ‘exaltou’
Jesus, dando-lhe uma realeza universal.
O Pontífice, então,
explica que, quando olhamos para a Cruz onde Jesus foi pregado, contemplamos o
sinal do amor infinito de Deus para cada um de nós e a raiz da nossa salvação.
“Daquela Cruz vem a misericórdia do Pai que abraça o mundo inteiro. Através da
Cruz de Cristo, se venceu o mal, a morte foi derrotada, a vida nos foi doada e
a esperança restituída. A Cruz de Jesus é nossa única e verdadeira esperança!”,
complementa o Santo Padre.
É por
isso que a Igreja ‘exalta’ a Santa Cruz, e é por isso que, nós, cristãos, nos
abençoamos com o sinal da cruz. Mas, atenção: não é um sinal ‘mágico’!
Acreditar na Cruz de Jesus significa O seguir no Seu caminho. Dessa maneira,
inclusive os cristãos colaboram com a Sua obra de salvação, aceitando com Ele o
sacrifício, o sofrimento, como também a morte pelo amor de Deus e dos irmãos.
Enquanto contemplamos e celebramos a Santa Cruz, pensamos comovidos por tantos
nossos irmãos e irmãs que são perseguidos e mortos por causa da sua fidelidade
a Cristo. Isso acontece, em particular, lá onde a liberdade religiosa ainda não
é garantida ou plenamente realizada. Acontece, porém, mesmo nos países e
ambientes em que, em princípio, protegem a liberdade e os direitos humanos, mas
onde concretamente os fiéis e, especialmente, os cristãos, encontram limitações
e discriminações. Por isso, hoje, recordamos e rezamos em modo todo especial
por eles.
Nesta segunda-feira (15), a Igreja celebra Nossa Senhora das Dores. O Papa também lembrou que era Ela quem estava no Calvário, aos pés da Cruz. “A Ela, confio o presente e o futuro da Igreja, para que todos sempre saibamos descobrir e acolher a mensagem de amor e de salvação da Cruz de Jesus”, finalizou Francisco, na Oração do Angelus.
Nesta segunda-feira (15), a Igreja celebra Nossa Senhora das Dores. O Papa também lembrou que era Ela quem estava no Calvário, aos pés da Cruz. “A Ela, confio o presente e o futuro da Igreja, para que todos sempre saibamos descobrir e acolher a mensagem de amor e de salvação da Cruz de Jesus”, finalizou Francisco, na Oração do Angelus.
Nas suas saudações
finais, o Bispo de Roma assegurou o compromisso e a oração da Igreja Católica,
encorajando o esforço da comunidade internacional, através da Missão desejada
pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas que começa nesta segunda-feira, 15
de setembro. Uma iniciativa em apoio à pacificação da República Centro-Africana
e para proteger a população civil, que está gravemente sofrendo com as
conseqüências do conflito em andamento: “quanto antes a violência ceda lugar ao
diálogo; as facções opostas deixem da parte os interesses particulares e se
esforcem para que cada cidadão, de qualquer etnia e religião a que pertença,
possa colaborar para construir o bem comum”, disse o Papa.
O Pontífice também
registrou a Sua visita de sábado, 13 de setembro, à Redipuglia, região nordeste
da Itália, quando rezou pelos mortos da I Guerra Mundial. Evocando os números
dramáticos de 8 milhões de soldados e cerca de 7 milhões de civis mortos, o
Papa condenou novamente os conflitos, dizendo: “isso mostra como a guerra é uma
loucura, na qual a humanidade ainda não aprendeu a lição. Pois, depois disso,
teve a II Guerra e tantas outras. Quando vamos aprender? Convido a olharmos
para Jesus crucificado, para percebermos que o mal é destruído pelo bem. A
resposta da guerra só faz aumentar o mal e a morte”, finalizou Francisco.
Estela
Márcia - Adaptações
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