O
dia 09 de junho ganhou neste ano de 2014 uma importância ainda maior para nossa
Igreja Católica que, desde o dia 03 de abril, viu subir aos altares a Imagem de
nosso “Apóstolo do Brasil”, o nosso conhecido Padre Anchieta. A assinatura do
decreto de canonização do então beato José de Anchieta, ocorreu no dia 3 de
abril, data transferida, da qual se faria no dia 2 de abril. A Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) celebrou no dia 4 de maio, durante a 52ª
Assembleia Geral da CNBB, a Missa em Ação de Graças pela canonização do agora
Santo Brasileiro, no Santuário Nacional de Aparecida, na cidade de Aparecida
(SP).
Missionário
jesuíta, profundamente entregue a causa do Evangelho, não fez caso da própria
vida e saúde. Andou incansavelmente pelas terras do Brasil, seja pelas terras
da Bahia, São Paulo – onde se tornou fundador, a partir da cidade de
Piratininga, local de fundação da 1ª Escola Jesuíta, assim, perpassando por
vales e montanhas, viveu e evangelizou também em Magé, município do Rio de
Janeiro. Assim, em honra a São José de Anchieta, foi celebrada uma Missa no
local conhecido como Poço Bento, onde o santo viveu e evangelizou. Celebrada
por Dom Gregório Paixão, Bispo da Diocese de Petrópolis, Pastor e Guia de nosso
Decanato (denominado José de Anchieta – homenageando há algumas décadas ao
próprio Santo, até então Beato José de Anchieta).
José
de Anchieta nasceu em 1534, na Espanha. Ingressou na Companhia de Jesus e,
quando se tornou jesuíta, seguiu para o Brasil, em 1553, como missionário. Em
1554, chegou à capitania de São Vicente, onde, junto com o provincial do
Brasil, padre Manoel da Nóbrega, fundou aquela que seria a cidade de São Paulo.
No local, foi instalado um colégio e seu trabalho missionário começou. Anchieta
desempenhou intenso trabalho no colégio, o primeiro dos jesuítas na América,
informou texto publicado pela CNBB. Ele ensinou a língua portuguesa aos filhos
de índios e portugueses. O padre Anchieta também estudou a língua dos indígenas
e compôs a primeira gramática da língua tupi. No mesmo idioma dos índios
escreveu um catecismo, várias peças de teatro e hinos. Ao longo dos anos,
percorreu o litoral desde Cananeia, no sul de São Paulo, até o Recife, para
acompanhar as várias missões que os jesuítas já tinham no Brasil. No Rio de
Janeiro, em 1582, iniciou a construção da Santa Casa de Misericórdia, destinada
a assistir os doentes e as vítimas das frequentes epidemias. Durante sua
trajetória, deu atenção especial aos pobres e doentes, aos grupos indígenas
ameaçados e aos negros escravizados. José de Anchieta morreu no dia 9 de junho
de 1597, sendo reconhecido como o "apóstolo do Brasil". José de
Anchieta é o terceiro santo que tem ligação com o Brasil. Os outros dois são Madre
Paulina, nascida em território inicialmente austríaco e que hoje pertence à
Itália, viveu no Brasil e foi canonizada em 2002, e Frei Galvão, nascido em
Guaratinguetá (SP) e canonizado em 2007.
São José de Anchieta, rogai por nós!
Estela Márcia
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