"Regina
Coeli" é uma oração do meio dia no Tempo Pascal. Neste momento do meio dia
em sua prática dominical, nosso Pontífice, Papa Francisco, rezou pelo encontro de oração pela paz e dizendo que “a Igreja deve ser
capaz de surpreender”. Mesmo encerrando hoje com a Solenidade de Pentecostes o
tempo Pascal, registramos a tradicional oração, para então contemplarmos as
exortações, conselhos e oração pela Paz. Paz que se traduz na liturgia desta
Solenidade, e na Missão insuflada pela presença de Jesus no Evangelho desta em
Jo 20,29-23.
V. Rainha do Céu, alegrai-vos, Aleluia!
R. Porque Aquele que merecestes trazer em Vosso ventre, Aleluia!
V. Ressuscitou como disse, Aleluia!
R. Rogai por nós a Deus, Aleluia!
V. Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria, Aleluia!
R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!
Oremos:
Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, concedei-nos, Vos suplicamos, a graça de alcançarmos pela proteção da Virgem Maria, Sua Mãe, a glória da vida eterna. Pelo mesmo Cristo Nosso Senhor. Amém!
Assim, noticiamos que o Papa Francisco
conduziu a oração do Regina Caeli, neste domingo, 08 de junho, depois de
presidir a celebração eucarística na Solenidade de Pentecostes, na Basílica de
São Pedro. "A festa de Pentecostes
comemora a efusão do Espírito Santo sobre os Apóstolos reunidos no Cenáculo.
Como na Páscoa, é um evento que aconteceu durante a pré-existente festa
judaica, e que traz uma plenitude surpreendente", frisou o pontífice. "O livro dos Atos dos Apóstolos
descreve os sinais e frutos dessa efusão extraordinária: o vento forte e as
chamas de fogo, o medo desaparece e dá lugar à coragem, as línguas se soltam e
todos entendem o anúncio. Aonde chega o Espírito de Deus, tudo renasce e se
transforma. O evento Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua
manifestação pública. Surpreende-nos dois aspectos: É uma Igreja que surpreende
e turba", disse Francisco. "Um
elemento fundamental de Pentecostes é a surpresa. Ninguém esperava mais nada
dos discípulos. Depois da morte de Jesus se tornaram um grupo insignificante,
derrotados, órfãos de seu Mestre. Em vez disso, se verifica um evento
inesperado que desperta admiração: as pessoas ficam turbadas porque cada uma
ouvia os discípulos falar em sua própria língua, contando as grandes obras de
Deus. A Igreja que nasce no dia de Pentecostes é uma comunidade que causa
admiração porque, com a força que vem de Deus, anuncia a nova mensagem, a
Ressurreição de Cristo, com uma nova linguagem, a do amor universal. Os
discípulos são revestidos de poder do alto e falam com coragem e franqueza, com
a liberdade do Espírito Santo." O pontífice frisou que a Igreja é
chamada a ser sempre assim: "capaz
de surpreender anunciando a todos que Jesus Cristo venceu a morte, que os
braços de Deus estão sempre abertos, que sua paciência está sempre nos
esperando para nos curar e perdoar. Foi para esta missão que Jesus ressuscitado
doou o seu Espírito à Igreja". "Atenção: se a Igreja está viva, deve
sempre surpreender. A Igreja viva deve causar admiração. Uma Igreja que não tem
a capacidade de surpreender é uma Igreja fraca, doente, moribunda e precisa ser
internada na unidade de terapia intensiva", acrescentou o Papa. Segundo
Francisco, alguém, em Jerusalém, teria preferido que os discípulos de Jesus,
impedidos pelo medo, permanecessem fechados em casa para não criar desordem. Em
vez disso, o Senhor ressuscitado os levou para o mundo: 'Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês'. "A Igreja de
Pentecostes é uma Igreja que não se resigna a ser inofensiva. Não quer ser um
elemento decorativo", disse o Papa acrescentando: "É uma Igreja que não hesita a sair, encontrar as pessoas, para
anunciar a mensagem que lhe foi confiada, mesmo que essa mensagem perturba e
inquieta as consciências. Ela nasceu una e universal, com uma identidade
precisa, mas aberta, uma Igreja que abraça o mundo, mas não o captura, o deixa
livre, mas o abraça como a colunata desta Praça: dois braços que se abrem para
acolher, mas não se fecham para segurar. Nós cristãos somos livres e a Igreja
nos quer livres." Francisco convidou os fiéis a se dirigirem a Maria,
que naquela manhã de Pentecostes estava no Cenáculo junto com os discípulos. "Nela a força do Espírito Santo
realizou grandes obras. Que a Mãe do Redentor e Mãe da Igreja obtenha com a sua
intercessão uma efusão renovada do Espírito de Deus sobre a Igreja e sobre o
mundo", disse o Papa. Após a oração do Regina Coeli, o Santo Padre
saudou os fiéis, peregrinos, famílias, grupos paroquiais e associações,
presentes na Praça São Pedro. (O Santo Padre recordou o encontro de oração pela
paz que se realizará, esta tarde, nos Jardins Vaticanos, entre o pontífice, os
presidentes de Israel e Palestina, e o Patriarca Ecumênico de Constantinopla,
Bartolomeu I, "para pedir a Deus o dom da paz na Terra Santa, no Oriente
Médio e em todo o mundo"). O Papa agradeceu a todas as pessoas que,
pessoalmente e em comunidade, rezaram e estão rezando para o bom êxito deste
encontro.
Estela Márcia (Adaptações)
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