Como
todos os domingos o Papa Francisco, da janela dos Aposentos Pontifícios rezou o
Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Na alocução que precedeu a
oração mariana o Santo Padre recordou que desde os tempos antigos a Igreja de
Roma celebra os Apóstolos Pedro e Paulo em uma única festa no mesmo dia, 29 de
junho. A fé em Jesus
Cristo – disse Francisco – tornou-os irmãos e o martírio uma
só coisa. São Pedro e São Paulo, tão
diferentes um do outro no plano humano, - disse o Papa - foram escolhidos
pessoalmente pelo Senhor Jesus e responderam ao chamado, oferecendo toda a sua
vida. Em ambos a graça de Cristo realizou grandes coisas, transformou-lhes:
Simão havia negado Jesus no momento
dramático da paixão; Saulo havia perseguido duramente os cristãos. Mas ambos
acolheram o amor de Deus e se deixaram transformar pela Sua misericórdia; assim
se tornaram amigos e apóstolos de Cristo. Por isso, eles continuam a falar
à Igreja e ainda hoje nos mostram o caminho da salvação. “Nós, também, se
por acaso caíssemos nos pecados mais graves e na noite mais escura, Deus é
sempre capaz de nos transformar, como transformou Pedro e Paulo; transformar
nosso coração e nos perdoar de tudo, transformando assim a nossa escuridão do
pecado em um amanhecer de luz. Mas Deus é assim: ele nos transforma, nos perdoa
sempre, como fez com Pedro e, como fez com Paulo”. O livro do Atos dos
Apóstolos – destacou o Papa - mostra muitos traços de seus testemunhos. “Pedro,
por exemplo, nos ensina a olhar os pobres com os olhos da fé para e a dar-lhes
o que temos de mais precioso: o poder do nome de Jesus Cristo”. Sobre
Paulo é narrado três vezes o episódio do chamada na estrada de Damasco, que
marca a reviravolta na sua vida, evidenciando claramente um antes e um depois. Antes,
Paulo era um férreo inimigo da Igreja. Depois coloca toda a sua vida ao serviço
do Evangelho. Também para nós, o encontro com a Palavra de Cristo é capaz de
transformar completamente a nossa vida. Não é possível ouvir estas Palavras, e
continuar parado no mesmo lugar, ficar bloqueado nos próprios hábitos. Estas
Palavras nos impulsionam a superar o egoísmo que temos em nossos corações para
seguir com decisão o Mestre que deu a sua vida pelos seus amigos. O
Papa concluiu suas palavras afirmando que esta festa suscita em nós uma
grande alegria, porque nos coloca diante da obra de misericórdia de Deus nos
corações de dois homens, de dois pecadores. E Deus quer encher também nós
com a sua graça, como fez com Pedro e Paulo. Que a Virgem Maria nos ajude a
recebê-la como eles, com o coração aberto e a não recebê-la em vão! E nos ajude
nos momentos de provação, para dar testemunho de Jesus Cristo e do seu
Evangelho.
domingo, 29 de junho de 2014
Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo
"O nosso verdadeiro
refúgio é a confiança em Deus" - Disse Papa Francisco
Neste domingo, 29, Solenidade dos Apóstolos
Pedro e Paulo, Patronos principais de Roma, e Dia do Papa, o Sucessor de Pedro,
o Papa Francisco presidiu na Basílica vaticana a Santa Missa durante a qual
entregou o Pálio a 24 novos arcebispos provenientes de todo o mundo: do Brasil
receberam Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre, e Dom José Luiz
Majella Delgado, Arcebispo de Pouso Alegre. O Pálio é uma insígnia exclusiva
dos Arcebispos e do Patriarca de Jerusalém do rito latino; é uma pequena
estola, feita de lã branca de cordeiro, com seis cruzes e franjas pretas.
Exprime o poder que o Arcebispo recebe na província eclesiástica. Liga-o mais estreitamente
com a Igreja de Roma. Tem, por isso, um valor simbólico de comunhão eclesial.
No início da sua homilia o Papa Francisco expressou a sua alegria pela presença
da Delegação enviada pelo Patriarca Ecumênico, “o venerado e amado irmão
Bartolomeu, guiada pelo Metropolita Ioannis”. Pedimos ao Senhor – disse o Santo
Padre - que possa, também esta visita, reforçar os nossos laços fraternos no
caminho rumo à plena comunhão entre as duas Igrejas irmãs, por nós tão
desejada. Em seguida o Pontífice recordou que “nos primeiros tempos do serviço
de Pedro, na comunidade cristã de Jerusalém havia grande apreensão por causa
das perseguições de Herodes contra alguns membros da Igreja. Ordenou a morte de
Tiago e agora, para agradar ao povo, a prisão do próprio Pedro. Ele guardado e
acorrentado na prisão, quando ouve a voz do Anjo que lhe diz: «Ergue-te
depressa! (...) Põe o cinto e calça as sandálias. (...) Cobre-te com a capa e
segue-me» (Act 12, 7-8). Caiem-lhe as cadeias, e a porta da prisão abre-se
sozinha. Pedro dá-se conta de que o Senhor o «arrancou das mãos de Herodes»;
dá-se conta de que Deus o libertou do medo e das cadeias.” Sim, o Senhor
liberta-nos de todo o medo e de todas as cadeias, para podermos ser
verdadeiramente livres.
Aqui está um problema que nos toca disse Francisco dirigindo aos bispos: o problema do medo e dos refúgios pastorais. Pergunto-me: Nós, amados Irmãos Bispos, temos medo? De que é que temos medo? E, se o temos, que refúgios procuramos, na nossa vida pastoral, para nos pormos a seguro? Procuramos porventura o apoio daqueles que têm poder neste mundo? Ou deixamo-nos enganar pelo orgulho que procura compensações e agradecimentos, parecendo-nos estar seguros com isso? Onde pomos a nossa segurança? O testemunho do Apóstolo Pedro - continuou o Papa - lembra-nos que o nosso verdadeiro refúgio é a confiança em Deus: esta afasta todo o medo e torna-nos livres de toda a escravidão e de qualquer tentação mundana. Hoje nós – o Bispo de Roma e os outros Bispos, especialmente os Metropolitas que receberam o Pálio – sentimos que o exemplo de São Pedro nos desafia a verificar a nossa confiança no Senhor. Pedro experimentou que a fidelidade de Deus é maior do que as nossas infidelidades, e mais forte do que as nossas negações. Dá-se conta de que a fidelidade do Senhor afasta os nossos medos e ultrapassa toda a imaginação humana. Hoje, Jesus faz a mesma pergunta também a nós: «Tu amas-Me?». E faz isso precisamente porque conhece os nossos medos e as nossas fadigas. E Pedro indica-nos o caminho: confiar n’Ele, que «sabe tudo» de nós, confiando, não na nossa capacidade de Lhe ser fiel, mas na sua inabalável fidelidade. Jesus nunca nos abandona é fiel. A fidelidade que Deus, sem cessar, nos confirma também a nós, Pastores, independentemente dos nossos méritos, é a fonte de nossa confiança e da nossa paz. E Pedro deve contentar-se com o amor de Jesus. Esta experiência de Pedro encerra uma mensagem importante também para nós, amados irmãos Arcebispos. Hoje, o Senhor repete a mim, a vós e a todos os Pastores: Segue-Me! Não percas tempo em questões ou conversas inúteis; não te detenhas nas coisas secundárias, mas fixa-te no essencial e segue-Me. Segue-Me, não obstante as dificuldades. Segue-me na pregação do Evangelho. Segue-Me no testemunho duma vida que corresponda ao dom de graça do Batismo e da Ordenação. Segue-Me quando falas de Mim às pessoas com quem vives dia-a-dia, na fadiga do trabalho, do diálogo e da amizade. Segue-Me no anúncio do Evangelho a todos, especialmente aos últimos, para que a ninguém falte a Palavra de vida, que liberta de todo o medo e dá a confiança na fidelidade de Deus. Segue-Me.
Aqui está um problema que nos toca disse Francisco dirigindo aos bispos: o problema do medo e dos refúgios pastorais. Pergunto-me: Nós, amados Irmãos Bispos, temos medo? De que é que temos medo? E, se o temos, que refúgios procuramos, na nossa vida pastoral, para nos pormos a seguro? Procuramos porventura o apoio daqueles que têm poder neste mundo? Ou deixamo-nos enganar pelo orgulho que procura compensações e agradecimentos, parecendo-nos estar seguros com isso? Onde pomos a nossa segurança? O testemunho do Apóstolo Pedro - continuou o Papa - lembra-nos que o nosso verdadeiro refúgio é a confiança em Deus: esta afasta todo o medo e torna-nos livres de toda a escravidão e de qualquer tentação mundana. Hoje nós – o Bispo de Roma e os outros Bispos, especialmente os Metropolitas que receberam o Pálio – sentimos que o exemplo de São Pedro nos desafia a verificar a nossa confiança no Senhor. Pedro experimentou que a fidelidade de Deus é maior do que as nossas infidelidades, e mais forte do que as nossas negações. Dá-se conta de que a fidelidade do Senhor afasta os nossos medos e ultrapassa toda a imaginação humana. Hoje, Jesus faz a mesma pergunta também a nós: «Tu amas-Me?». E faz isso precisamente porque conhece os nossos medos e as nossas fadigas. E Pedro indica-nos o caminho: confiar n’Ele, que «sabe tudo» de nós, confiando, não na nossa capacidade de Lhe ser fiel, mas na sua inabalável fidelidade. Jesus nunca nos abandona é fiel. A fidelidade que Deus, sem cessar, nos confirma também a nós, Pastores, independentemente dos nossos méritos, é a fonte de nossa confiança e da nossa paz. E Pedro deve contentar-se com o amor de Jesus. Esta experiência de Pedro encerra uma mensagem importante também para nós, amados irmãos Arcebispos. Hoje, o Senhor repete a mim, a vós e a todos os Pastores: Segue-Me! Não percas tempo em questões ou conversas inúteis; não te detenhas nas coisas secundárias, mas fixa-te no essencial e segue-Me. Segue-Me, não obstante as dificuldades. Segue-me na pregação do Evangelho. Segue-Me no testemunho duma vida que corresponda ao dom de graça do Batismo e da Ordenação. Segue-Me quando falas de Mim às pessoas com quem vives dia-a-dia, na fadiga do trabalho, do diálogo e da amizade. Segue-Me no anúncio do Evangelho a todos, especialmente aos últimos, para que a ninguém falte a Palavra de vida, que liberta de todo o medo e dá a confiança na fidelidade de Deus. Segue-Me.
domingo, 15 de junho de 2014
"Luz, esplendor e graça na Trindade e da Trindade" (Santo Atanásio, bispo - século IV)
Não
devemos perder de vista a tradição, a doutrina e a fé da Igreja católica, tal
como o Senhor ensinou, tal como os apóstolos pregaram e os Santos Padres
transmitiram. De fato, a tradição constitui o alicerce da Igreja, e todo aquele
que dela se afasta deixa de ser cristão e não merece mais usar este nome.
Ora, a
nossa fé é esta: cremos na Trindade santa e perfeita, que é o Pai, o Filho e o
Espírito Santo; nela não há mistura alguma de elemento estranho; não se compõe
de Criador e criatura; mas toda ela é potência e força operativa; uma só é a
sua natureza, uma só é a sua eficiência e ação. O Pai cria todas as coisas por
meio do Verbo, no Espírito Santo; e deste modo, se afirma a unidade da Santíssima
Trindade. Por isso, proclama-se na Igreja um só Deus, que reina sobre tudo, age em tudo e permanece
em todas as coisas (cf. Ef 4,6). Reina
sobre tudo como Pai, princípio e origem; age em tudo, isto é, por
meio do Verbo; e permanece em todas
as coisas no Espírito Santo.
São
Paulo, escrevendo aos coríntios acerca dos dons espirituais, tudo refere a Deus
Pai como princípio de todas as coisas, dizendo: Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. Há
diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. Há diferentes atividades,
mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos (lCor
12,4-6).
Os dons
que o Espírito distribui a cada um vêm do Pai por meio do Verbo. De fato, tudo
o que é do Pai é do Filho; por conseguinte, as graças concedidas pelo Filho, no
Espírito Santo, são dons do Pai. Igualmente, quando o Espírito está em nós,
está em nós o Verbo, de quem recebemos o Espírito; e, como o Verbo, está também
o Pai. Assim se cumpre o que diz a Escritura:
Eu e o Pai viremos a ele e nele faremos a nossa morada (Jo 14,23).
Pois onde está a luz, aí também está o esplendor da luz; e onde está o
esplendor, aí também está a sua graça eficiente e esplendorosa.
São Paulo
nos ensina tudo isto na segunda Carta aos coríntios, com as seguintes palavras:
A graça do Senhor Jesus Cristo, o
amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós
(2Cor 13,13). Com efeito, toda a graça que nos é dada em nome da Santíssima
Trindade, vem do Pai, pelo Filho, no Espírito Santo. Assim como toda a graça
nos vem do Pai por meio do Filho, assim também não podemos receber nenhuma
graça senão no Espírito Santo. Realmente, participantes do Espírito Santo,
possuímos o amor do Pai, a graça do Filho e a comunhão do mesmo Espírito. (Ofício
das Leituras - Das Cartas de Santo Atanásio, bispo - Séc. IV)
Meditando a ‘Solenidade da Santíssima Trindade’ traduzida nos limites das imagens
A festa da Santíssima Trindade é um
dos dias mais importantes do ano litúrgico. Nós, como cristãos a celebramos
convictos pelos ensinamentos da Igreja, que possui a plenitude das verdades
reveladas por Cristo. É dogma de fé estabelecido, a essência de um só Deus em Três Pessoas
distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. É um mistério de difícil interpretação,
impossível, de ser assimilado pelas limitações humanas.
Santo Agostinho de Hipona,
grande teólogo e doutor da Igreja, tentou exaustivamente compreender este
inefável mistério. Certa vez, passeava ele pela praia, completamente
compenetrado, pediu a Deus luz para que pudesse desvendar o enigma. Até que
deparou-se com uma criança brincando na areia. Fazia ela um trajeto curto, mas
repetitivo. Corria com um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e
ali despejava a água do mar; sucessivamente voltava, enchia o copo e o
despejava novamente. Curioso, perguntou à criança o que ela pretendia fazer. A
criança lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele
buraquinho. No que o Santo lhe explicou ser impossível realizar o intento. Aí a
criança lhe disse: “É muito mais fácil o oceano todo ser transferido para este
buraco, do que compreender-se o mistério da Santíssima Trindade”. E a criança,
que era um anjo, desapareceu... Santo Agostinho concluiu que a mente humana é
extremante limitada para poder assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se
esforce, jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por
seu raciocínio. Só o compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos
encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Com imagens, procuramos
ilustrar Aquilo que os limites humanos não são capazes de compreender. O
Mistério traduz, mas nossos limites não conseguem apreender por inteiro, e só o
faremos na eternidade. Assim sendo, fazendo a meditação da liturgia da Santa
Missa, nesta Solenidade da Santíssima Trindade – Ano Litúrgico A, procuramos
transmitir com fé, esperança e amor, os mananciais artísticos que tentam
expressar tamanha riqueza.
Primeira Leitura:
“Naqueles
dias: 4bMoisés
levantou-se, quando ainda era noite, e subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe
havia mandado, levando consigo as duas tábuas de pedra. 5O Senhor desceu na nuvem e
permaneceu com Moisés, e este invocou o nome do Senhor. 6Enquanto o Senhor passava
diante dele, Moisés gritou: “Senhor, Senhor! Deus misericordioso e clemente,
paciente, rico em bondade e fiel”. 8Imediatamente,
Moisés curvou-se até o chão 9e,
prostrado por terra, disse: “Senhor, se é verdade que gozo de teu favor,
peço-te, caminha conosco; embora este seja um povo de cabeça dura, perdoa
nossas culpas e nossos pecados e acolhe-nos como propriedade tua”. (Êx 34,4b-6.8-9)
Responsório: (Dn 3,52-56) A vós louvor,
honra e glória eternamente! A vós louvor, honra e glória eternamente! Sede bendito,
Senhor Deus de nossos pais. Sede bendito,
nome santo e glorioso. No templo santo
onde refulge a vossa glória. E em vosso trono
de poder vitorioso. Sede bendito, que
sondais as profundezas. E superior aos
querubins vos assentais. Sede bendito no
celeste firmamento
Segunda Leitura:
"11Irmãos: Alegrai-vos,
trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, cultivai a concórdia, vivei
em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco. 12Saudai-vos uns aos outros
com o beijo santo. Todos os santos vos saúdam. 13A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus
e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós”. (2Cor 13,11-13)
Santo Evangelho:
“16Deus amou tanto o mundo, que
deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a
vida eterna. 17De
fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que
o mundo seja salvo por ele. 18Quem
nele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não
acreditou no nome do Filho unigênito”. (Jo
3,16-18)
Que o Deus da Esperança,
que nos cumula de toda sorte de Benção esteja conosco!
E que a Virgem Maria interceda por ti e mim,
e por todos aqueles que Deus nos concedeu para amar e servir!
Estela Márcia
segunda-feira, 9 de junho de 2014
São José de Anchieta, “Apóstolo do Brasil”, “Apóstolo de Magé”!
O
dia 09 de junho ganhou neste ano de 2014 uma importância ainda maior para nossa
Igreja Católica que, desde o dia 03 de abril, viu subir aos altares a Imagem de
nosso “Apóstolo do Brasil”, o nosso conhecido Padre Anchieta. A assinatura do
decreto de canonização do então beato José de Anchieta, ocorreu no dia 3 de
abril, data transferida, da qual se faria no dia 2 de abril. A Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) celebrou no dia 4 de maio, durante a 52ª
Assembleia Geral da CNBB, a Missa em Ação de Graças pela canonização do agora
Santo Brasileiro, no Santuário Nacional de Aparecida, na cidade de Aparecida
(SP).
Missionário
jesuíta, profundamente entregue a causa do Evangelho, não fez caso da própria
vida e saúde. Andou incansavelmente pelas terras do Brasil, seja pelas terras
da Bahia, São Paulo – onde se tornou fundador, a partir da cidade de
Piratininga, local de fundação da 1ª Escola Jesuíta, assim, perpassando por
vales e montanhas, viveu e evangelizou também em Magé, município do Rio de
Janeiro. Assim, em honra a São José de Anchieta, foi celebrada uma Missa no
local conhecido como Poço Bento, onde o santo viveu e evangelizou. Celebrada
por Dom Gregório Paixão, Bispo da Diocese de Petrópolis, Pastor e Guia de nosso
Decanato (denominado José de Anchieta – homenageando há algumas décadas ao
próprio Santo, até então Beato José de Anchieta).
José
de Anchieta nasceu em 1534, na Espanha. Ingressou na Companhia de Jesus e,
quando se tornou jesuíta, seguiu para o Brasil, em 1553, como missionário. Em
1554, chegou à capitania de São Vicente, onde, junto com o provincial do
Brasil, padre Manoel da Nóbrega, fundou aquela que seria a cidade de São Paulo.
No local, foi instalado um colégio e seu trabalho missionário começou. Anchieta
desempenhou intenso trabalho no colégio, o primeiro dos jesuítas na América,
informou texto publicado pela CNBB. Ele ensinou a língua portuguesa aos filhos
de índios e portugueses. O padre Anchieta também estudou a língua dos indígenas
e compôs a primeira gramática da língua tupi. No mesmo idioma dos índios
escreveu um catecismo, várias peças de teatro e hinos. Ao longo dos anos,
percorreu o litoral desde Cananeia, no sul de São Paulo, até o Recife, para
acompanhar as várias missões que os jesuítas já tinham no Brasil. No Rio de
Janeiro, em 1582, iniciou a construção da Santa Casa de Misericórdia, destinada
a assistir os doentes e as vítimas das frequentes epidemias. Durante sua
trajetória, deu atenção especial aos pobres e doentes, aos grupos indígenas
ameaçados e aos negros escravizados. José de Anchieta morreu no dia 9 de junho
de 1597, sendo reconhecido como o "apóstolo do Brasil". José de
Anchieta é o terceiro santo que tem ligação com o Brasil. Os outros dois são Madre
Paulina, nascida em território inicialmente austríaco e que hoje pertence à
Itália, viveu no Brasil e foi canonizada em 2002, e Frei Galvão, nascido em
Guaratinguetá (SP) e canonizado em 2007.
São José de Anchieta, rogai por nós!
Estela Márcia
domingo, 8 de junho de 2014
O clamor da Igreja na ‘Sequência de Pentecostes’
Refletindo sobre a riqueza
do hino da “sequência” na Solenidade de Pentecostes, percebemos que, para além
da entonação, o hino pretende louvar e clamar jubilosamente a Deus os seus
bens. “Nas festas da Páscoa, Pentecostes, Corpus Christi e Nossa Senhora das
Dores, o missal romano prevê para, logo após a segunda leitura da Missa, um
hino chamado “sequência” . Afinal, o que é uma “sequência”? A origem da
“sequência” está ligada a um costume medieval de acrescentar à vogal final do
aleluia solene – antes da proclamação do Evangelho – uma série de
notas quie se desdobravam num longo vocaliza chamado por muitos de “jubilus do
Aleluia” ou “sequência”. Essa jubilação aleluiática, com o passar do tempo,
atingiu um grau de complexidade técnica tão elevado,
que somente profissionais do canto (solistas, coros...)
poderiam executá-la. Numa tentativa de favorecer a participação do povo,
ao longo dos séculos, foram introduzidos textos sob o
“jubilus” do aleluia. Estes, aos poucos, foram ampliados
e ajustados com um formato de
extensos hinos chamados “sequência”. A “sequência” é um hino que
canta loas – de forma lírica e expressiva – sobre determinado tema
da devoção cristã. Esse gênero musical surgiu por
volta do século IX. Sua popularidade foi tamanha que, dois séculos depois, já
havia um número aproximado de 5000 “sequências”. Praticamente, para cada festa
ou outra circunstância, existia uma “sequência” própria. O papa Pìo V (século
XVI) conservou no seu missal somente cinco
“sequências”, a saber: Victmae paschalli
laudes (Páscoa); “Veni Sancte Spiritus” (Pentecostes);
Lauda Sion Savatorem (Corpus Christi); Stabat Mater Dolorosa
(N. Sra. Das Dors); Dies Irae (Missa
dos fiéis defuntos). O
missal romano pós-VaticanoII deixou de fora a Dies irae e manteve as outras
quatro “sequências”. Porém são de uso obrigatório apenas duas: a da Páscoa e a
de Pentecostes”.(Texto extraído do livro: Cantando a Missa e o
Ofício Divino, Joaquim Fonseca, OFM. Ed. Paulus).
Vinde, Pai dos pobres: /na dor e
aflições,/ vinde encher de gozo/ nossos corações.
Benfeitor supremo/ em todo o momento, habitando
em nós sois o nosso alento.
Descanso na luta/ e na paz encanto,/ o
calor sois brisa,/ conforto no pranto.
Luz de santidade,/ que no Céu ardeis,/ abrasai
as almas/ dos vossos fiéis.
Sem a vossa força/ e favor clemente,/ nada
há no homem/ que seja inocente.
Lavai nossas manchas,/ a aridez regai,/
sarai os enfermos/ e a todos salvai.
Abrandai durezas/ para os caminhantes,/
animai os tristes,/ guiai os errantes.
Vossos sete dons/ concedei à alma/ do
que em Vós confia:
Virtude
na vida,/ amparo na morte,/ no Céu alegria.
Estela Márcia
PENTECOSTES - Encontro Histórico de Oração pela Paz (Síntese da Oração de cada Líder religioso)
Realizou-se na tarde
deste domingo, 08 de junho, nos Jardins Vaticanos, o encontro de oração pela
paz entre o Papa Francisco e os presidentes de Israel e Palestina,
respectivamente Shimon Peres e Mahmoud Abbas.
"Com grande alegria vos saúdo e desejo oferecer, a
vós e às ilustres Delegações que vos acompanham, a mesma recepção calorosa que
me reservastes na minha peregrinação há pouco concluída à Terra Santa", disse o Papa Francisco que agradeceu aos presidentes israelense e
palestino por terem aceitado o convite de rezar juntos, no Vaticano, para pedir
a Deus o dom da paz. "Espero que
este encontro seja o início de um caminho novo à procura do que une para
superar aquilo que divide", destacou o pontífice. O Papa agradeceu
também ao Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, por acolher com
ele estes hóspedes ilustres.
"Este nosso encontro de imploração
da paz para a Terra Santa, o Médio Oriente e o mundo inteiro é acompanhado pela
oração de muitíssimas pessoas, pertencentes a diferentes culturas, pátrias,
línguas e religiões: pessoas que rezaram por este encontro e agora estão unidas
conosco na mesma invocação. É um encontro que responde ao ardente desejo de
quantos anelam pela paz e sonham um mundo onde os homens e as mulheres possam
viver como irmãos e não como adversários ou como inimigos."
"Para fazer a paz é preciso coragem, muita mais do
que para fazer a guerra. É preciso coragem para dizer
sim ao encontro e não à briga; sim ao diálogo e não à violência; sim às
negociações e não às hostilidades; sim ao respeito dos pactos e não às
provocações; sim à sinceridade e não à duplicidade. Para tudo isto, é preciso
coragem, grande força de ânimo", disse ainda o Santo
Padre.
Eis um trecho da oração
pela paz feita pelo Papa Francisco: "Senhor
Deus de Paz, escutai a nossa súplica! Tentamos tantas vezes e durante tantos
anos resolver os nossos conflitos com as nossas forças e também com as nossas
armas; tantos momentos de hostilidade e escuridão; tanto sangue derramado;
tantas vidas despedaçadas; tantas esperanças sepultadas. Tornai-nos disponíveis
para ouvir o grito dos nossos cidadãos que nos pedem para transformar as nossas
armas em instrumentos de paz, os nossos medos em confiança e as nossas tensões
em perdão."
O Presidente da
Palestina, Mahmoud Abbas, proferiu as seguintes palavras: "Reconciliação e paz, Ó Senhor, são as nossas metas. Deus, em seu Livro Sagrado
disse aos fiéis: "Fazei a paz entre vós!" Nós estamos aqui, Senhor,
orientados em direção à paz. Tornai firmes os nossos passos e coroa com o
sucesso os nossos esforços e nossas iniciativas. Vós sois o promotor da virtude
e aquele que previne o vício, o mal e a agressão."
O Presidente de Israel,
Shimon Peres, disse: "O nosso Livro
dos Livros nos impõe o caminho da paz, nos pede que trabalhemos por sua
realização. Diz o Livro dos Provérbios: Suas vias são vias de graça, e todas as
suas sendas são paz. Assim devem ser as nossas vias. Vias de graça e de paz.
Nós todos somos iguais diante do Senhor. Nós todos fazemos parte da família
humana. Por isso, sem paz nós não somos completos e devemos ainda realizar a
missão da humanidade. A paz não vem facilmente. Nós devemos trabalhar com todas
as nossas forças para alcançá-la. Para alcançá-la rapidamente. Dois povos – os
israelenses e os palestinos – ainda desejam ardentemente a paz. As lágrimas das
mães sobre seus filhos ainda estão marcadas em nossos corações. Nós devemos pôr
fim aos gritos, à violência, ao conflito. Nós todos necessitamos de paz. Paz
entre iguais".
Orações Históricas pela PAZ - Pentecostes no Vaticano (08.06.2014)
ORAÇÃO DO PAPA FRANCISCO
Segue, na íntegra, o texto proferido pelo
Papa Francisco no encontro de oração pela paz realizado na tarde deste domingo,
8 de junho, nos Jardins Vaticanos, com os presidentes de Israel e Palestina.
Senhores Presidentes,
Com grande alegria vos saúdo e desejo
oferecer, a vós e às ilustres Delegações que vos acompanham, a mesma recepção
calorosa que me reservastes na minha peregrinação há pouco concluída à Terra
Santa. Agradeço-vos do fundo do coração por terdes aceite o meu convite para
vir aqui a fim de, juntos, implorarmos de Deus o dom da paz. Espero que este
encontro seja o início de um caminho novo à procura do que une para superar
aquilo que divide. E agradeço a Vossa Santidade, venerado Irmão Bartolomeu, por
estar aqui comigo a acolher estes hóspedes ilustres. A sua participação é um
grande dom, um apoio precioso, e é testemunho do caminho que estamos a fazer,
como cristãos, rumo à plena unidade.
A vossa presença, Senhores Presidentes, é um grande sinal de fraternidade,
que realizais como filhos de Abraão, e expressão concreta de confiança em Deus,
Senhor da história, que hoje nos contempla como irmãos um do outro e deseja
conduzir-nos pelos seus caminhos. Este nosso encontro de
imploração da paz para a Terra Santa, o Médio Oriente e o mundo inteiro é
acompanhado pela oração de muitíssimas pessoas, pertencentes a diferentes
culturas, pátrias, línguas e religiões: pessoas que rezaram por este encontro e
agora estão unidas connosco na mesma imploração. É um encontro que responde ao
ardente desejo de quantos anelam pela paz e sonham um mundo onde os homens e as
mulheres possam viver como irmãos e não como adversários ou como inimigos.
Senhores Presidentes, o mundo é uma herança que recebemos dos nossos
antepassados, mas é também um empréstimo dos nossos filhos: filhos que estão
cansados e desfalecidos pelos conflitos e desejosos de alcançar a aurora da
paz; filhos que nos pedem para derrubar os muros da inimizade e percorrer a
estrada do diálogo e da paz a fim de que triunfem o amor e a amizade. Muitos, demasiados destes filhos caíram vítimas inocentes da guerra e da
violência, plantas arrancadas em pleno vigor. É nosso dever fazer com que o seu
sacrifício não seja em vão. A
sua memória infunda em nós a coragem da paz, a força de perseverar no diálogo a
todo o custo, a paciência de tecer dia após dia a trama cada vez mais robusta
de uma convivência respeitosa e pacífica, para a glória de Deus e o bem de
todos. Para fazer a paz é preciso
coragem, muita mais do que para fazer a guerra. É preciso coragem para dizer
sim ao encontro e não à briga; sim ao diálogo e não à violência; sim às
negociações e não às hostilidades; sim ao respeito dos pactos e não às
provocações; sim à sinceridade e não à duplicidade. Para tudo isto, é preciso
coragem, grande força de ânimo.
A história ensina-nos que as nossas meras forças não bastam. Já mais de
uma vez estivemos perto da paz, mas o maligno, com diversos meios, conseguiu
impedi-la. Por isso estamos aqui, porque sabemos e acreditamos que necessitamos
da ajuda de Deus. Não renunciamos às nossas
responsabilidades, mas invocamos a Deus como acto de suprema responsabilidade
perante as nossas consciências e diante dos nossos povos. Ouvimos uma chamada e devemos
responder: a chamada a romper a espiral do ódio e da violência, a rompê-la com
uma única palavra: «irmão». Mas, para dizer esta
palavra, devemos todos levantar os olhos ao Céu e reconhecer-nos filhos de um
único Pai.
A Ele, no Espírito de Jesus Cristo, me dirijo, pedindo a intercessão da Virgem Maria, filha da Terra Santa e Mãe nossa: Senhor Deus de Paz, escutai a nossa súplica! Tentamos tantas vezes e durante tantos anos resolver os nossos conflitos com as nossas forças e também com as nossas armas; tantos momentos de hostilidade e escuridão; tanto sangue derramado; tantas vidas despedaçadas; tantas esperanças sepultadas... Mas os nossos esforços foramem vão. Agora , Senhor, ajudai-nos Vós!
Dai-nos Vós a paz, ensinai-nos Vós a paz, guiai-nos Vós para a paz. Abri os
nossos olhos e os nossos corações e dai-nos a coragem de dizer: «nunca mais a
guerra»; «com a guerra, tudo fica destruído»! Infundi em nós a coragem de
realizar gestos concretos para construir a paz. Senhor, Deus de Abraão e dos
Profetas, Deus Amor que nos criastes e chamais a viver como irmãos, dai-nos a
força para sermos cada dia artesãos da paz; dai-nos a capacidade de olhar com
benevolência todos os irmãos que encontramos no nosso caminho. Tornai-nos
disponíveis para ouvir o grito dos nossos cidadãos que nos pedem para
transformar as nossas armas em instrumentos de paz, os nossos medos em
confiança e as nossas tensões em perdão. Mantende acesa em nós a chama
da esperança para efetuar, com paciente perseverança, opções de diálogo e reconciliação,
para que vença finalmente a paz. E que do coração de todo o homem sejam banidas
estas palavras: divisão, ódio, guerra! Senhor,
desarmai a língua e as mãos, renovai os corações e as mentes, para que a
palavra que nos faz encontrar seja sempre «irmão», e o estilo da nossa vida se
torne: shalom, paz, salam! Amém.
A Ele, no Espírito de Jesus Cristo, me dirijo, pedindo a intercessão da Virgem Maria, filha da Terra Santa e Mãe nossa: Senhor Deus de Paz, escutai a nossa súplica! Tentamos tantas vezes e durante tantos anos resolver os nossos conflitos com as nossas forças e também com as nossas armas; tantos momentos de hostilidade e escuridão; tanto sangue derramado; tantas vidas despedaçadas; tantas esperanças sepultadas... Mas os nossos esforços foram
Oração do Presidente de
Israel, Shimon Peres
Eis as palavras do Presidente de Israel,
Shimon Peres, no encontro de oração pela paz, realizado neste domingo, no
Vaticano.
Sua Santidade Papa Francisco
Sua Excelência Presidente Mahmoud Abbas
Vim da Cidade Santa de Jerusalém para
agradecer-lhes por este vosso convite excepcional. A Cidade Santa de Jerusalém
é o coração pulsante do povo judaico. Em hebraico, a nossa língua antiga, a
palavra Jerusalém e a palavra “paz” têm a mesma raiz. E, de fato, paz é a visão
própria de Jerusalém. Como se lê no Livro dos Salmos (122, 6-9): “Pedi a paz para Jerusalém. Que tuas tendas
repousem. Haja paz em teus muros e repouso em teus palácios. Por meus irmãos e
meus amigos. Eu desejo: “A paz esteja contigo”. Pela casa do Senhor nosso Deus,
eu peço: “Felicidade para ti!””.
Durante a Sua histórica visita à Terra Santa, Sua Santidade nos tocou com o calor do Seu coração, a sinceridade de Suas intenções, a Sua modéstia, a Sua gentileza. Sua Santidade tocou os corações das pessoas– independentemente de sua fé e nacionalidade. Sua Santidade se apresentou como um construtor de pontes de fraternidade e de paz. Nós todos precisamos da inspiração que acompanha o seu caráter e o seu caminho. Obrigado. Dois povos – os israelenses e os palestinos – ainda desejam ardentemente a paz. As lágrimas das mães sobre seus filhos ainda estão marcadas em nossos corações. Nós devemos pôr fim aos gritos, à violência, ao conflito. Nós todos necessitamos de paz. Paz entre iguais. O Seu convite a unir-se à Sua Santidade nesta importante cerimônia para invocar a paz, aqui nos Jardins Vaticanos, na presença de autoridades Judaicas, Cristãs, Muçulmanos e Drusas, reflete maravilhosamente a Sua visão da aspiração que todos compartilhamos: Paz. Nesta ocasião comovente, repletos de esperança e fé, elevamos com o Senhor, Santidade, uma invocação pela paz entre as religiões, as nações, as comunidades, entre homens e mulheres. Que a verdadeira paz se torne em breve e rapidamente, nossa herança. O nosso Livro dos Livros nos impõe o caminho da paz, nos pede que trabalhemos por sua realização. Diz o Livro dos Provérbios: “Suas vias são vias de graça, e todas as suas sendas são paz”. Assim devem ser as nossas vias. Vias de graça e de paz.
Não é por acaso que Rabi Akiva colheu a essência da nossa Lei com uma só frase: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”. Nós todos somos iguais diante do Senhor. Nós somos todos parte da família humana. Por isso, sem paz nós não somos completos e devemos ainda realizar a missão da humanidade. A paz não vem facilmente. Nós devemos trabalhar com todas as nossas forças para alcançá-la. Para alcançá-la rapidamente. Mesmo que isso requeira sacrifícios ou comprometimentos. O Livro dos Salmos nos diz: “Se amas a vida e desejas ver longos dias, contenhas a tua língua do mal e teus lábios da mentira. Afasta-te do mal e faz o bem, busca a paz e persegue-a”. Isso significa que devemos perseguir a paz. Todos os anos. Todos os dias. Nós nos saudamos com esta bênção: Shalom, Salam. Nós devemos ser dignos do significado profundo desta bênção. Mesmo quando a paz parecer distante, nós devemos persegui-la para torná-la mais próxima. E se nós perseguimos a paz com perseverança, com fé, nós a alcançaremos. E esta durará graças a nós, a todos nós, de todas as religiões, de todas as nações, como foi escrito: “Esses transformarão suas espadas em arados e suas lançasem foices. Um povo não
levantará mais a espada contra outro povo e não se exercitarão mais na arte da
guerra”. A alma se eleva à leitura desses versos de visão eterna. E
nós podemos – juntos e agora, israelenses e palestinos – transformar a nossa
nobre visão numa realidade de bem-estar e prosperidade. É em nosso poder levar
a paz aos nossos filhos. Este é o nosso dever, a santa missão dos pais. Permitam-me concluir com uma oração: Aquele
que faz a paz nos céus, faça paz sobre nós e sobre todo Israel sobre o mundo
inteiro, e dizemos: Amém.
Durante a Sua histórica visita à Terra Santa, Sua Santidade nos tocou com o calor do Seu coração, a sinceridade de Suas intenções, a Sua modéstia, a Sua gentileza. Sua Santidade tocou os corações das pessoas– independentemente de sua fé e nacionalidade. Sua Santidade se apresentou como um construtor de pontes de fraternidade e de paz. Nós todos precisamos da inspiração que acompanha o seu caráter e o seu caminho. Obrigado. Dois povos – os israelenses e os palestinos – ainda desejam ardentemente a paz. As lágrimas das mães sobre seus filhos ainda estão marcadas em nossos corações. Nós devemos pôr fim aos gritos, à violência, ao conflito. Nós todos necessitamos de paz. Paz entre iguais. O Seu convite a unir-se à Sua Santidade nesta importante cerimônia para invocar a paz, aqui nos Jardins Vaticanos, na presença de autoridades Judaicas, Cristãs, Muçulmanos e Drusas, reflete maravilhosamente a Sua visão da aspiração que todos compartilhamos: Paz. Nesta ocasião comovente, repletos de esperança e fé, elevamos com o Senhor, Santidade, uma invocação pela paz entre as religiões, as nações, as comunidades, entre homens e mulheres. Que a verdadeira paz se torne em breve e rapidamente, nossa herança. O nosso Livro dos Livros nos impõe o caminho da paz, nos pede que trabalhemos por sua realização. Diz o Livro dos Provérbios: “Suas vias são vias de graça, e todas as suas sendas são paz”. Assim devem ser as nossas vias. Vias de graça e de paz.
Não é por acaso que Rabi Akiva colheu a essência da nossa Lei com uma só frase: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”. Nós todos somos iguais diante do Senhor. Nós somos todos parte da família humana. Por isso, sem paz nós não somos completos e devemos ainda realizar a missão da humanidade. A paz não vem facilmente. Nós devemos trabalhar com todas as nossas forças para alcançá-la. Para alcançá-la rapidamente. Mesmo que isso requeira sacrifícios ou comprometimentos. O Livro dos Salmos nos diz: “Se amas a vida e desejas ver longos dias, contenhas a tua língua do mal e teus lábios da mentira. Afasta-te do mal e faz o bem, busca a paz e persegue-a”. Isso significa que devemos perseguir a paz. Todos os anos. Todos os dias. Nós nos saudamos com esta bênção: Shalom, Salam. Nós devemos ser dignos do significado profundo desta bênção. Mesmo quando a paz parecer distante, nós devemos persegui-la para torná-la mais próxima. E se nós perseguimos a paz com perseverança, com fé, nós a alcançaremos. E esta durará graças a nós, a todos nós, de todas as religiões, de todas as nações, como foi escrito: “Esses transformarão suas espadas em arados e suas lanças
Oração do Presidente da
Palestina, Mahmoud Abbas
Em nome de Deus, supremamente Clemente,
supremamente misericordioso,
Sua Santidade Papa Francisco
Sua Excelência Presidente Shimon Peres
Beatitudes, Senhores Xeques e Rabinos
Senhoras e Senhores,
É realmente uma grande honra para nós encontrar-nos novamente com Sua
Santidade o Papa Francisco, para cumprir seu convite gentil de desfrutar de sua
presença espiritual e nobre, e ouvir o seu pensamento e sabedoria cristalina,
que emanam de um coração saudável, de uma consciência vibrante, como também de
um elevado sentido ético e religioso. Agradeço a Sua
Santidade do profundo do meu coração por ter promovido este importante encontro
aqui no Vaticano. Ao mesmo tempo, apreciamos muito a sua visita à Terra Santa
Palestina, sobretudo em nossa cidade santa Jerusalém e em Belém, cidade do amor
e da paz, local do nascimento de Jesus Cristo. A visita é uma expressão sincera
de sua fé na paz e uma tentativa crível para alcançar a paz entre palestinos e
israelenses.
Ó Deus, nós te louvamos sempre por ter
feito de Jerusalém a nossa porta para o céu. Como diz o Alcorão Sagrado, "Glória a Ele que fez com que Seu servo
viajasse de noite do lugar sagrado da adoração ao mais alto lugar de adoração,
cujas redondezas nós abençoamos". Tu tornaste a peregrinação e a
oração neste lugar os melhores atos que os fiéis podem cumprir em sua honra, e
expressaste a tua promessa fiel com as palavras: "Entre no Masjid como fizeram pela primeira vez". O Deus
Onipotente disse a verdade.
Ó, Deus do Céu e da Terra, acolhes a minha
oração para a realização da verdade, da paz e da justiça em minha pátria, a
Palestina, na região, e no mundo inteiro.
Suplico-te, ó Senhor, em nome do meu povo, o povo da
Palestina, muçulmanos e cristãos e samaritanos, que desejam ardentemente uma
paz justa, uma vida digna e a liberdade; Peço-te, Ó Senhor, para tornar o
futuro de nosso povo próspero e promissor, com liberdade num Estado soberano e
independente. Concede, Ó Senhor, à
nossa região e ao seu povo segurança, salvação e estabilidade. Salva cidade a
nossa abençoada Jerusalém; primeira Kiblah, segunda Mesquita Santa, terceira
das duas Mesquitas Santas, e cidade das bênçãos e da paz com tudo o que a
circunda.
Reconciliação e paz, Ó Senhor, são a nossa meta. Deus, em seu Livro Sagrado
disse aos fiéis: "Fazei a paz entre vós!" "Nós estamos aqui,
Senhor, orientados em direção à paz. Torna firmes os nossos passos e coroa com
o sucesso os nossos esforços e nossas iniciativas. Tu que és o promotor da
virtude e aquele que previne o vício, o mal e a agressão. Tu falas e tu és o
mais verdadeiro, e se eles se inclinam pra a paz, inclinas também tu em direção
a ela, e tenhas confiança em
Alá. Ele é aquele que escuta, conhece". Como diz o Profeta Muhammad, “Difundi
a paz entre vós".
Hoje, nós repetimos aquilo que
Jesus Cristo disse dirigindo-se a Jerusalém: "Se tu tivesses conhecido hoje o
caminho da paz!” Recordamos também as palavras de São João Paulo II,
quando disse: "Se a paz se realiza
em Jerusalém, a paz será testemunhada no mundo inteiro". E ao mesmo
tempo, em nossa oração de hoje, proclamamos várias vezes para aqueles que lutam
pela paz: "Bem-aventurados os que
promovem a paz!"e "Pede paz para Jerusalém" como se diz nas
Sagradas Escrituras.
Por isso, pedimos-te, Senhor, a paz na Terra Santa, Palestina, e Jerusalém junto com o seu povo. Nós te pedimos para tornar a Palestina e Jerusalém, em particular, uma terra segura para todos os fiéis, e um lugar de oração e culto para os seguidores das três religiões monoteístas, Hebraísmo, Cristianismo e Islã, e para todos aqueles que desejam visitá-la como estabelecido no Alcorão Sagrado.
Ó Senhor, tu és a paz e a paz vem de ti. Que o Deus da glória e majestade doe a todos nós segurança e salvação, e alivia o sofrimento do meu povo na pátria e na diáspora.
Por isso, pedimos-te, Senhor, a paz na Terra Santa, Palestina, e Jerusalém junto com o seu povo. Nós te pedimos para tornar a Palestina e Jerusalém, em particular, uma terra segura para todos os fiéis, e um lugar de oração e culto para os seguidores das três religiões monoteístas, Hebraísmo, Cristianismo e Islã, e para todos aqueles que desejam visitá-la como estabelecido no Alcorão Sagrado.
Ó Senhor, tu és a paz e a paz vem de ti. Que o Deus da glória e majestade doe a todos nós segurança e salvação, e alivia o sofrimento do meu povo na pátria e na diáspora.
Ó Senhor, concede uma paz compreensiva e justa ao nosso país e à
região para que o nosso povo e os povos do Oriente Médio e o mundo inteiro
possam gozar do fruto da paz, da estabilidade e da coexistência. Desejamos a
paz para nós e nossos vizinhos. Procuramos a prosperidade e pensamentos de paz
para nós como também para os outros. Ó
Senhor, responde às nossas orações e dá sucesso às nossas iniciativas porque tu
és o justo, o misericordioso, Senhor dos mundos. Amém!
Estela Márcia (Adaptações)
REGINA COELI DE PENTECOSTES (08.06.2014)
"Regina
Coeli" é uma oração do meio dia no Tempo Pascal. Neste momento do meio dia
em sua prática dominical, nosso Pontífice, Papa Francisco, rezou pelo encontro de oração pela paz e dizendo que “a Igreja deve ser
capaz de surpreender”. Mesmo encerrando hoje com a Solenidade de Pentecostes o
tempo Pascal, registramos a tradicional oração, para então contemplarmos as
exortações, conselhos e oração pela Paz. Paz que se traduz na liturgia desta
Solenidade, e na Missão insuflada pela presença de Jesus no Evangelho desta em
Jo 20,29-23.
V. Rainha do Céu, alegrai-vos, Aleluia!
R. Porque Aquele que merecestes trazer em Vosso ventre, Aleluia!
V. Ressuscitou como disse, Aleluia!
R. Rogai por nós a Deus, Aleluia!
V. Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria, Aleluia!
R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!
Oremos:
Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, concedei-nos, Vos suplicamos, a graça de alcançarmos pela proteção da Virgem Maria, Sua Mãe, a glória da vida eterna. Pelo mesmo Cristo Nosso Senhor. Amém!
Assim, noticiamos que o Papa Francisco
conduziu a oração do Regina Caeli, neste domingo, 08 de junho, depois de
presidir a celebração eucarística na Solenidade de Pentecostes, na Basílica de
São Pedro. "A festa de Pentecostes
comemora a efusão do Espírito Santo sobre os Apóstolos reunidos no Cenáculo.
Como na Páscoa, é um evento que aconteceu durante a pré-existente festa
judaica, e que traz uma plenitude surpreendente", frisou o pontífice. "O livro dos Atos dos Apóstolos
descreve os sinais e frutos dessa efusão extraordinária: o vento forte e as
chamas de fogo, o medo desaparece e dá lugar à coragem, as línguas se soltam e
todos entendem o anúncio. Aonde chega o Espírito de Deus, tudo renasce e se
transforma. O evento Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua
manifestação pública. Surpreende-nos dois aspectos: É uma Igreja que surpreende
e turba", disse Francisco. "Um
elemento fundamental de Pentecostes é a surpresa. Ninguém esperava mais nada
dos discípulos. Depois da morte de Jesus se tornaram um grupo insignificante,
derrotados, órfãos de seu Mestre. Em vez disso, se verifica um evento
inesperado que desperta admiração: as pessoas ficam turbadas porque cada uma
ouvia os discípulos falar em sua própria língua, contando as grandes obras de
Deus. A Igreja que nasce no dia de Pentecostes é uma comunidade que causa
admiração porque, com a força que vem de Deus, anuncia a nova mensagem, a
Ressurreição de Cristo, com uma nova linguagem, a do amor universal. Os
discípulos são revestidos de poder do alto e falam com coragem e franqueza, com
a liberdade do Espírito Santo." O pontífice frisou que a Igreja é
chamada a ser sempre assim: "capaz
de surpreender anunciando a todos que Jesus Cristo venceu a morte, que os
braços de Deus estão sempre abertos, que sua paciência está sempre nos
esperando para nos curar e perdoar. Foi para esta missão que Jesus ressuscitado
doou o seu Espírito à Igreja". "Atenção: se a Igreja está viva, deve
sempre surpreender. A Igreja viva deve causar admiração. Uma Igreja que não tem
a capacidade de surpreender é uma Igreja fraca, doente, moribunda e precisa ser
internada na unidade de terapia intensiva", acrescentou o Papa. Segundo
Francisco, alguém, em Jerusalém, teria preferido que os discípulos de Jesus,
impedidos pelo medo, permanecessem fechados em casa para não criar desordem. Em
vez disso, o Senhor ressuscitado os levou para o mundo: 'Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês'. "A Igreja de
Pentecostes é uma Igreja que não se resigna a ser inofensiva. Não quer ser um
elemento decorativo", disse o Papa acrescentando: "É uma Igreja que não hesita a sair, encontrar as pessoas, para
anunciar a mensagem que lhe foi confiada, mesmo que essa mensagem perturba e
inquieta as consciências. Ela nasceu una e universal, com uma identidade
precisa, mas aberta, uma Igreja que abraça o mundo, mas não o captura, o deixa
livre, mas o abraça como a colunata desta Praça: dois braços que se abrem para
acolher, mas não se fecham para segurar. Nós cristãos somos livres e a Igreja
nos quer livres." Francisco convidou os fiéis a se dirigirem a Maria,
que naquela manhã de Pentecostes estava no Cenáculo junto com os discípulos. "Nela a força do Espírito Santo
realizou grandes obras. Que a Mãe do Redentor e Mãe da Igreja obtenha com a sua
intercessão uma efusão renovada do Espírito de Deus sobre a Igreja e sobre o
mundo", disse o Papa. Após a oração do Regina Coeli, o Santo Padre
saudou os fiéis, peregrinos, famílias, grupos paroquiais e associações,
presentes na Praça São Pedro. (O Santo Padre recordou o encontro de oração pela
paz que se realizará, esta tarde, nos Jardins Vaticanos, entre o pontífice, os
presidentes de Israel e Palestina, e o Patriarca Ecumênico de Constantinopla,
Bartolomeu I, "para pedir a Deus o dom da paz na Terra Santa, no Oriente
Médio e em todo o mundo"). O Papa agradeceu a todas as pessoas que,
pessoalmente e em comunidade, rezaram e estão rezando para o bom êxito deste
encontro.
Estela Márcia (Adaptações)
“O Espírito Santo nos ajuda a falar com os outros e reconhecê-los como irmãos” – disse o Papa Francisco
“1Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos
reunidos no mesmo lugar. 2De
repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a
casa onde eles se encontravam. 3Então
apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um
deles. 4Todos
ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas,
conforme o Espírito os inspirava. 5Moravam
em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações do mundo. 6Quando ouviram o barulho,
juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os
discípulos falar em sua própria língua. 7Cheios
de espanto e admiração, diziam: “Esses homens que estão falando não são todos
galileus? 8Como
é que nós os escutamos na nossa própria língua? 9Nós, que somos partos, medos e elamitas,
habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10da Frígia e da Panfília, do
Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; 11judeus e prosélitos,
cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em
nossa própria língua!” (At 2,1-11)
O Papa
Francisco presidiu neste domingo, 08 de junho, na Basílica de São Pedro, a
celebração eucarística na Solenidade de Pentecostes. O pontífice iniciou a
homilia citando o versículo 4 do capítulo 2 dos Atos dos Apóstolos: "Todos ficaram repletos do Espírito
Santo". "Falando aos Apóstolos na Última Ceia, Jesus disse que,
depois de sua partida deste mundo, iria enviar-lhes o dom do Pai que é o
Espírito Santo. Essa promessa realizou-se com força no dia de Pentecostes,
quando o Espírito Santo desceu sobre os discípulos reunidos no Cenáculo",
frisou o Papa. Segundo Francisco, essa efusão extraordinária não se limitou
somente àquele momento, mas é um evento que se renova sempre. "Cristo glorificado à direita do Pai
continua realizando a sua promessa,
enviando sobre a Igreja o Espírito que dá vida, que nos ensina, nos recorda e
nos faz falar", disse o Santo Padre que acrescentou: "O Espírito Santo nos ensina: é o
Mestre interior. Ele nos guia para o caminho certo, através das situações
da vida. Ele nos ensina a estrada, o caminho. Nos primeiros tempos da Igreja, o
Cristianismo era chamado de 'o Caminho', e Jesus é o Caminho. O Espírito Santo
nos ensina a segui-lo, a caminhar em suas pegadas. Mais do que um mestre de
doutrina, o Espírito é um mestre de vida. Faz parte da vida o saber e o
conhecer, porém, dentro do horizonte mais amplo e harmonioso da existência
cristã." O Papa frisou que "o
Espírito Santo nos lembra, nos faz recordar tudo o que Jesus disse. É a memória
viva da Igreja. Ele nos faz recordar e entender as palavras do Senhor. Este
recordar no Espírito e graças ao Espírito não se reduz a um fato mnemônico, é
um aspecto essencial da presença de Cristo em nós e na Igreja". "O Espírito da verdade e da caridade
nos faz lembrar tudo o que Cristo disse, nos faz entrar plenamente no sentido
de suas palavras. Isto exige de nós uma resposta: quanto mais a nossa resposta
for generosa, mais as palavras de Jesus se tornam vida em nós, tornam-se
comportamentos, escolhas, gestos e testemunho. O Espírito nos recorda o
mandamento do amor e nos convida a vivê-lo", disse ainda o
Francisco. Segundo o pontífice, "um
cristão sem memória não é um verdadeiro cristão: é um homem ou uma mulher
prisioneiro do momento, que não sabe valorizar sua história, não sabe lê-la e
vivê-la como história de salvação. Com a ajuda do Espírito Santo, podemos
interpretar as inspirações e os acontecimentos da vida à luz das palavras de
Jesus. Assim, cresce em nós a sabedoria da memória, a sabedoria do coração, que
é um dom do Espírito. Que o Espírito Santo reavive em nós a memória cristã!"
O Papa disse ainda que "o Espírito Santo nos faz falar com Deus e
com os homens. Ele nos ajuda a conversar com Deus na oração. A oração é um dom
que recebemos gratuitamente; é diálogo com Ele no Espírito Santo, que reza em
nós e nos faz dirigir a Deus chamando-o de Pai, Papai, Abba. Isso não é apenas
um modo de dizer, mas é a realidade. Somos realmente filhos de Deus". "Todos os que são guiados pelo
Espírito de Deus são filhos de Deus", disse o pontífice citando a
Carta de Paulo aos Romanos. "O Espírito nos faz falar com os homens em
diálogo fraterno. Ele nos ajuda a falar com os outros e reconhecê-los como
irmãos e irmãs, a falar com amizade, ternura, compreendendo as angústias e
esperanças, as tristezas e alegrias dos outros. O Espírito Santo nos faz falar
aos homens na profecia, isto é, tornando-nos canais humildes e dóceis à Palavra
de Deus. A profecia é feita com franqueza para mostrar abertamente as
contradições e injustiças, mas sempre com mansidão e intenção construtiva",
frisou o Santo Padre. "Saciados com
o Espírito de amor, podemos ser sinais e instrumentos de Deus que ama, serve e
doa a vida. O Espírito Santo nos ensina o caminho, nos recorda e nos explica as
palavras de Jesus, nos faz rezar e chamar Deus de Pai, nos faz falar aos homens
no diálogo fraterno e na profecia", disse ainda o pontífice. "No dia de Pentecostes, quando os
discípulos ficaram cheios do Espírito Santo, esse foi o batismo da Igreja que
nasceu e saiu para anunciar a todos a Boa Nova. Jesus foi peremptório com os
Apóstolos: não deveriam se afastar de Jerusalém antes de receberam do alto a
força do Espírito Santo. Sem Ele não existe missão, não existe
evangelização", concluiu Francisco.
Estela Márcia (Adaptações)
domingo, 1 de junho de 2014
Com a Festa da Ascensão nos preparamos para o cumprimento das Promessas do Senhor
A Festa da Ascensão do Senhor deve levar-nos a
refletir sobre os princípios de nossa eternidade, em que Jesus anunciara e
prometera durante sua caminhada no meio de nós. Iniciando pelas promessas
narradas por São Lucas, a Sagrada Liturgia mergulha-nos primeiro no ‘mandamento
da permanência’ em Jerusalém – que se daria no prazo de nove dias, ou seja, no
início da primeira novena da esperança vivida pela Igreja de Cristo. E a seguir,
apresenta-nos as riquezas reservadas para todos que creram e crerão no Senhor,
o Batismo com o Espírito Santo, e a certeza do testemunho ao qual cada um será
capacitado: “Não vos afasteis de
Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes
falar: ‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito
Santo, dentro de poucos dias’ (...) Não vos cabe saber os tempos e os momentos
que o Pai determinou com a sua própria autoridade. Mas recebereis o poder do
Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em
Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra (...) Homens
da Galileia, por que ficais aqui parados, olhando para o céu? Esse Jesus que
vos foi levado para o céu virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.
(Atos 1,4.7.11) Assim, com o salmista, fomos capacitados a proclamar: “Por entre aclamações Deus se elevou,/ o
Senhor subiu ao toque da trombeta (...) Porque Deus é o grande Rei de toda a
terra,/ ao som da harpa acompanhai os seus louvores!/ Deus reina sobre todas as
nações,/ está sentado no seu trono glorioso”. (Salmo 46)
Crendo, como São Paulo, que todo Poder do Céu e da
terra pertence ao Pai, e que Ele o manifestou em seu filho Jesus Cristo: “O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai
a quem pertence a glória, vos dê um espírito de sabedoria que vo-lo revele e
faça verdadeiramente conhecer (...) Ele manifestou sua força em Cristo, quando
o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus (...)” (Ef
1,17.20) Haveremos de tomar posse da ‘autoridade’ que o próprio Senhor nos
declarou, e que hoje quer atualizar para nós, confirmando a nossa fé,
reavivando a nossa esperança e fortalecendo a nossa confiança: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre
a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o
que vos ordenei! Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.
(MT 28,18-20)
Preparando-nos mediante as Promessas do Senhor,
unidos a Virgem Maria, deixemo-nos conduzir para a Celebração de Pentecostes -
durante a semana, ao longo da Novena que se segue em toda a Igreja, a fim de
podermos mergulhar nas Promessas do Senhor Jesus, e receber as Graças que o
Espírito Santo tem reservado para cada um de nós!
Estela Márcia
“Comunicação a serviço da solidariedade e da dignidade” – Papa Francisco
Sobre o Dia Mundial das
Comunicações (48ª edição)
O Papa
Francisco recordou este domingo a celebração do Dia Mundial das Comunicações
Sociais, pedindo que a comunicação esteja a serviço da cultura do encontro. “Que os meios de comunicação social possam
favorecer um sentido de unidade da família humana, a solidariedade e o
compromisso por uma vida digna para todos”, afirmou Francisco, após a
recitação da oração do Regina Caeli. A celebração, em sua 48ª edição,
tem como tema: "Comunicação ao
serviço de uma autêntica cultura do encontro". “Rezemos para que a
comunicação, em todas as suas formas, esteja efetivamente ao serviço do
encontro entre as pessoas, as comunidades, as nações: um encontro fundado no
respeito e na escuta recíproca”, declarou o Santo Padre.
Estela
Márcia (adaptações)
Festa da Ascensão do Senhor – “O anúncio do Evangelho não é facultativo”, disse o Papa Francisco
O Papa
Francisco dedicou sua alocução deste domingo à solenidade da Ascensão do
Senhor. Diante de uma Praça S. Pedro com cerca de 60 mil fiéis, sob um sol de
verão, o Pontífice identificou no verbo “partir” a palavra-chave da festa deste
domingo. No Evangelho de Mateus, Jesus deixa aos seus discípulos o convite a
ir, a partir para anunciar a todos os povos a sua mensagem de salvação. Jesus
parte rumo ao Pai e recomenda aos discípulos de partirem rumo ao mundo. “Não se trata de uma separação, porque Ele
permanece sempre conosco, numa nova forma”, explicou o Pontífice. Com a sua
ascensão, o Senhor captura o nosso olhar para as alturas do Céu, para nos
mostrar que a meta do nosso caminho é Ele. Contudo, Jesus permanece presente e
operante nas vicissitudes da história humana com a potência e os dons do
Espírito. “Mesmo que não o vejamos com os olhos, Ele está presente, inclusive
hoje nesta Praça”, disse o Papa à multidão. ”Quando volta para o Céu, Cristo
leva ao Pai um presente, que são as suas chagas. E no momento em que as vê, o
Senhor sempre nos perdoa. Não porque somos bons, mas porque Ele pagou por nós.
Olhando as suas chagas, o Pai se torna mais misericordioso. Este é grande
trabalho de Jesus hoje no Céu: mostrar ao Pai o preço do perdão. É algo belo
que nos impulsiona a não ter medo de pedir perdão; o Pai perdoa sempre”. Continuou - ”Jesus está presente também mediante a
Igreja. Quando recomenda aos discípulos que saiam, trata-se de um mandato
preciso, não de algo facultativo. A
Igreja nasceu ‘em saída’, inclusive as comunidades de clausura, que estão ‘em
saída’ com a oração”. E concluiu: ”Sem Jesus, sozinhos, não podemos
fazer nada. Nossas obras, recursos e estruturas não são suficientes. São
ineficazes. Por isso, devemos ir ao encontro das pessoas para dizer quem é
Jesus”.
Estela Márcia (Adaptações)
Estela Márcia (Adaptações)
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