terça-feira, 1 de maio de 2012

O Silêncio é necessário


Há momentos que nos pegamos pensando e fazendo reflexões, e, são estas que nos fazem dizer e buscar em nosso interior todas as forças necessárias para explicar e socorrer ao nossos questionamentos. Porém, esta busca deseja ao mais. É neste momento que tudo pode ser mudado e transformado em valores fundamentais para nossos relacionamentos. Torna-se portanto, fundamental este mergulho em nosso ser para que procuremos fundamentos para as angústias e insatisfações.

Percebo neste mergulho um enorme refúgio para a alma. E é neste refúgio que tudo pode ser modificado e transformado.

Que bom! Quantas forças e quantas maravilhas são inundadas sobre mim (nós).

Silenciemos! Mas não calemos apenas os nossos lábios. Calemos o nosso interior. Calemos a ebulição violenta de nossos pensamentos tenebrosos.

A seguir, deixemo-nos ser penetrados pela intensa força do alto. É esta que virá e nos fará isento de todas as influências exteriores, é esta que nos permitirá compreender a imensidão do bálsamo que está guardado em nosso ser.

Guardado como ? Perguntaríamos.

Guardado em uma couraça de egoísmo. Uma couraça formada no dia-a-dia de nossas mazelas e orgulhos. Uma couraça que acaba por nos impedir de amar e sonhar, de viver e compartilhar, de buscar e perdoar.

Façamos neste instante um mergulho em nosso interior!

Comecemos por nos questionarmos os nossos pensamentos: O que tenho pensado sobre mim? O que tenho pensado sobre os meus relacionamentos? Sobre os amigos? E supostamente sobre os "inimigos"? Compreendo-os até que ponto? Julgo-os até onde? Como? Por quê?

É em cima destes questionamentos que com toda certeza estão a grande parte de nossos conflitos interiores.

É nos poucos valores que buscamos em nós que se encontram a  matriz de nossas angústias. Procuremos então, entendermos estes singularismos que ocorrem conosco, e, tudo será explicado e traduzido em revelações internas.

Escrito em 16 de março de 2003, por Estela Márcia da Paz.


Um comentário:

  1. 15-Nega os teus desejos e encontrarás o que deseja o teu coração.
    59-No entardecer examinar-te-ão no amor.
    70-Podes fazer muitas coisas, mas se não aprendes a negar a tua vontade e a dominar-te, não te preocupando contigo e com as tuas coisas, não avançarás na perfeição.
    76-Se queres que no teu espírito nasça a devoção, e que o amor de Deus e o gosto pelas coisas divinas aumente, purifica a alm......a de todos os apetites, apegos e pretensões de modo a não te inquietares com nada de nada. Tal como o doente, que passada a má disposição, se sente logo bem de saúde e com vontade de comer, assim também te convalescerás em Deus, se disto te curares; caso contrário, por muito que faças, de nada te aproveitará.
    95-A alma que caminha no amor, não cansa nem se cansa.
    107-A sabedoria entra pelo amor, pelo silêncio e pela mortificação. Grande sabedoria é saber calar e não fazer caso de ditos, casos e vidas alheias.
    156-Procurai lendo e encontrareis meditando. Chamai orando e abrir-se-vos-á contemplando.

    117-Os sinais do recolhimento interior são três: primeiro, se a alma não gostar das coisas transitórias; segundo, se gostar da solidão e do silêncio e se sentir impelida para o mais perfeito; terceiro, se as coisas que antes a costumavam ajudar, por exemplo reflexões, meditações e actos, agora a estorvam, não encontrando outro apoio na oração senão a fé, a esperança e a caridade.
    130- A maior necessidade que temos para progredir diante deste grande Deus é calar o apetite e a língua, pois a linguagem que Ele mais ouve é só a do amor.

    S.J. Da Cruz-Ditos de Luz e Amor: avisos e sentenças espirituais.

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