quinta-feira, 31 de maio de 2012

Amada Mãe e Senhora da Visitação, como visitastes a sua prima Isabel, venho pedir-lhe que visite este mundo tão equivocado em suas escolhas e buscas.

Vinde até nós permitindo-nos cantar contigo, ó Mãe, o Magnificat em agradecimento a todas as Graças que o Poderoso têm realizado em nossas vidas.

Vinde, eu vos peço, ó Doce Senhora da Visitação, que comece visitanto todos os vocacionados de vosso Filho Jesus Cristo.

Visitai, ó Amada Senhora ...

  • o Santo Padre Bento XVI, sua vida e suas intenções;

  • os Bispos e Cardeais do mundo inteiro, suas vidas e pastoreio;

  • os sacerdotes, os religiosos e consagrados;

  • nas famílias, os esposos, os filhos e seus relacionamentos.

Vinde, ó Santíssima Virgem visitando os nossos lares, as nossas comunidades, as nossas paróquias e as nossas dioceses.   

Ó Mãezinha, que ao visitar-nos possais ensinar-nos a viver a fé, a esperança e o amor ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Que os caminhos da humildade e da obediência que tivestes, seja para nós o modelo para para escola da vida.

Vinde Senhora do Céu e da Terra, orando conosco!

Ensinai-nos, ó Rainha e Mãe a ser mais fiéis a vontade do Pai.

Visitai e cuidai das intenções e necessidades de todos os idosos e dos enfermos da alma e do corpo, das crianças, adolescentes e jovens, a fim de que estes teus filhos encontrem o Caminho, a Verdade e a Vida, que é o seu próprio Filho.

Intercedei por nós e por nossas experiências de Céu, já aqui nesta terra! E que a sua oração seja uma constante na vida de todos os que precisam crer na Boa Nova do Evangelho que trouxestes em teu ventre.

 

NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO, rogai por nós!

                                                                                                            Estela Márcia. (31.Maio.2012)

 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Vinde Espírito Criador, dai-nos Teu Poder!

Veni Creator Spiritus

 (Vinde Espírito Criador)

Existem diversas maneiras de celebrar a PENTECOSTES. Na Igreja, apesar da grande maioria dos fiéis o desconhecer, dois hinos litúrgicos estão ligados ao princípio e ao final de cada ano, concedendo indulgência plenária nas condições ordinárias no canto público, e indulgência parcial na recitação privada. Estes dois hinos são o “Veni Creator Spiritus” e o “Te Deum”. O “Te Deum” é um longo hino de ação de graças, cantado em várias ocasiões litúrgicas, mas que a Igreja também entoa no 31 de Dezembro para agradecer a Deus os doze meses que passaram. Nesta Festa de Pentecostes, coloco no meu blog o “Veni Creator Spiritus”, hino onde Espírito Santo é invocado pelo Povo de Deus para que seja derramado no mundo os seus dons e frutos ao longo dos dias do ano de 2012 que se seguem. abaixo segue o hino e sua tradução.

Vinde Espírito Criador

Veni, Creator Spiritus mentes tuorum visita
Vinde, Espírito Criador visitai as almas vossas
Imple superna gratia quae tu creasti pectora
Enchei da graça do alto os corações que criastes.
Qui diceris Paraclitus donum Dei Altissimi
Sois chamado Consolador o dom de Deus Altíssimo.
Fons vivus, ignis, caritas et spiritalis unctio
Fonte viva, fogo, caridade e unção espiritual.
Tu septiformis munere digitus paternae dexterae
Sois formado de sete dons o dedo da direita de Deus,
Tu rite promissum Patris Sermone ditans guttura
Solene promessa do Pai que inspira as palavras.
Accende lumen sensibus infunde amorem cordibus
Iluminai os sentidos infundi o amor nos corações.
Infirma nostri corporis virtute firmans perpeti
Fortalecei para sempre os nossos corpos enfermos.
Hostem repellas longius pacemque dones protinus
Afastai o inimigo dai-nos a paz sem demora
Ductore sic re praevio vitemus omne noxium
E assim guiados por Vós, evitaremos todo o mal
Per te sciamus da Patrem noscamus atque Filium
Fazei-nos conhecer o Pai, e revelai-nos o Filho.
te utriusque Spiritum credamus omni tempore
Para acreditar sempre em Vós, Espírito que de ambos procedeis.
Veni, Creator Spiritus
Vinde, Espírito Criador!

terça-feira, 15 de maio de 2012

“O caminho é este, por aqui deves andar!” (Isaías 30, 21c)


            Certo dia um homem casado de pouco passava dificuldades financeiras. Desempregado resolveu viajar em busca de trabalho para o sustento de sua casa. Prometeram-se fidelidade e ele foi.

Viajou. Ficou muito tempo longe, pois o lugar era muito distante e sem condições de se comunicar com sua esposa. O tempo passou. Enfim, chegou o dia que ele tomou a decisão de voltar.

Procurou o seu patrão e pediu-lhe a indenização do tempo de serviço dizendo ter que voltar para sua esposa.

O patrão perguntou-lhe o que ele preferia: O dinheiro ou três conselhos, porém que ele não respondesse imediatamente, mas refletisse até o dia seguinte. O homem foi dormir, e no dia seguinte decidiu pelos três conselhos.

Então o patrão lhe disse:

1º Jamais aceite o conselho para buscar um atalho ao invés do caminho completo.

2º Evite a curiosidade.

3º Nunca tome decisão precipitada e impensada.

O patrão deu-lhe apenas um pão e despediram-se. Lá foi o homem sem entender, mas fragilizado pela saudade de sua casa e sua esposa foi-se embora.

Na viagem, teve dúvida do caminho a seguir, resolveu perguntar. E um homem lhe disse que teria dois caminhos, apontou o mais longo e o mais curto, e sugeriu que ele fosse pelo mais curto, pois seria mais rápido. E ele foi..., mas lembrou-se do 1º conselho: “Jamais aceite o conselho para buscar um atalho...”. Parou e voltou pelo outro.

Nesse caminho ele precisou para numa pousada para dormir. De madrugada escutou muitos gritos e quebra-quebra. Levantou-se para ver o que era, mas lembrou-se do 2º conselho: “Evite a curiosidade”, e voltou para cama. Ao amanhecer, perguntando ao dono da pousada o que ocorrera na madrugada, ele desculpou-se, primeiramente, e disse ser o seu próprio filho. Disse-lhe então que é comum ele ter ataques de loucura à noite, e todos aqueles que ele encontra pela frente ele mata. Aliviado, o homem comprou seguiu caminho.

Ao chegar em casa, qual não foi a sua surpresa! Encontrou um homem em sua cama com sua esposa. Imediatamente pensou em matá-lo. Lembrou-se do 3º conselho: “Nunca tome decisão precipitada e impensada”. Com muita raiva encontrou-se com sua esposa, que lhe disse:

Ô meu amor que saudades!

Ele irado, disse-lhe:

Meu amor coisa nenhuma! Você está me traindo. Não conseguiu me esperar.

Ela sorriu e disse-lhe:

Meu amor você está enganado. Quando viajou, você me deixou grávida, e este que está comigo deitado é o nosso filho.

Arrependido de ter duvidado, pediu desculpas e foram comer o pão que havia trazido.

Ao partirem o pão, ali estava todo o dinheiro de seu trabalho.

Moral da estória (eu):

A Palavra de Deus não tem apenas três conselhos, mas todos os ensinamentos capazes de nos fazerem confiar, esperar e crer que tudo se fará para aqueles que O ouvirem e obedecerem. Graça e providência, proteção e livramento estarão embalados nesta Carta de Amor recheada Misericórdia e Fidelidade do Senhor.

E muito mais poderemos concluir com esta simples estória.

E você? Qual a moral da estória?


Estela Márcia



(Adaptado:“SORRINDO PRA VIDA”,

Canção Nova, 15 de maio de 2012 – Pregador Alexandre).

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Salve 13 de Maio, dia de N. S. de Fátima!


Os pedidos de N. Senhora em suas aparições em Fátima, Portugal
Início do século XX:
"O que é que Vossemecê me quer? Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero."
1.ª Aparição - Diálogo de Lúcia com a Virgem a 13 de Maio de 1917
"Quero que rezeis o Terço todos os dias."
 2.ª Aparição a 13 de Junho de 1917
"Vistes o Inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores; para as salvar, Deus quer estabelecer no Mundo a devoção do meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz."
3.ª Aparição a 13 de Julho de 1917
"Farei o Milagre para que todos acreditem."
4.ª Aparição a 19 de Agosto de 1917
"Continuem a rezar o Terço para alcançarem o fim da guerra [Primeira Grande Guerra – 1914/18]."
5.ª Aparição a 13 de Setembro de 1917
"Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário; que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados. Não ofendam a Nosso Senhor que já está muito ofendido."
6.ª Aparição a 13 de Outubro de 1917

domingo, 6 de maio de 2012

..."sem mim nada podeis fazer". (Jo 15,5c)

  
      A videira tem sua função própria a de produzir frutos, mas quando cuidada assume um resultado maior do que se espera. Num determinado laboratório, foram feitas experiências nos tratos culturais aplicados ao vinhedo, os especialistas perceberam que o interferem no crescimento vegetativo e reprodutivo de ramos novos da videira. Diante da poda em três épocas diferentes (precoce, intermediária e tardia), foi possível observar um desenvolvimento diferente para as chamadas "gemas da videira". Para as podas precoce e intermediária com menor quantidade de adubo, a produção de cachos de uva foram limitadas, ao passo que a poda tardia com adubação maior  estimulou a produção ainda maior de cachos em ramos.
      A prática das boas obras, só são possíveis se estivermos unidos ao Senhor e assistidos pela sua Graça. Declara o Senhor Jesus "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor... não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim." (v.v. 1.4).  É impossível fazermos o bem se não estivermos presos a Ele. É por isso que todas as vezes que buscamos a felicidade humana, sozinhos, sem Deus, estamos fadados ao fracasso. As aspirações e desejos puramente humanos fazem parte de uma natureza limitada. Em seus limites o homem longe de Deus, muitas vezes, não compreende porque a sua vida não vai bem, os seus relacionamentos estão dando errado, as suas atividades pastorais estão complicadas, os frutos minguados. Mas Jesus vem trazer a Boa Nova da Videira. Ele vem nos alertar de que somos ramos seus, ramos da "videira verdadeira". Ao declarar a pertença à Videira, é perfeitamente compreensível a nós que, na condição de ramos, precisamos estar unidos a Ele, mas que também precisamos ser podados para podermos produzir frutos agradáveis ao "Agricultor". Assim sendo, precisamos ser podados em nossa vaidade, infidelidade e transgressão para com a sua Palavra, sua Missão e seu Chamado.
       O exemplo do laboratório, acima, enriquece bastante a nossa reflexão. Precisamos estar certos de que muito mais que experiências, o Senhor Deus como agricultor, faz conosco algumas provas, e essa provas nem sempre são agradáveis, pois Ele começa aparando pequenas arestas, pontas visivelmente ressecadas que pesam a videira e a leva ao fracasso dos seus frutos. Falo aqui dos nossos pecados. Como o ramo seco, enfraquece o ramo e perde a sua ligação com a videira, assim também acontece com o pecado, este resseca a alma e a enfraquece. A alma fraca enfraquece o homem todo, por inteiro, em todas as suas dimensões, sejam elas espirituais, físicas ou morais. A alma enfraquecida não consegue permanecer ligada a videira. Da mesma forma que os especialistas injetam nitrogênio para fortalecer o ramo, também a alma precisa ser regenerada pela seiva. Como o nitrogênio torna-se a força da produção da seiva, assim também o Espírito de Jesus é a Graça, é a seiva de que a alma necessita para se vencer e ganhar força para permanecer ligada ao Senhor. Não permitamos que a nossa alma enfraqueça. Clamemos todos os dias a Graça do Espírito Santo para podermos permanecer ligados a Jesus, a "videira verdadeira", e sermos cuidados pelo Pai, o nosso "Agricultor". Reconheçamo-nos frágeis e limitados, pecadores e necessitados da Graça do Senhor, assim, seremos capacitados para as boas obras com novos frutos a cada dia, conscientes na palavra do Senhor,  "... sem mim nada podeis fazer."
Estela Márcia

sábado, 5 de maio de 2012

A "paz" interior


"Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus." (Filipenses 4,6-7)
          A inquietação humana vem sempre acompanhada das ansiedades e preocupações num misto de incertezas reais ou imaginárias que nos tornam inseguros e incapazes das mais simples decisões.
         Muitas vezes damos às preocupações um valor maior do que o necessário, pois como a própria palavra denota, damos às coisas um sentido antecipado aquilo que ainda não aconteceu e que não sabemos nem mesmo se acontecerá. Nos "pré" ocupamos, nos ocupamos antes do momento necessário com situações, decisões e/ou trabalhos e atividades, e acabamos turvando o momento presente.
         Ao passo que, no momento presente estão pessoas e acontecimentos que precisam ser cuidados por nós e que acabamos não enchergando, porque em tempo irreal está aquilo que "virá". O presente mal vivido e o futuro antecipado cria uma carga, um peso e um sofrimento doentio e insuportável que acaba nos cegando e roubando a paz interior.
         A paz interior produz na alma a calma de se perceber a si mesma e de se fazer percebida, de reconhecer as necessidades reais de cada coisa, e de se reconhecer em sua mais pura essência. S. Paulo está nos dizendo que é na alma orante que está a solução para tudo e "todas as circunstâncias". Portanto, "Não vos inquieteis com nada!" Nada deve nos roubar a paz que Deus nos dá quando nos entregamos a Ele mediante "a oração, as súplica e ação de graças". Afinal, "...excede toda a inteligência" a paz que Deus tem para nos dar.
         Quanto às preocupações - sem eximir as responsabilidades e comprometimentos,  abandonemos nas mãos de Deus. Confiemos a Ele nossos planos e alcançaremos a paz!
            Estela Márcia

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Alegrai-vos! Jesus Cristo “Ressuscitou”!

Alegrai-vos sempre no Senhor!!  Alegrai-vos!!   (Ef 4,4)

            Cristo Ressuscitou!! E com Ele tudo se fez novo!

            Todos os que vivem a experiência do Crucificado, com toda certeza, viverão sempre a experiência do Ressuscitado, nesta e na outra vida.

            Diz São Francisco de Assis: “Os que não sabem do Crucificado, não sabem nada do Ressuscitado. Os que não falam do Crucificado também não podem falar do Ressuscitado. Os que não passam pela Sexta-feira Santa nunca vão chegar ao Domingo da Ressurreição”

            É esplêndida a misericórdia de Deus para com o ser humano. Aprouve ao Pai, dar aos seus filhos um meio de reconciliação, sabemos que para isso não poupou o Seu próprio Filho.

            E o filho em Sua plena obediência ao Pai, deu-nos a Vida Nova.

            “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”  (Jo 10,10)

            Porém, é necessário querer e tomar posse desta “novidade”.

            Chega de viver por viver!

            É hora de um compromisso maior com a fé.

            Vivemos o tempo da Graça. O “Kairós”, que deve significar uma mudança radical. Mudança que prove a experiência que o Ressuscitado nos concedeu.

            Jesus nos chama atenção para o único “Caminho, Verdade e Vida”.  Não há outro.

            Jesus é o Caminho! Jesus é a Verdade!  Jesus é a Vida!

            Todo aquele que buscar conhecer esta “Verdade” se torna livre.

            Livre das amarras deste mundo.

            Livre das opressões, dos medos, das mesquinharias deste mundo consumista e sedutor.

            Livre das armadilhas do mal.

            Livre de tudo o que a carne grita, fazendo do homem o escravo de si próprio e de suas paixões.

            Diz o Senhor Jesus:  “Se, portanto, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres” (Jo 8,36)

            A liberdade meu irmão(ã) não pode ser ma filosofia de vida.

            A liberdade precisa ser real na vida de um cristão.

            O cristão ressuscitado com Cristo Jesus é alguém novo. Novo em seus pensamentos, sentimentos, desejos e principalmente em seu viver, no seu testemunho.

            O cristão ressuscitado está livre para amar, para perdoar e ser para os outros um canal de salvação e de graça.

            Busque em sua vida conhecer tudo aquilo que Cristo já lhe concedeu, e, está concedendo neste momento.

            É um momento novo. Eu creio e garanto. Só pelo fato de você olhar para dentro de si. Mas sobretudo, de contemplar as maravilhas de salvação que há na sua vida em seu interior.

            O Cristo Pascal. É o Cristo total.

            E Ele que agora neste instante fala por meio de uma reflexão. Se você permitir, é claro.

            Do contrário, muitas 6ª. feiras Santas, muitos Domingos de Páscoa passarão, e, você continuará em seu mundo problemático, escravo de si mesmo, escravo de situações enganosas e armadilhas sedutoras e passageiras.

            Caso você esteja se permitindo esta reflexão, esta meditação, é a grande chance de reavaliar as maravilhas operadas em sua vida, e mais... sair a testemunhar a todos que encontrar... Jesus Cristo!!  Ele está vivo!!

            Fale, proclame, e muitos crerão pelo seu testemunho, pelo nosso testemunho.

            Saiamos do sepulcro. É Páscoa! É Ressurreição!

            Temos um Deus de “Vida” e de “Verdade”.

            “Ele não é Deus de mortos, senão de vivos”   (Mc 12,27).

            Viva já, a vida que Deus está lhe concedendo por meio de Seu Filho Jesus Cristo.

            A alegria do Ressuscitado está no meio de nós!

            Amém!!

Estela Márcia

"O 'Silêncio' iluminando a Vocação"

“... e a sua mãe guardava todos esses acontecimentos em seu coração”(Lc 2,51b)

           Ao lermos este versículo você poderá pensar em Maria, a mãe de Jesus, ou simplesmente perceber que se trata de algo íntimo. Sim, tanto uma quanto a outra ideia serão grandes motivos para a nossa reflexão. a partir do treco, "guardava... em seu coração", percebemos que entre as infinitas virtudes de Maria Santíssima, a que muito nos chama aatenção é a do SILÊNCIO. Por outro lado, preso também a grande vocação que só ela teve - de ser Mãe de Deus. É esta virtude a que mais imprescindível a nós, a virtude que auxilia a vocação pessoal de cada um, sendo ela religiosa ou profissional. Olhemos ao redor, e veremos como existem barulhos para todos os lados. Pessoas falando intensamente, músicas em alto-falantes de todos os gêneros, carros buzinando e atormentando o trânsito. Uma verdadeira “revolução do barulho”. E então? Como ficamos? Certamente atordoados. Não é verdade? Costumo associar a tudo isso, o que diz o autor de “O Pequeno Príncipe” – Saint Exupéry, e que muitas vezes acabamos não nos dando conta, “O essencial é invisível aos olhos”. Por quê? - Porque é na essência do ser que estão guardados os sentimentos mais nobres e preciosos do ser humano. Porém, só o silêncio nos permitirá perceber este “essencial”. O momento presente tem dado ao homem muitas respostas imediatas e práticas para quase tudo no dia-a-dia, seja para as atividades domésticas, seja para os estudos, para os transportes, para a comunicação e para a saúde. São máquinas e instrumentos de última geração. Mas, lamentavelmente invisíveis e robotizadas, sem calor físico e humano. Diante dessa idéia, entremos agora mais fundos, vasculhemos o interior de nosso ser, onde Deus habita, e veremos que jamais seremos os mesmos. Busquemos as respostas essenciais para o nosso “eu” conturbado e exteriorizado de problemas mil, de relacionamentos infelizes, de culpas impregnadas de dor, de casos mal-resolvidos de todas as ordens, tanto materiais, psicológicas, profissionais, familiares, comunitárias quanto afetivas.

        Analisemos de forma pessoal:

-Como estão sendo os meus dias?

-Contido de interiorização ou só de exteriorização?

-Tenho silenciado? ... ou...tenho corrido incessantemente com tantos afazeres?

-Tenho procurado me conhecer mais e melhor? ... ou... continuo por viver sem dar sentido a minha vida?

-Tenho refletido antes de agir e falar? ... ou... fazendo para depois se arrepender?

-Tenho feito minha autocrítica? ... ou... permaneço vendo somente os defeitos alheios?

-Tenho calado para Deus falar? ... ou... oro num eterno monólogo?

Amado(a), diante destes poucos questionamentos pudemos perceber o quanto vamos nos tornando superficiais, estéreis, e até mesmo, frios e insensíveis. Ficamos como máquinas, robôs que executamsomente o que a mídia nos cobra, e acabamos por perder o “essencial”, e a razão do existir. Portanto, volto a insistir e a clamar sobre a importância do “silêncio diário”, o qual fará de nós pessoas especiais. Pessoas mais firmes em nossos propósitos, em nossos ideais, e, principalmente na nossa vocação (familiar, profissional, cristã...). Onde mesmo na aridez encontraremos recursos para regar o solo do nosso coração.

O silêncio ilumina a vocação. Pois é Deus que nos fala e irradia Sua “Luz” no silêncio. E é Ele que permite que nos conheçamos mais e melhor. Peçamos ao Deus da Luz e da Graça, que junto de Maria, Mãe do Silêncio, ajude-nos a silenciar diariamente para compreendermos a nós mesmos, e, permita-nos perceber a ação divina sobre nós. Amém!

Para refletir: “Toda a vocação requer uma decisão. E toda decisão precisa de reflexão. E uma e outra só serão frutuosas através do silêncio do coração”

Estela Márcia - Julho/2001

 

 

 

terça-feira, 1 de maio de 2012

O Silêncio é necessário


Há momentos que nos pegamos pensando e fazendo reflexões, e, são estas que nos fazem dizer e buscar em nosso interior todas as forças necessárias para explicar e socorrer ao nossos questionamentos. Porém, esta busca deseja ao mais. É neste momento que tudo pode ser mudado e transformado em valores fundamentais para nossos relacionamentos. Torna-se portanto, fundamental este mergulho em nosso ser para que procuremos fundamentos para as angústias e insatisfações.

Percebo neste mergulho um enorme refúgio para a alma. E é neste refúgio que tudo pode ser modificado e transformado.

Que bom! Quantas forças e quantas maravilhas são inundadas sobre mim (nós).

Silenciemos! Mas não calemos apenas os nossos lábios. Calemos o nosso interior. Calemos a ebulição violenta de nossos pensamentos tenebrosos.

A seguir, deixemo-nos ser penetrados pela intensa força do alto. É esta que virá e nos fará isento de todas as influências exteriores, é esta que nos permitirá compreender a imensidão do bálsamo que está guardado em nosso ser.

Guardado como ? Perguntaríamos.

Guardado em uma couraça de egoísmo. Uma couraça formada no dia-a-dia de nossas mazelas e orgulhos. Uma couraça que acaba por nos impedir de amar e sonhar, de viver e compartilhar, de buscar e perdoar.

Façamos neste instante um mergulho em nosso interior!

Comecemos por nos questionarmos os nossos pensamentos: O que tenho pensado sobre mim? O que tenho pensado sobre os meus relacionamentos? Sobre os amigos? E supostamente sobre os "inimigos"? Compreendo-os até que ponto? Julgo-os até onde? Como? Por quê?

É em cima destes questionamentos que com toda certeza estão a grande parte de nossos conflitos interiores.

É nos poucos valores que buscamos em nós que se encontram a  matriz de nossas angústias. Procuremos então, entendermos estes singularismos que ocorrem conosco, e, tudo será explicado e traduzido em revelações internas.

Escrito em 16 de março de 2003, por Estela Márcia da Paz.