Um pouco da vida da Santa Elisabeth da Trindade, Carmelita canonizada neste dia16 de outubro de 2016,
na Missa em Ação de Graças, a mística Elisabeth da Trindade.
É com alegria e gratidão a Deus, que nos unimos, nesta celebração eucarística, para render graças pela "Canonização da Santa Elisabete da Trindade, Ocd"- religiosa carmelita, que neste dia, tem a honra de entrar no álbum dos santos de nossa Igreja.
Jovem francesa, da cidade de Dijon, contemporânea de Teresinha de Lisieux, Elisabeth ou Isabel Catez Rolland, assim denominada, nasceu perto de Bourges, na França, num acampamento militar do campo de Avor, na manhã de domingo, dia 18 de julho de 1880, tendo sido batizada no dia 22 de julho, na capela do mesmo acampamento. Seus pais, Francisco José - militar, e Maria. Desde menina distinguiu-se por seu temperamento apaixonado, um tanto agressivo, mas por outro lado marcado por uma agradável sensibilidade. Sua mãe conta: "Quando tinha um ano, já se manifestava a sua natureza ardente e colérica…". No entanto, a sua mãe, atenta, soube modelar a fúria de Isabel e fazer sobressair nela a ternura e docilidade.
Com uma infância marcada por perdas e ganhos, Elisabeth aos sete anos, fica órfã de pai, mas com total assistência de sua mãe, prossegue numa formação humana, familiar e cristã consistente. Estudou e desenvolveu o talento para piano, alcançou premiações no Conservatório, ainda adolescente. Porém, o sentido da sua vida espiritual, tem início aos dez anos, quando a pequena recebe sua primeira Eucaristia. Ali, se inicia o encontro com Aquele no qual virá a "perder-se". Foi o "grande dia" de sua vida. Descobre-se como "Casa Deus", significado atribuído ao seu nome, por meio da Madre do Carmelo. Aos catorze anos sentiu-se irresistivelmente atraída por Jesus. Aos 18 anos já está com seu coração desejoso para entrar no Carmelo, mas apenas aos 21 anos, alcançando a maioridade sua mãe lha consente.
A grande mística francesa, carmelita descalça, faleceu aos 26 anos no Carmelo de Dijon com a doença de Addison, uma rara enfermidade endocrinológica. Ofereceu todo o seu sofrimento para a salvação das almas, em união com Jesus Crucificado. Viveu a noite escura dos místicos, experimentando o abandono total da parte de Deus. Venceu sérias tentações. "Nunca perca a coragem. É mais difícil se libertar do desendorajamento que do pecado. Não se inquiete se não constatar progressos no estado da própria alma. Muitas vezes, Deus permite isso para evitar um sentimento de orgulho. Ele sabe ver os nossos progressos e contar todo nosso esforço", escreveu Elisabete.
Foi beatificada pelo papa João Paulo II, no dia 25 de novembro de 1984, Festa de Cristo Rei. Sua festa é celebrada no dia 8 de novembro. Após os dois reconhecidos milagres, sendo o primeiro milagre, que lhe deu a beatificação, foi reconhecido em 17 de fevereiro de 1984, com a cura de Dom Jean Chanut - um monge da abadia cisterciense, mestre de noviços, de 31 anos de idade, na década 40, que sofria de tuberculose dos rins. E um segundo milagre, que lhe preparou para a canonização, foi a cura de uma mulher belga jovem, Marie-Paul Stevens, professora de religião na Malmedy, de 39 anos, em 1997, que sofria de síndrome de Sjögren. Reconhecida oficialmente a cura, através do Decreto de 03 de março de 2016.
A alma da Irmã Elisabeth se transformou dia a dia no Mistério Trinitário. Enamorada por Jesus Cristo, que é "Seu livro preferido", eleva-se à Trindade, até que "Isabel desaparece, perde-se e deixa-se invadir pelos Três". "A Trindade - diz ela, aqui está nossa morada, nosso lugar, a casa paterna de onde jamais devemos sair... Encontrei meu céu na terra, posto que é Deus e Deus está em minha alma. No dia em que compreendi isto, tudo se iluminou para mim." "Crer que um ser que se chama Amor habita em nós a todo instante do dia e da noite, e nos pede que vivamos em sociedade com Ele, eis aqui, garanto-vos, o que tem feito de minha vida um céu antecipado". Amou intensamente sua vocação carmelita e também amou e imitou a "Janua Coeli", como chamava Nossa Senhora - "Porta do Céu". Andou passos largos no caminho da perfeição. Faleceu no dia 9 de novembro de 1906, vítima de úlcera estomacal, murmurando, quase cantando: "Vou à Luz, ao Amor, à vida".
Estela Márcia, OCDS. Grupo São José, de Petrópolis-RJ./Alma Carmelita.
Salve 16 de outubro de 2016!
Santa Elisabeth da Trindade, rogai por nós
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