domingo, 17 de agosto de 2014

Importantes momentos da VI Jornada da Juventude da Ásia com Papa Francisco

Tema da VI Jornada ...“A glória dos mártires resplandece sobre vós”

 Papa Francisco na Missa de Beatificação dos 124 mártires: (Sábado, 16.08.2014)
Hoje celebramos esta vitória, na pessoa de Paulo Yun Ji-chung e de seus 123 companheiros. Todos viveram e morreram por Cristo e, agora, reinam com Ele na alegria e na glória. Eles confirmam que Deus, com a morte e ressurreição de seu Filho, nos deu a maior de todas as vitórias. A vitória destes mártires e seu testemunho, dado por amor a Deus, continua, ainda hoje, a produzir seus frutos na Coréia e na Igreja, animada por este sacrifício. A celebração do Beato Paulo e de seus companheiros nos oferece a oportunidade de voltar aos primeiros passos da Igreja na Coreia. Por isso, convido todos os católicos coreanos, a lembrar das grandes maravilhas que Deus realizou nesta terra e a manter, como um tesouro, a fé e a caridade, que lhes foram confiadas pelos seus antepassados”.

Papa Francisco na Missa de encerramento da IV Jornada asiática: (Domingo, 17.08.2014)
Jovens da Ásia, vocês são herdeiros de um grande testemunho, de uma preciosa confissão de fé em Cristo. Ele é a luz do mundo, a luz da nossa vida! Os mártires da Coreia, e tantos outros da Ásia, sacrificaram suas vidas ao Senhor, dando-nos testemunho de que a luz da verdade de Cristo afugenta todas as trevas e o amor de Cristo triunfa glorioso. Cientes da sua vitória sobre a morte, vocês podem enfrentar o desafio de ser seus discípulos, hoje, nas situações de vida em que vivemos e no nosso tempo”.
(...)
Jovens asiáticos, deixem que Cristo transforme seu otimismo natural em esperança cristã; a sua energia em virtude moral; a sua boa vontade em amor genuíno! Eis o caminho que vocês são chamados a trilhar. Assim, a sua juventude será um dom para Jesus e para o mundo. Vocês não são apenas o futuro da Igreja, mas parte necessária e amada do presente da Igreja! Vocês são o presente da Igreja! Logo, permaneçam unidos e se aproximem mais de Deus; empreguem seus esforços para a edificação de uma Igreja mais santa, missionária e humilde, buscando servir os pobres, os excluídos, os enfermos e os marginalizados”.
(...)
Queridos jovens da Ásia, faço votos de que, unidos a Cristo e à Igreja, vocês possam trilhar este caminho, que, certamente, lhes causará tanta alegria... Dirijam seus olhares a Maria, nossa Mãe, que deu Jesus ao mundo. Digam-lhe que vocês também querem receber Jesus e levá-lo aos outros, servi-lo fielmente e a honrá-lo, em todo tempo e lugar, aqui na Coréia e na Ásia inteira”.
Próxima Jornada Asiática: Indonésia (2017)
Sobre o Papa - Cardeal de Manila, Luis Antonio Gokim Tagle:
 "Aqui na Coréia me sinto como um jovem, um jovem... No encontro de sexta-feira me sentia como um garoto que queria ver, pela primeira vez, o meu "avô na fé": a alegria dos jovens é como um vírus que me contagiou! E os outros cardeais e bispos, que estavam perto de mim, parece-me que sentissem a mesma coisa. Senti não somente o amor, mas também a sede dos jovens de autenticidade e de comunhão. Os jovens asiáticos querem sentir, tocar... nesse contato humano, a comunhão se torna verdadeira."
Próxima visita na Ásia: Filipinas , Janeiro de 2015.
Sobre o Papa - o Jovem Young Sik-Kim: "Todos seus gestos e não somente as palavras, mas também seu olhar, seus "toques"... Por tudo isso, fomos conquistados pelo Papa." (...) "Queria uma palavra de esperança, mas também consolação. O povo coreano viveu a tristeza e o sofrimento da tragédia do ferry-boat afundado... O governo não podia consolar com sinceridade. O povo inteiro esperava justamente a consolação verdadeira do Papa. Ademais, hoje, em nossa sociedade, vivemos numa realidade em que falamos, mas não nos comunicamos um com o outro, e em que não ouvimos as outras pessoas. Vivemos também um período de crise de valores verdadeiros. Por isso, não somente os católicos, mas também as pessoas pertencentes a outras religiões ou sem religião, esperam uma mensagem forte e convincente do Papa." (...) "Certamente, como o Papa Francisco ressaltou sempre, desde o início de seu Pontificado, uma Igreja pobre, uma Igreja que sabe abandonar as coisas que fecham o caminho rumo ao Senhor. Mas também uma Igreja – e o Papa sempre ressaltou isso – que sai de si mesma, que vai para o mundo. Muitos fiéis ainda acreditam que a Igreja deve ser separada do mundo, da política, da sociedade, mas o Papa reiterou novamente que a Igreja não deve ser separada da realidade: devemos seguir adiante, com o nosso empenho. Além disso, essa visita do Papa nos faz também recordar novamente qual é a essência da fé, em particular para a nossa Igreja que tem origem nos mártires, e como viver hoje a realidade como fiéis, caminhando contracorrente e levando a mensagem da alegria da fé.
Papa Francisco aos Bispos da Ásia: Penúltimo dia da Viagem Apostólica do Papa Francisco à Coréia. Na manhã deste domingo, o Pontífice deixou a Nunciatura Apostólica, em Seul, dirigindo-se, de helicóptero, para Haemi, a 102 km da capital coreana, onde se encontra o Santuário do “Mártir desconhecido”. O Santuário de Haemi é dedicado "ao mártir desconhecido" porque a identidade da maior parte dos 132 mártires coreanos mortos naquele lugar na metade do Séc. XIX é desconhecida.
"Disseram-me que há mártires sem nome, porque não sabemos o nome deles: são santos sem nome. Isso me faz pensar nos muitos, muitos cristãos santos, em nossas Igrejas: crianças, jovens, homens, mulheres, anciãos... Muitos! Não sabemos o nome, mas são muitos. Faz bem a nós pensar nessas pessoas simples que levam avante a sua vida cristã, e somente o Senhor conhece a santidade delas."
(...) sobre a missão da Igreja em todo o continente asiático. “Neste vasto Continente, onde convive uma grande variedade de culturas, a Igreja é chamada a ser versátil e criativa no seu testemunho do Evangelho, através do diálogo e da abertura a todos. Este é o desafio de vocês! Na verdade, o diálogo faz parte essencial da missão da Igreja na Ásia. Devemos empreender o caminho do diálogo, com indivíduos e culturas, partindo da nossa identidade própria de cristãos, com abertura de mente e de coração."
(...) chamou a atenção dos pastores asiáticos para não cair na tentação do espírito do mundo, que se manifesta de três maneiras: o “relativismo”, que obscurece o esplendor da verdade, se infiltra nas comunidades cristãs e enfraquece a nossa identidade; a “superficialidade”, que, numa cultura, exalta o efêmero e oferece numerosos lugares de evasão e fuga, representando um grave problema pastoral; e a “aparente segurança” humana de esconder-se atrás de respostas fáceis, frases prontas, leis e regulamentos.
E Pontífice concluiu, fazendo um auspício: “Com este espírito de abertura aos outros, espero firmemente que os países do seu Continente, com os quais a Santa Sé ainda não mantém plenas relações, não hesitem em promover um diálogo em benefício de todos. Não me refiro somente ao diálogo político, mas ao diálogo fraterno”.
Estela Márcia (Adaptações)



 

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