Após
a solene concelebração da Santa Missa com os novos Cardeais e com os membros do
Colégio Cardinalício, na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco se dirigiu ao
último andar do Palácio Apostólico, de onde assomou à janela, que dá para a
Praça São Pedro, para rezar a oração do Angelus, com os numerosos
peregrinos e fiéis. Em sua alocução mariana, o Santo Padre retomou a passagem
da liturgia de hoje, onde o apóstolo
Paulo se defronta com as divisões da comunidade de Corinto e explica que
este modo de pensar e agir é errado, porque toda a comunidade de fiéis não
pertence aos Apóstolos, mas são eles que pertencem a ela e, por sua vez, toda a
comunidade pertence a Deus. De tais comunidades, explicou o Papa, derivam as
comunidades cristãs de hoje: dioceses, paróquias, associações, movimentos
eclesiais. Todas elas, pelo Batismo, têm a mesma dignidade de filhos de Deus.
Todos aqueles que receberam um ministério para ser guia, fazer pregação,
administrar os Sacramentos não devem achar que são donos de poderes especiais,
mas devem se colocar a serviço da comunidade, ajudando-a a percorrer, com
alegria, o caminho da santidade. A Igreja, disse ainda o Papa, confia o
testemunho deste estilo de vida pastoral aos novos Cardeais. O Consistório e a
celebração Eucarística nos oferecem uma ocasião preciosa para experimentar a
catolicidade, a universalidade da Igreja, bem representada pelas várias
proveniências dos membros do Colégio Cardinalício, reunidos em íntima comunhão
com o Sucessor de Pedro. Que o Senhor
nos dê a graça de trabalhar e de construir a unidade da Igreja. E o Santo Padre
concluiu: “Os momentos litúrgicos e festivos, que tivemos a oportunidade de
viver nestes dias, reforcem em todos nós a fé, o amor a Cristo e à sua Igreja.
Por isso, convido-lhes a sustentarem e assistirem estes Pastores com a oração,
a fim de que eles possam guiar, sempre, com zelo, o povo a eles confiado, para
que sejam bons servidores e não bons patrões”. Todos juntos, disse por fim
o Papa aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, devemos dar testemunho de uma
Igreja fiel a Cristo, animada pelo desejo de servir aos irmãos e pronta a ir ao
encontro, com coragem profética, às expectativas e exigências espirituais dos
homens e mulheres do nosso tempo. Que Nossa Senhora nos acompanhe neste
caminho!
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