Celebrando a Solenidade de São Pedro e São Paulo, neste domingo próximo passado, Frei Robson nos aqueceu o coração e a nossa alma com a unção de sua pregação na Missa das 8h.da manhã no Carmelo São josé de Petrópolis. Citando o Santo Padre, neste dia também a ele dedicado, foi-nos apresentado o "Encontro" com Jesus que transforma as nossas vidas e nos leva a novas decisões e novos horizontes. Vale a pena ler ...
"Caríssimos irmãos e irmãs
Em Jesus, Filho de Deus feito homem, Deus no transbordamento do seu amor, entra em pessoa na nossa história, vem ao nosso encontro.
Esse encontro transforma a vida... É uma experiência marcante. Trata-se de uma hora inesquecível que revive, de novo e sempre, no coração de quem aceita entregar-se a este amor em Jesus.
Em geral é tão grande a impressão desse encontro que p.ex. São João recorda a hora precisa, típico da memória de um grande amor: “era a hora décima” que para os hebreus significa a hora das grandes decisões.
Vemos assim que a vocação é o encontro com Alguém, não com alguma coisa; é a recordação de uma hora que muda a vida quando se aceita estar com Ele e viver d’Ele e para Ele, reconhecendo-O como “meu Senhor e meu Deus”.
Seguir alguém em seu significado mais profundo quer dizer “estar próximo”, “estar junto”, de quem convoca a caminhada. Antes de tudo Jesus convida homens e mulheres para estarem com ele. Esta experiência de proximidade é a raiz primeira e fundamental da própria fé. Crer em Jesus Cristo é aproximar-se dele.
De tudo isto resulta que o seguimento de Jesus não é um caminho fácil, romântico. Muito pelo contrário! É um caminho radical, que obriga, muitas vezes a fazermos opções radicais e exigentes: “Quem quiser me seguir tome a sua cruz e me siga” ou “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim”.
O fato de Jesus ter vindo ao nosso encontro com uma proposta de salvação e vida plena bem concreta nos leva em contra-partida a fazermos uma consciente e comprometida adesão ao seu seguimento.
Desse modo, o caminho proposto por Jesus não é um caminho de “massas” mas, ao contrário, um caminho de “discípulos”. Implica, portanto, a uma adesão incondicional ao Reino e à sua dinâmica.
Por ser um caminho de discípulos, não é um caminho para todos, mas somente para aqueles que fazem séria e decididamente uma opção por Cristo. O discípulo nesse sentido deve sempre de novo em meio aos conflitos e as dificuldades, reconhecê-lo e testemunhá-lo como Messias.
Hoje, a liturgia nos apresenta a figura de Pedro e Paulo como modelos, referências fundamentais no anúncio e testemunho a Jesus e ao seu Evangelho.
Por isso, são figuras típicas do cristão, que em meio às suas fraquezas e forças devem assumir a Cristo e ao evangelho.
“Pedro e Paulo são considerados ‘colunas da Igreja’. Colunas, no sentido de que a Igreja alicerçada em Cristo – pedra principal – e nos apóstolos se apóia, se sustenta, se ergue como edifício espiritual chamada a ser santa e irrepreensível diante de Deus e os membros integrados nesta construção, se tornarem morada de Deus pelo Espírito Santo.
Pedro recorda mais a instituição; Paulo, o carisma e a pastoral. Exerceram atividades diferentes, em campos diferentes. Apesar de divergirem nos pontos de vista e na visão do mundo, o amor de Cristo e a força do testemunho os uniram na vida e no martírio”.
Ambos consagraram para nós este dia: “sua voz ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo sua palavra”.
Hoje também celebramos em virtude do mandato de Cristo a Pedro de ‘apascentar as ovelhas’, o dia do Papa. Ao Santo Padre, nossa obediência, nosso amor e nossas orações.
Fr. Robson Malafaia Barcellos, OFM Conv
Guardião e Reitor do Convento e Seminário São Boaventura
Capelão do Carmelo São José
Petropolis-RJ
Guardião e Reitor do Convento e Seminário São Boaventura
Capelão do Carmelo São José
Petropolis-RJ
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