Torna-se lamentável, a cada dia a perda da sensibilidade humana que substitui os valores mais profundos da relação humana pelas condições descartáveis do ser, do fazer, do agir e do comprometer-se. Estamos fartos de tudo isso. Deus existe amados! “Mas não é de conveniência que vive o cristão sua vivência está naquele que morreu por nós irmão”(Música do Flavinho/CN)
Por vezes nos deparamos pensando estar fazendo tudo errado, quando nos deixamos encantar pelo modo fácil de fazer as coisas. É bem verdade que não é pelas facilidades que o cristão deve pautar a sua vida. A realidade cristã é bem outra, e ela só acontece quando nos damos a oportunidade de renunciar as conveniências e facilidades e nos lançamos ao “Querer de Deus”. Chamamos conveniências e facilidades tudo aquilo que nos acomoda, nos isola e nos torna egoístas, fazendo apenas o que queremos, ou mesmo, o que nos faz bem, levando-nos aos relacionamentos e situações relativistas.
Nos ajuda a refletir sobre a renúncia cristã o momento após a profissão fé de Pedro em Mt 16,24-25, onde Jesus declara aos seus discípulos o que fazer de suas vidas, sabendo Ele que iria sofrer injustiças, e que seria levado a morte de cruz, mas que ressuscitaria: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á”. O conselho vem precedido de um convite, “Se alguém quiser vir comigo...”, é um convite e uma promessa, “mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobraá-la-á.”
Penso ser necessário a todo cristão, reconhecer nas promessas de salvação declaradas por Jesus em todas as páginas do Evangelho, o caminho de conversão, o caminho de mudança a partir de si mesmo e de seus centros de interesse. Mas a resposta a essa promessa encontra-se fundamentada na fé e na adesão a proposta do ser diferente daquilo que o mundo têm apelado insistentemente, individualismo e relativismo.
Reconhecendo-nos diante da fé nas promessas do Evangelho, é possível perceber que cruz e conveniência não se combinam, não se completam, ao contrário, as conveniências enfraquecem a fibra espiritual. E aqueles que, tendo sido banhados nas águas do Batismo, pensam que diante das batalhas humanas e espirituais as causas estejam perdidas, é hora de fazer uma opção radical pelo Caminho, Verdade e Vida que o Pai nos deu através de seu Filho Jesus.
Por isso ... é tempo de renúncia!
Estela Márcia, 08.Julho.2012.
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