Ofício, segundo a nossa língua, é a expressão muito usada no Direito e no campo da Administração Pública. Ela vem do latim: ex officio, que significa "por lei, oficialmente, em virtude do cargo ocupado". Se diz que o ato de um administrador público ou de um juiz foi "de ofício" quando ele foi executado em virtude do cargo ocupado: sem a necessidade de iniciativa ou participação de terceiros.
Como homem de Deus, traduzimos o ofício do Bispo como de um Pastor a conduzir as suas ovelhas com a participação exclusiva do Espírito de Jesus Cristo, Sumo Pastor e Rei da Cátedra de onde ele as ensina, santifica e governa.
No Ofício de Ensinar, como arauto da Boa Nova do Evangelho ele, como doutor autênctico da fé apostólica, confere a Igreja particular a Verdade que lhe foi confiada pela participação na infabilidade desta Palavra. Mensageiro da verdade, ele conduz a Igreja ao caminho do bem e da virtude que conduz a salvação. Em comunhão com o Sumo Pontífice e sob “a assistência divina é também dispensada aos sucessores dos Apóstolos, quando ensinam em comunhão com o sucessor de Pedro, e de modo particular ao bispo de Roma, pastor de toda a Igreja, quando, mesmo sem chegarem a uma definição infalível e sem se pronunciar de «modo definitivo», no exercício do seu Magistério ordinário, propõem uma doutrina que leva a uma melhor inteligência da Revelação em matéria de fé e de costumes”, diz o Catecismo. (892) E ainda, “a este ensinamento ordinário devem os fiéis «prestar o assentimento religioso do seu espírito», o qual, embora distinto do assentimento da fé, é, no entanto, seu prolongamento”.
No Ofício de Santificar, centraliza sua vida na Eucaristia, bem como a vida de toda a Igreja Particular – Diocesana, de onde deverá partir toda a sua oração, trabalho e exemplo. Com auxílio de seus cooperadores – os presbíteros, diz o Catecismo, o bispo santifica a Igreja através dos sacramentos, atuando atuando «não com um poder autoritário sobre a herança do Senhor, mas como modelos do rebanho» (1Pd 5, 3).(893)
No Ofício de Governar, «Os bispos dirigem as suas Igrejas particulares, como vigários e legados de Cristo, mediante os seus conselhos, incitamentos e exemplos; mas também com a sua autoridade e com o seu poder sagrado», que, no entanto, devem exercer para edificação naquele espírito de serviço que é próprio o do seu Mestre.( 894) «Este poder, que eles exercem pessoalmente em nome de Cristo, é um poder próprio, ordinário e imediato. O seu exercício, contudo, está regulado em definitivo pela autoridade suprema da Igreja». Diz ainda o Catecismo que o bispo não é vigário do Papa, mas é uma participação confirmada e defendida pela autoridade ordinária e imediata do mesmo. “Os bispos não devem ser considerados como vigários do Papa; a autoridade ordinária e imediata deste sobre toda a Igreja, não anula, pelo contrário, confirma e defende, a daqueles. A autoridade episcopal deve exercer-se em comunhão com toda a Igreja, sob a direção do Papa”.( 895)
Assim, como Bom Pastor, ele cuida, atende e forma a Igreja através do seu múnus pastoral do bispo. Consciente de suas funções Consciente das suas fraquezas, «o bispo pode mostrar-se indulgente para com os ignorantes e os transviados. Não se furta a atender os que de si dependem, rodeando-os de carinho, como a verdadeiros filhos [...]. Quanto aos fiéis, devem viver unidos ao seu bispo como a Igreja a Jesus Cristo e Jesus Cristo ao Pai». (896)
Diante do ministério episcopal, cabe aos leigos viver a função recebida no Batismo de ser sacerdote, profeta e rei, buscando testemunhar e por em prática a vocação a que foi chamado. Diz o Catecismo: «A vocação própria dos leigos consiste precisamente em procurar o Reino de Deus ocupando-se das realidades temporais e ordenando-as segundo Deus [...] iluminar e orientar todas as realidades temporais a que estão estreitamente ligados, de tal modo que elas sejam realizadas e prosperem constantemente segundo Cristo, para glória do Criador e Redentor». (898) E ainda, em sua vocação, o leigo precisa descobrir os meios necessários para implantar as exigências do Evangelho em todos os ambientes de sua vida prática. Com consciência e dinamismo, os leigos devem testemunhar a sua pertença a Igreja de Jesus Cristo, em união com os seus pastores imediatos nas paróquias, e, conseqüentemente, com o seu bispo e o Papa.
Conscientes de nossa missão, através da Visita Pastoral de nosso Pastor Dom Gregório, tomemos posse das realidades a que somos chamados. «Assim, todo e qualquer leigo, em virtude dos dons que lhe foram concedidos, é ao mesmo tempo testemunha e instrumento vivo da missão da própria Igreja "segundo a medida do dom de Cristo" (Ef 4, 7)». (913)
Deus abençoe e frutifique a vida e o ministério episcopal de Dom Gregório, e que a Virgem e Mãe do Amor Divino o conduza sempre com amor e fidelidade a Igreja!
“Bendito o que vem em Nome do Senhor!” Seja bem vindo Dom Gregório!
Estela Márcia, 28 de fevereiro de 2013.
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