Neste
Domingo do Bom Pastor e 52º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa
Francisco ordenou 19 novos sacerdotes. A celebração na Basílica de São Pedro
teve início às 9h30 e foi concelebrada, entre outros, pelo Cardeal Vigário de
Roma Agostino Vallini.
Treze
dos ordenados foram formados nos seminários diocesanos de Roma. Nove no Colégio
Diocesano “Redemptoris Mater”, três no Pontifício Seminário Romano Maior e um
no Seminário de Nossa Senhora do Divino Amor. Dos outros seis, quatro pertencem
à Congregação da Família dos Discípulos, um à Ordem Franciscana dos Frades
Menores Conventuais e um é de rito malabarense, da Diocese de Thamarassery,
Índia. Os novos sacerdotes, assim, são provenientes do Peru, Colômbia, Chile,
Coreia do Sul, Croácia, Madagascar, Índia e Itália. Todos tem menos de 40 anos.
O mais jovem, completará 28 anos em 2 de junho.
O
Papa recordou inicialmente que todo o povo santo de Deus foi constituído povo
sacerdotal, “todos nós!”. No entanto, “o Senhor Jesus quis escolher alguns em
particular, para que, exercendo publicamente na Igreja em seu nome o exercício
sacerdotal em favor de todos os homens, continuassem a sua pessoal missão de
mestre, sacerdote e pastor”. O bispo – observou o Santo Padre – arrisca ao
refletir sobre um vocacionado e ao escolhê-lo, “assim como o Pai arriscou com
cada um de nós”.
Dirigindo-se
àqueles que em poucos instantes “seriam promovidos à ordem dos presbíteros”, o
Santo Padre recordou que “seriam partícipes da missão de Cristo, único
Mestre". "Deem a todos - disse ele - a palavra de Deus que vós mesmos
recebestes com alegria. Leiam e meditem assiduamente a Palavra do Senhor para
acreditar naquilo que leram, ensinar aquilo que aprenderam na fé e viver aquilo
que ensinaram”. E acrescentou:
“E
isto seja alimento para o Povo de Deus; que as vossas homilias não sejam
monótonas, que as vossas homilias cheguem justamente ao coração das pessoas
porque saem do coração de vocês, para que aquilo que vocês dizem a eles seja
aquilo que vocês tenham no coração. Assim se dá a Palavra de Deus e a vossa
doutrina será alegria e apoio aos fiéis de Cristo, o perfume de vossa vida será
o testemunho, para que o exemplo edifique, mas as palavras sem exemplo são
palavras vazias, são ideias e não chegam nunca ao coração, e até mesmo fazem
mal, não fazem bem!”.
O
Papa recordou aos futuros sacerdotes, que quando celebrarem a Missa, devem
“reconhecer aquilo que fazem. Não fazer com pressa!”:
“Imitem
aquilo que celebram – não é um rito artificial – pois assim participando ao
mistério da morte e ressurreição do Senhor, levareis a morte de Cristo nos
vossos membros e caminhais com Ele na novidade da vida”.
“Nunca
recusem o Batismo a quem o pedir!”, advertiu o Santo Padre. “E com o Sacramento
da Penitência, perdoai os pecados em nome de Cristo e da Igreja”:
“E
eu, em nome de Jesus Cristo, o Senhor, e da sua Esposa, a Santa Igreja, vos
peço para não vos cansarem de serem misericordiosos. No confessionário vocês
estarão para perdoar, não para condenar! Imitem o Pai que nunca se cansa de
perdoar”.
Ao
continuar a traçar o perfil de um verdadeiro sacerdote, Francisco advertiu:
“Conscientes
de terem sido escolhidos entre os homens e constituídos a seu favor para
esperar as coisas de Deus, exerçam na alegria e na caridade sincera a obra
sacerdotal de Cristo, unicamente com a intenção de agradar a Deus e não vós
próprios. É feio um sacerdote que vive para agradar a si mesmo....É um pavão!”.
Por
fim, o Papa exorta a serem “ministros da unidade na Igreja, na família”, para
conduzi-la a Deus Pai por meio de Cristo no Espírito Santo”, tendo sempre
diante dos olhos “o exemplo do Bom Pastor, que não veio para ser servido, mas
para servir; não para permanecer nas suas comodidades, mas para sair e buscar e
salvar aquilo que estava perdido”.
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