domingo, 26 de abril de 2015
“Imitem aquilo que celebram” – Disse o Papa Francisco aos sacerdotes.
Neste
Domingo do Bom Pastor e 52º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa
Francisco ordenou 19 novos sacerdotes. A celebração na Basílica de São Pedro
teve início às 9h30 e foi concelebrada, entre outros, pelo Cardeal Vigário de
Roma Agostino Vallini.
Treze
dos ordenados foram formados nos seminários diocesanos de Roma. Nove no Colégio
Diocesano “Redemptoris Mater”, três no Pontifício Seminário Romano Maior e um
no Seminário de Nossa Senhora do Divino Amor. Dos outros seis, quatro pertencem
à Congregação da Família dos Discípulos, um à Ordem Franciscana dos Frades
Menores Conventuais e um é de rito malabarense, da Diocese de Thamarassery,
Índia. Os novos sacerdotes, assim, são provenientes do Peru, Colômbia, Chile,
Coreia do Sul, Croácia, Madagascar, Índia e Itália. Todos tem menos de 40 anos.
O mais jovem, completará 28 anos em 2 de junho.
O
Papa recordou inicialmente que todo o povo santo de Deus foi constituído povo
sacerdotal, “todos nós!”. No entanto, “o Senhor Jesus quis escolher alguns em
particular, para que, exercendo publicamente na Igreja em seu nome o exercício
sacerdotal em favor de todos os homens, continuassem a sua pessoal missão de
mestre, sacerdote e pastor”. O bispo – observou o Santo Padre – arrisca ao
refletir sobre um vocacionado e ao escolhê-lo, “assim como o Pai arriscou com
cada um de nós”.
Dirigindo-se
àqueles que em poucos instantes “seriam promovidos à ordem dos presbíteros”, o
Santo Padre recordou que “seriam partícipes da missão de Cristo, único
Mestre". "Deem a todos - disse ele - a palavra de Deus que vós mesmos
recebestes com alegria. Leiam e meditem assiduamente a Palavra do Senhor para
acreditar naquilo que leram, ensinar aquilo que aprenderam na fé e viver aquilo
que ensinaram”. E acrescentou:
“E
isto seja alimento para o Povo de Deus; que as vossas homilias não sejam
monótonas, que as vossas homilias cheguem justamente ao coração das pessoas
porque saem do coração de vocês, para que aquilo que vocês dizem a eles seja
aquilo que vocês tenham no coração. Assim se dá a Palavra de Deus e a vossa
doutrina será alegria e apoio aos fiéis de Cristo, o perfume de vossa vida será
o testemunho, para que o exemplo edifique, mas as palavras sem exemplo são
palavras vazias, são ideias e não chegam nunca ao coração, e até mesmo fazem
mal, não fazem bem!”.
O
Papa recordou aos futuros sacerdotes, que quando celebrarem a Missa, devem
“reconhecer aquilo que fazem. Não fazer com pressa!”:
“Imitem
aquilo que celebram – não é um rito artificial – pois assim participando ao
mistério da morte e ressurreição do Senhor, levareis a morte de Cristo nos
vossos membros e caminhais com Ele na novidade da vida”.
“Nunca
recusem o Batismo a quem o pedir!”, advertiu o Santo Padre. “E com o Sacramento
da Penitência, perdoai os pecados em nome de Cristo e da Igreja”:
“E
eu, em nome de Jesus Cristo, o Senhor, e da sua Esposa, a Santa Igreja, vos
peço para não vos cansarem de serem misericordiosos. No confessionário vocês
estarão para perdoar, não para condenar! Imitem o Pai que nunca se cansa de
perdoar”.
Ao
continuar a traçar o perfil de um verdadeiro sacerdote, Francisco advertiu:
“Conscientes
de terem sido escolhidos entre os homens e constituídos a seu favor para
esperar as coisas de Deus, exerçam na alegria e na caridade sincera a obra
sacerdotal de Cristo, unicamente com a intenção de agradar a Deus e não vós
próprios. É feio um sacerdote que vive para agradar a si mesmo....É um pavão!”.
Por
fim, o Papa exorta a serem “ministros da unidade na Igreja, na família”, para
conduzi-la a Deus Pai por meio de Cristo no Espírito Santo”, tendo sempre
diante dos olhos “o exemplo do Bom Pastor, que não veio para ser servido, mas
para servir; não para permanecer nas suas comodidades, mas para sair e buscar e
salvar aquilo que estava perdido”.
O ‘Bom Pastor’ pensa nas ovelhas e doa a si mesmo. – Disse o Papa Francisco
Neste IV Domingo de Páscoa, após ordenar 19 sacerdotes na Basílica vaticana, o Papa Francisco assomou à janela do apartamento Pontifício para recitar a Oração do Regina Coeli na presença dos milhares de peregrinos presentes na Praça São Pedro. Em sua reflexão, que precede a oração, o Santo Padre falou de Jesus como o ‘Bom Pastor’, como recorda a liturgia deste domingo.
Cristo
é pastor verdadeiro, disse o Papa, pois ao oferecer livremente a própria vida,
“realiza o modelo mais alto de amor pelo rebanho”. Em contraposição ao
verdadeiro, Francisco explica que o falso pastor “pensa em si mesmo e explora
as ovelhas”. O bom pastor, pelo contrário, “pensa nas ovelhas e doa a si
mesmo”:
“Diferentemente
do mercenário, Cristo pastor é um guia atento que participa da vida de seu
rebanho, não busca outro interesse, não tem outra ambição do que guiar, nutrir,
proteger as suas ovelhas. E tudo isto ao preço mais alto, o do sacrifício de
sua própria vida”.
O
Papa explicou, que na figura de Jesus, pastor bom, podemos “contemplar a
Providência de Deus, a sua solicitude paterna por cada um de nós”:
“É
realmente um amor surpreendente e misterioso, porque dando-nos Jesus como
Pastor que dá a vida por nós, o Pai nos deu tudo aquilo que de maior e precioso
poderia nos dar! É o amor mais alto e mais puro, porque não é motivado por
nenhuma necessidade, não é condicionado por nenhum cálculo, não é motivado por
nenhum interessado desejo de troca. Diante deste amor de Deus, nós
experimentamos uma alegria imensa e nos abrimos ao reconhecimento por aquilo
que recebemos gratuitamente”.
Mas
somente contemplar e agradecer não basta – advertiu Francisco, “é necessário
seguir o Bom Pastor”, especialmente aqueles que têm a missão de guia na Igreja,
como sacerdotes, Bispos, Papas:
“São
chamados a assumir, não a mentalidade do administrador, mas a de servo, à
imitação de Jesus que, despojando-se de si mesmo, nos salvou com a sua
misericórdia. A este estilo pastoral, de Bom Pastor, são chamados também os
novos sacerdotes da Diocese de Roma, que tive a alegria de ordenar esta manhã
na Basílica de São Pedro”.
O
Santo Padre conclui, pedindo a Maria Santíssima que conceda para ele, para os
bispos e para os sacerdotes de todo o mundo a graça de servir o povo santo de
Deus, mediante a “gloriosa pregação do Evangelho, a celebração dos Sacramentos
e a paciente e humilde guia pastoral”.
Após
recitar a Oração do Regina Coeli, o Papa Francisco expressou sua proximidade às
vítimas do terremoto que abalou o Nepal. Em solidariedade, um grande aplauso
ecoou na Praça São Pedro:
“Desejo
assegurar a minha proximidade às populações atingidas por um forte terremoto no
Nepal e nos países vizinhos. Rezo pelas vítimas, pelos feridos e por todos
aqueles que sofrem por causa desta calamidade. Que tenham o apoio da
solidariedade fraterna. E rezemos a Nossa Senhora para que lhes seja
próxima".
Após,
o Pontífice recordou que neste domingo, no Canadá, é proclamada Beata a Irmã
Maria Elisa Turgeon, fundadora das Irmãs de Nossa Senhora do Rosário de São
Germano, “uma religiosa exemplar, dedicada à oração, ao ensinamento nos
pequenos centros de sua diocese e às obras de caridade. Demos graças ao Senhor
por esta mulher, modelo de vida consagrada a Deus e de generoso empenho a
serviço do próximo”.
Por
fim, saudou os numerosos grupos presentes na Praça, em especial os poloneses,
vindos por ocasião do primeiro aniversário da canonização de João Paulo II.
domingo, 5 de abril de 2015
“'Ressuscitou! ‘... Jesus, perene Páscoa, a todos alegrai-nos.”
Entramos na Semana Santa meditando
com a Igreja “Hinos” que muito nos fizeram rezar e entregar os nossos
propósitos quaresmais. Adorando a “Árvore” que nos trouxe a vida, nos
encontramos diante do Cordeiro, e por Ele banhados em seu sangue, agora
voltamos à vida. A RESSURREIÇÃO é hoje uma realidade para que creiamos e
recebamos a vida trazida por Deus a nós.
“O fel lhe dão por bebida sobre o madeiro
sagrado. Espinhos, cravos e lança ferem seu corpo e seu lado. No sangue e água
que jorram, mar, terra e céu são lavados. Ó cruz fiel sois a árvore mais nobre
em meio às demais, que selva alguma produz com flor e frutos iguais.
Ó lenho e cravos tão doces, um doce peso levais. Árvore, inclina os teus ramos,
abranda as fibras mais duras. A quem te fez germinar minora tantas torturas. Leito
mais brando oferece ao Santo Rei das alturas. Só tu, ó Cruz, mereceste suster o
preço do mundo e preparar para o náufrago um porto, em mar tão profundo. Quis o
cordeiro imolado banhar-te em sangue fecundo. Glória e poder à Trindade. Ao Pai
e ao Filho Louvor. Honra ao Espírito Santo.
Eterna glória ao Senhor, que nos salvou pela graça e nos remiu pelo amor.” (Hino
do Domingo de Ramos)
“Cantem meus lábios a
luta que sobre a cruz se travou; cantem o nobre triunfo que no madeiro alcançou
o Redentor do Universo quando por nós se imolou. O Criador teve pena do
primitivo casal, que foi ferido de morte, comendo o fruto fatal, e marcou logo
outra árvore, para curar-nos do mal. Tal ordem foi exigida na obra da salvação:
cai o inimigo no laço de sua própria invenção. Do próprio lenho da morte Deus
fez nascer redenção. Na plenitude dos tempos, a hora santa chegou e, pelo Pai
enviado, nasceu do mundo o autor; e duma Virgem no seio a nossa carne tomou. Seis
lustros tendo passado, cumpriu a sua missão. Só para ela nascido, livre se
entrega à Paixão. Na cruz se eleva o Cordeiro, como perfeita oblação. Glória e
poder à Trindade. Ao Pai e ao Filho, louvor. Honra ao Espírito Santo. Eterna
glória ao Senhor, que nos salvou pela graça e nos remiu pelo amor.” (Hino do
Ofício das Leituras – 5ª feira Santa)
“Memória da morte de Cristo Senhor, Pão vivo,
que ao homem dá vida e valor,
fazei-me viver de vossa ternura, sentindo nos lábios a vossa doçura. Fiel
pelicano, Jesus, meu Senhor, lavai-me no sangue, a mim pecador; pois dele uma
gota já salva e redime a todo o Universo dos laços do crime. Enfim,
contemplando na glória dos céus o vosso semblante, sem sombras nem véus, irei
bendizer-vos, Jesus, Sumo Bem, ao Pai e ao Espírito nos séculos. Amém.” (Hino
das Vésperas – Ceia do Senhor)
“O fel lhe dão por bebida sobre o madeiro
sagrado. Espinhos, cravos e lança ferem seu corpo e seu lado. No sangue e água
que jorram, mar, terra e céu são lavados. Ó cruz fiel sois a árvore mais nobre
em meio às demais, que selva alguma produz com flor e frutos iguais.
Ó lenho e cravos tão doces, um doce peso levais. Árvore, inclina os teus ramos,
abranda as fibras mais duras. A quem te fez germinar minora tantas torturas. Leito
mais brando oferece ao Santo Rei das alturas. Só tu, ó Cruz, mereceste suster o
preço do mundo
e preparar para o náufrago um porto, em mar tão profundo. Quis o cordeiro
imolado banhar-te em sangue fecundo. Glória e poder à Trindade. Ao Pai e ao
Filho Louvor. Honra ao Espírito Santo. Eterna glória ao Senhor, que nos salvou
pela graça e nos remiu pelo amor.” (Hino das Laudes - 6ª feira Santa)
“Jesus,
Senhor supremo, do mundo redentor, na cruz salvastes todos, da morte vencedor! Mantende, suplicamos, em nossos corações, os
dons que conquistastes por todas as nações.
Cordeiro imaculado, pregado sobre a cruz, lavastes nossas vestes em vosso
sangue e luz.
Aqueles que lavastes com sangue de Homem-Deus, convosco ressurgidos, levai-os
para os céus. Ó povos redimidos, ao Deus do céu louvai, Jesus nos fez,
morrendo, um reino para o Pai. (“Ofício das Trevas” - Hino do Ofício das Leituras)
“Desdobra-se no céu a rutilante aurora.
Alegre, exulta o mundo; gemendo, o inferno chora. Pois eis que o Rei, descido à
região da morte, àqueles que o esperavam conduz à nova sorte. Por sob a pedra
posto, por guardas vigiado, sepulta a própria morte Jesus ressuscitado. Da
região da morte cesse o clamor ingente: 'Ressuscitou!' exclama o Anjo
refulgente. Jesus, perene Páscoa, a todos alegrai-nos. Nascidos para a vida, da
morte libertai-nos. Louvor ao que da morte ressuscitado vem, ao Pai e ao
Paráclito eternamente. Amém.” (Hino das Laudes – Páscoa do Senhor).
Estela Márcia - Do Ofício Divino
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