Após a Santa
Missa e o batizado de 32 crianças, o Papa Francisco deixou a Capela Sistina e
se dirigiu ao último andar da Residência Apostólica, no Vaticano, para rezar a
oração do Angelus, com os numerosos peregrinos, fiéis e turistas,
presentes na Praça São Pedro. Em sua alocução dominical, o Bispo de Roma
recordou a festa litúrgica do Batismo do Senhor, ocasião em que administrou o
sacramento do Batismo a 32 crianças. E confessou que gosta muito de batizar as
crianças. “Toda criança que nasce é um
dom de alegria e de esperança; toda criança batizada é um prodígio da fé e uma
festa da família cristã.” Citando o Evangelho da liturgia de hoje, o Santo
Padre disse que, enquanto João Batista batizava Jesus, “os céus se abriram”,
como cumprimento das profecias. E explicou: “Se os céus permanecerem fechados, o nosso horizonte, nesta vida
terrena, também é escuro, sem esperança. Com a celebração do Natal, a fé nos
dá, mais uma vez, a certeza de que os céus se abriram com a vinda de Jesus. No
dia do Batismo de Cristo, contemplamos, novamente, os céus abertos”.
A manifestação
do Filho de Deus na terra assinala o início de um grande tempo de misericórdia.
Não se esqueçam disto, disse o Papa. É um tempo de misericórdia, depois que o
pecado fechou os céus, levantando uma barreira entre o ser humano e seu
Criador. E o Pontífice acrescentou: “Com o nascimento de Jesus, os céus se
abriram! Deus nos deu, em Cristo, a garantia de um amor indestrutível. Desde
quando o Verbo se fez carne, todos nós pudemos ver os céus abertos! Temos esta
oportunidade se nos deixarmos invadir pelo amor de Deus, que nos é dado, pela
primeira vez, pelo Batismo, por meio do Espírito Santo”.
Com o seu
Batismo, Jesus recebeu a aprovação do Pai celeste, que o enviou para
compartilhar da nossa condição humana, da nossa pobreza. Compartilhar é o
verdadeiro modo de amar! Jesus não se dissocia de nós, mas nos considera
irmãos, partilha da nossa vida e nos torna filhos de Deus Pai. Eis a revelação
e a fonte do verdadeiro amor. E o Papa perguntou:“Vocês não acham que no
nosso tempo precisamos de um suplemento de partilha fraterna e de amor? Vocês
não acham que precisamos de um suplemento de caridade? Não daquela caridade,
que se contenta de uma ajuda improvisada que não produz frutos, que não coloca
em jogo, mas daquela que compartilha e arca com os incômodos e os sofrimentos
dos irmãos. Quanto é bela a vida quando se deixa inundar pelo amor de Deus!”
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