quarta-feira, 31 de julho de 2013

Papa Francisco na Missa de Santo Inácio de Loyola



Mensagem do Papa na Missa da festa de Santo Inácio de Loyola

"Ser homens arraigados e alicerçados na Igreja: assim Jesus nos quer. Não pode haver caminhos paralelos ou isolados, mas sim caminhos de busca e criatividade. Isso é importante: ir às periferias, às muitas periferias. Por isso, é necessária a criatividade, mas sempre em comunidade, na Igreja, com essa pertença que nos dá a coragem de ir em frente. Servir Cristo é amar esta Igreja concreta e servi-la com generosidade e espírito de obediência."
"Ser conquistado por Cristo para oferecer a este Rei toda a nossa pessoa e todo o nosso trabalho. Dizer ao Senhor de pretender fazer tudo para seu maior serviço e louvor, imitá-lo também no suportar insultos, desprezo e pobreza. Penso ao nosso irmão na Síria neste momento. Ser conquistado por Cristo significa estar sempre voltado para aquilo que está diante de mim, em direção à meta de Cristo e perguntar-se com sinceridade: O que eu fiz por Cristo? O que faço por Cristo? O que devo fazer por Cristo?"
O Papa sublinhou que sentimos o sentimento humano e nobre que é a vergonha de não estar à altura, olhando a sabedoria de Cristo e nossa ignorância, a sua onipotência e nossa fraqueza, a sua justiça e nossas iniqüidades, a sua bondade e nossa maldade:
"Pedir a graça da vergonha; vergonha que vem do constante diálogo de misericórdia com Ele; vergonha que nos faz enrubescer diante de Jesus Cristo; vergonha que nos coloca em sintonia com o coração de Cristo, que se fez pecado por mim; vergonha que coloca em harmonia o nosso coração nas lágrimas e nos acompanha na seqüela cotidiana do meu Senhor. Isso nos leva sempre, individualmente ou como Companhia, à humildade, a viver esta grande virtude; humildade que nos torna conscientes a cada dia de que não somos nós que construímos o Reino de Deus, mas é sempre a graça do Senhor que age em nós; humildade que nos impulsiona a colocar todo o nosso ser não a nosso serviço ou de nossas ideias, mas a serviço de Cristo e da Igreja, como vasos de argila, frágeis, inadequados e insuficientes, nos quais existe um imenso tesouro que levamos e comunicamos."
Os Jesuítas são chamados, em diversos modos, a dar a sua vida pelos outros, como fizeram os dois ícones São Francisco Xavier e Padre Pedro Arrupe.
"Outro ícone que cito como exemplo é Padre Arrupe na última visita ao campo de refugiados, quando nos disse – o que ele mesmo dizia – 'digo isso como se fosse o meu canto do cisne: rezem'. A oração e a união com Jesus. Depois de dizer isso, entrou no avião e chegou a Roma com o acidente vascular cerebral, que deu início ao seu pôr-do-sol longo e exemplar. Dois crepúsculos, dois ícones que nos fará bem olhar e nos voltar para eles e pedir a graça de que os nossos pores-do-sol sejam como os deles."


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Papa em visita à comunidade de Varginha: promover solidariedade, justiça social e dimensão espiritual

O Santo Padre acabou de realizar um de seus compromissos mais aguardados desta sua primeira viagem apostólica internacional: a visita, em Manguinhos, à comunidade de Varginha, uma favela hoje pacificada. A seguir, propomos, na íntegra, o discruso que dirigiu na ocasião:

"Queridos irmãos e irmãs,

Que bom poder estar com vocês aqui! Desde o início, quando planejava a minha visita ao Brasil, o meu desejo era poder visitar todos os bairros deste País. Queria bater em cada porta, dizer “bom dia”, pedir um copo de água fresca, beber um "cafezinho", falar como a amigos de casa, ouvir o coração de cada um, dos pais, dos filhos, dos avós... Mas o Brasil é tão grande! Não é possível bater em todas as portas! Então escolhi vir aqui, visitar a Comunidade de vocês que hoje representa todos os bairros do Brasil. Como é bom ser bem acolhido, com amor, generosidade, alegria! Basta ver como vocês decoraram as ruas da Comunidade; isso é também um sinal do carinho que nasce do coração de vocês, do coração dos brasileiros, que está em festa! Muito obrigado a cada um de vocês pela linda acolhida! Agradeço a Dom Orani Tempesta e ao casal Rangler e Joana pelas suas belas palavras.

1. Desde o primeiro instante em que toquei as terras brasileiras e também aqui junto de vocês, me sinto acolhido. E é importante saber acolher; é algo mais bonito que qualquer enfeite ou decoração. Isso é assim porque quando somos generosos acolhendo uma pessoa e partilhamos algo com ela – um pouco de comida, um lugar na nossa casa, o nosso tempo - não ficamos mais pobres, mas enriquecemos. Sei bem que quando alguém que precisa comer bate na sua porta, vocês sempre dão um jeito de compartilhar a comida: como diz o ditado, sempre se pode “colocar mais água no feijão”! E vocês fazem isto com amor, mostrando que a verdadeira riqueza não está nas coisas, mas no coração!
E povo brasileiro, sobretudo as pessoas mais simples, pode dar para o mundo uma grande lição de solidariedade, que é uma palavra frequentemente esquecida ou silenciada, porque é incômoda. Queria lançar um apelo a todos os que possuem mais recursos, às autoridades públicas e a todas as pessoas de boa vontade comprometidas com a justiça social: Não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e mais solidário! Ninguém pode permanecer insensível às desigualdades que ainda existem no mundo! Cada um, na medida das próprias possibilidades e responsabilidades, saiba dar a sua contribuição para acabar com tantas injustiças sociais! Não é a cultura do egoísmo, do individualismo, que frequentemente regula a nossa sociedade, aquela que constrói e conduz a um mundo mais habitável, mas sim a cultura da solidariedade; ver no outro não um concorrente ou um número, mas um irmão.
Quero encorajar os esforços que a sociedade brasileira tem feito para integrar todas as partes do seu corpo, incluindo as mais sofridas e necessitadas, através do combate à fome e à miséria. Nenhum esforço de “pacificação” será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma. Uma sociedade assim simplesmente empobrece a si mesma; antes, perde algo de essencial para si mesma. Lembremo-nos sempre: somente quando se é capaz de compartilhar é que se enriquece de verdade; tudo aquilo que se compartilha se multiplica! A medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como esta trata os mais necessitados, quem não tem outra coisa senão a sua pobreza!

2. Queria dizer-lhes também que a Igreja, «advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas, que clamam ao céu» (Documento de Aparecida, 395), deseja oferecer a sua colaboração em todas as iniciativas que signifiquem um autêntico desenvolvimento do homem todo e de todo o homem. Queridos amigos, certamente é necessário dar o pão a quem tem fome; é um ato de justiça. Mas existe também uma fome mais profunda, a fome de uma felicidade que só Deus pode saciar. Não existe verdadeira promoção do bem-comum, nem verdadeiro desenvolvimento do homem, quando se ignoram os pilares fundamentais que sustentam uma nação, os seus bens imateriais: a vida, que é dom de Deus, um valor que deve ser sempre tutelado e promovido; a família, fundamento da convivência e remédio contra a desagregação social; a educação integral, que não se reduz a uma simples transmissão de informações com o fim de gerar lucro; a saúde, que deve buscar o bem-estar integral da pessoa, incluindo a dimensão espiritual, que é essencial para o equilíbrio humano e uma convivência saudável; a segurança, na convicção de que a violência só pode ser vencida a partir da mudança do coração humano.
3. Queria dizer uma última coisa. Aqui, como em todo o Brasil, há muitos jovens. Vocês, queridos jovens, possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças, mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção, com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio benefício. Também para vocês e para todas as pessoas repito: nunca desanimem, não percam a confiança, não deixem que se apague a esperança. A realidade pode mudar, o homem pode mudar. Procurem ser vocês os primeiros a praticar o bem, a não se acostumarem ao mal, mas a vencê-lo. A Igreja está ao lado de vocês, trazendo-lhes o bem precioso da fé, de Jesus Cristo, que veio «para que todos tenham vida, e vida em abundância» (Jo 10,10).
Hoje a todos vocês, especialmente aos moradores dessa Comunidade de Varginha, quero dizer: Vocês não estão sozinhos, a Igreja está com vocês, o Papa está com vocês. Levo a cada um no meu coração e faço minhas as intenções que vocês carregam no seu íntimo: os agradecimentos pelas alegrias, os pedidos de ajuda nas dificuldades, o desejo de consolação nos momentos de tristeza e sofrimento. Tudo isso confio à intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Mãe de todos os pobres do Brasil, e com grande carinho lhes concedo a minha Bênção."





Papa recebe as "Chaves da Cidade" do Rio de Janeiro

No primeiro compromisso público do Santo Padre nesta quinta-feira, em seu quarto dia no Brasil, nesta que para Francisco representa a primeira viagem apostólica internacional de seu Pontificado, o Papa recebeu as "Chaves da Cidade" do Rio de Janeiro e abençoou as bandeiras dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
O dia do Pontífice teve início com a missa celebrada na residência arquiepiscopal do Sumaré – onde se encontra hospedado.
O ato de entrega das Chaves da Cidade, seguido da bênção das bandeiras olímpicas e paraolímpicas, teve lugar no "Palácio da Cidade", sede da prefeitura do Rio de Janeiro.
De fato, o Santo Padre chegou ao "Palácio da Cidade" pouco antes das 10h locais, sendo na entrada acolhido pelo primeiro cidadão do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Num ato de breve duração, sem discurso, mas intenso e carregado pela emoção dos presentes, o Papa Francisco atravessou o Salão central e assomou à sacada que dá para o jardim, onde, efetivamente, recebeu as Chaves da Cidade. O jovem Guilhereme de Lima Sales, do Ginásio experimental carioca Coelho Neto, fez a entrega das Chaves da Cidade. Em seguida, Francisco abençoou as bandeiras expostas na no jardim. Depois, saudou também jovens atletas representantes de ambas as manifestações esportivas.
Entre os presentes, destacamos, entre outros, a participação do ex-atleta Oscar Schmidt – ídolo do basquete brasileiro –, particularmente emocionado. Entre outros, também Zico – eterno ídolo do futebol – recebeu a bênção do Santo Padre.
Acompanhado pelo arcebispo anfitrião, Dom Orani João Tempesta, o Santo Padre despediu-se concedendo a sua bênção apostólica e mais uma vez pediu que rezassem por ele, deslocando-se em seguida para Manguinhos, para a esperada visita à comunidade de Varginha.



Papa visita Hospital São Francisco:"Precisamos todos aprender a abraçar quem passa necessidade, como Francisco"


 Após visitar o Santuário Nacional de Aparecida, o Papa Francisco foi de helicóptero até a Base Aérea de São José dos Campos, onde embarcou num avião até o Aeroporto Santos Dumont. De lá seguiu em carro fechado – devido à chuva - até o Hospital São Francisco, distante 16 km do aeroporto, onde chegou às 16hs20min, sendo calorosamente acolhido pelos presentes, entre eles o Secretário da Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Luiz Cortês da Silveira, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, além de autoridades civis e religiosas.

Protegido por um guarda-chuva, o Papa saudou os inúmeros fiéis que o aguardavam, envolvidos por capas e guarda-chuvas. Após, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, saudou o Pontífice, destacando esta iniciativa – que se une a outras – do Pólo de Atenção Especial à Saúde Mental, que pode receber 70 pessoas em crise de dependência. A seguir, falou o Diretor da Associação ‘São Francisco de Assis na Providência de Deus’, que apresentou a rede de trabalho com os dependentes químicos, formada pela Arquidiocese e por outras entidades e organizações. Dois jovens em recuperação deram o seu testemunho e a seguir, o franciscano coordenador do projeto, fez um efusivo pronunciamento.

O Santo Padre iniciou seu discurso saudando as autoridades civis e religiosas presentes, assim como os membros da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, médicos, enfermeiros, demais profissionais de saúde e os jovens em recuperação. Após, afirmou que “Deus quis que meus passos, depois do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, se dirigissem para um particular santuário do sofrimento humano, que é o Hospital São Francisco de Assis”. E acrescentou:

É bem conhecida a conversão do Santo Patrono de vocês: o jovem Francisco abandona riquezas e comodidades do mundo para fazer-se pobre no meio dos pobres, entende que não são as coisas, o ter, os ídolos do mundo a verdadeira riqueza e que estes não dão a verdadeira alegria, mas sim seguir a Cristo e servir aos demais; mas talvez seja menos conhecido o momento em que tudo isto se tornou concreto na sua vida: foi quando abraçou um leproso. Aquele irmão sofredor foi «mediador de luz (…) para São Francisco de Assis» (Carta enc. Lumen fidei, 57), porque, em cada irmão e irmã em dificuldade, nós abraçamos a carne sofredora de Cristo. Hoje, neste lugar de luta contra a dependência química, quero abraçar a cada um e cada uma de vocês - vocês que são a carne de Cristo – e pedir a Deus que encha de sentido e de esperança segura o caminho de vocês e também o meu”.

O Papa destacou em seguida a necessidade que todos temos de “aprender a abraçar quem passa necessidade”, citando São Francisco. E observa que no Brasil e no mundo existem tantas situações “que reclamam atenção, cuidado, amor, como a luta contra a dependência química”, denunciando os ‘mercadores da morte’, que seguem a lógica do poder e do dinheiro a todo custo:

A chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e que semeia a dor e a morte, exige da inteira sociedade um ato de coragem. Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química. É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro. Precisamos todos de olhar o outro com os olhos de amor de Cristo, aprender a abraçar quem passa necessidade, para expressar solidariedade, afeto e amor”.

Francisco observa porém, que somente abraçar não é suficiente, mas que “é necessário estender a mão a quem vive em dificuldade, a quem caiu na escuridão da dependência, talvez sem saber como, e que devemos dizer a quem vive nesta situação, de que é possível sair desta situação e que a própria pessoa é protagonista deste ato:

Você pode se levantar, pode subir; é exigente, mas é possível se você o quiser. Queridos amigos, queria dizer a cada um de vocês, mas sobretudo a tantas outras pessoas que ainda não tiveram a coragem de empreender o mesmo caminho de vocês: Você é o protagonista da subida; esta é a condição imprescindível! Você encontrará a mão estendida de quem quer lhe ajudar, mas ninguém pode fazer a subida no seu lugar. Mas vocês nunca estão sozinhos! A Igreja e muitas pessoas estão solidárias com vocês. Olhem para frente com confiança; a travessia é longa e cansativa, mas olhem para frente, existe «um futuro certo, que se coloca numa perspectiva diferente relativamente às propostas ilusórias dos ídolos do mundo, mas que dá novo impulso e nova força à vida de todos os dias». A vocês todos quero repetir: Não deixem que lhes roubem a esperança! Mas digo também: Não roubemos a esperança, pelo contrário, tornemo-nos todos portadores de esperança!”.

A partir daqui, o Santo Padre retoma a parábola do Bom Samaritano – objeto de sua reflexão no Angelus do domingo 14 de julho - que fala de um homem que foi atacado por assaltantes e deixado quase morto ao lado da estrada. As pessoas passam, olham, mas não param; indiferentes seguem o seu caminho: não é problema delas! Somente um samaritano, um desconhecido, olha, para, levanta-o, estende-lhe a mão e cuida dele , e diz:

Queridos amigos, penso que aqui, neste Hospital, se concretiza a parábola do Bom Samaritano. Aqui não há indiferença, mas solicitude. Não há desinteresse, mas amor. A Associação São Francisco e a Rede de Tratamento da Dependência Química ensinam a se debruçar sobre quem passa por dificuldades porque vêem nestas pessoas a face de Cristo, porque nelas está a carne de Cristo que sofre. Obrigado a todo pessoal do serviço médico e auxiliar aqui empenhado! O serviço de vocês é precioso! Realizem-no sempre com amor; é um serviço feito a Cristo presente nos irmãos: «Todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes» (Mt 25, 40), diz-nos Jesus”.

Ao concluir, o Papa Francisco recorda a todos que lutam contra a dependência química e aos familiares, a proximidade da Igreja na sua luta, convidando-os a confiar no amor maternal de Maria:

a Igreja não está longe dos esforços que vocês fazem, Ela lhes acompanha com carinho. O Senhor está ao lado de vocês e lhes conduz pela mão. Olhem para Ele nos momentos mais duros e Ele lhes dará consolação e esperança. E confiem também no amor materno de Maria, sua Mãe. Esta manhã, no Santuário da Aparecida, confiei cada um de vocês ao seu coração. Onde tivermos uma cruz para carregar, ao nosso lado sempre está Ela, nossa Mãe. Deixo-lhes em suas mãos, enquanto, afetuosamente, a todos abençôo”.



Papa emociona fiéis e peregrinos em Aparecida e pede que rezem por ele

Papa emociona fiéis e peregrinos em Aparecida e pede que rezem por ele


Na breve saudação em espanhol dirigida aos mais de 200 mil fiéis e peregrinos que do lado de fora do Santuário Nacional de Aparecida acompanharam dos telões a missa presidida pelo Santo Padre, Francisco – como faz habitualmente – pediu que rezassem por ele. A seguir, transcrevemos as suas palavras:

"Irmãos e irmãs... irmãos e irmãs, eu não falo brasileiro (português, ndr). Perdoem-me, falarei em espanhol. Perdão. Muito obrigado. Obrigado por estarem aqui. Obrigado de coração, de todo meu coração e peço à Virgem, Nossa Senhora Aparecida, que os abençoe, que abençoe suas famílias, que abençoe seus filhos, que abençoe seus pais, que abençoe toda a Pátria. Vejamos, agora vou me dar conta se vocês me entendem. Faço-lhes uma pergunta: uma mãe se esquece de seus filhos? Ela não se esquece de nós, Ela nos ama e nos protege. Agora lhes peçamos a bênção. A bênção de Deus Onipotente. O Pai e o Filho e o Espírito Santo desçam sobre vocês... permanentemente."

"Peço-lhes um favor, uma delicadeza, rezem por mim, rezem por mim, necessito. Que Deus os abençoe. Que Nossa Senhora Aparecida cuide de vocês. E até 2017 quando retornarei."



O PAPA FRANCISCO INTERAGINDO COM OS JOVENS PELO TWITER

 

21 de julho

O Papa Francisco enviou no domingo, 21, logo após a oração do Angelus, uma nova mensagem por meio de sua conta no Twitter aos jovens católicos que não poderão participar no Rio de Janeiro da Jornada Mundial da Juventude.
"Quantos gostariam de estar no Rio para a JMJ, mas não podem! Que se sintam bem-vindos entre nós, por meio da oração", escreve o Papa na versão em português de seu perfil @pontifex.

22 de julho

Dentro de algumas horas chego ao Brasil, e já sinto o coração cheio de alegria por em breve estar celebrando com vocês a 28ª JMJ. (Tuíte do Papa Francisco)

22 de julho - Chegada ao Rio

"Hoje começamos uma semana estupenda no Rio; que ela seja uma ocasião para aprofundar a nossa amizade em Jesus Cristo!" (Tuíte do Papa Francisco ao chegar ao Rio de Janeiro)

23 de julho

"A Igreja é jovem e isso se vê muito bem na JMJ. Que o Senhor mantenha o nosso coração sempre jovem!" (Tuíte do Papa Francisco, no Rio de Janeiro)

23 de julho

"Obrigado! Obrigado! Obrigado a vocês todos e a todas as autoridades pela magnífica acolhida em terra carioca! #Rio2013 #JMJ" (Tuíte de 23 de julho - RJ)

24 de julho

"Jovens, não o esqueçamos jamais: a Virgem Maria é a nossa Mãe, e é com a sua ajuda que podemos permanecer fiéis a Jesus." (Tuíte do Papa Francisco - RJ)

24 de julho

"Queridos jovens, Cristo tem confiança em vocês e lhes confia sua própria missão: Ide, fazei discípulos". (Tuíte do Papa Francisco - RJ)



terça-feira, 23 de julho de 2013

Os músicos da Canção Nova também vão marcar presença na JMJ RIO 2013

Durante a Jornada Mundial da Juventude, os músicos da Canção Nova também vão marcar presença no Festival da Juventude, evangelizando os peregrinos com música cristã de qualidade.
Confira abaixo as datas, os locais e as atividades com os nossos cantores e cantoras na JMJ Rio2013.
Terça-feira, 23 de julho:
Eliana Ribeiro: Show Halleluya às 22h45
Dunga: Show Halleluya às 23h15
Ricardo Sá: Show na Expocatólica às 18h
Pitter (Banda Conexa): Chegada da Cruz em Copacabana às 18h42
Quarta-feira, 24 de julho: 
Eliana Ribeiro: Novas Comunidades às 14h; Feira Vocacional às 17h30; e ensaio em Guaratiba
Dunga: Novas Comunidades às 14h; Expocatólica às 20h; e ensaio em Guaratiba
Diácono Nelsinho Corrêa e Ministério Amor e Adoração: Show em São João de Meriti às 18h15
Márcio Todeschini e Banda Conexa: Show na Cidade do Samba às 16h
Quinta-feira, 25 de julho:
Eliana Ribeiro: Show no Hallel às 14h40 e ato cultural às 18h37
Dunga: Show no Hallel às 15h30
Diácono Nelsinho Corrêa: Show na Feira de São Cristóvão às 13h e Show na Expocatólica às 20h
Emanuel e Ana Lúcia (Ministério Amor e Adoração): Expocatólica às 14h
Salette Ferreira: Ato central em Copacabana às 15h12
Banda Conexa: Pão de Açúcar às 14h
Sexta-feira, 26 de julho:
Eliana Ribeiro: Ensaio em Guaratiba; ato cultural, às 15h30; e show no Palco PHN às 21h
Dunga: Ato central em Copacabana / Palco PHN a partir das 20h
Diácono Nelsinho Corrêa: Ato central em Copacabana a partir de 15h30
Ministério Amor e Adoração: Ato central em Copacabana, às 19h13, e show no Palco PHN às 22h
Ricardo Sá: Ato central em Copacabana a partir de 15h30
Salette Ferreira: Expocatólica às 14h
Banda Conexa: Expocatólica às 12h / Show no Palco PHN
Sábado, 27 de julho:
Eliana Ribeiro: Show em Guaratiba (manhã e tarde)
Dunga: Show em Guaratiba (manhã e tarde)
Domingo, 28 de julho:
Eliana Ribeiro: Missa de encerramento da JMJ às 10h
Dunga: Missa de encerramento da JMJ às 10h; Encontro do Papa com voluntários da JMJ, no Rio Centro, às 16h
Ricardo Sá: Missa de encerramento da JMJ às 10h

Papa Francisco está no Brasil para a JMJ Rio 2013: "Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais preciso me foi dado: Jesus Cristo!"

O avião da Alitália que transportou o Papa Francisco ao Rio de Janeiro aterrissou às 15h45min no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, 17 minutos antes do previsto. O Santo Padre foi saudado às 16 horas, junto à escada do avião, pela Presidente Dilma Roussef, de quem recebeu flores.

O Papa passou a saudar então as autoridades presentes, entre os quais o Vice-Presidente da República, Michel Temer, o Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o Prefeito Eduardo Paes, o Presidente da CNBB, Cardeal Raimundo Damasceno Assis e o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta. Um grupo de crianças cantou para o Papa o Hino da Jornada.

Após as primeiras saudações no Aeroporto, o Papa Francisco, que dispensou o Papamóvel neste primeiro trajeto, quis ter um primeiro contato com a população, fazendo um giro pela cidade num Fiat cor prata, sendo escoltado por três automóveis da segurança e oito batedores em motocicleta. Em algumas partes do trajeto, o carro do Papa viu-se em meio a um engarrafamento, sendo envolvido completamente pela população que tentava tocar o Pontífice ou apenas seu carro, dando muito trabalho à segurança. Nestas ocasiões, o Papa beijou algumas crianças.

Nas proximidades da Catedral do Rio, o Papa trocou o Fiat pelo Papamóvel, sendo acompanhado por uma multidão ao longo de todo o trajeto. Na Cinelândia, às 17h25min, o Papa trocou de veículo novamente retornando ao Fiat cor prata, seguindo até um helicóptero, que partiu às 17h48min até o Palácio Guanabara, onde chegou alguns minutos após, sendo efusivamente saudado nos jardins do Palácio Guanabara, onde estava a Presidente Dilma Roussef para recebê-lo.

Após a execução dos hinos do Estado da Cidade do Vaticano e do Brasil, a Presidente Dilma fez o seu discurso, ressaltando o compromisso do governo no combate à pobreza e destacando a parceria com as Pastorais da Igreja Católica.

Após o pronunciamento de Dilma Roussef, o Papa Francisco iniciou o seu discurso, em português, ressaltando que a Providência o quis conduzir na sua primeira viagem internacional, à sua amada América Latina, precisamente ao Brasil “nação que se gloria de seus sólidos laços com a Sé Apostólica e dos profundos sentimentos de fé e amizade que sempre a uniram de modo singular ao Sucessor de Pedro”.

Após, pediu “licença para entrar no coração dos brasileiros, revelando o que veio trazer ao Rio”: “Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: “A paz de Cristo esteja com vocês!”

Após o Papa saudou com deferência a Presidente Dilma Roussef e as autoridades presentes, agradecendo a acolhida e as palavras que externaram a alegria dos brasileiros pela sua presença no Brasil. O Santo Padre dirigiu então uma palavra de afeto aos seus irmãos no Episcopado, “sobre quem pousa a tarefa de guiar o Rebanho de Deus neste imenso País, e às suas amadas Igrejas Particulares. Esta minha visita outra coisa não quer senão continuar a missão pastoral própria do Bispo de Roma de confirmar os seus irmãos na Fé em Cristo, de animá-los a testemunhar as razões da Esperança que d’Ele vem e de incentivá-los a oferecer a todos as inesgotáveis riquezas do seu Amor”.

O Papa observou que a sua presença no Brasil, transcende as fronteiras do país, pois veio para a Jornada Mundial da Juventude: “Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem aconchegar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’”.

E acrescentou, “Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo “bota fé” nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”. Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos. Também os jovens “botam fé” em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos”.

O Papa disse ter a consciência de que, ao falar aos jovens, fala também “às suas famílias, às suas comunidades eclesiais e nacionais de origem, às sociedades nas quais estão inseridos, aos homens e às mulheres dos quais, em grande medida, depende o futuro destas novas gerações”. E complementou:

Os pais costumam dizer por aqui: “os filhos são a menina dos nossos olhos”. Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz regalando-nos o milagre da visão! O que vai ser de nós, se não tomarmos conta dos nossos olhos? Como haveremos de seguir em frente? O meu auspício é que, nesta semana, cada um de nós se deixe interpelar por esta desafiadora pergunta”.

O Papa ressaltou que a juventude “é a janela pela qual o futuro entra no mundo” e, por isso, impõe grandes desafios. “A nossa geração – disse Francisco - se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica, suscitando nele a criatividade do bem; entregar-lhe a herança de um mundo que corresponda à medida da vida humana; despertar nele as melhores potencialidades para que seja sujeito do próprio amanhã e co-responsável do destino de todos”.

Ao concluir, o Santo Padre pediu a todos a “delicadeza da atenção e, se possível, a necessária empatia para estabelecer um diálogo de amigos. Nesta hora, os braços do Papa se alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias. Desde já a todos abençôo. Obrigado pelo acolhimento!”.


No Angelus, o Papa pede orações por sua viagem ao Rio de Janeiro para JMJ Rio 2013

(Domingo, 21 de julho de 2013)
Papa Francisco pediu, aos fiéis presentes no Vaticano, orações por sua viagem ao Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude. “Eu vejo lá no fundo aquela faixa onde está escrito ‘Boa Viagem!’”, disse o Papa no Angelus do domingo, 21, ao comentar sobre a viagem que fará ao Brasil nesta semana.
O Santo Padre vem ao Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, que espera reunir mais de dois milhões de jovens na capital carioca. O Papa desembarcará na cidade às 16h (hora local), na terça-feira terá um dia mais reservado à oração, na quarta visitará o Santuário de Aparecida e a partir de quinta-feira participará do encontro mundial no Rio de Janeiro. Na capital, seu primeiro evento público será a celebração da Missa de acolhida, na Praia de Copacabana, às 18h.
Dezenas de milhares de pessoas ouviram suas palavras neste domingo, e em meio a elas, o Papa viu uma faixa com os dizeres ‘Boa Viagem’, o que lhe deu a ocasião para pedir aos fiéis que o acompanhem ‘espiritualmente’ nesta Jornada.
Papa Francisco disse ainda que no Rio e em todo o mundo esta será a ‘Semana da Juventude’ e convidou os jovens a questionar-se sobre o caminho que devem seguir em suas vidas.
“Todos os que estarão no Rio querem ouvir a voz de Jesus: Senhor, o que devo fazer de minha vida? Vocês, jovens presentes aqui na Praça, façam a mesma pergunta ao Senhor”.
Oração e serviço
Antes da oração mariana, o Papa Francisco falou aos fiéis a respeito do Capítulo 10 do Evangelho de São Lucas, que narra a hospitalidade oferecida pelas irmãs Marta e Maria a Jesus em Betânia.
As duas foram acolhedoras com o Senhor, mas tiveram atitudes diferentes: enquanto Maria, aos pés do Senhor, escutava a sua palavra, Marta estava ocupada com seus afazeres, agitada por muitas coisas, e foi repreendida por Jesus. Com doçura, ele lhe explicou que se alguém quer verdadeiramente segui-lo, é necessário que se torne seu discípulo, escutando-o. Do contrário, não poderá agir em conformidade com a sua palavra.
“As obras de serviço e caridade do cristão não devem jamais se separar da oração, da escuta da Palavra do Senhor, assim como o fez Maria, aos pés de Jesus, comportando-se como uma discípula. E por isso, Marta foi repreendida”.
O Papa explicou que servir e orar são dois comportamentos importantes, mas não contrapostos; devem ser vividos em unidade e harmonia.
“A oração que não gera uma ação concreta em ajuda de nossos irmãos pobres, doentes, carentes, que precisam de nós, é uma oração estéril e incompleta. Por outro lado, quando no serviço eclesial se presta mais atenção no ‘fazer’, dando mais importância às funções e estruturas, corre-se o risco de servir apenas a si mesmo e não a Deus, presente no irmão necessitado”.
Concluindo, o Papa citou São Bento, com o seu lema “ora et labora”, e lembrou que “é da contemplação, da relação da amizade que temos com o Senhor, que nasce em nós a capacidade de viver e de ter conosco o amor de Deus, sua misericórdia e ternura para com o próximo. E a consciência de que nossa atenção com o irmão carente e nosso trabalho de caridade nas obras de misericórdia nos aproximam do Senhor”.

Semana Missionária de 15 a 21 de Julho nas Dioceses em suas Paróquias

A Paróquia Imaculada Conceição recebeu Peregrinos da Guatemala, El Salvador e Panamá - com algumas presenças ainda do México e Nicarágua.



Semana Missionária rumo a JMJ/RIO 2013 foi divulgada no dia 06 de Julho de 2013.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Desejo uma Igreja Missionária ...

O Santo Padre encontrou-se na tarde deste sábado, na Sala Paulo VI, no Vaticano, com os seminaristas, noviços, noviças, e os jovens que estão no caminho vocacional.
Em sua reflexão, o Papa Francisco chamou a atenção para um perigo constante, ou seja, a cultura do provisório:
"Eu não culpo vocês. Reprovo esta cultura do provisório que não nos faz bem, pois uma escolha definitiva hoje é muito difícil. Na minha época era mais fácil, porque a cultura favorecia uma escolha definitiva tanto para a vida matrimonial, quanto para a vida consagrada ou sacerdotal, mas nesta época não é fácil uma escolha definitiva. Nós somos vítimas desta cultura do provisório."

"Digo realmente a vocês que me sinto mal quando vejo um sacerdote ou uma religiosa com um carro chique. Não pode ser assim! Reconheço que o carro seja necessário, pois nos ajuda a nos mover com facilidade. Comprem um carro mais simples. E se você gostou do carro bonito, pense nas muitas crianças que morrem de fome. Somente isso."

O Santo Padre destacou que a "alegria nasce do sentir-se dizer: Você é importante para mim. É isso que Deus nos faz entender. Ao nos chamar, Deus nos diz: Você é importante para mim, eu te quero bem, conto contigo. Entender isso é o segredo de nossa alegria. Sentir-se amados por Deus, sentir que para Ele não somos números, mas pessoas. Sentir que é Ele quem nos chama. Tornar-se sacerdote, religioso e religiosa não é antes de tudo uma escolha nossa, mas a resposta a um chamado e um chamado de amor".

"Essa alegria é contagiosa. Não pode haver santidade na tristeza", disse o Santo Padre que deu uma forte indicação aos jovens sobre o voto de castidade, "um caminho que amadurece na paternidade e maternidade pastoral":

"Vocês, seminaristas e religiosas consagrem o seu amor a Jesus, um grande amor; o coração é para Jesus e isso nos leva a fazer o voto de castidade, o voto de celibato. Mas os votos de castidade e do celibato não terminam no momento do voto, continua. Quando um sacerdote não é pai de sua comunidade, quando uma religiosa não é mãe de todos aqueles com os quais trabalha, se tornam tristes. Este é o problema. A raiz da tristeza na vida pastoral é a falta de paternidade e maternidade que vem da maneira de viver mal esta consagração, que nos deve levar à fertilidade. Não se pode pensar num sacerdote ou numa religiosa que não são fecundos: isso não é católico! Isso não é católico! Esta é a beleza da consagração: é a alegria, a alegria".

Enfim, o Papa convidou os presentes a saírem de si mesmos para encontrar Jesus na oração e sair para encontrar os outros, e acrescentou: "Eu desejo uma Igreja missionária":

"Dêem sua contribuição em favor de uma Igreja assim: fiel ao caminho que Jesus quer. Não aprendem conosco, que não somos mais jovens; não aprendam conosco aquele esporte que nós, os velhos, muitas vezes fazemos: o esporte da reclamação. Não aprendam conosco o culto da reclamação. É uma deusa que se lamenta sempre. Sejam positivos, cultivem a vida espiritual e, ao mesmo tempo, sejam capazes de encontrar as pessoas, especialmente as desprezadas e desfavorecidas. Não tenham medo de sair e caminhar contracorrente. Sejam contemplativos e missionários. Tenham sempre Nossa Senhora com vocês. Rezem o Terço, por favor. Não o abandonem. Tenham sempre Maria em sua casa e rezem por mim, porque eu também preciso de orações, pois sou um pobre pecador."

A alegria do cristão ...

Papa Francisco: A nossa alegria é ser discípulos e amigos de Jesus

"O Evangelho deste domingo nos diz que Jesus não é um missionário isolado, não quer cumprir sozinho a sua missão, mas envolve os seus discípulos. Vemos que além dos Doze Apóstolos, ele chama outros setenta e dois e os manda aos povoados, dois a dois, para anunciar que o Reino de Deus está próximo. Isso é muito bonito! Jesus não quer agir sozinho. Ele veio trazer ao mundo o amor de Deus e quer difundi-lo com o estilo de comunhão e fraternidade. Por isso, forma imediatamente uma comunidade de discípulos, que é uma comunidade missionária. Ele forma imediatamente os discípulos para a missão, para ir."

O Santo Padre sublinhou que "o objetivo não é socializar, passar o tempo juntos, não. O objetivo é anunciar o Reino de Deus e isso é urgente! Não há tempo a perder com conversa, não é preciso esperar o consenso de todos. É necessário ir e anunciar. A todos devemos levar a paz de Cristo e se não a acolherem, vamos em frente. Aos doentes se leva a cura, porque Deus quer curar o ser humano de todo mal. Quantos missionários fazem isso! Eles semeiam vida, saúde e conforto nas periferias do mundo".

"Estes setenta e dois discípulos que Jesus manda à sua frente, quem são eles? Quem eles representam? Se os Doze são os Apóstolos e representam também os bispos, os seus sucessores, esses setenta e dois podem representar os outros ministros ordenados, presbíteros e diáconos; mas num sentido mais amplo, podemos pensar em outros ministérios na Igreja, nos catequistas e fiéis leigos que trabalham nas missões paroquiais, naqueles que trabalham com os doentes, com as várias formas de desconforto e marginalização, mas sempre como missionários do Evangelho, com a urgência do Reino que está próximo."

O Evangelho nos diz que os setenta e dois voltaram de sua missão cheios de alegria, porque tinham experimentado o poder do Nome de Cristo contra o mal. Jesus confirma isso. A esses discípulos Ele dá a força para destruir o mal, mas acrescenta: "Contudo, não se alegrem porque os maus espíritos obedecem a vocês; antes, fiquem alegres porque os nomes de vocês estão escritos no céu". Não devemos nos vangloriar como se fôssemos os protagonistas: o protagonista é o Senhor, a sua graça. A nossa alegria é somente essa: ser seus discípulos, seus amigos. Que Maria nos ajude a ser bons operários do Evangelho.

"Para o Ano da Fé, o Papa emérito Bento XVI iniciou esta encíclica, após a da caridade e esperança. Eu peguei esse projeto e o concluí. Eu o ofereço com alegria a todo o Povo de Deus. Hoje, especialmente precisamos ir ao essencial da fé cristã, precisamos aprofundá-la e confrontá-la com as problemáticas atuais. Acredito que esta encíclica, pelo menos em algumas partes, poderá ser útil para aqueles que estão à procura de Deus e do sentido da vida. Eu a coloco nas mãos de Maria, ícone perfeita da fé, para que possa dar os frutos que o Senhor deseja."

Papa concede indulgências para participantes da JMJ Rio 2013

O Papa Francisco promulgou o decreto que concede indulgência aos participantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013). De acordo com o texto do decreto, a indulgência pode ser recebida por todos que os participarem da JMJ, até mesmo espiritualmente. O decreto foi assinado em 2 julho pela Penitenciaria Apostólica.
O decreto explica que será concedida a Indulgência parcial aos fiéis, onde quer que se encontrem durante a Jornada. Para isso, os jovens precisam rezar pelas intenções do Sumo Pontífice elevando fervorosas orações a Deus, concluindo com a oração oficial da Jornada Mundial da Juventude. Os fiéis devem invocar a Santa Virgem Maria, Rainha do Brasil, sob o título de "Nossa Senhora da Conceição Aparecida", bem como aos outros patronos e intercessores da Jornada a fim de que estimulem os jovens a se fortalecerem na fé e a caminharem na santidade. Os jovens também devem se confessar e comungar.

Veja abaixo a íntegra do decreto

Penitenciaria Apostólica

Rio de Janeiro

Decreto

Concede-se o dom das Indulgências por ocasião da "XXVIII Jornada Mundial das Juventude", que será celebrada no Rio de Janeiro durante o corrente Ano da Fé.
O Santo Padre Francisco, desejando que os jovens, em união com os fins espirituais do Ano da Fé, convocado pelo Papa Bento XVI, possam obter os frutos esperados de santificação da "XXVIII Jornada Mundial da Juventude, que se celebrará de 22 a 29 do próximo mês de Julho, no Rio de Janeiro, e que terá por tema: 'Ide e fazei discípulos por todas as nações' (cfr. Mt 28, 19)", na Audiência concedida no passado 3 de junho ao subscrito Cardeal Penitenciário-mor, manifestando o coração materno da Igreja, do Tesouro das satisfações de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Beatíssima Virgem Maria e de todos os Santos, estabeleceu que todos os jovens e todos os fiéis devidamente preparados pudessem usufruir do dom das Indulgências como determinado:
a) Concede-se a Indulgência plenária, obtenível uma vez por dia mediante as seguintes condições (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração segundo as intenções do Sumo Pontífice) e ainda aplicável a modo de sufrágio pelas almas dos fiéis defuntos, pelos fiéis verdadeiramente arrependidos e contritos, que devotamente participem nos ritos sagrados e exercícios de piedade que terão lugar no Rio de Janeiro. Os fiéis legitimamente impedidos, poderão obter a Indulgência plenária desde que, cumprindo as comuns condições espirituais, sacramentais e de oração, com o propósito de filial submissão ao Romano Pontífice, participem espiritualmente nas sagradas funções nos dias determinados, desde que sigam estes ritos e exercícios piedosos enquanto se desenrolam, através da televisão e da rádio ou, sempre que com a devida devoção, através dos novos meios de comunicação social;
b) Concede-se a Indulgência parcial aos fiéis, onde quer que se encontrem durante o mencionado encontro, sempre que, pelo menos com alma contrita, elevem fervorosamente orações a Deus, concluindo com a oração oficial da Jornada Mundial da Juventude, e devotas invocações à Santa Virgem Maria, Rainha do Brasil, sob o título de "Nossa Senhora da Conceição Aparecida", bem como aos outros Patronos e Intercessores do mesmo encontro, de modo a que estimulem os jovens a se fortalecerem na fé e a caminharem na santidade.
Para que os fiéis possam mais facilmente participarem destes dons celestes, os sacerdotes, legitimamente aprovados para ouvir confissões sacramentais, com ânimo pronto e generoso se prestem a acolhê-las e proponham aos fiéis orações públicas, pelo bom êxito desta "Jornada Mundial da Juventude".
O presente Decreto tem validade para este encontro. Não obstante qualquer disposição contrária.
Dado em Roma, na Sede da Penitenciaria Apostólica, no dia 24 de Junho do ano do Senhor de 2013, na solenidade de São João Batista.

Cardeal Manuel Monteiro de Castro

Penitenciário-mor
Mons. Krzysztof Nykiel
Regente