domingo, 25 de agosto de 2013

"Não devemos ser cristãos de etiqueta. Mas cristãos de verdade, de coração", disse o Papa no Angelus ao refletir sobre a 'porta estreita'


 
O Papa Francisco recitou a Oração mariana do Angelus neste domingo, 25 de agosto, desde a janela do apartamento Pontifício, diante de milhares de fiéis e turistas reunidos na Praça São Pedro. Antes de lançar um novo apelo pela paz na Síria, o Santo Padre falou sobre a salvação eterna e o convite de Jesus para passarmos pela porta estreita.
“Esforçai-vos para entrar pela porta estreita”, respondeu Jesus a alguém que lhe interpelou no caminho para Jerusalém sobre quantos seriam salvos. “O Senhor indica assim qual é o caminho da salvação. Mas qual é a porta que devemos entrar?”.
O Papa explicou que a imagem da porta aparece várias vezes no Evangelho “e evoca aquela da casa, do lar doméstico, onde encontramos segurança, amor, calor. Jesus nos diz que existe uma porta que nos faz entrar para a família de Deus, no calor da casa de Deus, da comunhão com Ele.
Esta porta é o próprio Jesus. Ele é a porta. Ele é a passagem para a salvação. Ele nos conduz ao Pai. E a porta, que é Jesus, nunca está fechada, está sempre aberta a todos, sem distinção, sem exclusão, sem privilégios. Porque vocês sabem, Jesus não exclui ninguém. Alguém entre vocês poderia me dizer: ‘Mas, Padre, eu sou excluído porque sou um grande pecador: fiz coisas erradas, fiz tantas coisas erradas, na vida...’. Não. Você não está excluído” Precisamente por isto és o preferido, porque Jesus prefere o pecador, sempre. Para perdoá-lo, para amá-lo...Jesus está te esperando para abraçar-te, para perdoar-te..Não tenha medo. Ele te espera. Tenha ânimo, tenha coragem para entrar na sua porta” (...) “Todos são convidados a passar por esta porta, passar pela porta da fé, entrar na sua vida e deixá-Lo entrar na nossa vida, para que a transforme, renove, dê a ela alegria plena e duradoura” – acrescentou o Papa. “Passamos diante de tantas portas que nos convidam a entrar e prometem uma felicidade que dura um instante, se esgota em si mesma e não tem futuro”. E exortou:
Gostaria de dizer com força: não tenhamos medo de passar pela porta da fé em Jesus, de deixá-lo entrar sempre mais na nossa vida, de sairmos dos nossos egoísmos, dos nossos fechamentos, das nossas indiferenças em relação aos outros. Porque Jesus ilumina a nossa vida com uma luz que não se apaga nunca. Não é um fogo de artifício, não é um flash, não! É uma luz tranqüila que dura para sempre e nos dá paz. Assim é a luz que encontramos se entramos pela porta de Jesus”.
O Papa explica então, que “a porta de Jesus é uma porta estreita, não porque seja uma sala de tortura, mas porque exige abrir o nosso coração a Ele, reconhecermo-nos pecadores, necessitados de sua salvação, do seu perdão, do seu amor, de ter a humildade em acolher a sua misericórdia e de nos deixar renovar por Ele”, e recorda que “Jesus no Evangelho nos diz que ser cristão não é ter uma ‘etiqueta’”: E eu pergunto a vocês: vocês são cristãos de etiqueta ou de verdade? Mas cada um de nós responda dentro de si mesmo, eh...? Nunca cristãos de etiqueta! Mas cristãos de verdade, de coração. Ser cristão é viver e testemunhar a fé na oração, nas obras de caridade, na promoção da justiça, no fazer o bem. Pela porta estreita que é Cristo deve passar toda a nossa vida”.
A Virgem Maria, Porta do Céu, o Papa Francisco pediu “que nos ajude a atravessar a porta da fé, a deixar que o seu Filho transforme a nossa existência como transformou a sua para levar a todos a alegria do Evangelho”.




quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O Papa comunica-se com a juventude

"Encontro-me de volta em casa e lhes garanto que a minha alegria é bem maior que o meu cansaço”.
Agora, jovens amigos, devemos continuar a viver, dia após dia, aquilo que juntos professamos na JMJ". (Tuíte
Queridos jovens, vale a pena apostar em Cristo e no Evangelho, arriscar tudo por grandes ideais!" (Tuíte do Papa Francisco) ...»

Possuindo o dom da cura, ainda em vida intercedeu em vários milagres (S. Pio X - 21.08.2013)

Santo Pio X Papa
1835-1914

Seu nome de batismo era José Melquior Sarto, oriundo de família humilde e numerosa, mas de vida no seguimento de Cristo. Nasceu numa pequena aldeia de Riese, na diocese de Treviso, no norte da Itália, no dia 2 de junho de 1835. Desde cedo, José demonstrava ser muito inteligente e, por causa disso, seus pais fizeram grande esforço para que ele estudasse. Todos os dias, durante quatro anos, o menino caminhava com os pés descalços por quilômetros a fio, tendo no bolso apenas um pedaço de pão para o almoço. E desde criança manifestou sua vontade de ser padre.
Quando seu pai faleceu, sua mãe, Margarida, uma camponesa corajosa e pia, não permitiu que ele abandonasse o caminho escolhido para auxiliar no sustento da casa. Ficou no seminário e, aos vinte e três anos, recebeu a ordenação sacerdotal com mérito nos estudos. Teve uma rápida ascensão dentro da Igreja. Primeiro, foi vice-vigário em uma pequena aldeia, depois vigário de uma importante paróquia, cônego da catedral de Treviso, bispo da diocese de Mântua, cardeal de Veneza e, após a morte do grande papa Leão XIII, foi eleito seu sucessor, com o nome de Pio X, em 1903.
No Vaticano, José Sarto continuou sua vida no rigor da simplicidade, modéstia e pobreza. Surpreendeu o mundo católico quando adotou como lema de seu pontificado "restaurar as coisas em Cristo". Tal meta traduziu-se em vigilante atenção à vida interna da Igreja. Realizou algumas renovações dentro da Igreja, criando bibliotecas eclesiásticas e efetuando reformas nos seminários. Pelo grande amor que dispensava à música sagrada, renovou-a. Reformou, também, o breviário.
Sua intensa devoção à Eucaristia permitiu que os fiéis pudessem receber a comunhão diária, autorizando, também, que a primeira comunhão fosse ministrada às crianças a partir dos sete anos de idade. Instituiu o ensino do catecismo em todas as paróquias e para todas as idades, como caminho para recuperar a fé, e impôs-se fortemente contra o modernismo. Outra importante característica de sua personalidade era a bondade suave e radiante que todos notavam e sentiam na sua presença.
Pio X não foi apenas um teólogo. Foi um pastor dedicado e, sobretudo, extremamente devoto, que sentia satisfação em definir-se como "um simples pároco do campo". Ficou muito amargurado quando previu a Primeira Guerra Mundial e sentiu a impotência de nada poder fazer para que ela não acontecesse.
Possuindo o dom da cura, ainda em vida intercedeu em vários milagres. Consta dos relatos que as pessoas doentes que tinham contato com ele se curavam. Discorrendo sobre tal fato, ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de são Pedro". Quando alguém o chamava de "padre santo", ele corrigia sorrindo: "Não se diz santo, mas Sarto", numa alusão ao seu sobrenome de família.
No dia 20 de agosto de 1914, aos setenta e nove anos, Pio X morreu. O povo, de imediato, passou a venerá-lo como um santo. Mas só em 1954 ele foi oficialmente canonizado.




 


"Não se pode ter paz sem diálogo", diz o Papa Francisco

"Não se pode ter paz sem diálogo", diz o Papa em encontro com estudantes japoneses

“O diálogo é muito importante para o amadurecimento, porque no confronto com outras pessoas e culturas, no salutar confronto com outras religiões, nós crescemos e amadurecemos”. Foi o que disse o Papa Francisco no Pátio de São Damaso a 200 jovens (acompanhados por 15 professores), da Seibu Gauken Bunri Junior, uma escola superior de Tóquio. “É o diálogo que faz a paz – continuou o Pontífice – não se pode ter paz sem diálogo. Todas as guerras, todas as lutas, todos os problemas existem por causa da falta de diálogo”. Há anos, esta escola (onde estudam cristãos e budistas) mantém a tradição de organizar uma viagem a Roma em agosto e participar de uma audiência geral das quartas-feiras. A viagem havia sido reservada antes que o Vaticano anunciasse o cancelamento das audiências gerais neste mês. Num gesto de amizade, o Papa abriu uma exceção e decidiu encontrar-se com os estudantes, no pátio interno do Vaticano.“Para mim esta visita é um prazer; espero que esta viagem seja muito frutífera para vocês, porque conhecer outras pessoas e culturas faz muito bem. Quando nos isolamos em nós, ficamos somente com o que já temos, e não crescemos culturalmente. Mas, ao contrário, quando encontramos outras pessoas, outras culturas, outros pensamentos e outras religiões, saímos de nós mesmos e começamos esta aventura tão bela que se chama ‘diálogo’”. a sequência, Papa Francisco frisou que “o diálogo é muito importante para o amadurecimento”, mas ressalvou: “O único risco é quando no diálogo, alguém se fecha, fica com raiva e acaba brigando. Isto não é bom porque o diálogo é para se encontrar e não para brigar”. (Papa em encontro com estudantes japoneses)
 

domingo, 18 de agosto de 2013

"Alegria de seguir a Cristo...Maria caminho para o Céu...Assistência médica a crianças e idosos..."


PAPA FRANCISCO FALA À IGREJA COM CLAREZA PELO TWÍTER

11 de agosto: "Não se pode separar Cristo e a Igreja. A graça do Batismo dá-nos a alegria de seguir Cristo na Igreja e com a Igreja".

15 de agosto: “Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, e guiai-nos no caminho que conduz ao Céu”.

17 de agosto: "Não podemos dormir tranqüilos enquanto houver crianças que morrem de fome e idosos que não têm assistência médica."

"Fé e violência são incompatíveis" - Papa Francisco

No Angelus, diz Papa Francisco “fé e violência são incompatíveis”

O Papa Francisco rezou o Angelus deste domingo, 18 de agosto, da janela da residência pontifícia, com milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro. Na alocução que precedeu a oração mariana, o pontífice explicou um trecho da Carta aos Hebreus que diz: "Corramos com perseverança na corrida, mantendo os olhos fixos em Jesus, autor e consumador da fé". "É uma expressão que devemos sublinhar especialmente neste Ano da Fé. Nós, também, ao longo deste ano, mantemos os olhos fixos em Jesus, porque a fé, que é o nosso sim à relação filial com Deus, vem d'Ele: Ele é o único mediador desta relação entre nós e nosso Pai que está nos céus. Jesus é o Filho, e Nele somos filhos", frisou Francisco. O Santo Padre recordou que a Palavra de Deus deste domingo contém uma palavra de Jesus que nos coloca em crise, e precisa ser explicada, caso contrário, pode levar a mal-entendidos. "Jesus diz aos seus discípulos: Vocês pensam que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu lhes digo, vim trazer divisão. O que isso significa? Significa que a fé não é algo decorativo, ornamental. Viver a fé não é decorar a vida com um pouco de religião, como se fosse um bolo que decoramos com o glacê. Não! A fé não é isso. A fé significa escolher Deus como critério-base da vida e Deus não é vazio, Deus não é neutro, Deus é sempre positivo, Deus é amor e o amor é positivo", frisou o pontífice! O Papa disse ainda que "depois que Jesus veio ao mundo, não podemos mais agir como se Deus não o conhecêssemos, como se fosse algo abstrato, vazio, de referência puramente nominal. Não. Deus tem um rosto concreto, tem um nome: Deus é misericórdia, Deus é fidelidade, é vida que se doa a todos nós. É por isso que Jesus diz: vim trazer divisão, não que Jesus queira dividir as pessoas umas das outras, pelo contrário, Jesus é a nossa paz, é a nossa reconciliação! Mas esta paz não é a paz dos sepulcros, não é neutralidade. Jesus não traz neutralidade. Esta paz não é um compromisso a todo custo". "Seguir Jesus significa renunciar ao mal, ao egoísmo e escolher o bem, a verdade, a justiça, mesmo quando isso exige sacrifício e renúncia dos próprios interesses. E isso sim divide, nós sabemos, divide os vínculos mais estreitos. Mas atenção: não é Jesus quem divide! Ele põe o critério: viver para si mesmos ou viver para Deus e para os outros, ser servido ou servir, obedecer a si mesmo ou obedecer a Deus. E neste sentido Jesus é sinal de contradição", destacou o pontífice. Francisco frisou que "esta palavra do Evangelho não autoriza o uso da força para difundir a fé. É exatamente o contrário: a verdadeira força do cristão é a força da verdade e do amor, que leva a renunciar a toda violência. Fé e violência são incompatíveis. Fé e violência são incompatíveis. Em vez disso, fé e fortaleza caminham juntas. O cristão não é violento, mas é forte. E com qual fortaleza? Com a da mansidão. A força da mansidão, a força do amor". O Santo Padre recordou que "entre os parentes de Jesus havia alguns que não partilharam o seu modo de viver e pregar, diz o Evangelho. Mas sua mãe sempre o seguiu fielmente, mantendo fixos os olhos de seu coração em Jesus, o Filho do Altíssimo, e em seu mistério. No final, graças à fé de Maria, os familiares de Jesus tornaram-se parte da primeira comunidade cristã. Peçamos a Maria que nos ajude também a manter os olhos bem fixos em Jesus e a segui-lo sempre".



domingo, 11 de agosto de 2013

A todos os pais: Feliz dia dos pais! Ouçamos os conselhos do nosso Papa.

"Amor de Deus dá sentido a tudo, até aos pecados", diz Papa Francisco

Milhares de fiéis e romanos lotaram novamente neste domingo, 11 de agosto, a Praça São Pedro, no Vaticano, para ouvir e ver o Papa Francisco. Muitos agitavam bandeiras de seus países, e entre elas, entreviam-se diversas brasileiras. A reflexão do Pontífice, como já é tradição, partiu de um texto preparado, mas extrapolou em uma improvisação autêntica e eficaz que entusiasmou todos os presentes.
O Papa lembrou que “no Evangelho deste domingo, Lucas nos fala do desejo do encontro definitivo com Cristo, um desejo que nos faz estar sempre prontos, com o espírito desperto, porque aguardamos este encontro de todo coração, inteiramente. Este é um aspecto fundamental da vida cristã”. Envolvendo os fiéis em sua catequese, Francisco convidou a responderem a duas perguntas.
A primeira: “Vocês têm realmente um coração desejoso de encontrar Jesus? Ou seu coração está fechado, adormecido, anestesiado? Pensem e respondam em silêncio, em seus corações”, pediu.
Em seguida, comentou a afirmação de Lucas “onde está o seu tesouro, está o seu coração”, e fez a segunda pergunta:
“Onde está o seu tesouro? Qual é para vocês a realidade mais importante, mais preciosa, a realidade que atrai seu coração como um imão? Pode-se dizer que é o amor de Deus? Alguns poderiam me responder: Pai, mas eu trabalho, tenho família, para mim a realidade mais importante è conseguir manter minha família, meu trabalho... Certo, é verdade, mas qual é a força que mantém unida uma família? É justamente o amor de Deus que dá sentido aos pequenos compromissos cotidianos e que ajuda a enfrentar as grandes dificuldades. Este é o verdadeiro tesouro do homem”.
Segundo Papa Francisco, “o amor de Deus não é algo indefinido, um sentimento genérico, não é ar; o amor de Deus tem um nome e um rosto: Jesus Cristo, porque não podemos amar o ar. Amamos pessoas, e aquela pessoa é Jesus”. “É um amor – explicou – que dá valor e beleza a todo o resto: à família, ao trabalho, ao estudo, à amizade, à arte, a qualquer atividade humana”.
“Este amor dá sentido também – concluiu – às experiências negativas, porque nos permite ir adiante, não ficar prisioneiros do mal, e sim ir além; nos abre sempre à esperança, ao horizonte final de nossa peregrinação. Assim, até os cansaços, quedas e pecados ganham um sentido, porque o amor de Deus nos perdoa”.



domingo, 4 de agosto de 2013

No 18º Domingo no Angellus o Santo Padre recorda da JMJ/Rio 2013


No Angellus, disse o Papa Francisco: A JMJ foi um grande dom para o Brasil, para a América Latina e para o mundo inteiro

"As Jornadas Mundiais da Juventude não são 'fogos de artifício'": com essas palavras, o Papa Francisco – na alocução que precedeu a oração do Angelus deste domingo, ao meio-dia, na Praça São Pedro, após seu retorno, domingo passado, do Rio de Janeiro – quis ressaltar o sentido de um caminho dos jovens, que prossegue no tempo, pelos continentes, com a Cruz de Cristo, para vencer "a vaidade do cotidiano".
Um "grande dom" para o Brasil, para a América Latina e para o mundo inteiro. O Santo Padre pediu a todos que agradecessem ao Senhor pela JMJ celebrada no Rio de Janeiro.
"Jamais devemos nos esquecer que as Jornadas Mundiais da Juventude não são 'fogos de artifício', momentos de entusiasmo fim em si mesmo."
São etapas de um longo caminho iniciado em 1985 por João Paulo II e continuado com Bento XVI. E "também eu pude viver esta maravilhosa etapa no Brasil", acrescentou o Pontífice, chamando a atenção para uma questão muito importante:
"Recordemos sempre: os jovens não seguem o Papa, seguem Jesus Cristo, carregando a sua Cruz."
O Papa guia e acompanha os jovens neste caminho de fé e de esperança. Em seguida, Francisco expressou um caloroso ulterior agradecimento aos jovens que participaram da JMJ, "inclusive a custa de sacrifícios", e a todo o povo brasileiro, "generoso", "de grande coração":
"O Senhor recompense todos aqueles que trabalharam por esta grande festa da fé. Quero ressaltar o meu agradecimento: muito obrigado! Muito obrigado aos brasileiros! Brava gente do Brasil, um povo de grande coração. Não esqueço seu caloroso acolhimento, suas saudações, seus olhares, tanta alegria, um povo generoso. Peço ao Senhor que o abençoe muito!"
Em seguida, o Santo Padre expressou uma intenção de oração a fim de que os jovens que se encontraram no Rio de Janeiro possam traduzir esta experiência "nos comportamento de todos os dias", "em escolhas importantes na vida", respondendo ao chamado pessoal do Senhor", rejeitando "o absurdo de basear a própria felicidade no ter", como nos traz o Evangelho dominical.
"Os jovens são particularmente sensíveis ao vazio de significado e de valores que muitas vezes o circunda. E, infelizmente, pagam a consequência por isso."
Pelo contrário, o encontro com Jesus vivo, em sua grande família que é a Igreja, enche o coração de alegria, de bem profundo, "que não passa nem se deteriora":
"Vimos isso nos rostos dos jovens no Rio de Janeiro. Mas essa experiência deve enfrentar a vaidade cotidiana, o veneno do vazio que se insinua em nossas sociedades baseadas no lucro e no ter, que iludem os jovens com o consumismo."

São João Maria Vianney, rogai por nossos sacerdotes!

Festa do Santo Cura d'Ars, o sacerdote simples que ensinou como tornar-se amigo de Jesus

A Igreja, que desde 1925 venera São João Maria Vianney como patrono dos párocos, celebra neste 4 de agosto a sua memória litúrgica, sendo universalmente conhecido como o Santo Cura d'Ars.
Tendo vivido entre 1786 e 1859, a sua obra pastoral realizada durante 40 anos num pequeno vilarejo do sul da França tornou-se um modelo de santidade sacerdotal. Em 2009, Bento XVI confiou o Ano Sacerdotal à sua figura e proteção, traçando-lhe um admirável retrato.
O mais Santo dos párocos da história da Igreja era considerado, pela maior parte de seus formadores, uma lástima. Quando se tornou sacerdote, aos 29 anos, João Maria Vianney era praticamente considerado "idoso". A culpa disso era de um grave atraso de partida – aos 17 anos entendia muito mais de ovelhas e bois, dos quais se ocupava desde criança, do que dos livros – e, sobretudo, o tempo dedicado ao estudo do latim, com irremediável dificuldade de aprendizagem.
A vida do futuro Cura d'Ars foi um verdadeiro romance. Desde jovem era alegre e sensível à fé, mas quando pensou no seminário não tinha condições econômicas para pagar as parcelas e quando um generoso sacerdote, que o ajudou por muitos anos, se ofereceu para que ele começasse a preparação, as dificuldades de aprendizagem e os freqüentes fracassos fizeram dele objeto de chacota: um despreparado, bom para trabalhar no campo, e não para o austero prestígio da batina.
Porém, conseguiu tornar-se sacerdote, grato a Deus como poucos pelo dom recebido, e se lançou com ardor em sua missão.
Foi uma chama que não se atenuou quando descobriu para onde deveria transferir-se: uma paróquia num rincão perdido da França, Ars, casas de taipa, 200 habitantes e uma situação coletiva de grande ignorância.
Aí, do coração daquele jovem padre "idoso" por muitos julgado insipiente, brotou um prodígio que em pouco tempo transformou o vilarejo esquecido por Deus num vilarejo onde Deus escolheu uma casa. O que tinha acontecido o explicou Bento XVI quatro atrás:
"No serviço pastoral, tão simples quanto extraordinariamente fecundo, este anônimo pároco de um perdido vilarejo do sul da França conseguiu de tal modo ensimesmar-se com o próprio ministério, que se tornou, inclusive de modo visível e universalmente reconhecido, alter Christus, imagem do Bom Pastor, que, diferentemente do mercenário, dá a vida por suas ovelhas. A exemplo do Bom Pastor, ele deu a vida nas décadas de seu serviço sacerdotal."
O cura da zona rural era um homem pobre entre os pobres, que rezava muito, ia aos campos em busca de seus paroquianos, reunia seus filhos analfabetos para ensinar-lhes o catecismo e catequizava os adultos aos domingos, com homilias tão simples quanto incisivas que em pouco tempo na pequena igreja de Ars só tinha lugar para ficar de pé.
Sem dar trégua, iniciou uma luta contra as conseqüências da ignorância, por exemplo, combatendo o abuso do álcool, situação em que se encontravam muitos camponeses.
Do púlpito, lançou-se contra os botequins que, dizia, "roubam o pão de uma pobre mulher e de seus filhos servindo bebidas a estes embriagados que gastam no domingo tudo aquilo que ganharam durante a semana", colocando-se "abaixo dos animais mais bestiais".
Por outro lado, foi mestre do perdão sacramental, que administrava ininterruptamente durante horas, esquecendo-se até mesmo de alimentar-se:
"A sua existência foi uma catequese viva, que adquiria uma eficácia particularíssima quando as pessoas viam-no celebrar a missa, colocar-se em adoração diante do tabernáculo ou transcorrer muitas horas no confessionário."
Olhando para o modelo de sacerdócio iluminado do Cura d'Ars, o Papa agora emérito afirmou: "A credibilidade do testemunho e, definitivamente, a eficácia da própria missão de todo sacerdote, depende da santidade".
"Foi um 'apaixonado' por Cristo, e o verdadeiro segredo de seu sucesso pastoral foi o amor que tinha pelo Mistério eucarístico anunciado, celebrado e vivido, que se tornou amor pelo rebanho de Cristo, os cristãos e por todas as pessoas que buscam Deus."
(Rádio Vaticano)




Belíssima conclusão para a abençoada JMJ/Rio 2013

JMJ Rio2013 superou todas as expectativas

Os resultados alcançados pela Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 superaram todas as expectativas, segundo o Arcebispo do Rio de Janeiro e Presidente do Comitê Organizador Local (COL), Dom Orani Tempesta. O público presente à Missa de Envio chegou a 3,7 milhões de pessoas, seis vezes maior que o número presente no primeiro Ato Central - a Missa de Abertura -, estimado em 600 mil participantes. O impacto econômico também foi significativo. Os visitantes desembolsaram R$ 1,8 bilhões, segundo dados do Ministério do Turismo.
Mas a renovação da fé e da esperança é o principal legado que a JMJ Rio2013 deixará no coração dos jovens, de acordo com Dom Orani. “Os jovens levaram consigo uma experiência de fé, de esperança muito grande. Tenho certeza de que jamais esqueceremos. Os jovens já são protagonistas hoje. O meu coração está muito agradecido”, destacou. O Arcebispo disse ainda que está sendo viabilizada a criação de um instituto para a juventude que terá a responsabilidade de guardar as experiências da JMJ Rio2013 e trabalhar pelos jovens.
No total, mais de 3,5 milhões de pessoas participaram dos eventos da JMJ em Copacabana, Quinta da Boa Vista, Rio Centro e em diversas paróquias da cidade. A cerimônia de acolhida do Papa Francisco, na quinta-feira, 25, reuniu 1,2 milhões de pessoas em Copacabana, enquanto a Via-Sacra chegou a 2 milhões na sexta-feira, 26. Na vigília, cerca de 3,5 milhões de jovens estiveram na praia de Copacabana.
As inscrições foram 427 mil, com peregrinos de 175 países. Os inscritos com hospedagens foram cerca de 180 mil, enquanto as vagas disponibilizadas para hospedagem em casas de família e instituições chegaram a 356,4 mil.
O maior número de participantes era de latino-americanos. Os países com o maior número de inscritos foram, respectivamente, Brasil, Argentina, Estados Unidos, Chile, Itália, Venezuela, França, Paraguai, Peru e México. Do total dos inscritos internacionais, 72,7% estiveram no Brasil pela primeira vez e 86,9% nunca haviam participado de uma Jornada. Foram credenciados 6,4 mil jornalistas para cobrir a JMJ Rio2013 em 57 países.
Foram mais de 70 mil downloads no site oficial da JMJ Rio2013 e mais de 200 mil acessos. O facebook recebeu mais de 1,1 milhão de curtidas e o flickr superou 10 mil downloads.
Entre os peregrinos inscritos, 55% são do sexo feminino; 60% do público tem entre 19 e 34 anos. Foram 644 Bispos inscritos, dos quais 28 são Cardeais. Além disso, foram 7814 sacerdotes inscritos e 632 diáconos. Para cobrir a JMJ Rio2013 em 57 países, foram credenciados 6,4 mil jornalistas.
O evento também contou com 264 locais de catequese, em 25 idiomas. Foram 60 mil voluntários, mais de 800 artistas participantes dos Atos Centrais. Um total de 100 confessionários foram expostos na Feira Vocacional e no Largo da Carioca e 4 milhões de hóstias produzidas, 800 mil para Missa de Envio.
A geração de lixo foi inferior a outros eventos que acontecem em Copacabana, como o Réveillon. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) removeu 345 toneladas de resíduos orgânicos e 45 toneladas de materiais recicláveis, durante a JMJ Rio2013. O número representa cerca de 10% a menos do registrado na noite do último Ano Novo.
Entre os vários momentos significativos vividos junto ao Santo Padre, o Arcebispo do Rio destacou dois: a relação de carinho com as crianças e a oração ao Cristo Redentor. “Todas as vezes que nos deslocávamos de helicóptero, o Santo Padre olhava para o Cristo e rezava. Eu que estava atrás dele, pude presenciar várias vezes esses momentos de oração. (D.Orani)
A proximidade do Papa com as pessoas traz um testemunho para o mundo de que a Igreja está perto das pessoas, como uma mãe de seus filhos, explicou Dom Orani. “A Igreja antes de mais nada anuncia uma boa notícia a todos”, disse. Outro legado deixado pela JMJ Rio2013 foi a atenção do poder público e da mídia para a Região Oeste, onde está Guaratiba.
A cruz da JMJ e o Ícone de Nossa Senhora serão entregues à Cracóvia, próxima cidade-sede, apenas em Roma. A tradição é que sejam enviados para o Pontifício Conselho para os Leigos e no domingo de Ramos do próximo ano, serão entregues aos jovens da Polônia em cerimônia que deverá acontecer em Roma.