segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!

            Mais um ano termina, e com ele, devem ficar os nossos louvores e agradecimentos ao nosso Deus - que já iniciamos nas páginas anteriores.
            Em meio as turbulências da vida, e em especial do ano de 2012, precisamos agir como Sidrac, Misac e Abdênago do livro de Daniel, que em meio a fornalha ardente, louvavam e exaltava o Senhor Deus em uma só voz.
            A nossa proposta hoje é também essa, de nos unir para louvar, glorificar e bendizer a Deus pelo ano que já está passando, reconhecendo a grandeza e o Poder de Deus em cuidar de tudo e de todas as coisas do alto de Sua Majestade Infinita e de Sua Proviência Criadora.
            Oremos! Cantemos! ... Ao término de 2012 e a chegada de 2013.
 
 
52. Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais, digno de louvor e de eterna glória! Que seja bendito o vosso santo nome glorioso, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!
53. Sede bendito no templo de vossa glória santa, digno do mais alto louvor e de eterna glória!
54. Sede bendito por penetrardes com o olhar os abismos, e por estardes sentado sobre os querubins, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!
55. Sede bendito sobre vosso régio trono, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!
56. Sede bendito no firmamento dos céus, digno do mais alto louvor e de eterna glória!
57. Obras do Senhor, bendizei todas o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
58. Céus, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
59. Anjos do Senhor, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
60. Águas e tudo o que está sobre os céus, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
61. Todos os poderes do Senhor, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
62. Sol e lua, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
63. Estrelas dos céus, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
64. Chuvas e orvalhos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
65. Ó vós, todos os ventos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
66. Fogo e calor, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
67. Frio e geada, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
68. Orvalhos e gelos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
69. Frios e aragens, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
70. Gelos e neves, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
71. Noites e dias, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
72. Luz e trevas, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
73. Raios e nuvens, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
74. Que a terra bendiga o Senhor, e o louve e o exalte eternamente!
75. Montes e colinas, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
76. Tudo o que germina na terra, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
77. Mares e rios, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
78. Fontes, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
79. Monstros e animais que vivem nas águas, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
80. Pássaros todos do céu, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
81. Animais e rebanhos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
82. E vós, homens, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
83. Que Israel bendiga o Senhor, e o louve e o exalte eternamente!
84. Sacerdotes, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
85. Vós que estais a serviço do templo, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
86. Espíritos e almas dos justos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
87. Santos e humildes de coração, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
88. Ananias, Azarias e Misael, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente, porque ele nos livrou da permanência nas trevas, salvou-nos da mão da morte; tirou-nos da fornalha ardente, e arrancou-nos do meio das chamas.
89. Glorificai o Senhor porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia.
90. Homens piedosos, bendizei o Senhor, Deus dos deuses, louvai-o, glorificai-o, porque é eterna a sua misericórdia!
 
            E ... sob a unção do Espírito Santo, desejamos-lhe:

UM SANTO & VENTUROSO 2013!
Estela Márcia

    

domingo, 30 de dezembro de 2012

“As lições de Nazaré”

“Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré! Como gostaríamos, junto a Maria, de recomeçar a adquirir a verdadeira ciência e a elevada sabedoria das verdades divinas (...)
  • Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo.
  • Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função primária no plano social.
  • Uma lição de trabalho. Ó Nazaré, ó casa do “filho do carpinteiro”! É aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei, severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a consciência da nobreza do trabalho; aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim. Finalmente, como gostaríamos de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor.” (Papa Paulo VI)
Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós e nossas famílias!
Estela Márcia

sábado, 29 de dezembro de 2012

O ADVENTO DE 2013

Estamos às portas do Ano de 2013. Fazendo todos os agradecimentos pelo ano que vai terminando, precisamos também nos revestir de uma espiritualidade toda própria para “esperar” o ano que vem.
Se no Tempo do Advento do Natal - há poucos dias vivido por toda a Igreja - vivíamos o apelo para os comportamentos essenciais do cristão, como a expectativa vigilante e alegre, a esperança, a conversão e a pobreza para a chegada do Menino-Deus, hoje estamos nos preparando com os mesmos valores, sem ilusões de um tempo mágico que “na virada”, como dizem muitos, estaríamos vivendo uma transformação. Terrível engano é este, o de pensar que num passo de mágica estaríamos “transformando” nossas vidas.
Sabemos que a transformação é possível sim, mas para isso ocorra, é necessário uma conversão de vida, de valores e de escolhas, capazes de tornarem-se todo o projeto de um “Ano Novo”, verdadeiramente novo.
Portanto, a Igreja nos propõe o mesmo ensinamento, por assim dizer, o de ter vivido um bem preparado Advento para o Natal do Senhor e um Santo tempo natalino, que como conseqüência, vem gerar para nós um “Novo Ano” e uma Nova Vida. Tudo bem preparado no espírito e na carne.
A expectativa vigilante do Ano que vira é acompanhada sempre pelo convite à alegria, como no Advento do Natal. Então todo “Advento” é tempo de expectativa alegre porque aquilo que se espera certamente acontecerá. Deus é fiel. A vinda do Salvador criou para nós um clima de alegria que a liturgia do Advento não só relembrou, mas quer também nos mergulhou.
O Batista, por Graça do Espírito Santo, diante de Cristo presente em Maria, saltou de alegria no seio de sua mãe e fortaleceu a certeza do Mistério da Encarnação. Nós também, no 1º dia do Ano precisaremos saltar de alegria por estarmos sendo abençoados pela Santa Mãe de Deus que a nós saudará com as vestes da Graça do mesmo Espírito Santo que sobre ela a inundou e santificou.
Na convocação ao testemunho da esperança, a Igreja, quer nos confortar com a figura de Maria, a Mãe de Jesus. Ela que "no céu, glorificada em corpo e alma, é a imagem e a primícia da Igreja...brilha também na terra como sinal de segura esperança e de consolação para o povo de Deusa caminho, até que chegue dia do Senhor". (2 Pd 3,10).
Esse comportamento de vigilante espera na alegria e na esperança exige sobriedade, isto é, renúncia aos excessos e a tudo aquilo que possa desviar-nos da espera do Senhor. O espírito de conversão, próprio de um Advento, possui tonalidades diferentes daquelas que teimam em perder o sentido real da festa e transformá-la em um momento de pura comemoração vazia no espírito e sobrecarregada de prazeres da carne. Busquemos nos preparar, se ainda não o fizemos, confiando em Deus e nos seus projetos de Amor e Felicidade para os que a Ele se entregam, consagrando-nos desde já ao Coração da Santa Mãe de Deus e nossa.
Estela Márcia
           

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

É tempo de agradecer!

É tempo de agradecer pelo ano que termina e já entregar o ano que iniciará dentro de poucos dias. E não existe meio melhor de agradecer por todas as Graças e Bênçãos concedidas por Deus a nós do que as orações dos Salmos. Os cinco últimos Salmos são a expressão perfeita de Louvor, Honra e Glória ao nosso Senhor e Deus, Uno e Trino, Pai, Filho e Espírito Santo.
As batalhas e vitórias, conquistas e realizações dos projetos pessoais, familiares e profissionais, bem como os progressos espirituais e humanos, precisam ser agradecidas pelo coração daquele que confiou e acreditou na Misericórdia de Deus, e pode ao final deste contemplar as maravilhas por Ele realizadas.
A vida e o existir, as curas e as libertações, tudo isso e muito mais fazem parte de um projeto sonhado por Deus para nós e para os nossos. Portanto entoemos hinos e louvores, orações e ações de graças.
Deus é Bom e Amável, constrói e reconstrói, congrega e dispersa na medida das necessidades de cada um. É Ele que concede aos humildes a sabedoria e a força, o sustento e o vigor. É Ele que da a fé e a esperança, cuida e faz crescer a alma que se abandona. É Ele que dá alimento a alma e ao corpo. É ele que faz germinar a terra. É ele o único que merece toda adoração e agradecimento humano. Com o poder de Sua Palavra, Ele concede a Lei e a Salvação.
Com o salmista, louvemos ao Senhor todas as gentes e todos os povos! Famílias de toda a terra: cantemos as suas maravilhas e entoemos hinos de Glória e Louvor ao Deus que È, que Era e que sempre Será.

Louva, ó minha alma, o Senhor! Louvarei o Senhor por toda a vida. Salmodiarei ao meu Deus enquanto existir. Não coloqueis nos poderosos a vossa confiança, são apenas homens nos quais não há salvação. Quando se lhe for o espírito, ele voltará ao pó, e todos os seus projetos se desvanecerão de uma só vez. Feliz aquele que tem por protetor o Deus de Jacó, que põe sua esperança no Senhor, seu Deus. É esse o Deus que fez o céu e a terra, o mar e tudo o que eles contêm; que é eternamente fiel à sua palavra, que faz justiça aos oprimidos, e dá pão aos que têm fome. O Senhor livra os cativos; o Senhor abre os olhos aos cegos; o Senhor ergue os abatidos; o Senhor ama os justos. O Senhor protege os peregrinos, ampara o órfão e a viúva; mas entrava os desígnios dos pecadores. O Senhor reinará eternamente; ó Sião, teu Deus é rei por toda a eternidade.” (Sl. 145,1-10)
Louvai o Senhor porque ele é bom; cantai ao nosso Deus porque ele é amável, e o louvor lhe convém. O Senhor reconstrói Jerusalém, e congrega os dispersos de Israel. Ele cura os que têm o coração ferido, e pensa-lhes as chagas. É ele que fixa o número das estrelas, e designa cada uma por seu nome. Grande é o Senhor nosso e poderosa a sua força; sua sabedoria não tem limites. O Senhor eleva os humildes, mas abate os ímpios até a terra. Cantai ao Senhor um cântico de gratidão, cantai ao nosso Deus com a harpa. A ele que cobre os céus de nuvens, que faz cair a chuva à terra; a ele que faz crescer a relva nas montanhas, e germinar plantas úteis para o homem. Que dá sustento aos rebanhos, aos filhotes dos corvos que por ele clamam. Não é o vigor do cavalo que lhe agrada, nem ele se compraz nos jarretes do corredor.” (Sl 146,7-10)
Louva, ó Jerusalém, ao Senhor; louva o teu Deus, ó Sião, porque ele reforçou os ferrolhos de tuas portas, e abençoou teus filhos em teu seio. Estabeleceu a paz em tuas fronteiras, e te nutre com a flor do trigo. Ele revelou sua palavra a Jacó, e aí ela corre velozmente. Ele faz cair a neve como lã, espalha a geada, como cinza. Atira o seu granizo como migalhas de pão, diante de seu frio as águas se congelam. À sua ordem, porém, elas se derretem; faz soprar o vento e as águas correm de novo. Ele revelou sua palavra a Jacó, sua lei e seus preceitos a Israel.” (Sl 147,1-8)
Aleluia. Nos céus, louvai o Senhor, louvai-o nas alturas do firmamento. Louvai-o, todos os seus anjos. Louvai-o, todos os seus exércitos. Louvai-o, sol e lua; louvai-o, astros brilhantes. Louvai-o, céus dos céus, e vós, ó oceanos dos espaços celestes. Louvem o nome do Senhor, porque ele mandou e tudo foi criado. Tudo estabeleceu pela eternidade dos séculos; fixou-lhes uma lei que não será violada. Na terra, louvai o Senhor, cetáceos e todos das profundezas do mar; fogo e granizo, neve e neblina; vendaval proceloso dócil às suas ordens; montanhas e colinas, árvores frutíferas, árvores silvestres; feras e rebanhos, répteis e aves; reis da terra e todos os seus povos; príncipes e juízes do mundo; jovens e donzelas; velhos e crianças! Louvem todos o nome do Senhor, porque só o seu nome é excelso. Sua majestade transcende a terra e o céu, e conferiu a seu povo um grande poder. Louvem-no todos os seus fiéis, filhos de Israel, povo a ele mais chegado.” (Sl 148,1-14)
Aleluia. Cantai ao Senhor um cântico novo, ressoe o seu louvor na assembléia dos fiéis. Alegre-se Israel em seu criador, exultem em seu rei os filhos de Sião. Em coros louvem o seu nome, cantem-lhe salmos com o tambor e a cítara, porque o Senhor ama o seu povo, e dá aos humildes a honra da vitória. Exultem os fiéis na glória, alegrem-se em seus leitos. Tenham nos lábios o louvor de Deus, e nas mãos a espada de dois gumes, para tirar vingança das nações pagãs, e impor castigos aos povos; para lançar em ferros os seus reis, e pôr algemas em seus príncipes, executando contra eles o julgamento pronunciado. Tal é a glória reservada a todos os seus fiéis.” (Sl 149,1-9)
Aleluia. Louvai o Senhor em seu santuário, louvai-o em seu majestoso firmamento. Louvai-o por suas obras maravilhosas, louvai-o por sua majestade infinita. Louvai-o ao som da trombeta, louvai-o com a lira e a cítara. Louvai-o com tímpanos e danças, louvai-o com a harpa e a flauta. Louvai-o com címbalos sonoros, louvai-o com címbalos retumbantes. Tudo o que respira louve o Senhor!” (Sl 150,1-5)
Estela Márcia



           

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

“Eu vos anuncio uma grande alegria ... nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor"


“Aconteceu que, naqueles dias, César Augusto publicou um decreto, ordenando o recenseamento de toda a terra. Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam registrar-se cada um na sua cidade natal. Por ser da família e descendência de Davi, José subiu da cidade de Nazaré, na Galiléia, até a cidade de Davi, chamada Belém, na Judéia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam em Belém, completaram-se os dias para o parto, e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria. Naquela região havia pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do seu rebanho. Um anjo do Senhor apareceu aos pastores, a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles ficaram com muito medo. O anjo, porém, disse aos pastores: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal. Encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura”. E, de repente, juntou-se ao anjo uma multidão da coorte celeste. Cantavam louvores a Deus, dizendo: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados”. (Lc 2,1-14)

            Publicamos neste 3º dia do nosso Tríduo o decreto do Céu, o decreto de que a todos que desejarem poderão ver a Luz de Deus envolver a sua vida, bastando para isso, abrir o coração e deixar o Menino-Deus fazer morada e conduzir, a partir de então, todos os pensamentos, sentimentos e projetos de sua vida.
            Por ser da família e descendência de Davi, com José e Maria, seus pais, Ele espera que completem-se nos seus dias, o momento para que sua Mãe Maria, possa dar-te todos os ensinamentos de humildade, obediência e fidelidade a Deus, e com Ele, seu Senhor e Pai, fazer a Festa da Luz acontecer na sua e na minha vida.
            Dada “à Luz”, a Virgem Mãe quer cuidar e enfaixar as feridas de nossas vidas com radiação da Luz sem ocaso, que vem curar de uma vez por todas as nossas diversas enfermidades. Colocando-nos na manjedoura de seu Imaculado Coração, cuidará e preparará para que sejamos colocados Manjedoura Eterna do Coração de Seu Filho de seu Menino-Deus.
            Diante desse Divino Decreto, o anjo vem completar a notícia para nós: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor (...) Ao anjo uma multidão da corte celeste quer se unir para cantar conosco: Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados”.
            O decreto é este meus irmãos: a Festa da Luz e do Amor de Deus cantado pela corte celeste, quer e precisa ser a nossa Festa neste Natal do Senhor.
Hoje irmãos o Céu já decretou para nós: Não tenhamos medo! Tenhamos Fé e Esperança! Vivamos o Amor! Festejemos a Grande Luz que vem clarear todas as trevas do ontem de nossas vidas.
FELIZ & SANTO NATAL! ... Com Jesus, Maria e José – a Sagrada Família de Nazaré.
Estela Márcia e Família.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Bem-aventurada aquela que acreditou

"Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. (Lc 1,39-45)
            Neste 2º dia do tríduo, ...
... deixemo-nos ser visitados pela Virgem Maria, a fim de termos um Natal iluminado pela Luz do Espírito Santo que a visitou;
... como Maria Santíssima acreditemos na salvação do Natal do Senhor Jesus e busquemos ser testemunhas da Fé e da Luz que Ele veio nos trazer.
            Estela Márcia

sábado, 22 de dezembro de 2012

Assim rezava Santa Teresinha ... e hoje unimo-nos a ela (Tríduo de Natal)

            Há muitos anos experimentamos – minha alma e a Trindade Santa – das alegrias espirituais do tríduo de Natal unido a Santa Teresinha e a Santíssima Virgem.
Assim rezava Santa Teresinha ...  e hoje unimo-nos a ela. Com ela iremos orar e nos preparar para o Natal. Dizia ela:
Para mim a oração é um impulso do coração; é um simples olhar lançado em direção ao céu; é um grito de reconhecimento e amor no meio da provação, como também em meio à alegria; é, enfim, algo de grande, de sobrenatural, que me dilata a alma e me une a Jesus.”
Assim ... nos propomos orar para que o nosso Natal seja o mesmo do Senhor em nós como o foi para Teresinha na sua mais tenra idade.
Oremos assim neste primeiro dia:

            Sim ó Deus, é uma verdade!
            Ao iniciar a oração a cada dia sinto que a minha alma vai se dilatando, a ponto de não ter vontade de sair de Vossa presença.
            Que maravilha a oração, ela me faz sair do vazio e entrar no Vosso silêncio. Silêncio que produz graça. Silêncio que produz solução; que intimida a alma; que interioriza a mente e o coração; que me faz reconhecer minhas misérias para mergulhar no infinito de amor.
            Ó Jesus, quão insondáveis são as revelações que fazes a cada instante de oração!!!
            Quanta docilidade infunde na alma daquele que se recolhe e ora! É Graça! É Bênção! É loucura de amor que só poderia vir de um Deus AMOR!
            Neste Natal, permita que o silêncio da manjedoura esteja presente nos corações que a Vós se entregarem e se fizerem, como a Virgem Maria e sua dileta filha Teresinha do Menino Jesus, humildes e pequenos.
            Amém!

                                                                                                                                 Estela Márcia

domingo, 9 de dezembro de 2012

... ‘preparai o caminho do Senhor'...

            Neste 2º Domingo do Advento somos chamados a refletir sobre as duas vindas de Jesus, no nascimento (1ª vinda) e na parusia (2ª vinda). No Evangelho, encontramos na narrativa de São Lucas, a respeito da primeira vinda - em seu natal - sendo preparada por João Batista, profetizada pelo profeta Isaías: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: ‘preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados. E todas as pessoas verão a salvação de Deus’”. (Lc  3,4b-6; cf. Is 40,3). Já a segunda vinda, está sendo tratada pelo profeta Baruc: "Despe, ó Jerusalém, a veste de luto e de aflição, e reveste, para sempre, os adornos da glória vinda de Deus. Cobre-te com o manto da justiça que vem de Deus e põe na cabeça o diadema da glória do Eterno. Deus mostrará teu esplendor, ó Jerusalém, a todos os que estão debaixo do céu. Receberás de Deus este nome para sempre: “Paz-da-justiça e glória-da-piedade”. (Br 5,1-4) Tanto uma como a outra vinda requer um comprometimento maior de nossa parte. Compromisso que implica em mudança e conversão de hábitos e de valores. Estes versículos nos ajudam a compreender a riqueza deste momento litúrgico do Advento. Ao mesmo tempo, que nos desperta para o questionamento da preparação espiritual que precisamos fazer, nos conduz a renúncia de gostos e vontades,  aprimorando o zelo e o senso de justiça para com Deus e com a missão a que fomos chamados. Essa preparação proposta consiste em permitir que o Senhor endireite as nossas veredas e que nos ensine o caminho da humildade no aterramento de nosso orgulho e vaidade. Celebrando o Natal, ou caminhando consciente para o final da vida, a preparação deverá ser a mesma, baseada na busca da vivência das virtudes evangélicas - virtudes que santifiquem a nós e aos nossos irmãos. Com esse espírito o profeta aclama com insistência ‘preparai o caminho do Senhor'.
            Natal e Parusia, são temas de uma mesma Fé que sugerem e exigem do bom cristão um mergulho na santidade através de uma vida reta e piedosa, para assim tomar posse das promessas que implicam na vida de renúncia das vontades puramente humanas para algo muito maior, o encontro eterno com Deus.
            Peçamos ao Senhor que nos revele quais são as veredas que em nós precisam ser endireitadas, aterradas, rebaixadas ou aplainadas neste advento, a fim de sermos capazes de tomar posse das suas promessas de paz, justiça e glória: "Deus mostrará teu esplendor, ó Jerusalém, a todos os que estão debaixo do céu. Receberás de Deus este nome para sempre: “Paz-da-justiça e glória-da-piedade”.
Estela Márcia

sábado, 8 de dezembro de 2012

A IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA

       A vida de peregrinação cristã suscita questionamentos diversos. A todo instante somos pegos de surpresa por clamores interiores, ou por clamores externos de dúvidas referentes à fé. Um grande exemplo disso ocorre diante das inúmeras festas que o ano litúrgico nos propõe. E a melhor coisa a fazer é buscar a devida resposta, nos devidos lugares, e, com as devidas fontes de ensino da Igreja.
      No mês de dezembro a Igreja celebra a Imaculada Conceição de Maria, título concedido à Mãe de Jesus. Diante desta festa, no dia 8 (oito), muitos questionamentos mal resolvidos vêm à tona.  Seja quanto a Maternidade ou quanto a Concepção. Diz D.Estevão:
      “A Maternidade Divina é o privilégio fundamental que Maria recebeu. Deste dom muito especial decorrem as outras graças recebidas pela Virgem Santíssima. Duas delas se referem respectivamente ao início e ao fim da vida terrestre de Maria: a Imaculada Conceição e a Assunção Corporal. Para ser a digna Mãe do Verbo Encarnado, Maria foi isenta de todo o pecado e, porque isenta do pecado ou imaculada, foi também preservada da deterioração que a morte impõe ao corpo humano. O seu corpo, tabernáculo da Divindade, foi isento do poder do pecado e da morte. Assim, a Imaculada Conceição e a Assunção de Maria estão em íntima correlação entre si (...)” – BETTENCOURT, Pe. Estevão Tavares, Curso de Mariologia. Parte III/Mód. 17) .
        A mensagem que nos propomos apresentar, neste número, trata exatamente do Dogma de “Imaculada Conceição” de Maria, como nos propõe o título. O Catecismo da Igreja esclarece bem a fundamentação de nossa fé para tão nobre dogma. Na Primeira Parte, na Segunda Seção da Profissão da Fé Cristã encontramos os artigos que nos podem esclarecer tais questões.
        A predestinação de Maria é biblicamente confirmada em toda a Sagrada Escritura."Deus enviou Seu Filho" (Gl 4,4), mas, para "formar-lhe um corpo" quis a livre cooperação de uma criatura. Por isso, desde toda a eternidade, Deus escolheu, para ser a Mãe de Seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré na Galiléia, "uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria" (Lc 1,26-27). (CIC 488)
        Ao longo de toda a Antiga Aliança, a missão de Maria foi preparada pela missão de santas mulheres. No princípio está Eva: a despeito de sua desobediência, ela recebe a promessa de uma descendência que será  vitoriosa sobre o Maligno e a de ser a mãe de todos os viventes Em virtude dessa promessa, Sara concebe um filho, apesar de sua idade avançada. Contra toda expectativa humana, Deus escolheu o que era tido como impotente e fraco para mostrar sua fidelidade à sua promessa: Ana, a mãe de Samuel, Débora, Rute, Judite e Ester, e muitas outras mulheres. Maria "sobressai entre (esses) humildes e pobres do Senhor, que dele esperam e recebem com confiança a Salvação. Com ela, Filha de Sião por excelência, depois de uma demorada espera da promessa, completam-se os tempos e se instaura a nova economia" (CIC 489).
A IMACULADA CONCEIÇÃO
           Para ser a Mãe do Salvador, Maria "'foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função". (CIC 490)
           A excelência da escolha do Senhor dispõe sobre Maria a graça da vocação, graça essa que a cumulou e a tornou redimida de todo o pecado desde a concepção, levando a Igreja a confessar e proclamar, no ano de 1854 o dogma da Imaculada Conceição, pelo Papa Pio IX.  Dizia:
            “A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano foi preservada imune de toda mancha do pecado original”. (Ref. / CIC 491)
            É notório assinalarmos também que, diante da obediência de Maria a humanidade ganha um modelo de fé que assumiria com o Messias o cumprimento da promessa de salvação da humanidade.
            Como diz Santo Irineu, "obedecendo, se fez causa de salvação tanto para si como para todo o gênero humano". Do mesmo modo, não poucos antigos Padres dizem com ele: "O nó da desobediência de Eva foi desfeito pela obediência de Maria; o que a virgem Eva ligou pela incredulidade a virgem Maria desligou pela fé". Comparando Maria com Eva, chamam Maria de "mãe dos viventes" e com freqüência afirmam: "Veio à morte por Eva e a vida por Maria". Ref./CIC 494)
            O grande testemunho da maternidade de Maria encontra-se nos Evangelhos: "a Mãe de Jesus" (João 2,1;19,25). Aclamada por Isabel, sua prima, como "a Mãe de meu Senhor" (Lc 1,43), Maria reveste-se do poder infinito do Deus Uno e Trino. Sendo assim, a Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus (Theotókos).
A VIRGINDADE DE MARIA
           "O que foi gerado nela vem do Espírito Santo", diz o anjo a José acerca de Maria, sua noiva (Mt 1,20). "Eis que a virgem conceberá  e dará  à luz um filho" (Is 7,14) segundo a tradução grega de Mt 1,23. Promessas como essas levaram a Igreja a confessar a eleição de Maria seguida de toda a participação do Mistério da vida pública de Jesus, bem como de sua Paixão (Jo 19,25).
            “A isto objeta-se por vezes, que a Escritura menciona Irmãos e irmãs de Jesus. A Igreja sempre entendeu que essas passagens não designam outros filhos da Virgem Maria: com efeito, Tiago e José, "irmãos de Jesus" (Mt 13,55), são os filhos de uma Maria discípula de Cristo que significativamente é designada como "a outra Maria" (Mt 28,1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, consoante uma expressão conhecida do Antigo Testamento”. (CIC 500)
            Concluímos, juntamente com a Igreja de todos os tempos, que Maria é Virgem e Mãe na ordem da graça. Em Maria, nós cristãos deste novo tempo, temos o compromisso de buscar nela o modelo de fé e obediência, pois nela e com ela, através de sua intercessão, encontraremos o sentido da nossa peregrinação terrestre. Busquemos portanto, em Maria o modelo de vida cristã agradável ao Senhor, para que no limiar da eternidade tenhamos a certeza de que estar com Maria é estar com o seu Filho Jesus.
N. S. IMACULADA CONCEIÇÃO, rogai por nós !!!
                                                                     Estela Márcia

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

São Francisco Xavier, um jesuíta na Ásia

            Nasceu na Espanha, no castelo da família em Xavier, no Reino de Navarra, a 7 de Abril de 1506, segundo o registo mantido pela sua família. Quando estudante em Paris, tornou-se companheiro de Santo Inácio. Foi ordenado sacerdote em Roma, em 1537, e dedicou-se às obras de caridade. Partindo em 1541 para o Oriente, durante dez anos evangelizou, incansavelmente, a Índia e o Japão, convertendo multidões à fé cristã. Morreu em 1552, na ilha chinesa de Sancião.
            Escrever sobre São Francisco Xavier é falar de um missionário do século XVI que embraçou a causa de Cristo, e, rompendo com tudo o que tinha de bens terrenos, apoderou-se da Graça que Deus lhe tinha reservado. Filho de famílias aristocráticas navarras, era o filho mais novo de Juan de Jasso (conselheiro da corte do Rei João III de Navarra) e de Maria de Azpilicueta y Xavier, única herdeira de duas famílias nobres de Navarra. Seguindo a tradição basca de atribuição do sobrenome, foi baptizado herdando o nome de sua mãe, de Xavier. Foi um missionário cristão do padroado português e apóstolo navarro. Pioneiro e co-fundador da Companhia de Jesus, a Igreja Católica Romana considera que tenha convertido mais pessoas ao Cristianismo do que qualquer outro missionário desde São Paulo, merecendo o epíteto de "Apóstolo do Oriente". Ele exerceu a sua actividade missionária no Oriente, especialmente na Índia e no Japão. É o padroeiro dos missionários, da Diocese de Registro (SP) e também um dos padroeiros da Diocese de Macau. Em 1512, tropas castelhanas e aragonesas, atacam o Reino de Navarra. Só a residência da família dentro do castelo é poupada. Os irmãos de Francisco são encarcerados nas masmorras e condenados à morte, tendo no entanto obtido uma amnistia e sido libertados. Durante muito deste período conturbado, Francisco não se encontrava em casa. O pai de Francisco morrera quando este tinha apenas nove anos e sua mãe, querendo que o filho estudasse, procurara enviá-lo para a universidade. No entanto, apesar das boas universidades castelhanas, como a de Salamanca e a de Alcalá, a mãe de Francisco não desejara naturalmente instruí-lo nas escolas do invasor, pelo que, aos catorze anos, o enviara para o Colégio de Santa Bárbara, em Paris, dirigido pelo português Diogo de Gouveia.
            No Colégio de Santa Bárbara, Francisco de Xavier foi preparado para prestar provas de admissão à universidade, completando estudos em filosofia, literatura e humanidades. É neste período que tem como colegas de quarto o francês Le Fèvre e o basco Inácio de Loyola, que dão ao seu grupo o nome de Societas Jesus, latim para Sociedade de Jesus, que mais tarde se viria a tornar a Companhia de Jesus.       É no ano de 1534 que este grupo de devotos amigos, com mais quatro companheiros: Alfonso Salmeron, Diego Laynez, Nicolau Bobedilla e o português Simão Rodrigues, fundam a Companhia de Jesus, congregação religiosa destinada ao ensino, à conversão e à caridade. Fazem voto de pobreza e pedem ao Papa que os reconheça oficialmente. Enquanto anseia o reconhecimento do Papa, que só acontecerá em 1541, o grupo parte para Veneza com o objectivo de alcançar a Terra Santa. É aí, a 24 de Junho de 1537, que Francisco de Xavier é ordenado padre. Não chegando a pisar a Terra Santa em virtude da guerra entre venezianos e turcos, o grupo parte para Roma, onde Francisco serve por um breve período.
            É escolhido por Inácio de Loyola e chega a Portugal em 1540. Francisco de Xavier parte de Lisboa para a Índia no ano seguinte, a 7 de Abril, acompanhado de outros dois jesuítas, Francisco de Mansila e Paulo Camarate. Partem a bordo da nau Santiago, onde viajava Martim Afonso de Sousa, que ia tomar posse do cargo de governador na Índia. Entre tantas outras missões estão a ilha de Moçambique, em Goa, a então capital do Estado Português da Índia, a 6 de Maio de 1542. Quando iniciou as conversões, dedicou-se primeiramente às crianças e só depois aos adultos. Todo o tempo que lhe sobrava era dedicado a visitar as prisões, a tratar dos doentes no Hospital Real e dos leprosos no Hospital de São Lázaro. É aí que começa a escrever um catecismo que veio a ser traduzido para várias línguas asiáticas. Visitando também o Ceilão (actual Sri Lanka). Insatisfeito com os resultados da sua actividade, partiu ainda mais para oriente em 1545, planejando uma viagem missionária a Macáçar, na ilha de Celebes (actual Indonésia). Francisco levou alguns destes paravás consigo até Goa, onde os pôs a estudar no seminário, tendo-se eles tornado por sua vez missionários.
            Regressado à Índia em janeiro de 1548, passa os quinze meses seguintes com variadas viagens e tomando medidas administrativas na Índia. Alcançaram o Japão a 27 de julho de 1549. Francisco teve um forte impacto no Japão, tendo sido o primeiro jesuíta a lá ir em missão. Levou com ele pinturas da Virgem Maria e da Virgem com Jesus. Estas pinturas ajudaram-no a explicar o Cristianismo aos japoneses, já que a barreira de comunicação era enorme, visto o japonês ser uma língua diferente de todas as que os missionários tinham até aí encontrado. Os japoneses não se revelaram pessoas facilmente conversíveis. Muitos eram já budistas. Francisco Xavier teve dificuldade em explicar-lhes um conceito de Deus - Deus criara tudo o que existe; o Mal e o pecado, algo que era para eles uma acção incompreensível da parte de Deus. O conceito de Inferno foi também difícil de explicar, pois os japoneses não aguentavam a concepção de que os seus antepassados podiam estar num Inferno eterno do qual era impossível libertá-los. Apesar das diferenças religiosas, Francisco de Xavier terá sentido que os japoneses eram um povo bom, como os povos europeus, e que por isso poderiam ser convertidos. Com a passagem do tempo, a missão de Francisco Xavier no Japão pôde ser considerada muito frutuosa, tendo conseguido estabelecer congregações em Hirado, Yamaguchi e Bungo. Xavier continuou a trabalhar durante mais de dois anos no Japão, tendo escrito um livro em japonês sobre a criação do mundo e a vida de Cristo, até a chegada dos jesuítas que o vieram suceder, cujo estabelecimento supervisionou.
            Morre a 3 de dezembro de 1552, numa humilde esteira de vimes, abraçado ao crucifixo que o velho amigo Inácio de Loyola, um dia, lhe tinha oferecido. Foi primeiramente sepultado em Sanchoão, mas, em fevereiro de 1553, os seus restos mortais, encontrados incorruptos, foram transportados da ilha e, temporariamente, sepultados na Igreja de São Paulo em Malaca. Uma campa aberta na igreja mostra ainda hoje o lugar onde São Francisco Xavier esteve sepultado. Depois de 15 de abril de 1553, Diogo Pereira vem de Goa, remove o corpo de Xavier e, a 11 de dezembro desse ano, o corpo de Xavier é levado para Goa. O seu corpo está hoje na Basílica do Bom Jesus de Goa, onde o seu corpo foi colocado numa caixa de vidro e prata, a 2 de dezembro de 1637, e se tornou lugar de peregrinação. Um osso do úmero direito de Xavier foi levado para Macau, onde é mantido num relicário de prata. Esta relíquia destinava-se ao Japão, mas a perseguição religiosa na região levou a que fosse mantida na Igreja da Madre de Deus em Macau, cujas ruínas são actualmente conhecidas como Ruínas de São Paulo. Hoje em dia, é na Igreja de São José, em Macau, que está depositada essa relíquia sagrada de São Francisco Xavier. Muitas igrejas foram desde então erguidas em honra de Xavier, muitas delas fundadas por jesuítas. Um parente seu, João de Azpilcueta Navarro, foi um famoso missionário jesuíta no Brasil. São Francisco Xavier figura no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.  Foi beatificado pelo Papa Paulo V a 25 de outubro de 1619 e canonizado pelo Papa Gregório XV, a 12 de março de 1622, em simultâneo com Inácio de Loyola. É o santo patrono dos missionários.

São Francisco Xavier, rogai pela Igreja e seus missionários!

Estela Márcia (Adaptações)

Advento, tempo forte de fé de conversão!

            Entrando no Advento, tempo forte de fé de conversão, a Igreja nos chama a vivermos a espera ansiosa de Deus que quer renovar as expectativas humanas a partir de uma consciente experiência interior e que leva o fiel a externar a sua adesão a Cristo que vem ao seu encontro. O duplo caráter do Advento, que celebra a espera do Salvador na glória e a sua vinda na carne, emerge das leituras bíblicas festivas .O primeiro domingo orienta para parusia final, o segundo e o terceiro chamam a atenção para a vinda cotidiana do Senhor; o quarto domingo prepara-nos para a natividade de Cristo ao mesmo tempo fazendo dela a teologia e a história. Portanto, a liturgia contempla ambas as vindas de Cristo, em íntima relação entre si.
            Então, neste primeiro domingo do Advento deixemo-nos penetrar pelo chamado do Senhor a uma vida sensível às realidades das armadilhas que tendem a dominar as nossas vidas, levando-nos ao enfraquecimento espiritual e forçando-nos a compactuar com valores e desejos que podem nos levar a perder-nos da verdade desejada por Cristo para nós. Estejamos atentos, como nos diz o Senhor: “Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”. (Lc 21,34-36)
            Assim, certos de que as realidades que Cristo nos prepara junto de Deus pode superar toda e qualquer expectativa humana, busquemos rever as nossas atitudes e as nossas escolhas a fim de podermos fazer deste tempo litúrgico, um tempo de purificação e conversão. A partir do texto profético de Isaías façamos propósitos concretos para renovação de nossas vidas: “Lavai-vos, ficai limpos, tirai do meu olhar as vossas más ações. Se forem vossas culpas vermelhas como a púrpura, elas hão de se tornar tão brancas como a lã. Cessai de agir mal, aprendei a fazer o bem, procurai o que é justo. Se forem vossas culpas vermelhas como a púrpura, elas hão de se tornar tão brancas como a lã”. (Is 1,16.18.17)
            Purificados das más ações e das culpas possamos dizer com a Igreja: “Ó Deus todo-poderoso, concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o reino celeste, para que, acorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos” (Oração do Ofício das Leituras, 1º Domingo do Advento).
Estela Márcia